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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO LICENCIATURA EM HISTÓRIA BARBARA LUIZA BRAGA ALEXANDRE NUNES PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Professor: Edelu Kawahala RIO DE JANEIRO 2021 2 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: ENTREVISTA COM APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS INTRODUÇÃO A Psicologia é o campo da ciência que estuda o comportamento, emoções e pensamentos, tendo sido influenciada por diversos pensadores, cientistas, movimentos e áreas, como a Filosofia, o Racionalismo, a Psicofísica, o Estruturalismo, o Funcionalismo, o Behaviorismo e tem como auxílio inúmeras abordagens teóricas como a Psicanálise, Análise do Comportamento, Gestalt, Psicologia Positiva, Teoria da Inteligência Multifocal, entre outras teorias. Como profissão, a Psicologia se torna restrita somente ao psicólogo(a) e é atribuído a este profissional compreender, estimular e ajudar na melhoria da qualidade de vida de quem a procura ou de onde estiver inserida, seja ambiente escolar, clínica ou organização hospitalar e empresarial. Como ciência, a Psicologia embasa trabalho de psicólogos, pedagogos, professores, gestores e de qualquer outro campo profissional que necessite compreender o ser humano, sendo fundamental o uso do conhecimento e interseção com outras profissões. Apesar de a psicologia fazer parte da prática escolar brasileira desde a década de 1960, onde o foco era determinar os indivíduos como seres que precisam se adequar à sociedade se ajustando ao meio em que vivem, se preocupando em sanar problemas de aprendizagem e comportamento, a mudança do olhar psicológico no ambiente escolar acontece a partir da década de 1980, sendo desde então, um desafio tanto para os profissionais educacionais quanto para os psicólogos. A década de 1980 foi um período muito importante para as mudanças da psicologia escolar, pois foi o período do fim da ditadura militar no Brasil e também por uma busca por uma sociedade mais justa e com qualidade, tendo a participação de muitos psicólogos em movimentos sociais nesses âmbitos. O papel do psicólogo na educação é trabalhar em parceria, prestando um apoio aos estudantes, educadores, famílias e contexto escolar como um todo, visando identificar e orientar familiares e educadores em como lidar com determinados desafios e comportamentos causados por dificuldades emocionais e/ou sociais no contexto escolar e familiar. A Psicologia se tornou uma ciência fundamental para as correntes mudanças no processo educacional, já que ela contribui para o desenvolvimento cognitivo, humano e social da comunidade 3 escolar por meio de projetos, ações e reflexões. O papel do psicólogo vai além de impedir ou prevenir problemas emocionais ou comportamentais no ambiente escolar, já que auxilia também na criação de oportunidades a fim de promover a saúde mental e o bem-estar de todos os que frequentam uma instituição escolar, mesmo que em alguns casos, para alcançar resultados positivos, seja necessário o apoio e intervenção com a família. É possível perceber no contexto escolar brasileiro diversos desafios, pois em nosso país a desigualdade social e educacional ainda é uma dura realidade. Neste contexto, o psicólogo escolar tem um papel de extrema importância, pois este precisa estar envolvido nos aspectos sociais e educacionais, colaborando para uma melhor realidade educacional. Desta forma, o psicólogo e a instituição de ensino devem integrar e ampliar estratégias que busquem compreender as causas das dificuldades da aprendizagem escolar e de outros aspectos que envolvam a vida e cotidiano do aluno e a partir disso, traçar alternativas educacionais que visem adequar à realidade do aluno, protagonista de todo este processo, para que se obtenham resultados que sejam satisfatórios no processo de ensino-aprendizagem, conseguindo atender as demandas de uma sociedade emergente e diversa. DESENVOLVIMENTO A partir de uma reflexão acerca do trabalho do docente para a contribuição do desenvolvimento e aprendizagem do aluno, foi realizada uma entrevista via Whatsapp com a professora Carolina Solano Augusto, graduanda em Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá e que, atualmente, exerce sua função, lecionando em sua escola de reforço escolar, criada por ela e por sua mãe, professora e pedagoga, Rosangela Silva Solano Augusto. Carolina Solano Augusto atualmente cursa o último período de Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá, porém quando cursava o Ensino Médio fez curso de formação de professores, com habilitação na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, EJA e Educação Especial. 4 ENTREVISTA 1) Qual sua área de atuação e há quanto tempo é professora? Resposta: Carolina Solano Augusto é professora há 2 anos e meio e atua nas áreas da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. 2) Em sua opinião, qual é a importância de estudar a disciplina de Psicologia da Educação para a atuação do professor? Resposta: Estudar a disciplina Psicologia da Educação é de suma importância e bastante fundamental, pois auxiliar o professor a compreender a o seu aluno em seu desenvolvimento integral. A psicologia auxilia no conhecimento do comportamento humano, sendo importante conhecer suas emoções e ver como a afetividade interfere na aprendizagem. 3) Qual a sua opinião sobre o modelo de educação atual nas escolas? Resposta: Essa é uma questão complexa, pois envolve não somente a instituição, mas também os responsáveis dos alunos. A realidade das famílias nos dias atuais é muito diferente das famílias da época dos nossos pais, por exemplo, onde ainda era visto uma boa participação de um dos responsáveis na educação escolar – principalmente as mães -, visto que antigamente somente um dos responsáveis trabalhava e o outro ficava em casa tomando conta dos filhos e dos afazeres domésticos – ressaltando um exemplo de estrutura familiar com pai, mãe e filhos. Nos dias atuais, situações como essa ainda existem, porém em uma escala menor se comparando há anos atrás. Tendo uma realidade onde tanto pai quanto a mãe precisam trabalhar para proverem o sustento familiar, o aluno em muitos casos acaba ficando em período integral nas escolas, dando a ela uma responsabilidade de prover além de educação, cuidados que os responsáveis legais deveriam oferecer. Isso faz com que, na visão de educadora, seja observado um abismo de afetividade entre pais e filhos, na qual a escola se vê na necessidade de suprir e também um distanciamento da relação escolas – família e pais – desenvolvimento educacional do aluno. 4) Em sua opinião, qual a participação do aprendiz no processo de aprendizagem? Resposta: O aprendiz deve ser o protagonista no processo de construção, elaboração e aplicação do conhecimento, se tornando um sujeito ativo durante o processo de ensino-aprendizagem. É de extrema relevância que o educador utilize as bagagens as experiências anteriores que o aluno 5 possui, vinculando com os conteúdos didáticos que serão ministrados para que o processo ocorra de forma significativa para o educando. 5) Qual é o limite da aprendizagem? Resposta: A aprendizagem deve respeitar os limites pessoais que cada aluno possui. Cabe ao educador estimular os educandos vinculando os conteúdos que serão ministrados com as experiências pré-existentes que o aluno possui. Os educadores devem compreender que a aprendizagem não deve acontecer de maneira mecânica, ou seja, transmitindo meros conteúdos sem a colaboração dos alunos, a aprendizagem deve ser significativa, aproximando a realidade do aluno com o âmbito escolar. Desta forma, o educando acaba demonstrando cada vez mais interesse em querer adquirir conhecimento, sendo este uma forma inesgotável. 6) Qual a natureza da aprendizagem?Resposta: Com relação à natureza da aprendizagem, é importante deixar destacado que cada aluno possui um jeito diferente de aprender e cabe ao professor utilizar variados métodos de acordo com os variados tipos de alunos, já que um determinado método utilizado em um aluno e que tem um resultado positivo, pode não funcionar em outro aluno. Com isso, o professor precisa ser diversificado e ficar sempre verificando quais métodos pode atingir uma aprendizagem eficaz e satisfatória tanto para ele quanto para seus alunos. 7) Você acredita que o método “copia e cola” acaba influenciando no desenvolvimento do estudante? Resposta: A partir do momento em que não há interação entre professor – aluno, interpretação, compreensão e discussão sobre o que está sendo estudado, estimulando o debate em sala de aula, mesmo que os alunos tenham opiniões que sejam contrárias aos do professor, o método “copia e cola” não tem influência sobre o aprendizado e desenvolvimento do estudante e não possuindo essas características, este método fica totalmente mecânico. Desta maneira, não promove nenhum tipo de interação educacional e social entre educador e educando. 8) O que é fracasso escolar? Resposta: O fracasso escolar é um problema que envolve o âmbito educacional e social. Trazendo este ponto para a nossa realidade, o Brasil ainda tem um índice muito alto de pessoas não alfabetizadas e de pessoas que não concluíram os ensinos fundamental, médio e superior. Esse fracasso consiste no educando que não conseguiu atingir as exigências das etapas da Educação 6 Básica, sejam por evasão escolar, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e o abandono por parte dos familiares, onde não foi possível despertar no aluno o acesso e o direito do saber. 9) Qual o ponto principal que o professor precisa se atentar para promover uma didática eficiente? Resposta: É preciso que o professor tenha em mente que o aluno é o protagonista. Com isso, é necessário que se faça uma reflexão do indivíduo e do coletivo, para que o professor consiga buscar diferentes ferramentas e métodos que sejam atraentes e eficazes para atingir os alunos, visto que nenhum aluno é igual, todos são diferentes. Acredito que seguindo esse pensamento, é possível promover uma didática eficiente e satisfatória tanto para o professor quanto para seus alunos. CONCLUSÃO Apesar das dificuldades encontradas no âmbito escolar e econômico-social para que a educação se faça eficaz, é preciso pensar na importância da psicologia na área da educação, pois auxilia o profissional da educação a olhar os alunos de uma maneira mais humana, buscando entender suas emoções, sua realidade para que dessa forma, encontre metodologias diversificadas de ensinar, e a partir disso, conseguir resultados satisfatórios no processo ensino-aprendizagem. Também é necessário destacar a importância das relações estudante – família – escola para que esse processo de ensino-aprendizagem tenha sucesso. A família precisa entender a sua importância no processo de desenvolvimento social e intelectual do aluno, estreitando as relações com a escola para que se tenha um resultado positivo na vida daquele aluno. O professor, a escola e a família devem estabelecer um relacionamento estreito, com diálogos amplos e constantes, para que possam promover um tratamento sócio-emocional e um processo educacional de excelência, adequado às limitações e realidades de cada aluno. incluso. Somente assim é possível garantir aos estudantes o direito à educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, Cássia Cassimiro de Oliveira, 2017. Desafios encontrados na atuação do psicólogo escolar. / Cássia Cassimiro de Oliveira Castro. – Patrocínio: Centro Universitário do Cerrado, 2017. 7 Disponível em: DESAFIOSENCONTRADOSNAATUACAODOPSICOLOGOESCOLAR.pdf (unicerp.edu.br) . Acesso em 22/05/2021. Conteúdo da disciplina de Psicologia da Educação. Disponível em: https://estacio.webaula.com.br/ead/ OLIVEIRA, Susana, 2019. O papel do psicólogo na educação. Disponível em: O papel do psicólogo na educação, por Susana Oliveira | Escola da Inteligência (escoladainteligencia.com.br) . Acesso em 22/05/2021 https://www.unicerp.edu.br/ensino/cursos/psicologia/monografias/20172/DESAFIOSENCONTRADOSNAATUACAODOPSICOLOGOESCOLAR.pdf https://www.unicerp.edu.br/ensino/cursos/psicologia/monografias/20172/DESAFIOSENCONTRADOSNAATUACAODOPSICOLOGOESCOLAR.pdf https://estacio.webaula.com.br/ead/ https://escoladainteligencia.com.br/blog/o-papel-do-psicologo-na-educacao/ https://escoladainteligencia.com.br/blog/o-papel-do-psicologo-na-educacao/
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