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Araguaína - TO 2023 CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS KAYO HENRIQUE DINIZ DE SOUZA MACEDO TICS: SÍNDROMES • ATIVIDADE: Texto comparativo com as principais diferenças entre a Sín- drome Nefrótica e a Síndrome Nefrítica. A Síndrome Nefrótica e a Síndrome Nefrítica são dois distúrbios renais distin- tos, cada um com características clínicas e patológicas específicas. A Síndrome Nefrótica é caracterizada pela presença de proteinúria maciça, o que significa que grandes quantidades de proteínas são perdidas na urina devido a um mau funcionamento dos glomérulos, as unidades de filtração dos rins. Isso geral- mente resulta em edema (inchaço) significativo, devido à diminuição da pressão os- mótica sanguínea causada pela perda de proteínas, como a albumina. Além disso, a Síndrome Nefrótica frequentemente causa hiperlipidemia, elevando os níveis de gor- duras no sangue. Por outro lado, a Síndrome Nefrítica é caracterizada por hematúria (presença de sangue na urina), frequentemente associada a sintomas como hipertensão arterial, edema leve e dor abdominal. Ela ocorre devido à inflamação dos glomérulos, que pode ser desencadeada por infecções bacterianas, como uma infecção estreptocócica (glomerulonefrite pós-estreptocócica), e resulta na passagem de glóbulos vermelhos e proteínas sanguíneas para a urina. Outra diferença fundamental é que na Síndrome Nefrótica, os níveis de proteína no sangue estão geralmente diminuídos, enquanto na Síndrome Nefrítica, os níveis de proteína no sangue podem estar normais ou ligeiramente elevados. • RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA: Ao atender um paciente com suspeita de distúrbios renais, como a Síndrome Nefrótica ou a Síndrome Nefrítica, é fundamental que o médico esteja bem informado sobre as principais diferenças entre essas condições para realizar uma avaliação precisa e orientar o tratamento adequado. Na anamnese, é crucial obter informações detalhadas sobre os sintomas do paciente. Na Síndrome Nefrótica, o histórico frequentemente incluirá relatos de edema generalizado, ganho de peso rápido devido à retenção de líquidos e possível história de infecções recentes. Os pacientes podem referir urina espumosa devido à presença de proteínas. Na Síndrome Nefrítica, os pacientes podem relatar hematúria (sangue na urina), hipertensão arterial, dor abdominal e, em alguns casos, infecções respiratórias recentes, especialmente em crianças com glomerulonefrite pós- estreptocócica. Durante o exame físico, é importante avaliar o paciente em busca de sinais específicos. Na Síndrome Nefrótica, o edema é um achado marcante, geralmente mais evidente nos membros inferiores, e pode haver sinais de hiperlipidemia, como xantomas (depósitos de gordura sob a pele). Na Síndrome Nefrítica, a hipertensão arterial é um sinal comum, e o edema pode ser menos proeminente do que na Síndrome Nefrótica. Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial na diferenciação dessas síndromes. Na Síndrome Nefrótica, espera-se encontrar proteinúria significativa com níveis muito baixos de proteína sérica, especialmente de albumina. Os níveis de lipídios no sangue também podem estar elevados. Já na Síndrome Nefrítica, a hematúria é proeminente, e os níveis de proteína sérica podem estar normais ou apenas ligeiramente diminuídos. A abordagem terapêutica varia de acordo com a síndrome identificada. Na Síndrome Nefrótica, o tratamento visa controlar a proteinúria, geralmente com medicamentos como corticosteroides e imunossupressores. Na Síndrome Nefrítica, o foco está no tratamento da causa subjacente, como infecções, e no controle da hipertensão arterial. • REFERÊNCIAS: NORRIS, L. T. Porth – Fisiopatologia. 10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. RIELLA, Miguel C. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. 6ª edição. São Paulo: Grupo GEN, 2018. ROCHA, M. A. M., & Silva, A. A.. Síndrome nefrítica: abordagem diagnóstica e terapêutica. Revista Brasileira de Clínica Médica, 19(6), 575-582; 2021. SILVA, J. M. F., & Andrade, M. L. A.. Síndrome nefrótica: diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Nefrologia, 44(1), 1-10; 2022.
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