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Ebook - processos cognitivos

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C o m G a b r i e l a F l o r e a n o
PROCESSOS COGNITIVOS E 
APRENDIZAGEM
2
SUMÁRIO
SOBRE O CURSO 3
PROFESSORA DO CURSO 4
AULA 1, PARTE 1 5
AULA 1, PARTE 2 9
AULA 1, PARTE 3 12
AULA 2, PARTE 1 15
AULA 2, PARTE 2 17
AULA 2, PARTE 3 20
AULA 3, PARTE 1 23
AULA 3, PARTE 2 25
AULA 3, PARTE 3 26
3
SOBRE O CURSO
O QUE SERÁ ABORDADO NAS AULAS?
Teorias da Aprendizagem; Abordagens em anál ise de processos cognit ivos; 
Abordagem em neurociência cognit iva e a aprendizagem; David Ausubel e a 
aprendizagem signif icat iva ; Teor ia da intel igência ; Abordagem da teor ia de 
Piaget ; Processos cognit ivos no estudo da l inguagem, memória , atenção, 
inte l igência e imaginação.
O QUE CONSTA NESTE EBOOK?
Neste mater ia l , você tem uma l inha do tempo com os pr incipais 
acontecimentos das v ideoaulas, como frases impactantes dos professores, 
conceitos impor tantes do mercado, indicações de f i lmes e l ivros, entre 
outros.
4
PROFESSORA DO CURSO
G A B R I E L A F L O R E A N O
P E D A G O G A, E S P E C I A L I S TA E M P S I C O P E D AG O G I A 
I N S T IT U C I O N A L
Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 
- Campus Guarulhos. Especial ista em Psicopedagogia Inst i tucional pela 
Universidade Anhembi-Morumbi .
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AULA 1, PARTE 1
Gabriela Floreano
01:19
A professora Gabr ie la in ic ia a aula introduzindo o conceito de aprendizagem, 
c i tando teór icos como Vygotsky e Piaget , cujos trabalhos foram voltados 
para a área do aprendizado. A discipl ina verá o tema também pela ót ica 
da neurociência , levando em consideração os diversos contextos (formais 
e informais) . Nesta discipl ina serão abordadas as teor ias do Inat ismo , 
Behavior ismo , de Piaget , de Vygotsky e de Wallon .
No inat ismo existe a concepção de que algumas ideias/conhecimentos 
advindos de conteúdos mentais estão presentes desde o nascimento, isto é , 
não são adquir idas ou aprendidos.
Introdução
Henri Wallon
(1879-1962)
Foi um f i lósofo, médico, psicólogo e pol í t ico francês. Tornou-
se bem conhecido por seu trabalho cient í f ico sobre Psicologia do 
Desenvolv imento, devotado pr incipalmente à infância , em que assume 
uma postura notadamente interacionista.
Não só a gente se modifica, como a gente modifica o mundo em 
que a gente está.
6
Homeschooling
É uma palavra de l íngua inglesa que s ignif ica “educação escolar em 
casa” . No Brasi l , o termo também é conhecido como educação domici l iar 
ou domést ica. Nessa modal idade, a cr iança ou adolescente não 
frequentam a escola tradic ional . Em vez disso, e les são educados em 
casa, geralmente pelos seus pais , os quais par t ic ipam at ivamente do 
processo de formação intelectual dos seus f i lhos.
15:40Behaviorismo
O termo Behavior ismo vem do inglês “behavior ” , que s ignif ica 
compor tamento. Seus precursores são Pavlov, Watson e Skinner, e esta 
teor ia diz que:
• Existem fatores externos que antecedem e sucedem o compor tamento;
• Desenvolver-se é compor tar-se ;
• O compor tamento é uma resposta do organismo a um est ímulo ambiental ;
• Cada est ímulo gera uma resposta.
Nesta teor ia se começa a ver o ambiente com um fator impor tante para o 
compor tamento, porém Skinner divergia de Watson ao dizer que além do 
ambiente , o fator b iológico também ser ia re levante.
No Behavior ismo Radical o compor tamento é uma resposta ao meio 
externo, sendo assim o homem moldado por e le , e por consequência quem 
molda o ambiente pode moldar também o homem. A teor ia não nega os 
fatores internos, mas fr isa que o ser humano é controlado pelos fatores 
externos. A educação ser ia ut i l izada como uma ferramenta para reforçar os 
compor tamentos desejado, e abol i r os compor tamentos indesejados. 
Segundo Skinner existem 3 níveis de inf luência no compor tamento humano:
7
Segundo Skinner existem 3 níveis de inf luência no compor tamento humano:
• F i logenético : compor tamento que vem da espécie humana como um todo, 
não indiv idual , resultado da evolução;
• Ontogênico : compor tamento indiv idual de um sujei to ;
• Cultural : compor tamento adquir ido através do meio onde o suje i to está 
inser ido.
Ivan Pavlov 
(1849-1036) 
 
Foi um f is io logista russo conhecido pr incipalmente pelo seu trabalho no 
condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fis io logia ou 
Medicina de 1904, por suas descober tas sobre os processos digest ivos 
de animais.
Burrhus Frederic Skinner
(1904 - 1990)
Foi um psicólogo, inventor e f i lósofo nor te-americano. Atuou como 
professor na Universidade Harvard entre os anos 1958 e1974. É 
considerado um expoente do behavior ismo, corrente que dominou o 
pensamento e a prát ica da psicologia até os anos 1950.
Empirismo
É uma teor ia f i losóf ica que argumenta que todo o conhecimento humano 
deve ser adquir ido de exper iências sensor ia is . Ou seja , a par t i r de suas 
v ivências, e não inst intos ou conhecimento nato, os indiv íduos vão 
adquir indo saberes, consciência e aprendizado.
8
32:28Câmara operante
A caixa de Skinner é um equipamento usado em laboratór io de psicologia 
exper imental e seu funcionamento é baseado em est ímulos v isuais , 
audit ivos e olfat ivos, que desper ta um compor tamento operante , 
fundamentado em três procedimentos: reforço, punição e ext inção. 
A câmara funciona da seguinte forma: um rato com fome aper ta a a lavanca 
e recebe o al imento, e ao aper tar novamente recebe o al imento mais uma 
vez. Neste cenár io a fome do rato é uma necessidade, o ato de aper tar 
a a lavanca é o compor tamento e repet i r este ato é a aprendizagem por 
condicionamento operante.
"A histór ia de interações passadas entre um indiv íduo e seu ambiente 
que permit i rá entender porque cer tas consequências são reforçadoras 
para alguns, aversivas para outros, e , f inalmente, incapazes de manter 
compor tamentos para outros ainda." (LUNA, 2002, p.161 apud NUNES; 
SILVEIRA, 2015, p. 18) .
9
AULA 1, PARTE 2
Gabriela Floreano
05:28Esquemas de reforçamento
Existem quatro t ipos de esquemas de reforçamento, segundo Skinner :
• Contínuo : ocorre quando a resposta emit ida pelo organismo sempre é 
reforçada, podendo o reforço ser var iado;
• Em intervalo : pode ser f ixo (a pr imeira resposta é recompensada somente 
após um determinado per íodo decorr ido) ou var iável (uma resposta é 
recompensada depois que uma quant idade indeterminada de tempo 
passou) ;
• Em razão : a resposta é reforçada só depois de um determinado número de 
respostas;
• Intermitente : a resposta é reforçada apenas em uma determinada par te do 
tempo, seguindo um padrão já pré-est ipulado.
Sobre a Punição, é d i to que "é capaz de e l iminar compor tamentos
Conforme você muda, os estímulos o comportamento também 
mudam e novas aprendizagens acontecem.
Darwinismo
É um conjunto de movimentos e conceitos re lacionados às ideias de 
transmutação de espécies , seleção natural ou da evolução, incluindo 
algumas ideias sem conexão com o trabalho de Char les Darwin (1809-
1882).
10
inadequados, não a considerou (Skinner) instrut iva , por produzir efei tos 
indesejáveis nas respostas emocionais dos indiv íduos." NUNES e SILVEIRA, 
2015.
A gente encontra esses tipos de reforçamento com frequência 
na escola, muitas vezes feita de forma inconsciente.
A punição você não sabe qual é o resultado, porque ela varia 
de indivíduo para indivíduo e pode gerar comportamentos 
indesejados, contrário a aquilo que você está estimulando.
18:31
Ensino e aprendizagem para 
Skinner
Skinner baseou sua técnica de aprendizagem no método e ef icácia , a lém 
do ensino programado (estudo por unidades ou discipl inas, sequência do 
ensino pelas dif iculdades, a luno sempre em at iv idade, autoaval iação dos 
alunos, retorno do professor e ensino indiv idual izado).
A gente não podeesquecer que o próprio Skinner disse que o 
interno é importante. O biológico existe, e essa individualidade 
do ser existe.
Vídeo: Origens do Behaviorismo
Assista ao mater ia l aqui .
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
11
Jean Piaget
(1896-1980)
Foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um 
dos mais impor tantes pensadores do século XX. Segundo sua teor ia 
denominada "epistemologia genét ica" , a par t i r do nascimento os seres 
humanos são submetidos a fases de desenvolv imento cognit ivo , do 
qual e le descreveu quatro estágios de desenvolv imento: sensór io , pré-
operacional , operacional concreto e operacional formal .
O que a gente vê no cenário atual é a tentativa de aplicação da 
teoria de Piaget sem contextualização.
33:10
Teorias psicogenéticas da 
aprendizagem
Neste tópico a professora aborda a Teor ia da Epistemologia Genét ica de 
Jean Piaget e a Abordagem Histór ico-cultural de Vygotsky. Na Teor ia da 
Epistemologia Genét ica de Piaget , o termo genét ica vem de “gênese” , o 
in íc io ou construção de algo, e epistemologia é a f i losof ia da c iência que 
estuda o conhecimento, ou seja , com esta teor ia Piaget buscava entender 
como os homens constroem o conhecimento.
Jean Piaget d iv ide o desenvolv imento cognit ivo em 4 estágios pr incipais : 
• Sensório-motor : do nascimento até cerca de 2 anos;
• Pré-operatór io : 2 a 7 anos de idade;
• Operatór io concreto: de 7 a 11 anos;
• Operatór io formal : a par t i r de 11 anos.
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AULA 1, PARTE 3
Gabriela Floreano
07:50Modelo de aprendizagem
Uma das par tes mais impor tantes da teor ia de Piaget é referente ao modelo 
de aprendizagem, nele são introduzidos os conceitos de assimi lação, 
acomodação e equi l ibração.
• Assimilação : o suje i to ret i ra do objeto algumas informações, a lgumas 
dessas informações são ret idas, outras não, devido a organização mental . 
Ao ret i rar essas informações e retê- las , o suje i to está assimi lando o 
objeto ;
• Acomodação : o objeto oferece resistência ao conhecimento, fazendo com 
que as organizações mentais precisem se reorganizar para dar conta 
das s ingular idades do objeto. Acomodação são essas modif icações da 
organização mental para assimi lação do objeto ;
• Equi l ibração : estabi l ização da organização mental que agora dá conta do 
conhecimento do objeto.
00:07
Teorias psicogenéticas da 
aprendizagem (continuação)
A professora cont inua abordando as fases do desenvolv imento cognit ivo , 
segundo a teor ia de Piaget .
13
Para Piaget, a gente aprende quando consegue ultrapassar 
esse conflito entre o que está equilibrado e o que está 
desequilibrado.
Vídeo: Piaget: testes de estágios de 
desenvolvimento cognitivo
Assista ao mater ia l aqui .
39:40Teoria histórico-cultural 
A Teor ia histór ico-cultural expl ica o aprendizado humano a par t i r de sua 
natureza social .
Planos genét icos de desenvolv imento de Vygotsky:
• F i logênese : h istór ia da espécie que def ine o desenvolv imento psicológico;
• Ontogênese : desenvolv imento do ser ;
• Sociogênese : h istór ia cultural na qual o indiv íduo está inser ido;
• Microgênese : cada fenômeno psicológico tem sua histór ia .
Um dos conceitos mais impor tantes desta teor ia é a mediação. A re lação 
do homem com o mundo é sempre mediada por instrumentos ou s ignos. 
Instrumentos, ferramentas, tecnologias; concreta. Signos: a lguns s ignos 
são concretos, mas não são instrumentais. Outros são inter ior izados, 
possibi l idade de representação mental . Exemplo da mesa: a re lação 
não é somente concreta , mas simból ica internal izada (palavra , imagem, 
representações do mundo na mente e não o mundo real .
https://www.youtube.com/watch?v=QPhV0zZCE2A
14
A história, aquilo que o ser humano construiu até agora, é 
o que influencia e define o quanto o homem consegue se 
desenvolver psicologicamente.
Lev Vygostsky
(1896-1934)
Foi um psicólogo, proponente da Psicologia histór ico-cultural . Pensador 
impor tante em sua área e época, fo i p ioneiro no conceito de que 
o desenvolv imento intelectual das cr ianças ocorre em função das 
interações sociais e condições de v ida.
1515
AULA 2, PARTE 1
Gabriela Floreano
00:48
Teoria histórico-cultural 
(continuação)
A professora retoma o assunto da aula anter ior, se aprofundando no 
conceito da mediação na teor ia de Vygotsky.
Através da história existem mediações acontecendo para que 
não se repitam os mesmos erros que foram cometidos. 
Se todos os seres humanos partissem do zero para a 
construção do conhecimento, nós não teríamos avençado 
cientificamente.
19:18Níveis de desenvolvimento
Outro ponto impor tante da teor ia de Vygotsky são os níveis de 
desenvolv imento, onde existe o desenvolv imento real e o potencial .
O desenvolv imento real é aquele que determina o que o indiv íduo já é capaz 
de fazer por conta própr ia , ou seja , o conhecimento já adquir ido e formado. 
O desenvolv imento potencial d iz respeito à at iv idades que o indiv íduo ainda 
não consegue real izar sozinho, mas consegue com ajuda, ou seja , é o que o 
indiv íduo é capaz de aprender com outras pessoas. 
A zona de desenvolv imento proximal def ine então as funções que ainda não 
amadureceram, mas que estão em processo de maturação.
16
Para Vygotsky, a inteligência não é aquele conhecimento já 
pronto. É a habilidade de adquirir um conhecimento novo.
32:26Recapitulando
A professora Gabr ie la re lembra tópicos impor tantes das teor ias de Piaget e 
Vygotsky, c i tados anter iormente.
17
AULA 2, PARTE 2
Gabriela Floreano
00:07
Teoria da aprendizagem 
significativa
Para Ausubel , “a aprendizagem signif ica organização e integração do 
mater ia l na estrutura cognit iva.” 
“É a aprendizagem cognit iva , entendida como o conteúdo total de ideias de 
um cer to indiv íduo e sua organização: ou, conteúdo e organização de suas 
ideias em uma área par t icular de conhecimentos. É o complexo resultante 
dos processos cognit ivos, ou seja , dos processos por meio dos quais se 
adquire e ut i l iza o conhecimento.” MOREIRA (1999, p.152)
A aprendizagem pode ser cognit iva , afet iva e psicomotora, porém Ausubel 
foca apenas na aprendizagem cognit iva em sua teor ia.
• Cognit iva : é um “armazenamento organizado” de quem aprende;
• Afet iva : resulta de s inais internos ao indiv íduo, como prazer, dor, 
sat isfação, e acompanha a aprendizagem cognit iva ;
• Psicomotora : respostas motoras adquir idas por t re ino e prát ica.
Ausubel def ine estruturas cognit ivas como estruturas hierárquicas de 
conceitos que são representações de exper iências sensor ia is do indiv íduo. 
Aprendizagem mecânica : é a aprendizagem de novas informações com 
pouca ou nenhuma associação a conceitos re levantes na estrutura 
cognit iva. Não há interação entre a nova informação e aquela já 
armazenada. Na aprendizagem mecânica, o conhecimento f ica 
arbitrar iamente distr ibuído na estrutura cognit iva sem l igar-se a conceitos 
subsunçores específ icos;
18
Aprendizagem signif icat iva : processo através do qual uma nova informação 
re laciona-se com algum aspecto re levante da estrutura de conhecimento do 
indiv íduo. Durante o processo de assimi lação é necessár io uma interação 
substant iva e não arbitrar ia entre o novo conhecimento e o prévio. Para 
Ausubel , a d ist inção entre a aprendizagem signif icat iva e a mecânica não é 
uma dicotomia, mas sim um cont ínuo.
Existem três t ipos de aprendizagem signif icat iva que são aprendizagem 
representacional , conceitual e proposicional . 
• A aprendizagem representacional está dada pelo s ignif icado de s ignos ou 
s ímbolos formado culturalmente;
• A aprendizagem conceitual é quando o aprendiz separa as caracter íst icas 
essenciais ou regular idade do objeto que passa a ser representado por 
s ímbolos;
• A aprendizagemproposicional impl ica em dar s ignif icado a novas ideias 
expressas na forma de proposição.
Outro t ipo de c lassif icação discut ido por Ausubel é a de aprendizagem 
subordinada, superordenada e combinatór ia .
• Subordinada: uma nova informação adquire um signif icado quando 
interage com os subsunçores, e o novo mater ia l f ica subordinado à 
estrutura cognit iva.
• Superordenada: um conceito potencialmente s ignif icat ivo e mais geral 
do que as ideias que já estão na estrutura cognit iva é adquir ido, e passa 
a assimi lar os conceitos que já exist iam, mas são menos desenvolv idos. 
Assim, as ideias mais específ icas f icam relacionadas a esta ideia 
superordenada.
• Combinatór ia : é a aprendizagem de proposições ou conceitos que não têm 
uma relação de subordinação ou superordenação. É um conteúdo amplo 
e re levante na estrutura cognit iva. É uma proposição que não pode ser 
assimi lada por outra , mas também não pode assimi lar o que já existe.
19
David Ausubel
(1918-2008)
Foi um psicólogo, educador e pesquisador americano que trabalhou em 
áreas como a psicologia étnica e o campo da aprendizagem. Ele nasceu 
no Brooklyn, Nova York , em 1918, e passou a v ida inteira nos Estados 
Unidos trabalhando em diferentes universidades e centros terapêut icos.
Subsunçor
Define-se subsunçor como conceito faci l i tador para um novo assunto, 
um conhecimento prévio que faci l i tará a inserção de uma nova 
informação. Em termos simples, é o nome que se dá a um conhecimento 
específ ico, existente na estrutura de conhecimentos do indiv íduo, que 
permite dar s ignif icado a um novo conhecimento que lhe é apresentado 
ou por e le descober to.
Mapa mental
É um t ipo de diagrama voltado para a gestão de informações, de 
conhecimento e de capita l inte lectual ; para a compreensão e solução de 
problemas; na memorização e aprendizado; na cr iação de manuais , l ivros 
e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade de ideias) ; e 
no auxí l io da gestão estratégica de uma empresa ou negócio.
A aprendizagem mecânica precisa acontecer em alguns casos 
até que se formem subsunçores desse conhecimento.
Se o aluno só memorizou, quando ele precisar aplicar de 
diferentes formas o conceito, o material, o contexto, ele não vai 
conseguir.
20
AULA 2, PARTE 3
Gabriela Floreano
00:06
Teoria da aprendizagem 
significativa (continuação)
A professora Gabr ie la cont inua a expl icação sobre a Teor ia da 
aprendizagem signif icat iva , abordando a assimilação, diferenciação 
progressiva e reconci l iação integrat iva .
TDAH
O Transtorno do Déf ic i t de Atenção com Hiperat iv idade é um transtorno 
neurobiológico, de causas genét icas, que aparece na infância e 
frequentemente acompanha o indiv íduo por toda a sua v ida. E le se 
caracter iza por s intomas de desatenção, inquietude e impulsiv idade.
Dislexia
A Dislexia do desenvolv imento é considerada um transtorno específ ico 
de aprendizagem de or igem neurobiológica, caracter izada por 
di f iculdade no reconhecimento preciso e/ou f luente da palavra , na 
habi l idade de decodif icação e em soletração. Essas dif iculdades 
normalmente resultam de um déf ic i t no componente fonológico da 
l inguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habi l idades 
cognit ivas.
21
07:41Neurociência cognitiva
A impor tância do educador em conhecer o funcionamento cerebral e a 
neurociência está em tornar o planejamento e a prát ica do professor mais 
ef ic iente e intencional , porém não há como resumir o ensino à aspectos 
biológicos. As interações, contextos, cot id ianos entre outros estão 
presentes e atuam constantemente. Saber o funcionamento biológico não 
capacita por s i só a prát ica do ensino-aprendizagem.
O sistema nervoso central (SNC) é responsável pela comunicação com 
o mundo e com as par tes internas do organismo, a maior par te dele é 
construída ainda no útero e cada neurônio l iga-se de maneiras diferentes, 
por isso temos cérebros diferentes.
Neurônios são as células que caracter izam o s istema nervoso, 
responsáveis por t ransmit i r impulsos ao cérebro, possuem dendr i tos e 
axônio. Os dendr i tos captam informações de outras células e as conduzem 
até o corpo celular, e os axônios são o meio de envio dos impulsos a outras 
células.
Plasticidade cerebral
Consiste em uma reorganização da estrutura neural do indiv íduo ao 
v iver uma exper iência nova, ou seja , a capacidade das s inapses, dos 
neurônios ou de regiões do cérebro de al terar suas propr iedades através 
do uso ou est imulação.
Bainha de Mielina
É uma estrutura formada por uma membrana l ip íd ica r ica em 
gl icofósfol ip ídeos e colesterol , que recobre os axônios, atuando 
pr incipalmente como isolante e létr ico, faci l i tando a rápida comunicação 
entre os neurônios.
22
Quando a gente chega na fase a adulta, o cérebro não 
está mais preocupado em aprender coisas novas, mas sim 
consolidar o que foi aprendido.
23
AULA 3, PARTE 1
Gabriela Floreano
01:42
Retomando a aprendizagem 
significativa
Segundo Ausubel , ex istem três t ipos de aprendizagem signif icat iva.
A aprendizagem representacional “ refere-se ao s ignif icado de palavras e 
s ímbolos unitár ios. Esse t ipo de aprendizagem const i tu i o t ipo básico de 
aprendizagem da espécie humana.” (MOREIRA, 1999)
A aprendizagem representacional e a aprendizagem conceitual são 
interdependentes. “Os conceitos representam regular idades em eventos, 
s i tuações ou propr iedade e possuem atr ibutos essenciais comuns que são 
designados por a lgum símbolo.”
A aprendizagem proposicional “ refere-se aos s ignif icados expressos por 
grupos de palavras combinadas em proposições ou sentenças.” (MOREIRA, 
1999).
15:29Organizador prévio
Organizadores prévios são propostos como um recurso instrucional 
potencialmente faci l i tador da aprendizagem signif icat iva , no sent ido de 
servirem de pontes cognit ivas entre novos conhecimentos e aqueles já 
existentes na estrutura cognit iva do aprendiz.
As funções do organizador prévio (OP) são: 
Oferecer uma armação ideat iva para a incorporação estável e retenção do 
mater ia l mais detalhado e diferenciado que se segue no texto a ser 
24
aprendido ou na exposição a ser acompanhada;
Aumentar a descr iminal ização entre este úl t imo mater ia l e as ideias 
s imi lares ou ostensivamente conf l i tantes na estrutura cognit iva ;
Tornar evidentes as ideias que porventura já existam na estrutura cognit iva 
e que possam servir de esteio às novas aprendizagens, potencial izando, 
assim, a capacidade de aprendizagem do suje i to ;
O pr incípio de diferenciação progressiva prevê a apresentação das 
ideias mais gerais ao aluno em pr imeiro lugar, para depois serem 
progressivamente diferenciadas em termos de detalhes e especif ic idade. 
Essa ideia const i tu i o pr incípio básico re lat ivo ao funcionamento de um OP.
Ausubel vai propor um organizador do tipo expositivo, porque 
esses organizadores têm uma relação de superordenação com 
o novo conhecimento a ser aprendido.
32:07Mapa conceitual
A professora apresenta um mapa conceitual e laborado por Moreira e 
Buchweitz , i lustrando uma das maneiras que Ausubel sugere a organização 
de conhecimentos.
Um mapa conceitual é uma boa maneira de se apresentar uma 
organização lógica sobre conhecimentos básicos.
25
AULA 3, PARTE 2
Gabriela Floreano
00:07
Teoria das inteligências 
múltiplas
Gardner, o autor dessa teor ia , propõe que existem oito t ipos de 
intel igências:
• L inguíst ica : l idar cr iat ivamente com palavras e s ímbolos;
• Lógico-matemática : quant i f icar dados e aval iar h ipóteses;
• Espacial : percebe o mundo tr id imensionalmente;
• Corporal -c inestésica : coordenar mente e corpo;
• Musical : d i ferenciar sons, r i tmos, tons e t imbres;
• Interpessoal : entender os sent imentos e motivações daspessoas 
colocando-se no lugar delas;
• Intrapessoal : entender a s i mesmo e aos seus própr ios sent imentos e 
desejos;
• Natural ista : compreender a re lação entre os seres v ivos e o ambiente.
Howard Gardner
É um psicólogo cognit ivo e educacional estadunidense, l igado à 
Universidade de Harvard e conhecido em especial pela sua teor ia 
das intel igências múlt ip las. Em 1981 recebeu prêmio da MacAr thur 
Foundat ion. Em 2011 foi galardoado com o Prémio Pr íncipe das Astúr ias 
das Ciências Sociais .
26
AULA 3, PARTE 3
Gabriela Floreano
00:07
Teoria das inteligências 
múltiplas (continuação)
Dentro desta teor ia , todos os indiv íduos possuem os oito t ipos de 
intel igência , sendo que a maior ia pode desenvolver cada intel igência num 
nível adequado de competência. As intel igências normalmente funcionam 
juntas de maneira complexa, existem muitas maneiras de ser inte l igente em 
cada categor ia.
Gardner apontou regiões neurais para cada t ipo de intel igência :
• L inguíst ica : área de Broca no cór tex frontal esquerdo, área de Wernicke 
no lobo temporal esquerdo, sulco lateral na par te infer ior do lobo par ietal ;
• Lógico-matemática : lobo par ietal esquerdo e áreas de associação 
temporal e occipi ta l adjacentes, hemisfér io esquerdo para nomeação 
verbal , hemisfér io dire i to para organização espacial , s istema frontal para 
planejamento e def in ição de metas;
• Espacial : lobo occipi ta l e par te poster ior do lobo par ietal d i re i to ;
• Corporal -c inestésica : área motora, tá lamo, gângl ios basais e cerebelo ;
• Musical : lobo frontal e par te anter ior do lobo temporal d i re i to ;
• Interpessoal : lobos frontais como estação integradora, s istema l ímbico;
• Intrapessoal : s istemas do lobo frontal ;
• Natural ista : lobo par ietal esquerdo para discr iminar entre seres v ivos e 
não-vivos.
27
Savants
Id iot -savants ou savant ismo (do francês savant , “sábio”) é considerado 
um distúrbio psíquico no qual a pessoa possui uma grande habi l idade 
intelectual a l iada a um déf ic i t de intel igência.
Algumas vezes, os testes psicométricos medem um tipo de 
memória, por exemplo. A pessoa acaba assinalando que não 
tem boa memória, mas até tem, só não a memória que está 
sendo exigida no teste.
30:39
Processos cognitivos e a 
aprendizagem
A professora faz alguns apontamentos sobre o conteúdo estudado nesta 
discipl ina , re lacionando os processos cognit ivos com a aprendizagem.
Há uma série de informações acontecendo em cada mesa que 
você passa como professor, e cabe a gente atuar na zona de 
desenvolvimento proximal.
	SOBRE O CURSO
	PROFESSOR DO CURSO
	AULA 1, PARTE 1
	AULA 1, PARTE 2
	AULA 1, PARTE 3
	AULA 2, PARTE 1

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