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C o m G a b r i e l a F l o r e a n o PROCESSOS COGNITIVOS E APRENDIZAGEM 2 SUMÁRIO SOBRE O CURSO 3 PROFESSORA DO CURSO 4 AULA 1, PARTE 1 5 AULA 1, PARTE 2 9 AULA 1, PARTE 3 12 AULA 2, PARTE 1 15 AULA 2, PARTE 2 17 AULA 2, PARTE 3 20 AULA 3, PARTE 1 23 AULA 3, PARTE 2 25 AULA 3, PARTE 3 26 3 SOBRE O CURSO O QUE SERÁ ABORDADO NAS AULAS? Teorias da Aprendizagem; Abordagens em anál ise de processos cognit ivos; Abordagem em neurociência cognit iva e a aprendizagem; David Ausubel e a aprendizagem signif icat iva ; Teor ia da intel igência ; Abordagem da teor ia de Piaget ; Processos cognit ivos no estudo da l inguagem, memória , atenção, inte l igência e imaginação. O QUE CONSTA NESTE EBOOK? Neste mater ia l , você tem uma l inha do tempo com os pr incipais acontecimentos das v ideoaulas, como frases impactantes dos professores, conceitos impor tantes do mercado, indicações de f i lmes e l ivros, entre outros. 4 PROFESSORA DO CURSO G A B R I E L A F L O R E A N O P E D A G O G A, E S P E C I A L I S TA E M P S I C O P E D AG O G I A I N S T IT U C I O N A L Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Campus Guarulhos. Especial ista em Psicopedagogia Inst i tucional pela Universidade Anhembi-Morumbi . 55 AULA 1, PARTE 1 Gabriela Floreano 01:19 A professora Gabr ie la in ic ia a aula introduzindo o conceito de aprendizagem, c i tando teór icos como Vygotsky e Piaget , cujos trabalhos foram voltados para a área do aprendizado. A discipl ina verá o tema também pela ót ica da neurociência , levando em consideração os diversos contextos (formais e informais) . Nesta discipl ina serão abordadas as teor ias do Inat ismo , Behavior ismo , de Piaget , de Vygotsky e de Wallon . No inat ismo existe a concepção de que algumas ideias/conhecimentos advindos de conteúdos mentais estão presentes desde o nascimento, isto é , não são adquir idas ou aprendidos. Introdução Henri Wallon (1879-1962) Foi um f i lósofo, médico, psicólogo e pol í t ico francês. Tornou- se bem conhecido por seu trabalho cient í f ico sobre Psicologia do Desenvolv imento, devotado pr incipalmente à infância , em que assume uma postura notadamente interacionista. Não só a gente se modifica, como a gente modifica o mundo em que a gente está. 6 Homeschooling É uma palavra de l íngua inglesa que s ignif ica “educação escolar em casa” . No Brasi l , o termo também é conhecido como educação domici l iar ou domést ica. Nessa modal idade, a cr iança ou adolescente não frequentam a escola tradic ional . Em vez disso, e les são educados em casa, geralmente pelos seus pais , os quais par t ic ipam at ivamente do processo de formação intelectual dos seus f i lhos. 15:40Behaviorismo O termo Behavior ismo vem do inglês “behavior ” , que s ignif ica compor tamento. Seus precursores são Pavlov, Watson e Skinner, e esta teor ia diz que: • Existem fatores externos que antecedem e sucedem o compor tamento; • Desenvolver-se é compor tar-se ; • O compor tamento é uma resposta do organismo a um est ímulo ambiental ; • Cada est ímulo gera uma resposta. Nesta teor ia se começa a ver o ambiente com um fator impor tante para o compor tamento, porém Skinner divergia de Watson ao dizer que além do ambiente , o fator b iológico também ser ia re levante. No Behavior ismo Radical o compor tamento é uma resposta ao meio externo, sendo assim o homem moldado por e le , e por consequência quem molda o ambiente pode moldar também o homem. A teor ia não nega os fatores internos, mas fr isa que o ser humano é controlado pelos fatores externos. A educação ser ia ut i l izada como uma ferramenta para reforçar os compor tamentos desejado, e abol i r os compor tamentos indesejados. Segundo Skinner existem 3 níveis de inf luência no compor tamento humano: 7 Segundo Skinner existem 3 níveis de inf luência no compor tamento humano: • F i logenético : compor tamento que vem da espécie humana como um todo, não indiv idual , resultado da evolução; • Ontogênico : compor tamento indiv idual de um sujei to ; • Cultural : compor tamento adquir ido através do meio onde o suje i to está inser ido. Ivan Pavlov (1849-1036) Foi um f is io logista russo conhecido pr incipalmente pelo seu trabalho no condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fis io logia ou Medicina de 1904, por suas descober tas sobre os processos digest ivos de animais. Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) Foi um psicólogo, inventor e f i lósofo nor te-americano. Atuou como professor na Universidade Harvard entre os anos 1958 e1974. É considerado um expoente do behavior ismo, corrente que dominou o pensamento e a prát ica da psicologia até os anos 1950. Empirismo É uma teor ia f i losóf ica que argumenta que todo o conhecimento humano deve ser adquir ido de exper iências sensor ia is . Ou seja , a par t i r de suas v ivências, e não inst intos ou conhecimento nato, os indiv íduos vão adquir indo saberes, consciência e aprendizado. 8 32:28Câmara operante A caixa de Skinner é um equipamento usado em laboratór io de psicologia exper imental e seu funcionamento é baseado em est ímulos v isuais , audit ivos e olfat ivos, que desper ta um compor tamento operante , fundamentado em três procedimentos: reforço, punição e ext inção. A câmara funciona da seguinte forma: um rato com fome aper ta a a lavanca e recebe o al imento, e ao aper tar novamente recebe o al imento mais uma vez. Neste cenár io a fome do rato é uma necessidade, o ato de aper tar a a lavanca é o compor tamento e repet i r este ato é a aprendizagem por condicionamento operante. "A histór ia de interações passadas entre um indiv íduo e seu ambiente que permit i rá entender porque cer tas consequências são reforçadoras para alguns, aversivas para outros, e , f inalmente, incapazes de manter compor tamentos para outros ainda." (LUNA, 2002, p.161 apud NUNES; SILVEIRA, 2015, p. 18) . 9 AULA 1, PARTE 2 Gabriela Floreano 05:28Esquemas de reforçamento Existem quatro t ipos de esquemas de reforçamento, segundo Skinner : • Contínuo : ocorre quando a resposta emit ida pelo organismo sempre é reforçada, podendo o reforço ser var iado; • Em intervalo : pode ser f ixo (a pr imeira resposta é recompensada somente após um determinado per íodo decorr ido) ou var iável (uma resposta é recompensada depois que uma quant idade indeterminada de tempo passou) ; • Em razão : a resposta é reforçada só depois de um determinado número de respostas; • Intermitente : a resposta é reforçada apenas em uma determinada par te do tempo, seguindo um padrão já pré-est ipulado. Sobre a Punição, é d i to que "é capaz de e l iminar compor tamentos Conforme você muda, os estímulos o comportamento também mudam e novas aprendizagens acontecem. Darwinismo É um conjunto de movimentos e conceitos re lacionados às ideias de transmutação de espécies , seleção natural ou da evolução, incluindo algumas ideias sem conexão com o trabalho de Char les Darwin (1809- 1882). 10 inadequados, não a considerou (Skinner) instrut iva , por produzir efei tos indesejáveis nas respostas emocionais dos indiv íduos." NUNES e SILVEIRA, 2015. A gente encontra esses tipos de reforçamento com frequência na escola, muitas vezes feita de forma inconsciente. A punição você não sabe qual é o resultado, porque ela varia de indivíduo para indivíduo e pode gerar comportamentos indesejados, contrário a aquilo que você está estimulando. 18:31 Ensino e aprendizagem para Skinner Skinner baseou sua técnica de aprendizagem no método e ef icácia , a lém do ensino programado (estudo por unidades ou discipl inas, sequência do ensino pelas dif iculdades, a luno sempre em at iv idade, autoaval iação dos alunos, retorno do professor e ensino indiv idual izado). A gente não podeesquecer que o próprio Skinner disse que o interno é importante. O biológico existe, e essa individualidade do ser existe. Vídeo: Origens do Behaviorismo Assista ao mater ia l aqui . https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M 11 Jean Piaget (1896-1980) Foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais impor tantes pensadores do século XX. Segundo sua teor ia denominada "epistemologia genét ica" , a par t i r do nascimento os seres humanos são submetidos a fases de desenvolv imento cognit ivo , do qual e le descreveu quatro estágios de desenvolv imento: sensór io , pré- operacional , operacional concreto e operacional formal . O que a gente vê no cenário atual é a tentativa de aplicação da teoria de Piaget sem contextualização. 33:10 Teorias psicogenéticas da aprendizagem Neste tópico a professora aborda a Teor ia da Epistemologia Genét ica de Jean Piaget e a Abordagem Histór ico-cultural de Vygotsky. Na Teor ia da Epistemologia Genét ica de Piaget , o termo genét ica vem de “gênese” , o in íc io ou construção de algo, e epistemologia é a f i losof ia da c iência que estuda o conhecimento, ou seja , com esta teor ia Piaget buscava entender como os homens constroem o conhecimento. Jean Piaget d iv ide o desenvolv imento cognit ivo em 4 estágios pr incipais : • Sensório-motor : do nascimento até cerca de 2 anos; • Pré-operatór io : 2 a 7 anos de idade; • Operatór io concreto: de 7 a 11 anos; • Operatór io formal : a par t i r de 11 anos. 12 AULA 1, PARTE 3 Gabriela Floreano 07:50Modelo de aprendizagem Uma das par tes mais impor tantes da teor ia de Piaget é referente ao modelo de aprendizagem, nele são introduzidos os conceitos de assimi lação, acomodação e equi l ibração. • Assimilação : o suje i to ret i ra do objeto algumas informações, a lgumas dessas informações são ret idas, outras não, devido a organização mental . Ao ret i rar essas informações e retê- las , o suje i to está assimi lando o objeto ; • Acomodação : o objeto oferece resistência ao conhecimento, fazendo com que as organizações mentais precisem se reorganizar para dar conta das s ingular idades do objeto. Acomodação são essas modif icações da organização mental para assimi lação do objeto ; • Equi l ibração : estabi l ização da organização mental que agora dá conta do conhecimento do objeto. 00:07 Teorias psicogenéticas da aprendizagem (continuação) A professora cont inua abordando as fases do desenvolv imento cognit ivo , segundo a teor ia de Piaget . 13 Para Piaget, a gente aprende quando consegue ultrapassar esse conflito entre o que está equilibrado e o que está desequilibrado. Vídeo: Piaget: testes de estágios de desenvolvimento cognitivo Assista ao mater ia l aqui . 39:40Teoria histórico-cultural A Teor ia histór ico-cultural expl ica o aprendizado humano a par t i r de sua natureza social . Planos genét icos de desenvolv imento de Vygotsky: • F i logênese : h istór ia da espécie que def ine o desenvolv imento psicológico; • Ontogênese : desenvolv imento do ser ; • Sociogênese : h istór ia cultural na qual o indiv íduo está inser ido; • Microgênese : cada fenômeno psicológico tem sua histór ia . Um dos conceitos mais impor tantes desta teor ia é a mediação. A re lação do homem com o mundo é sempre mediada por instrumentos ou s ignos. Instrumentos, ferramentas, tecnologias; concreta. Signos: a lguns s ignos são concretos, mas não são instrumentais. Outros são inter ior izados, possibi l idade de representação mental . Exemplo da mesa: a re lação não é somente concreta , mas simból ica internal izada (palavra , imagem, representações do mundo na mente e não o mundo real . https://www.youtube.com/watch?v=QPhV0zZCE2A 14 A história, aquilo que o ser humano construiu até agora, é o que influencia e define o quanto o homem consegue se desenvolver psicologicamente. Lev Vygostsky (1896-1934) Foi um psicólogo, proponente da Psicologia histór ico-cultural . Pensador impor tante em sua área e época, fo i p ioneiro no conceito de que o desenvolv imento intelectual das cr ianças ocorre em função das interações sociais e condições de v ida. 1515 AULA 2, PARTE 1 Gabriela Floreano 00:48 Teoria histórico-cultural (continuação) A professora retoma o assunto da aula anter ior, se aprofundando no conceito da mediação na teor ia de Vygotsky. Através da história existem mediações acontecendo para que não se repitam os mesmos erros que foram cometidos. Se todos os seres humanos partissem do zero para a construção do conhecimento, nós não teríamos avençado cientificamente. 19:18Níveis de desenvolvimento Outro ponto impor tante da teor ia de Vygotsky são os níveis de desenvolv imento, onde existe o desenvolv imento real e o potencial . O desenvolv imento real é aquele que determina o que o indiv íduo já é capaz de fazer por conta própr ia , ou seja , o conhecimento já adquir ido e formado. O desenvolv imento potencial d iz respeito à at iv idades que o indiv íduo ainda não consegue real izar sozinho, mas consegue com ajuda, ou seja , é o que o indiv íduo é capaz de aprender com outras pessoas. A zona de desenvolv imento proximal def ine então as funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação. 16 Para Vygotsky, a inteligência não é aquele conhecimento já pronto. É a habilidade de adquirir um conhecimento novo. 32:26Recapitulando A professora Gabr ie la re lembra tópicos impor tantes das teor ias de Piaget e Vygotsky, c i tados anter iormente. 17 AULA 2, PARTE 2 Gabriela Floreano 00:07 Teoria da aprendizagem significativa Para Ausubel , “a aprendizagem signif ica organização e integração do mater ia l na estrutura cognit iva.” “É a aprendizagem cognit iva , entendida como o conteúdo total de ideias de um cer to indiv íduo e sua organização: ou, conteúdo e organização de suas ideias em uma área par t icular de conhecimentos. É o complexo resultante dos processos cognit ivos, ou seja , dos processos por meio dos quais se adquire e ut i l iza o conhecimento.” MOREIRA (1999, p.152) A aprendizagem pode ser cognit iva , afet iva e psicomotora, porém Ausubel foca apenas na aprendizagem cognit iva em sua teor ia. • Cognit iva : é um “armazenamento organizado” de quem aprende; • Afet iva : resulta de s inais internos ao indiv íduo, como prazer, dor, sat isfação, e acompanha a aprendizagem cognit iva ; • Psicomotora : respostas motoras adquir idas por t re ino e prát ica. Ausubel def ine estruturas cognit ivas como estruturas hierárquicas de conceitos que são representações de exper iências sensor ia is do indiv íduo. Aprendizagem mecânica : é a aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação a conceitos re levantes na estrutura cognit iva. Não há interação entre a nova informação e aquela já armazenada. Na aprendizagem mecânica, o conhecimento f ica arbitrar iamente distr ibuído na estrutura cognit iva sem l igar-se a conceitos subsunçores específ icos; 18 Aprendizagem signif icat iva : processo através do qual uma nova informação re laciona-se com algum aspecto re levante da estrutura de conhecimento do indiv íduo. Durante o processo de assimi lação é necessár io uma interação substant iva e não arbitrar ia entre o novo conhecimento e o prévio. Para Ausubel , a d ist inção entre a aprendizagem signif icat iva e a mecânica não é uma dicotomia, mas sim um cont ínuo. Existem três t ipos de aprendizagem signif icat iva que são aprendizagem representacional , conceitual e proposicional . • A aprendizagem representacional está dada pelo s ignif icado de s ignos ou s ímbolos formado culturalmente; • A aprendizagem conceitual é quando o aprendiz separa as caracter íst icas essenciais ou regular idade do objeto que passa a ser representado por s ímbolos; • A aprendizagemproposicional impl ica em dar s ignif icado a novas ideias expressas na forma de proposição. Outro t ipo de c lassif icação discut ido por Ausubel é a de aprendizagem subordinada, superordenada e combinatór ia . • Subordinada: uma nova informação adquire um signif icado quando interage com os subsunçores, e o novo mater ia l f ica subordinado à estrutura cognit iva. • Superordenada: um conceito potencialmente s ignif icat ivo e mais geral do que as ideias que já estão na estrutura cognit iva é adquir ido, e passa a assimi lar os conceitos que já exist iam, mas são menos desenvolv idos. Assim, as ideias mais específ icas f icam relacionadas a esta ideia superordenada. • Combinatór ia : é a aprendizagem de proposições ou conceitos que não têm uma relação de subordinação ou superordenação. É um conteúdo amplo e re levante na estrutura cognit iva. É uma proposição que não pode ser assimi lada por outra , mas também não pode assimi lar o que já existe. 19 David Ausubel (1918-2008) Foi um psicólogo, educador e pesquisador americano que trabalhou em áreas como a psicologia étnica e o campo da aprendizagem. Ele nasceu no Brooklyn, Nova York , em 1918, e passou a v ida inteira nos Estados Unidos trabalhando em diferentes universidades e centros terapêut icos. Subsunçor Define-se subsunçor como conceito faci l i tador para um novo assunto, um conhecimento prévio que faci l i tará a inserção de uma nova informação. Em termos simples, é o nome que se dá a um conhecimento específ ico, existente na estrutura de conhecimentos do indiv íduo, que permite dar s ignif icado a um novo conhecimento que lhe é apresentado ou por e le descober to. Mapa mental É um t ipo de diagrama voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capita l inte lectual ; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na cr iação de manuais , l ivros e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade de ideias) ; e no auxí l io da gestão estratégica de uma empresa ou negócio. A aprendizagem mecânica precisa acontecer em alguns casos até que se formem subsunçores desse conhecimento. Se o aluno só memorizou, quando ele precisar aplicar de diferentes formas o conceito, o material, o contexto, ele não vai conseguir. 20 AULA 2, PARTE 3 Gabriela Floreano 00:06 Teoria da aprendizagem significativa (continuação) A professora Gabr ie la cont inua a expl icação sobre a Teor ia da aprendizagem signif icat iva , abordando a assimilação, diferenciação progressiva e reconci l iação integrat iva . TDAH O Transtorno do Déf ic i t de Atenção com Hiperat iv idade é um transtorno neurobiológico, de causas genét icas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indiv íduo por toda a sua v ida. E le se caracter iza por s intomas de desatenção, inquietude e impulsiv idade. Dislexia A Dislexia do desenvolv imento é considerada um transtorno específ ico de aprendizagem de or igem neurobiológica, caracter izada por di f iculdade no reconhecimento preciso e/ou f luente da palavra , na habi l idade de decodif icação e em soletração. Essas dif iculdades normalmente resultam de um déf ic i t no componente fonológico da l inguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habi l idades cognit ivas. 21 07:41Neurociência cognitiva A impor tância do educador em conhecer o funcionamento cerebral e a neurociência está em tornar o planejamento e a prát ica do professor mais ef ic iente e intencional , porém não há como resumir o ensino à aspectos biológicos. As interações, contextos, cot id ianos entre outros estão presentes e atuam constantemente. Saber o funcionamento biológico não capacita por s i só a prát ica do ensino-aprendizagem. O sistema nervoso central (SNC) é responsável pela comunicação com o mundo e com as par tes internas do organismo, a maior par te dele é construída ainda no útero e cada neurônio l iga-se de maneiras diferentes, por isso temos cérebros diferentes. Neurônios são as células que caracter izam o s istema nervoso, responsáveis por t ransmit i r impulsos ao cérebro, possuem dendr i tos e axônio. Os dendr i tos captam informações de outras células e as conduzem até o corpo celular, e os axônios são o meio de envio dos impulsos a outras células. Plasticidade cerebral Consiste em uma reorganização da estrutura neural do indiv íduo ao v iver uma exper iência nova, ou seja , a capacidade das s inapses, dos neurônios ou de regiões do cérebro de al terar suas propr iedades através do uso ou est imulação. Bainha de Mielina É uma estrutura formada por uma membrana l ip íd ica r ica em gl icofósfol ip ídeos e colesterol , que recobre os axônios, atuando pr incipalmente como isolante e létr ico, faci l i tando a rápida comunicação entre os neurônios. 22 Quando a gente chega na fase a adulta, o cérebro não está mais preocupado em aprender coisas novas, mas sim consolidar o que foi aprendido. 23 AULA 3, PARTE 1 Gabriela Floreano 01:42 Retomando a aprendizagem significativa Segundo Ausubel , ex istem três t ipos de aprendizagem signif icat iva. A aprendizagem representacional “ refere-se ao s ignif icado de palavras e s ímbolos unitár ios. Esse t ipo de aprendizagem const i tu i o t ipo básico de aprendizagem da espécie humana.” (MOREIRA, 1999) A aprendizagem representacional e a aprendizagem conceitual são interdependentes. “Os conceitos representam regular idades em eventos, s i tuações ou propr iedade e possuem atr ibutos essenciais comuns que são designados por a lgum símbolo.” A aprendizagem proposicional “ refere-se aos s ignif icados expressos por grupos de palavras combinadas em proposições ou sentenças.” (MOREIRA, 1999). 15:29Organizador prévio Organizadores prévios são propostos como um recurso instrucional potencialmente faci l i tador da aprendizagem signif icat iva , no sent ido de servirem de pontes cognit ivas entre novos conhecimentos e aqueles já existentes na estrutura cognit iva do aprendiz. As funções do organizador prévio (OP) são: Oferecer uma armação ideat iva para a incorporação estável e retenção do mater ia l mais detalhado e diferenciado que se segue no texto a ser 24 aprendido ou na exposição a ser acompanhada; Aumentar a descr iminal ização entre este úl t imo mater ia l e as ideias s imi lares ou ostensivamente conf l i tantes na estrutura cognit iva ; Tornar evidentes as ideias que porventura já existam na estrutura cognit iva e que possam servir de esteio às novas aprendizagens, potencial izando, assim, a capacidade de aprendizagem do suje i to ; O pr incípio de diferenciação progressiva prevê a apresentação das ideias mais gerais ao aluno em pr imeiro lugar, para depois serem progressivamente diferenciadas em termos de detalhes e especif ic idade. Essa ideia const i tu i o pr incípio básico re lat ivo ao funcionamento de um OP. Ausubel vai propor um organizador do tipo expositivo, porque esses organizadores têm uma relação de superordenação com o novo conhecimento a ser aprendido. 32:07Mapa conceitual A professora apresenta um mapa conceitual e laborado por Moreira e Buchweitz , i lustrando uma das maneiras que Ausubel sugere a organização de conhecimentos. Um mapa conceitual é uma boa maneira de se apresentar uma organização lógica sobre conhecimentos básicos. 25 AULA 3, PARTE 2 Gabriela Floreano 00:07 Teoria das inteligências múltiplas Gardner, o autor dessa teor ia , propõe que existem oito t ipos de intel igências: • L inguíst ica : l idar cr iat ivamente com palavras e s ímbolos; • Lógico-matemática : quant i f icar dados e aval iar h ipóteses; • Espacial : percebe o mundo tr id imensionalmente; • Corporal -c inestésica : coordenar mente e corpo; • Musical : d i ferenciar sons, r i tmos, tons e t imbres; • Interpessoal : entender os sent imentos e motivações daspessoas colocando-se no lugar delas; • Intrapessoal : entender a s i mesmo e aos seus própr ios sent imentos e desejos; • Natural ista : compreender a re lação entre os seres v ivos e o ambiente. Howard Gardner É um psicólogo cognit ivo e educacional estadunidense, l igado à Universidade de Harvard e conhecido em especial pela sua teor ia das intel igências múlt ip las. Em 1981 recebeu prêmio da MacAr thur Foundat ion. Em 2011 foi galardoado com o Prémio Pr íncipe das Astúr ias das Ciências Sociais . 26 AULA 3, PARTE 3 Gabriela Floreano 00:07 Teoria das inteligências múltiplas (continuação) Dentro desta teor ia , todos os indiv íduos possuem os oito t ipos de intel igência , sendo que a maior ia pode desenvolver cada intel igência num nível adequado de competência. As intel igências normalmente funcionam juntas de maneira complexa, existem muitas maneiras de ser inte l igente em cada categor ia. Gardner apontou regiões neurais para cada t ipo de intel igência : • L inguíst ica : área de Broca no cór tex frontal esquerdo, área de Wernicke no lobo temporal esquerdo, sulco lateral na par te infer ior do lobo par ietal ; • Lógico-matemática : lobo par ietal esquerdo e áreas de associação temporal e occipi ta l adjacentes, hemisfér io esquerdo para nomeação verbal , hemisfér io dire i to para organização espacial , s istema frontal para planejamento e def in ição de metas; • Espacial : lobo occipi ta l e par te poster ior do lobo par ietal d i re i to ; • Corporal -c inestésica : área motora, tá lamo, gângl ios basais e cerebelo ; • Musical : lobo frontal e par te anter ior do lobo temporal d i re i to ; • Interpessoal : lobos frontais como estação integradora, s istema l ímbico; • Intrapessoal : s istemas do lobo frontal ; • Natural ista : lobo par ietal esquerdo para discr iminar entre seres v ivos e não-vivos. 27 Savants Id iot -savants ou savant ismo (do francês savant , “sábio”) é considerado um distúrbio psíquico no qual a pessoa possui uma grande habi l idade intelectual a l iada a um déf ic i t de intel igência. Algumas vezes, os testes psicométricos medem um tipo de memória, por exemplo. A pessoa acaba assinalando que não tem boa memória, mas até tem, só não a memória que está sendo exigida no teste. 30:39 Processos cognitivos e a aprendizagem A professora faz alguns apontamentos sobre o conteúdo estudado nesta discipl ina , re lacionando os processos cognit ivos com a aprendizagem. Há uma série de informações acontecendo em cada mesa que você passa como professor, e cabe a gente atuar na zona de desenvolvimento proximal. SOBRE O CURSO PROFESSOR DO CURSO AULA 1, PARTE 1 AULA 1, PARTE 2 AULA 1, PARTE 3 AULA 2, PARTE 1
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