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Estágio de desenvolvimento cognitivo sensório

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➢ Estágio de desenvolvimento cognitivo sensório-motor:
No estágio inicial do desenvolvimento, conhecido como sensório-motor, conforme descrito por Rodrigues et al., (2005), a inteligência da criança é predominantemente formada por uma série de práticas e ações reflexivas. Nesse período, as funções mentais estão principalmente envolvidas na execução de reflexos inatos, nos quais o universo é percebido principalmente como a observação de movimentos que evoluem e se aprimoram com o tempo. As conquistas do bebê consistem, em grande parte, na coordenação das suas percepções sensoriais e em comportamentos motores simples. Nesse estágio, de acordo com Balestra (2007), o bebê não manifesta uma consciência clara da distinção entre seu mundo interno e o mundo externo. Psicologicamente, ele não diferencia entre si mesmo e o ambiente ao seu redor. Suaúnica referência para compreender o mundo exterior é o seu próprio corpo, o que o leva a acreditar que ele é o ponto central do universo. Esse período é caracterizado por uma completa falta de diferenciação entre os aspectos subjetivos e objetivos, um fenômeno conhecido como egocentrismo, que persiste até o início do estágio das operações concretas na criança. Nesse contexto, o egocentrismo se caracteriza por várias manifestações específicas, incluindo o artificialismo, em que a criança acredita que tudo ao seu redor é resultado de ações intencionais voltadas para ela, o finalismo, onde tudo é visto como tendo um propósito preestabelecido, o animismo, que envolve a crença de que tudo ao seu redor possui uma vida própria, semelhante à que ela mesma possui, e o realismo infantil, que se traduz por uma visão particular e subjetiva do ambiente no qual está imersa. Neste estágio, as atividades são predominantemente de natureza prática, e ocorrem manifestações distintas desse período de desenvolvimento, que podem ser classificadas em reações circulares, incluindo as primárias, secundárias e terciárias. As reações circulares primárias, referem-se aos reflexos e hábitos observados nos primeiros dias de vida do bebê, os quais, ao longo do tempo (entre 3 e 6 meses), evoluem para ações mais inteligentes e funcionais. No estágio subsequente, observam-se as reações circulares secundárias, nas quais as ações do bebê ainda refletem hábitos básicos, mas já é evidente o surgimento de intencionalidade em relação a um objetivo específico. Nesse estágio, o bebê demonstra a intenção de manter um determinado resultado, uma vez que começa a assimilar objetos e, consequentemente, a desenvolver esquemas de ação. Entre os 10 e os 24 meses de vida, podem-se observar as reações circulares terciárias, nas quais a criança realiza ações de forma intencional. Ela observa um determinado movimento ou comportamento e repete essa ação de maneira variada sempre que deseja alcançar um novo objetivo. Isso indica que a criança já utiliza esquemas mais complexos e familiares diante de novas situações, com a intenção de obter resultados diferentes. Esse estágio marca o início da construção de novas estruturas que influenciam o desenvolvimento do pensamento experimental. 9 Dentro do estágio de desenvolvimento sensório-motor, identificam-se subestágios que desempenham um papel fundamental na compreensão de como o bebê se ajusta ao mundo e progride em seu desenvolvimento. De acordo com Piaget (1971), esses subestágios incluem o seguinte: ➢ No primeiro subestágio (0 a 1 1½ mês): o recém-nascido apresenta esquemas reflexos, como o movimento involuntário da cabeça, sucção, agarrar e olhar. ➢ No segundo subestágio (1½ a 4 meses): ocorrem as reações circulares primárias, caracterizadas pela repetição de ações agradáveis. ➢ No terceiro subestágio (4 a 8 meses): introduzem-se as reações circulares secundárias, acompanhadas por uma crescente consciência dos efeitos das próprias ações sobre o ambiente. ➢ No quarto subestágio (8 a 12 meses): a coordenação das reações circulares secundárias permite ao bebê combinar esquemas para alcançar resultados desejados. ➢ No quinto subestágio (12 a 18 meses): ocorre o início das reações circulares terciárias, permitindo à criança variar deliberadamente suas abordagens para resolver problemas e experimentar as consequências. ➢ No sexto subestágio (18 a 24 meses): surge a representação simbólica, onde imagens e palavras começam a representar objetos familiares, e a criança é capaz de inventar novos métodos de resolução de problemas por meio de combinações simbólicas. Conforme a explicação de Balestra (2007), a criança gradualmente se distingue do mundo ao seu redor, o que lhe permite compreender a ideia de permanência do objeto. Ela passa a entender que um objeto continua a existir mesmo quando não está mais visível, o que representa a aquisição da noção de que o mundo não está centrado exclusivamente em si mesma. Esse processo é conhecido como descentralização, uma habilidade que capacita a criança a pensar de forma mais flexível, transitando livremente entre o passado, o presente e o futuro. No estágio sensório-motor, como mencionado acima, alcança-se um estado de equilíbrio quando a criança demonstra a habilidade de alcançar objetos que estão distantes ou escondidos por outras pessoas ao seu redor. Isso indica que a ação da criança se tornou estruturada em termos de espaço, tempo e causa, evidenciando 10 também a compreensão da permanência dos objetos e a superação do egocentrismo. Como resultado, emerge a capacidade de funcionamento simbólico nesse estágio. ➢ Estágio cognitivo pré-operatório: Com o surgimento da capacidade simbólica por volta dos dois anos, como destacado por Terra (2011), a linguagem emerge, trazendo importantes transformações nos aspectos cognitivos, emocionais e sociais da criança. Isso ocorre porque a linguagem possibilita interações interpessoais, permitindo à criança trabalhar com representações para atribuir significados à realidade. Nessa fase, o desenvolvimento do pensamento é mais acelerado devido aos contatos sociais facilitados pela linguagem. Neste estágio, ocorre uma mudança significativa, uma vez que a criança, através da linguagem e da habilidade de representação, por meio do jogo simbólico e das imagens mentais, é capaz de internalizar ações, conferindo-lhes significado. O estágio pré-operacional, marca um importante avanço no desenvolvimento, com a emergência da capacidade simbólica. O desenvolvimento da linguagem traz consigo três consequências significativas para o aspecto cognitivo da criança: a socialização da ação, que envolve interações entre indivíduos; o desenvolvimento da intuição e do pensamento, que se baseia no pensamento verbal e dá origem a conceitos como finalismo questionamentos sobre o ‘porquê’ das coisas, animismo e artificialismo. Conforme Papallia (2000), nesta fase, além da função simbólica capacidade de pensar em algo sem necessidade de visualizá-lo, as crianças podem desenvolver a compreensão de conceitos como identidade a ideia de que pessoas e muitas coisas permanecem as mesmas, mesmo que sua aparência mude, causa e efeito o reconhecimento de que o mundo é organizado e que elas têm a capacidade de causar eventos, habilidade de classificação capacidade de organizar objetos, pessoas e eventos em categorias com significados específicos e compreensão numérica como por exemplo, a habilidade de contar e lidar com quantidades. Segundo Biaggio (1995), esse avanço ocorre porque, nesse período, a criança não está mais limitada apenas a sensações e movimentos, ela consegue discernir um elemento simbólico (como uma imagem, palavra ou símbolo) de um significado 11 concreto (um objeto ausente). Isso resulta em uma expansão significativa de seu vocabulário e na formação de sentenças mais complexas. Apesar de Papallia (2000) destacar as notáveis realizações da segunda infância, Biaggio (2000) complementa que o estágio pré-operacional, também é caracterizado por limitações, as quais são definidas em termos de tarefas que as crianças dessa faixa etária não conseguem realizar. Estas tarefas, conforme mencionadas por Papallia (1995),incluem: ➢ Tendência à centração, na qual as crianças se concentram em apenas um aspecto em vez de considerar vários simultaneamente. ➢ Confusão entre aparência e realidade, isso se refere à dificuldade das crianças em distinguir entre a aparência superficial de algo e sua real natureza. Por exemplo, quando uma criança observa um recipiente com leite e depois é apresentada a um óculos que altera a cor do leite, tornando-o verde, ao ser questionada sobre a cor do leite, a criança responderá que é verde, baseandose na aparência modificada, em vez de reconhecer a cor real do leite. ➢ Irreversibilidade: nesse estágio, as crianças têm dificuldade em entender que uma mesma ação ou processo pode ter múltiplos significados ou ser reversível. Por exemplo, elas podem não compreender que a água pode mudar de estado, transformando-se em gelo e, posteriormente, voltar a ser água. Isso reflete a limitação em perceber as diversas maneiras pelas quais eventos e operações podem ocorrer. ➢ Foco mais nos estados do que nas transformações: nessa fase, as crianças tendem a perceber o mundo como uma série de imagens estáticas, e têm dificuldade em compreender o processo de mudança que leva de um estado a outro. Isso significa que elas têm uma visão limitada das transformações e transições entre diferentes estados ou eventos. ➢ Raciocínio transdutivo: nesse estágio, as crianças tendem a relacionar situações de forma causal, muitas vezes estabelecendo conexões simplistas entre eventos. Por exemplo, uma criança pode erroneamente acreditar que seus pais se divorciaram devido a um mau comportamento dela. Isso demonstra uma compreensão limitada das relações de causa e efeito, frequentemente baseada em interpretações egocêntricas. 12 ➢ Egocentrismo: esse estágio se caracteriza pela falta de habilidade da criança em considerar o ponto de vista ou perspectiva de outras pessoas. Sua compreensão do mundo é predominantemente centrada em si mesma, o que significa que ela tem dificuldade em compreender as experiências e pontos de vista dos outros. Isso reflete uma limitação na capacidade de adotar uma perspectiva externa e empatizar com as visões alheias. Apesar da rápida evolução do pensamento na criança durante este estágio, ainda persiste o egocentrismo. Nessa fase, o sujeito não consegue conceber uma realidade da qual não faça parte, devido à falta de esquemas conceituais e de lógica. A compreensão da realidade é incompleta e parcial, priorizando aspectos percebidos como mais relevantes. Além disso, a reversibilidade do pensamento não é alcançada, tornando difícil a organização de objetos e eventos em categorias lógicas gerais. (Rodrigues et al, 2005). O elemento central deste estágio é, sem dúvida, o desenvolvimento da linguagem, conforme indicado por Balestra (2007). Esse desenvolvimento linguístico gera novos padrões mentais e, ao mesmo tempo, facilita a reconstrução daqueles já estabelecidos anteriormente. Isso abre caminho para a construção do pensamento simbólico, à medida que a criança substitui a ação direta sobre objetos pela capacidade de evocá-los e representá-los mentalmente. O pensamento simbólico abre caminho para superar as restrições relacionadas à noção de tempo e espaço da fase anterior. Essa capacidade recém-adquirida de realizar operações com base em representações mentais, leva a uma progressiva superação do subjetivismo infantil, permitindo uma aquisição de conhecimento mais objetiva. ➢ Estágio de desenvolvimento cognitivo operatório-concreto: Na segunda infância, por volta dos 6 a 12 anos, as crianças adquirem a capacidade de realizar operações mentais, que são ações internalizadas que se conformam a um sistema lógico. Esse pensamento operatório possibilita que as crianças mentalmente combinem, separem, ordenem e transformem objetos e ações. Essas operações são consideradas concretas, pois, são executadas na presença dos objetos e eventos sobre os quais estão pensando. 13 No estágio mencionado, o pensamento adquire características distintas, como a capacidade de descentralização, que possibilita à criança perceber e considerar simultaneamente múltiplos atributos de um mesmo objeto, e a compreensão da conservação, que implica na compreensão de que certas propriedades de um objeto permanecerão inalteradas, mesmo quando outras forem modificadas. Após o estágio de desenvolvimento cognitivo denominado Operatório Concreto, a criança passa a ter a convicção de que é logicamente necessário manter certas características inalteradas, mesmo diante de mudanças na aparência (conservação). Além disso, ela desenvolve a habilidade de comparar mentalmente as alterações em dois aspectos de um problema e compreender como um compensa o outro (compensação). A criança também passa a entender que algumas ações podem anular ou reverter os efeitos de outras (reversibilidade). Neste estágio, observa-se uma redução significativa do egocentrismo, uma vez que as crianças adquirem maior capacidade de comunicação sobre objetos não visíveis para os outros e passam a considerar como os outros as percebem. Elas também compreendem que uma pessoa pode ter sentimentos diferentes de suas ações, o que melhora a regulação das interações sociais e promove o envolvimento em jogos com regras. Além disso, começam a levar em conta as intenções ao julgar o comportamento e acreditam que as punições devem ser proporcionais às transgressões. Nesse estágio, de acordo com a explicação de Terra (2011), a criança desenvolve a capacidade de considerar e coordenar diferentes perspectivas, integrando-as de maneira lógica e coerente. Além disso, ela adquire a habilidade de internalizar ações, permitindo a construção de raciocínios com fundamentação lógica, como mencionado por Balestra (2007). ➢ Estágio de desenvolvimento cognitivo operatório formal: No período do estágio operatório formal, que tem início por volta dos 12 anos e persiste ao longo da vida, as estruturas cognitivas da criança amadurecem significativamente, e seu pensamento não está mais restrito a experiências diretas. O pensamento atinge seu nível mais avançado quando as operações formais estão plenamente desenvolvidas, tornando-se mais formalizado. Nessa fase, a capacidade 14 de pensamento lógico pode ser aplicada a uma ampla gama de problemas, permitindo que o indivíduo elabore operações de lógica proposicional, indo além das operações relacionadas a classe, ordem e número. O raciocínio passa a ser fundamentado em hipóteses verbais, não se limitando apenas a objetos. Conforme apontado por Balestra (2007), as estruturas mentais desenvolvidas nos estágios anteriores constituem a base que possibilita o pensamento característico desse estágio. As aquisições estruturais que se formaram ao longo desses períodos anteriores ocorrem de maneira integrada, e as operações formais tornam-se viáveis devido à ordem sequencial das aquisições que ocorreram nos estágios anteriores. Nessa fase, o indivíduo demonstra habilidade na elaboração de teorias abstratas. A transição para o pensamento formal permite o uso do raciocínio hipotético-dedutivo, ou seja, a capacidade de deduzir conclusões a partir de hipóteses puramente conceituais, sem depender apenas da observação concreta. Assim, as operações lógicas começam a ser aplicadas ao plano das ideias e da linguagem, independentemente do suporte da percepção, experiência ou crença. No estágio das operações concretas, ocorria uma representação de ações possíveis. No entanto, no estágio das operações formais, essa representação passa a ser uma ‘representação de uma representação’ de ações possíveis. Isso significa que as mesmas operações do nível anterior, são aplicadas a hipóteses ou proposições. No estágio das operações concretas, as operações lógicas se limitavam a operações de classe, relações e números. Já no estágio operatório formal, novas operações são construídas, envolvendo a lógica proposicional, que abrange todas as combinações possíveis de pensamento. A universalidade do pensamento operacional formal, mesmo entre os adultos, é um tema que gera debates significativos.Isso ocorre porque os três primeiros estágios do desenvolvimento cognitivo são amplamente determinados pelas realidades físicas, ou seja, características como a permanência dos objetos e a conservação das quantidades de substâncias são inerentes à maioria das pessoas, uma vez que estão fundamentadas em observações diretas do mundo físico. Por outro lado, as operações formais não estão intrinsecamente ligadas ao mundo físico; elas podem ser desenvolvidas por meio da experiência, da prática na resolução de problemas hipotéticos e do uso do pensamento científico formal. Essas 15 habilidades tendem a ser valorizadas e cultivadas em culturas intelectualizadas, especialmente em contextos acadêmicos e universitários. De acordo com Piaget (1971), ele próprio sugeriu que a maioria dos adultos pode ser competente no uso do pensamento operacional formal apenas em áreas nas quais tenham maior experiência ou interesse pessoal. Portanto, não se espera que todos os estudantes do ensino médio tenham a capacidade de raciocinar hipoteticamente sobre todos os problemas que lhes forem apresentados. Alunos que não conseguem ir além das informações fornecidas provavelmente enfrentarão desafios em seu desenvolvimento cognitivo. Alguns estudantes descobrem estratégias para lidar com problemas que ultrapassam sua compreensão e podem optar por memorizar fórmulas ou sequências de passos. Embora isso possa ser útil para realizar exames, a verdadeira compreensão só é alcançada quando eles conseguem ir além do uso superficial da memorização, aplicando efetivamente o pensamento operacional formal. Portanto, como você pôde compreender, o desenvolvimento cognitivo está intrinsecamente relacionado à aprendizagem, pois, o desenvolvimento cognitivo, fornece uma estrutura fundamental para entender como as crianças aprendem e constroem seu entendimento do mundo. De acordo com Piaget (1971), as crianças não apenas absorvem passivamente informações do ambiente, mas também são ativas na construção de seu próprio conhecimento. Elas exploram, experimentam, questionam e, através dessas interações, desenvolvem esquemas mentais que servem como estruturas para entender o mundo. À medida que progridem pelos estágios do desenvolvimento cognitivo, esses esquemas mentais se tornam mais complexos e sofisticados. A relação entre desenvolvimento cognitivo e aprendizagem está relacionada ao conceito de equilibração, que Piaget (1971) descreve como o processo pelo qual as crianças buscam um equilíbrio entre suas estruturas cognitivas existentes e as novas informações que encontram. Quando uma criança encontra informações que não se encaixam em seus esquemas atuais (desequilíbrio), isso desencadeia um processo de adaptação e reestruturação cognitiva, chamado de acomodação. A acomodação é fundamental para a aprendizagem, pois permite que as crianças ajustem seus esquemas mentais para incorporar novos conhecimentos. 16 Portanto, a teoria de Piaget (1971) enfatiza que a aprendizagem é um processo ativo e construtivo, impulsionado pela interação entre o sujeito e o ambiente. À medida que as crianças progridem em seu desenvolvimento cognitivo, elas se tornam mais capazes de lidar com informações complexas, raciocinar de maneira mais abstrata e resolver problemas de forma mais eficaz. Compreender o estágio de desenvolvimento de uma criança é fundamental para a educação, pois, isso pode ajudar os educadores a adaptar seus métodos de ensino de acordo com as capacidades cognitivas da criança, tornando o processo de aprendizagem mais eficaz e significativo.

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