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TERAPIA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS GÁSTRICAS Prof. Cristina Fajardo Diestel – cristinadiestel@nutmed.com.br Estômago: Localiza-se na parte superior da cavidade abdominal, abaixo do fígado e do diafragma e acima do cólon transverso. Ocupa uma grande parte do epigástrio e quase todo hipocôndrio esquerdo. Anatomicamente, dividimos o estômago em: - fundo - corpo - antro Características: • Tamanho médio: 25 cm no maior diâmetro, 12 cm de largura, 8 cm no sentido ântero-posterior. • Camadas histológicas: mucosa (glândulas gástricas), submucosa, muscular e serosa. • Capacidade: 1300 ml (1000 – 1500 mL ). Inervação: INTRÍNSECA – PLEXO DE MEISSNER E AUERBACH EXTRÍNSECA - VAGO – INERVAÇÃO PARASSIMÁTICA – Aumenta a motilidade e o tônus (estimulação tônica do estômago e peristaltismo antral) Áreas funcionais do estômago: Fundo e corpo porção secretora de ácido e pepsina Antro endócrino e motor Motilidade do estômago: • Mistura do quimo com as secreções gástricas – até a formação do quimo – semi-líquido • Ondas constrictivas peristálticas – se originam porção superior do estômago (1 a cada 15-20s) • Retropulsão – a abertura do piloro é pequena e grande parte do alimento é ejetada de volta na direção do corpo • Fatores Hormonais que reduzem o esvaziamento: • – CCK (Colecistoquinina) – Secretina – Peptídeo inibidor gástrico (GIP) – liberado pelo intestino na presença de gordura e carboidrato no quimo – Gastrina – estimula o peristaltismo antral e o fechamento do esfíncter pilórico • Sinais do duodeno que inibem as contrações propulsivas do antro e aumentam o tônus do esfíncter pilórico: – Alimento chega ao duodeno – reflexos nervosos para estômago – retardo de esvaziamento – Grau de acidez do quimo duodenal (pH<3,5-4) – Produtos de degradação de proteína e gordura – Grau de osmalidade do quimo (hiper ou hipotônico) Fatores que influenciam a velocidade de esvaziamento gástrico (1-4 horas) Volume do conteúdo gástrico pH (baixo – reduz secreção HCl) Composição química (Glicídios – efeito discreto, Proteínas – efeito intermediário, Lipídios – diminui velocidade de esvaziamento) Osmolaridade (meio hipertônico mais lento) Temperatura (Calor – diminui velocidade de esvaziamento, Frio – aumenta velocidade de esvaziamento) Controle hormonal (CCK, Secretina, GIP, VIP – diminui velocidade de esvaziamento, Gastrina – aumenta velocidade de esvaziamento) Outros: Dor – diminui a velocidade de esvaziamento. SECREÇÃO GÁSTRICA: célula parietal ou oxíntica – produz ácido clorídrico e fator intrínseco célula principal ou zimogênica – produz pepsinogênio (enz.) célula mucosa – produz muco células endócrinas – secretam enteroglucagon (horm.), serotonina (neurotrans.) e outros hormônios células mucosas, célula G (produtoras de gastrina), célula D (produtora de somatostatina) células secretoras de muco. Glândula Oxíntica Glândula Pilórica GASTRITE É a inflamação da mucosa gástrica. Gastrite é um termo confuso, que possui diferentes significados para o leigo, para o clínico, para o endoscopista ou patologista. O Leigo uso o termo como sinônimos de mal caracterizados, esses sintomas atualmente são descritos como dispepsia funcional. O endoscopista uso o termo para descrever anormalidades macroscópicas, como hiperemia ou enantema de mucosa, que podem ser secundárias a outras causas que não a inflamação da mucosa, como hemorragia subepitelial, dilatação capilar e depleção de mucina e sem configurar o real sentido do termo, ou seja, a presença de inflamação aguda ou crônica da mucosa gástrica. E o exame histológico feito pelo patologista pode evidenciar alterações microscópicas sem alterações macroscópicas para o endoscopista. A gastrite “em si” ocorre nos casos em que coexiste lesão celular, processo regenerativo e infiltração inflamatória, acrescido de presença de folículos linfóides na mucosa gástrica. Normalmente, está associada a infecção por Helicobacter Pylori. Gastrites agudas: Podem ser divididas principalmente em 3 tipos: Supurativa ou Flegmonosa, Hemorrágica/Erosiva ou por Helicobacter Pylori. - Supurativa ou Flegmonosa muito rara, existe infecção/inflamação bacteriana das camadas muscular da mucosa e submucosa do estômago após sepse/doença sistêmica. É um diagnóstico clínico raro por sintomas dor, N/V purulentos. Para o diagnóstico, normalmente procede-se uma cirurgia devido ao quadro de abdome agudo. - Hemorrágica/Erosiva Descrita na literatura como úlcera de estresse, úlcera de Cushing, úlcera de Curling e lesão aguda de mucosa gastroduodenal (LAMGD). A sua patogenia não é bem conhecida, sendo que independente do fator precipitante, o resultado final será o aparecimento de múltiplas lesões puntiformes, associada com alteração da superfície epitelial e edema. Seu processo fisiopatológico não é bem descrito, sendo mais aceitos aqueles relacionados com alterações no processo de defesa da mucosa gastroduodenal. A camada de muco gástrica é de 0,2 cm + bicarbonato produzido no estômago fazem uma barreira que evitaria a difusão do ácido do lúmen a superfície mucosa que consegue manter seu pH neutro. Substâncias como o álcool e os AINES diminuem a produção de HCO3. Em condições normais, células do epitélio gástrico são quase totalmente renovadas a cada 3 dias, sendo a descamação um evento fisiológico normal. Substâncias como aspirina, fenilbutazona, anti- reumáticos e álcool produzem descamação excessiva acima da capacidade de regeneração, assim como em usuários de corticoides e radioterapia. As drogas AINES depletam as prostraglandinas, comprometendo a formação do muco e do bicarbonato, além do fluxo sanguíneo da mucosa. Sintomas:Náuseas, hiporexia, vômitos eventuais, às vezes hemorragia digestiva (hematêmese ou melena). As manifestações são moderadas, tornando-se mais severas se houver hemorragia. Diagnóstico: História clínica: antecedentes de ingestão medicamentosa/estresse orgânico + Endoscopia + Tratamento: medicamentoso + redução do agressor Evoluir dieta líquida a branda, conforme tolerância - Gastrite aguda por Helicobacter Pylori Embora a 1ª infecção por H. pylori passe desapercebida na maioria dos pacientes, às vezes, após um período de incubação de 3-7 dias alguns indivíduos desenvolvem um quadro clínico caracterizado por dor ou mal estar epigástrico, pirose, náuseas/vômitos, flatulência, sialorreia, halitose, cefaleia e astenia que permanecem por 1-2 semanas. Embora o quadro clínico seja auto- limitado, evoluindo sem sintomas, ou com estes persistindo por até 2 semanas, na quase totalidade dos casos, se não tratada a infecção permanece indefinidamente e acompanha-se sempre de um quadro de gastrite crônica. Gastrites crônica: Constitui uma inflamação crônica, difusa ou parcial da mucosa gástrica. Sem dúvida, é o tipo muito mais prevalente e visto no consultório. Classificação • Gastrite crônica superficial: limitada a superfície da mucosa, com as glândulas fúndicas normais. • Gastrite crônica atrófica: comprometimento de todo epitélio glandular, que se encontrava diminuído de espessura e com grau variável de atrofia das glândulas fúndicas. • Atrofia gástrica: desaparecimento total das glândulas fúndicas Quando há atrofia das glândulas gástricas, há redução importante da secreção de ácido gástrico, pepsina e fator intrínseco. O Helicobacter Pylori é o agente etiológico de mais de 95% das gastrites crônicas, as mais comuns são as crônicas superficiais leves, mas podem ser intensas e graves. A inflamação pode causar, com o tempo, atrofia glandular, metaplasia intestinal, displasia e neoplasia. Os principais sintomas da gastrite crônicasão: Dispepsia, náuseas, vômitos, dor epigástrica prandial ou pós-prandial, pirose. Mas, em geral, é assintomática. Helicobacter Pylori: - Bactéria gram negativa, espiralada, com flagelos. - Tem a capacidade de alta motilidade, considerada capacidade essencial para que penetre rapidamente na camada de muco, protegendo-se assim, da acidez e do peristaltismo gástrico. - Tem grande adesão - Produção bacteriana de enzimas (mucinase e urease) e citocinas, permite a sobrevivência no meio ácido. A elevada produção de urease pelo H pylori ao converter uréia endógena em amônia, pode promover a desestabilização da camada de muco, provocando lesões sobre o epitélio de revestimento, principalmente em situações de elevado gradiente de pH. - Tem ação sobre a secreção da mucosa antral e oxíntica – aumento a quantidade de gastrina (em geral o aumento da secreção ácida retorna ao normal, após o tratamento do H. pylori) - Diminui a defesa mucosa e agride o epitélio levando a inflamação e lesão - Induz a produção de IL-8 e TNF pelo epitélio e polimorfonucleares inflamação (enzimas proteolíticas e radicais livres) lesão tecidual. - Mucinase – degrada o muco - Catalase, fosfolipase A2, N-metil-histamina, hemaglutininas (ligação às células), lipoproteínas. - Algumas cepas + patogênicas (Cag A e Vac A) produzem mais citotoxinas e mais enzimas. - Transmissão por via oral (fecal-oral), água e alimentos contaminados - Países subdesenvolvidos: principal contaminação na infância (60% antes dos 5 anos), devido à falta de saneamento básico, más condições de higiene, com prevalência de 80% nas populações adultas acima dos 65 anos. - Países desenvolvidos: contaminação na fase adulta (é rara antes dos 20 anos), com prevalência de 60% em maiores de 65 anos. Diagnóstico da Gastrite Crônica: - História clínica - Endoscopia - Histopatológico OBS: Secreção gástrica – acloridria Prognóstico da gastrite crônica: - Irreversível, podendo permanecer estacionária como gastrite crônica superficial ou evoluir para o tipo atrófico. - Atrofia gástrica + anemia perniciosa: considerada lesão predisponente ao câncer gástrico. - Mucosa pode recuperar-se ou sofrer um processo adaptativo de reparo - Atrofia – perda da estrutura glandular - Sugere-se que o refluxo biliar, uma dieta rica em sal, o uso de AINEs e o tabagismo poderiam acelerar este processo - Prevalência e severidade da atrofia aumentam com a idade Gastrite Atrófica / Auto-imune Ocorre quando o indivíduos produz anticorpos anticélulas parietais e antifator intrínseco. É a causa comum de gastrite atrófica em indivíduos jovens. Este tipo de gastrite acomete o corpo e o fundo gástricos e causa atrofia das glândula gástricas no corpo e no fundo, ocorrendo substituição por mucosa tipo intestinal. Como há hipo/acloridria, é comum a ocorrência de hipergastrinemia, na tentativa de aumentar a secreção ácida e isso favorece sobremaneira o aumento do risco de tumores carcinoides. Em situações normais, a produção de fator intrínseco é, habitualmente, superior as quantidades necessárias para absorção de vitamina B12 no íleo, assim, a maior parte dos portadores de gastrite auto-imune secretam fator intrínseco numa quantidade satisfatória para absorção de vitamina B12. Apenas uma pequena fração de indivíduos com atrofia acentuada do corpo gástrico irá desenvolver mal absorção de vitamina B12, com o aparecimento de deficiência de vitamina B12 e os sintomas de anemia perniciosa ao se esgotarem as reservas hepáticas dessa vitamina. A falta de ácido e pepsina também pode contribuir para o quadro, uma vez que a presença dessas substância é fundamental para a liberação da vitamina B12 dos alimentos. Como a imensa maioria das bactérias é destruída em ambientes com pH de 3 é aceito que pacientes com hipo ou acloridria têm concentrações aumentadas de bactérias no intestino delgado, ocasionando disbiose e hiperpermeabilidade intestinal. Essa hipo/acloridria também favorece a ocorrência de infecções intestinais seja por bactérias, vírus ou fungos. Por fim, vale lembrar que o supercrescimento bacteriano intestinal pode ocasionar a ligação do complexo vitamina B12-fator intrínseco às bactérias, prejudicando sua absorção, além da eventual produção de análogos de vitamina B12 pelos microorganismos, competindo assim com a absorção de vitamina B12. Os níveis de ferro sérico, hemoglobina e ferritina na maioria dos pacientes é semelhante aos controles, porém, estudos sugerem que a absorção de ferro sofre influência do pH gástrico. A acidez gástrica induz a quelação com ácido ascórbico, carboidratos da dieta e aminoácidos para melhorar a solubilidade e fazer a absorção no duodeno. Além disso, em pH elevado, formam-se fitatos de cálcio e magnésio que favorecem a precipitação do ferro contido na dieta, prejudicando sua absorção. Finalmente, deve-se ressaltar que, além da eventual mal absorção, a carência de ferro, às vezes vista na gastrite auto-imune do corpo, pode resultar de perdas sanguíneas associadas com inflamação gástrica crônica e com perda de ferro em pacientes apresentando tournover aumentados das células mucosas. A suplementação de vitamina B12 utilizada para tratar a anemia perniciosa corrige a deficiência mas não tem qualquer influência na histologia da mucosa gástrica. A gastrite autoimune aumento o risco de câncer gástrico de 3 a 5 vezes. Sintomas da gastrite em si, quase nenhum, podem advir sintomas neurológicos/hematológicos da anemia perniciosa e diarreia pelo supercrescimento bacteriano Diagnóstico: EDA + Biópsia Tratamento médico: reposição de vitamina B12 parenteral 200mg/mês por toda vida Controle Endoscópico prevenção do câncer gástrico precoce. Diagnóstico de Helicobacter Pylori: - Histologia (biópsia de corpo e antro) - Teste de urease - Teste no C14 (respiratório) ou C13 - Sorologia - Pesquisa de antígenos fecais de H pylori Obs.: Os diagnósticos não invasivos por EDA são mais usados no controle após tratamento, como o teste respiratório. Testes sorológicos pesquisam anticorpos contra o H. pylori e são relativamente sensíveis e específicos. Não são indicados para avaliação da cura da infecção, porque títulos dos anticorpos permanecem positivos por longos períodos de tempo (geralmente mais de dois anos), após a erradicação da bactéria. ÚLCERA PÉPTICA É uma doença que acomete 10 a 15% da população mundial. Definição: secreção de continuidade que atinge a camada muscular da mucosa, expondo-a ao suco gástrico. Acomete o estômago e o duodeno, sendo que a úlcera que acomete a porção distal do esôfago também é denominada péptica. A incidência de úlcera gástrica é maior que de úlcera duodenal, porém o risco de câncer é infinitamente maior na úlcera gástrica. Novamente é uma doença com forte componente infeccioso – Helicobacter pilory. Patogênese da Úlcera Péptica: Os fatores genéticos tornam os indivíduos mais susceptíveis: deficiência na barreira mucosa, da camada de muco e associam-se a estes os agentes agressores, como, principalmente o H. pylori, além do tabagismo, dos anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e do álcool. - AINES: Drogas amplamente utilizadas pela população mundial ( 30 milhões), principalmente idosos. Atuam inibindo a ciclooxigenase que vai culminar com a diminuição da síntese das prostraglandinas e da produção do muco gástrico de defesa. Podem ser não seletivos (inibem a COX 1 e 2) ou seletivos (apenas COX 2). A maioria utilizada é de não seletivos. A COX 1 está presente em todos os tecidos. No tecido gástrico tem participação fundamental na produção da barreira de muco e conseqüentemente na proteção da mucosa gástrica. Também tem papel na fisiologia vascular e renal. Os níveis de COX2 aumentam em situações patológicas, relacionada aoprocesso inflamatório e nos mecanismos da dor. Por isso, a inibição seletiva seria mais vantajosa, porém, relatadamente é menos eficaz. As COX2 possuem capacidade de causar lesão tópica da mucosa, mas esta lesão é menos importante, menos grave e tem caráter secundário (10% do efeito lesivo). A inibição das prostraglandinas causa diminuição do muco epitelial, da secreção de bicarbonato, fluxo sanguíneo da mucosa, proliferação epitelial e resistência da mucosa à lesão. - H. pylori todo mecanismo irritativo e de lesão foi anteriormente já descrito. Infecção presente em 80% das úlceras gástricas e 98% das úlceras duodenais. Na ulcera duodenal ocorre metaplasia gástrica devido à acidez e colonização pelo H. pylori, que por sua vez aumenta a acidez ( gastrina e células parietais) e bicarbonato a nível duodenal - Tabagismo existe uma forte associação entre o hábito de fumar e a úlcera péptica, existindo uma correlação entre o número de cigarros consumidos e a prevalência da úlcera péptica. O risco de úlcera em fumantes é 2 vezes maior que quando comparado a não fumantes. Além disso, a cicatrização é mais lenta das úlceras pépticas em tabagistas e existe maior recidiva. O fumo também causa redução dos níveis de prostraglandinas produzidas pelo estômago, redução da produção de HCO3 pancreático Habitualmente, não atua como agente causal isoladamente. - Álcool Usado em baixas concentrações é um modesto estimulante das secreções ácidas, porém, em quantidades moderadas/altas é inibidor da secreção ácida. O H. pylori produz a enzima ADH (álcool desidrogenase) que oxida o etanol em acetaldeído catabólito altamente tóxico e potencialmente capaz de lesar o epitélio gástrico. - Estresse psicológico não existe úlcera nervosa. O estresse pode favorecer a gênese da úlcera se observado o aspecto da redução das defesas imunológicas e outros fatores de suscetibilidade. Quadro Clínico da Úlcera - Dor epigástrica rítmica e periódica, em queimação, tipo “fome”. - Úlcera duodenal: a dor melhora com a alimentação. - Úlcera gástrica: a dor piora com a alimentação. - Dor noturna - Períodos de acalmia, recidivas e remissões. - Hemorragia: hematêmese e melena, anemia aguda, choque hipovolêmico - Perfuração: dor abdominal difusa com irritação peritoneal franca, abdômen em tábua. - Obstrução: síndrome de estenose pilórica, perda ponderal Diagnóstico da Úlcera - Endoscopia Digestiva Alta - Classificação de Sakita: o A (atividade) o H (healing) o S (Scar) - Mandatória no controle da UG. Na UD, controle por EDA é opcional. - Dosagem da gastrina e teste de secretina: suspeita de Zollinger-Ellison (níveis>1000 pg/ml). Tratamento da Úlcera – esquemas mais comuns • Inibidores de Bomba de Prótons – 4 semanas para úlcera duodenal – 6-8 semanas para úlcera gástrica • Erradicação do H. Pylori – Esquema tríplice: omeprazol, claritromicina, amoxacilina (14 dias) – Esquema quádruplo: ranitidina-bismuto + omeprazol + metronidazol + tetraciclina (14 dias) Dispepsia Funcional Segundo a classificação Roma IV é a ocorrência de dor e/ou desconforto na região central do abdômen, após afastar-se dispepsia orgânica. O quadro deve ter tido Início há 6 meses, sendo presentes nos últimos 3 meses Sintomas dispépticos: dor, plenitude pós-prandial, saciedade precoce, náuseas, vômitos, distensão abdominal. Tipos de Dispepsia Funcional: Ulcerosa: dor incômoda (intensa que interfere nas atividades normais) ou queimação localizada no epigástrio. Essa dor pode ser aliviada com a ingestão de alimentos ou acontecer em jejum. Dismotilidade ou Desconforto Pós-pradial: há predominância de sintomas como plenitude, saciedade precoce, eructações freqüentes, flatulência, distensão abdominal. Associa-se com freqüência a síndrome do intestino irritável. Quadro Clínico: - Pacientes jovens (<45 anos) - Apresentando sintomas já relatados - Sexo feminino > sexo masculino - Sintomas diurnos - Ausência de perda ponderal - Exame físico normal: peso, estado geral, ausência de: anemia, sangramento, icterícia, disfagia. Patogênese: A etiologia indeterminada condição clínica heterogênea, com participação de vários fatores: - Distúrbios motores gastroduodenais - Hipersensibilidade sensorial gástrica – menor tolerância a distensão gástrica - Fatores psicossociais – na modulação das funções motoras e sensoriais - maior frequência de sintomas em pessoas com ansiedade, depressão e hipocondria - Alterações funcionais dos Sistema Nervoso Autônomo – Disfunções vagais - Infecção pela H. Pylori – ?? – estuda-se um papel ainda não bem compreendido - Maior secreção de hormônios duodenais como a colecistoquinina (CCK) - Hipersensibilidade duodenal a ácidos e lipídeos - Inflamação de baixo grau persistente em estômago e duodeno Maior sensibilidade à estimulação de terminais sensitivos gastroduodenais por secreção ácida gástrica, bile refluída do duodeno, lipídeos da dieta ou mediadores de reação inflamatória produzidas na mucosa Alterações de celularidade da lâmina própria e submucosa – descritas inflamação Alterações de celularidade da lâmina própria e submucosa foram descrita, caracterizam inflamação – pode ocorre eosinofilia duodenal e aumento de linfócitos ativados, sugerindo um papel de uma ativação imunológica e microinflamação como um mecanismo patogênico da dispepsia funcional. - Fatores genéticos Existe uma sugestão de possíveis alterações fisiopatológica e sintomas associados, porém, ainda não é totalmente aceita pelos diferentes autores: Diagnóstico (de Exclusão): Como os sintomas da dispepsia funcional não estão associados a disfunções orgânicas as mesmas deve ser corretamente excluídas para o adequado fechamento do diagnóstico: - Normalidade de exame físico e exames complementares - Hemograma - EPF - USG abdômen superior - EDA (> 45 anos) Diagnóstico Diferencial: - Causas de dispepsia orgânica: úlcera péptica, gastrite, duodenite, doença biliar (litíase biliar, colecistite), pancreatite, neoplasias (gástrica, pancreática, esofágica) - Parasitoses - Lesão por AINES, antibióticos, digitálicos, álcool, ferro - DM, uremia, hipotireoidismo - Angina pectoris, IAM - Isquemia mesentérica Abordagem terapêutica: Antes de tudo, considerar: - Sintomas apresentam com frequência e intensidade variáveis, sendo de ocorrência intermitente em muitos pacientes - Pode haver resposta do placebo em até 60% dos pacientes - Tratamento não é uniforme, deve ser individualizado conforme os sintomas dominantes Pilares do tratamento: - Medidas gerais - Orientação dietética - Tratamento medicamentoso O paciente, normalmente, fica bem frustrado quando o diagnóstico é de dispepsia funcional, precisa-se amenizar a questão, “o que eu tenho se meus exames são normais?” Nem todos se sentem satisfeitos com as explicações que seus sintomas não traduzem a ocorrência da afecção demonstrável por métodos habitualmente empregados. É importante esclarecer ao paciente o diagnóstico, a história natural, sua natureza e benignidade dos sintomas. A maioria dos pacientes dispépticos não reconhece a parte psicológica na gênese dos seus sintomas e isso complica ainda mais a abordagem. Entrando nos Tratamentos das afecções gástricas... Normalmente, quando o paciente consulta um gastroenterologista ou clínico com uma dessas afecções, é solicitada uma Endoscopia Digestiva Alta. Existem na literatura, segundo o III Consenso Brasileiro de H. pylori, 2013, algumas situações obrigatórias de pesquisa de H. pylori: - Úlcera péptica - Linfoma MALT - Atrofia gástrica em qualquer grau - Parente de 1º grau com Câncer gástrico / Gastrectomia / Pacientes com gastrite atrófica - Dispepsia Funcional Apesar de termos estas indicações obrigatórias, porém, quase sempre as EDAs sãoacompanhadas de pesquisa de H pylori, com seu subsequente tratamento. Tratamento Médico Habitual: - Esquema tríplice: omeprazol, claritromicina, amoxacilina (14 dias) - Esquema quádruplo: ranitidina-bismuto + omeprazol + metronidazol + tetraciclina (14 dias) - Obs.: existem outros esquemas de tratamento, mas, principalmente, de retratamento Tratamento do Helicobacter Pylori – Problemas - Sucesso da terapia padrão é de 60-90% usando tratamento de 1ª linha - Sucesso de 70% usando tratamento de 2ª linha - Problemas principais na erradicação da bactérias: Não adesão do paciente à terapia Resistência à antibióticos, principalmente à claritromicina Probioticos no Tratamento do H Pylori: Uma metanálise publicada no Wolrd Journal of Gastroenterology em 2015 – Probiotics in Helicobacter eradication therapy: A sistematic review and meta- analysis 21(14):4345-4357 Estudaram 6697 participantes de 45 estudos randomizados controlados. 2 grupos: tratamento tradicional vs. tratamento tradicional + probióticos Efeito dos probióticos: - Erradicação do H pylori - Eventos adversos - Adesão do paciente O estudo incluiu diversos regimes de probióticos e foram encontrados os seguintes resultados: - Probióticos + Tratamento tradicional com ATBs resposta do tratamento vs. Tratamento tradicional (82,31% vs. 72,08%, p<0,001) - Incidência de efeitos adversos foi 21,44% no grupo probiótico e 36,27% (p<0,001) - Sem modificação na adesão ao tratamento Mecanismos de ação propostos aos probióticos na infecção gástrica por H. pylori e inflamações gástricas associadas a ela. : - Efeito gastroprotetor, - Influenciam na redução da inflamação gástrica a partir da produção de ácidos orgânicos e bacteriocinas que inibem a adesão do H. pylori no epitélio gástrico - Possuem efeito anti-inflamatório, por estabilização da barreira gástrica e redução da inflamação de mucosa - Correção da disbiose pelo tratamento com ATBs Importante: Probióticos isolados (sem antibióticos) não resolvem a infecção por Helicobacter Pilori (Wilhelm SM, Johnson JL, Kale-Pradham PB. Teating bugs with bugs: the role of probiotics as adjuntive therapy for Helicobacter Pylori erradication therapy. Ann Pharmacoother 2011, 45:960-6 & Tong JL, Ran ZH, Shen J, et al. Meta-analysis: the effect of suplemmentation with probiotics on erradication rates and adverse events during Helicobacter Pylori erradication therapy. Alim Pharmacol Ther 2007, 25: 155-68) Outra Meta-análise, desta vez publicada no PLOSOne em novembro de 2014: The Effect of Probiotics Supplementation on Helicobacter pylori Eradication Rates and Side Effects during Eradication Therapy: A Meta-Analysis (PLOSOne, November 2014 | Volume 9 | Issue 11 | e111030) estudou o efeito dos probióticos também na erradicação do Helicobacter Pylori e na incidência de sintomas colaterais, também encontrando benefício. Porém, quando estudou as combinações de probióticos isoladamente, definiu que 4 tinham o real potencial de tratar o H. Pylori, eram elas: Lactobacillus acidófilos, Lactobacillus casei DN 114001, Lactobacillus gasseri e Bifidobacterium infantis 2036. E um editorial – The use of probiotics in Helicobacter Pylori eradication therapy 2013 – J Clin Gastroenterol, 47 (1): 1-5 escrito sobre estas muitas questões trouxe outros pontos para discussão: Qual?/Quais probióticos? - Trabalhos não comparam diferentes probióticos Por quanto tempo? - Esquemas variam iniciando 01 mês antes, sendo usados na duração do ATBs (7-14 dias) ou até 01-02 meses após Melhores resultados: - Pacientes resistentes a terapia com antibióticos ou que não aderem adequadamente ao tratamento Abordagem Nutricional na Gastrite e na Úlcera: Objetivos: Evitar hipersecreção cloridopéptica e favorecer a melhora das defesas gástricas reduzir a úlcera e dor Promover a cicatrização Recomendações Nutricionais: Fibras 20-30 g /dia, atuam como tampões, reduzem a concentração de ácidos biliares no estômago e o tempo de trânsito intestinal com menor distensão abdominal, diminuindo assim o desconforto e dor Probióticos agem mais no combate ao H pylori e no controle dos sintomas colaterais associado ao uso de ATBs, além de prevenir a disbiose devido ao omeprazol Inibidores de Bomba de Prótons usado por: 4 semanas para úlcera duodenal 6-8 semanas para úlcera gástric Orientações gerais nas Gastrites e Úlceras Pépticas Evitar álcool e o fumo Café, mesmo descafeinado, aumenta a produção de ácido gástrico, resultando em irritação das mucosas. Evitar refrigerantes, que, a produção de ácido, são gasosos (água gaseificada também) e causam distensão gástrica e dispepsia Respeitar tolerâncias individuais Fracionar as refeições, mastigar bem e realizar as refeições em ambiente tranquilo. Suplementos vc Deficiências: Vitamina B12: Parte 1 – Boca e estômago Parte 2 – Intestino e Transporte Gastrite atrófica / atrofia gástrica / gastrite auto-imune suplementação IV/IM ou sublingual a critério médico Recomendações habituais (não para correção de deficiência) Sublingual – doses 300 a 500mcg/dia IM – 1000mcg/mês IDR adultos – 2,4 mcg UL – não estabelecida, não há relatos de toxicidade Ferro: Piora da absorção (hipocloridria e microhemorragias) IDR: 14mg UL: 45mg/dia Ferro quelado – biodisponibilidade de 25% - recomendação de 45mg de ferro elementar quelado Atenção! Hipocloridria e suplementos de cálcio! Na dose habitual (20 a 40 mg/dia) o omeprazol inibe acima de 90% da secreção ácida de 24 horas na maioria dos pacientes, tornando muitos destes pacientes quase aclorídricos. Abordagem Nutricional na Dispepsia Funcional: Dieta e estilo de vida na Dispepsia Funcional: Dieta e estilo de vida podem ser gatilhos na manifestação dos sintomas Ingestão alimentar pode ter um papel na indução dos sintomas: Dismotilidade - pacientes relatam os mesmos, em média, 30 minutos após a ingestão. Ulcerosa – não relacionado Melhor tolerância refeições pequenas, > tempo gasto na refeição e tempo de jejum reduzido e repouso após a refeição Gordura maior ingestão relacionada com pior plenitude, dor e distensão pós-prandial - Aumento da CCK e redução de seus ligantes Evitar condimentos irritantes (p.ex. pimenta) Evitar líquidos gaseificados e com a refeição Estresse e ansiedade diretamente relacionado a piora dos sintomas Evitar bebidas alcoólicas, especialmente as mais fermentáveis , como cerveja e vinho Exercício Físico menores índice de sintomas Avaliar o uso de enzimas digestivas Outra opção são os chás digestivos • Boldo (Peumos Boldos Molina) • Alcachofra (Cynara Scolimus) • Alecrim (Rosmarinus officinalis) • Dente de leão (Taraxacum officinale) • Camomila (Matricaria recutita ou Matricaria Camomila) Tratamento médico da Dispepsia Funcional Baseado nos sintomas Ansiolíticos: benzodiazepínicos Antidepressivos: tricíclicos Acompanhamento psicológico Tipo ulceroso: antisecretores Inibidores de receptores H2 – ranitidina, famotidina Inibidores de bomba de prótons – omeprazol Tipo dismotilidade: Procinéticos (plasil, digesan) Antifiséticos (dimeticona – luftal) Enzimas pancreáticas CÂNCER GÁSTRICO: O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico. O tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. Cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos. No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Fatores de risco: Excesso de peso e obesidade Consumo de álcool Consumo excessivode sal, alimentos salgados ou conservados no sal Tabagismo Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial agrotóxicos Exposição ocupacional, na produção da borracha, a vários compostos químicos, muitos classificados como reconhecidamente cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago Tipos de tumores malignos: • Adenocarcinomas – 95% - ulcerativos, polipóides, superficiais ... • Linfomas – 3% • Leiomiosarcomas – 2% • Outros: carcinóides, espinocelulares Sintomas: Perda de Peso 61,6 % Dor abdominal 51,6 % Náusea 34,3 % Anorexia 32,0 % Disfagia 26,1 % Melena 20,2% Saciedade precoce 17,5 % Dor tipo úlcera 17,1 % Diagnóstico Macroscópico: Estadiamento: Diagnóstico: Em muitos pacientes, o diagnóstico é feito em fases avançadas da doença, impossibilitando o tratamento curativo, baseado iminentemente em cirurgia. Os pacientes em fase avançada podem apresentar-se com desnutrição moderada a severa. Tratamento: Cura Cirurgia Avaliação pré-operatória, seguida de estadiamento 2/3 vão para cirurgia, onde ¼ apresentará tumores localmente irressecáveis Tipos de Cirurgias: Carcinomas terço distal: Gastrectomias Subtotal ou Total Carcinomas terço médio: Gastrectomia Total Carcinomas terço proximal: Esofagectomia distal + Gastrectomia Total, associado a esplenectomia, sem pancreatectomia + reconstrução em Y de Roux GASTRECTOMIA PARCIAL A BILLROTH I GASTRECTOMIA PARCIAL A BILLROTH II PROCEDIMENTO EM Y DE ROUX Gastrectomia total Terapia Nutricional: Suporte Nutricional Pré-operatório: Via oral- avaliar possibilidade, consistência e suplementação Nutrição enteral – sonda nasoenteral / jejunostomia Usar dieta imunomoduladora – 500-1000ml/dia – consenso para pré-operatório de cirurgias do TGI. (Via oral ou sonda) Se for o caso de nutrição enteral, usar dieta imunomoduladora associada a dieta hipercalórica e hiperproteica Avaliar nutrição parenteral em pré-operatório se não for possível nutrição enteral. Terapia Nutricional Pré-operatória: Via Acesso se for necessário TN pré-operatória: Nutrição enteral – sonda nasoenteral / jejunostomia Avaliar Nutrição Parenteral em pré-operatório, se não for possível nutrição enteral. Terapia Nutricional Pós-operatória: Gastrectomias subtotais Zero VO por 02-03 dias; Progressão VO Líquida prova até Consistência Normal Se paciente muito desnutrido, considerar a passagem de um sonda nasoentérica Gastrectomias totais: Zero VO por 05 – 08 dias Sonda nasoentérica ou jejunostomia intra-operatória, início precoce dieta Imunomodulação 7d pós-operatório Rápido lançamento do alimento no jejuno Exame contrastado antes do início da VO Progressão VO e desmame dieta enteral Pós-operatório tardio – cuidados na dieta Volume diminuído e fracionamento aumentado Hipercalórica Hiperprotéica Normolipídica Normoglicídica, com restrição de carboidratos simples Suplementação de vit. B12 – gastrectomia total Avaliar ingestão de ferro e cálcio, especialmente jejuno compensa a absorção, mas é importante garantir a ingestão ou suplementar Complicações pós-operatórias: 1. Síndrome de Dumping Sintomas de desconforto pós prandial ocorrido semanas após a cirurgia – SINTOMA TARDIO Naqueles que tiveram 2/3 ou mais do estômago removido ou que o procedimento inclua uma vagotomia • Dumping precoce – 30 minutos após a refeição • Dumping tardio – 2-4 horas após a refeição atração de líquidos para luz intestinal Sinais de hipovolemia Rápido da glicemia Estímulo acentuado na produção de insulina - HIPOGLICEMIA Sinais de hipovolemia Palpitações, distensão abdominal, fraqueza, cólicas, sudorese excessiva, diarreia, náuseas Cuidado Nutricional na Síndrome de Dumping Rica em proteínas (20% VET) – 1,5 a 2,0 g/kg Rica em calorias – 35 a 40 kcal/kg Normoglicídica (50%) – pobre em CHO simples (sacarose, frutose e lactose) Normolipídica (30%VET) – uso de TCM Deitar 1h após a alimentação Evitar tomar líquidos com a refeição (intervalo de 2h, ideal) Consumir refeições pequenas e frequente Avaliar o uso de fibra solúvel com a refeição como a pectina ou a goma guar 2. Anemia • Anemia Ferropriva – pode acontecer em até 50% Baixa ingestão alimentar Menor digestão dos produtos ricos em ferro Menor secreção ácida Bypass duodenal (BII e Y de Roux) • Anemia Perniciosa Menor produção de fator intrínseco, e ácido gástrico Crescimento bacteriano excessivo (alça aferente) Profliaxia com vitamina B12(obrigatória em gastrectomia total )e ácido fólico (avaliar individualmente) 3) Deficiência de Cálcio Osteomalácia (usar citrato, devido a hipocloridria/aclloridria) 4) Síndrome da Alça Cega ou Aferente Caracterizada pelo crescimento bacteriano excessivo Desconjugação dos sais biliares – formação de micelas e toxicidade Esteatorréia Má absorção de carboidratos – lesão da borda em escova pelos produtos tóxicos do catabolismo bacteriano TRATAMENTO NUTRICIONAL: dieta sem lactose e fermentativos, uso de TCM e vit B12 por via parenteral, além de outros ajustes individuais
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