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MARKETING DIGITAL UNIDADE 1 - INTRODUÇA� O AO MARKETING DIGITAL Natália de Andrade Rocha Introdução Desde o século XX, o marketing guia as atividades empresariais para encontrar soluções aos problemas apresentados pe organizações. Partindo de uma era voltada para o escoamento da produção, o marketing passa a se preocupar com a qualidade produto, com a satisfação do consumidor e dos diversos stakeholders, e, com o bem-estar social. Hoje, no século XXI, o marketi enfrenta novos desa�ios, em um mercado global, conectado, que se transforma a todo momento. Quais são as princip caracterı́sticas do marketing digital? O que o diferencia da forma tradicional de fazer marketing? Como compreender consumidor que emerge na Era Digital? Agradar ao consumidor digital não é uma tarefa fácil. Mais consciente e crı́tico, busca por marcas que entendam não somen suas necessidades, mas suas aspirações. Engajado e em busca de autenticidade, o consumidor do século XXI, gosta compartilhar experiências e não se intimida em relatar experiências ruins com produtos e serviços e nem em se posicion contra valores e ações que acredita não serem boas para a sociedade. Por outro lado, quando se relacionam bem, tornam defensores das marcas que amam. Por isso, nesta unidade vamos compreender melhor o que é o marketing digital e como ele se adequada ao novo consumid Vamos re�letir sobre a importância da pesquisa para formular estratégias e�icazes em marketing digital e reconhecer estratégias voltadas para o mobile marketing, já que a tecnologia móvel ganhou o mundo e a força do consumidor está na pon dos dedos o tempo todo. Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora, acompanhe! 1.1 Entendendo o marketing digital As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) estão cada vez mais presentes em nossas vidas. Um aparel smartphone é capaz de agregar várias funções como fotogra�ia, gravação de voz, edição de texto, visualização de vı́deos, acesso Internet, além das funções básicas de ligação e envio de mensagens do tipo SMS. As TIC’s e o acesso ao World Wide Web (WWW), ou, a Rede Mundial de Computadores, revolucionaram o modo como n comunicamos e efetuamos tarefas diversas como realizar pesquisas, efetuar operações bancárias e fazer compras. A interatividade propiciada pela Web aumentou a participação dos consumidores na construção da imagem da marca, exigin das empresas maiores esforços para alcançar e satisfazer esse consumidor, que passou a ser mais exigente, a ter maior sen crı́tico e uma voz mais ativa. 1.1.1 A evolução do marketing De acordo com a Associação Americana de Marketing - AMA (2013, apud XAVIER, 2016, p.7), o “Marketing é uma funç organizacional e uma série de processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para a gerência relacionamentos com eles de forma que bene�icie a organização e seus stakeholders”. Stakholders são os públicos de interesse organização, ou seja, todos os envolvidos direta ou indiretamente em suas atividades: colaboradores, acionistas, consumidor sociedade, governo etc. A criação de valor inicia-se com a de�inição do produto, e concretiza-se com a de�inição do preço, da re de distribuição, do processo envolvido na entrega de valor, na gestão de pessoas, e na comunicação interna e externa. Todavia, nem sempre o marketing foi pensado como criação de valor. Kotler, Kartajia e Setiawan (2012) demonstram a evoluç do marketing, ao dividi-lo em fases. Clique abaixo para ler mais sobre: Marketing 1.0 O Marketing 1.0 é centrado no produto e direciona suas atividades para produção e consumo em massa. Marketing 2.0 O Marketing 2.0 é centrado no cliente, preocupado em criar produtos de padrão superior e desenvolver uma boa segmentação do mercado para deixar o cliente satisfeito Marketing 3.0 O Marketing 3.0, é para os autores, a era centrada nos valores. Não basta satisfazer o cliente através do produto ou serviço, mas também sua vontade de justiça e de um mundo melhor. Marketing 3.0 cria valor para os vários stakeholders e vê o cliente como um ser humano inteiro, composto por mente, coração espı́rito. Recentemente, Kotler, Kartajia e Setiawan (2017), observaram o aparecimento de uma nova fase do marketing, o Marketing 4 cuja tarefa é acompanhar os consumidores nos �luxos comunicacionais que os atravessam em toda a experiência de consumo. A adquirir um produto ou serviço, o consumidor passa por uma jornada, que pode ser curta ou extensa, e se inicia com a próp necessidade de compra. Uma vez sentida a necessidade, inicia-se a pesquisa por possı́vel soluções ao problema detectad seguida pela seleção das melhores opções e decisão de compra. Na era digital, o pro�issional de marketing deve conhecer be estas etapas, de acordo com cada segmento e per�il do consumidor, para gerar a melhor experiência em toda a jornada. Ale disso, precisa atuar na comunicação das organizações em plataformas multimı́dia para construir a imagem da marca e evi desgastes com reclamações. 1.1.2 Marketing tradicional x marketing digital O marketing tradicional trabalha a sua comunicação de forma massiva, utilizando meios como rádio, TV, revistas, jorna outdoors para disseminar sua mensagem publicitária em uma via de mão única. O marketing digital, por sua vez, trabalha comunicação de forma interativa e bidirecional nos meios digitais, ou em conjunto na mı́dia online e of�line. Nos meios digita apoia-se nas redes de busca, redes de visibilidade e nas mı́dias sociais, criando conteúdos relevantes e personalizados. Ale disso, no marketing digital as estratégias de produto, preço, praça, promoção, processo, pessoas e performance devem s trabalhadas em conjunto, pois possuem uma interconexão maior do que no marketing tradicional. Para Kotler, Kartajia e Setiawan (2017), o Marketing 4.0, ou marketing digital, tem como caracterı́stica ser horizontal, inclusivo social. As forças sociais que atuavam de forma verticalizada, começam a ceder espaço para alianças horizontais. consumidores ganham força a partir das comunidades online, com espaço para agirem colaborativamente na construção valores. O desenvolvimento de novas tecnologias e de soluções de problemas de forma colaborativa favorecem a inclusão nunca foi tão forte a busca por opinião para as decisões de compra. Ao novo consumidor, o marketing deve se adequar, poi forma tradicional e invasiva de empurrar o produto ao consumidor é cada vez mais rejeitada. Para Strauss (2012), o marketing digital possui como caracterı́stica a redução de custos na conquista de clientes, pois perm maior segmentação para encaminhamento de ofertas que a mı́dia massiva. Permite a mensuração de resultados de forma m e�iciente, porque os resultados são rastreáveis nas redes. Tem a possibilidade de um alcance global e ao mesmo tempo personalização de conteúdo através da mineração dos dados registrados online. Permite campanhas mais criativas, e VOCÊ QUER VER? O �ilme norteamericano Chef, do diretor e ator Jon Fraveau (2014), conta a história de um chef de um restaurante que, após ser demitido, precisa reaver sua carreira. Inicia então um novo negócio, contando com as redes digitais como ferramenta para alavancar o negócio. E� um bom �ilme para entender como trabalhar o marketing digital desde o inıćio, com a construção da proposta de valor. plataformas multimı́dia, de forma a engajar o cliente. Deixa o consumidor mais próximo da compra, a um clique apen aumentando a taxa de conversão (efetivação da compra). Pode e deve ser exercido 24h por dia e 7 dias por semana. Enquanto marketing tradicional empurra o produto de forma centralizada, o marketing digital puxa o consumidor de forma descentralizad 1.1.3 Marketing digital além da presença online Ter uma plataforma online como um site, blog ou mı́dia social não é o su�iciente para a realização do marketing digital. Muit empresas possuem presença virtual sem conseguirem alcançar a visibilidadee as conversões necessárias para o sucesso, po não investem na mudança da cultura organizacional. Ou seja, é preciso que os colaboradores compartilhem valores importan para a era digital como a perspectiva multidisciplinar, o trabalho colaborativo e a comunicação horizontal. Mais do que inves em tecnologias, é preciso investir no treinamento de pro�issionais capazes te trabalhar com análises de dados, e em process que privilegiem uma boa experiência na jornada de compras do consumidor. O marketing digital inicia-se antes da confecção de uma plataforma virtual, requer conhecimento do mercado, principalmente consumidor, que é de onde deve partir toda a criação de valor. Para Jenkins (2009), a convergência midiática é a integração en velhas e novas mı́dias, num �luxo de conteúdos que é seguido pelo consumidor. Na Era da Convergência, há o confronto entr mı́dia corporativa e a mı́dia alternativa, dando destaque ao consumidor. Quanto maior o conhecimento que a organização poss do mercado, através da análise de dados internos e externos, melhor a performance no meio digital. Um grande erro das organizações é a realização de ações de marketing digital de forma isolada, sem considerar toda a jornada consumidor, bem como, a falta de mensuração dos resultados, de modo a medir a e�icácia das campanhas. Buscando ge experiência com a marca, criando canais digitais sem a devida estratégia e suporte, ainda acabam pecando na construção conteúdos relevantes e diferenciados para cada canal, utilizando as estratégias transmidiáticas (online e of�line) de forma Figura 1 - O sucesso da estratégia digital depende da cultura organizacional. Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock. 2019. engajar o consumidor. Há falhas também na usabilidade, com canais que não possuem de fato funções que facilitem a vida consumidor na busca de informações ou realização das compras; bem como, há hiatos no monitoramento da performance des ambientes que podem gerar uma experiência negativa logo no inı́cio do processo de compra. 1.2 Comportamento do consumidor digital A mudança que as empresas experimentam hoje no modo como conduzem sua administração de marketing é resultado d transformações das mı́dias digitais na sociedade. Hoje podemos produzir e disseminar informações à baixo custo, assim, o pap do consumidor ganha nova roupagem: o prosumer. Consumidor e produtor ao mesmo tempo, interfere no processo de criação de valor e na experiência da marca ao opinar sob produtos, serviços e organizações e interagir com elas através das mı́dias digitais. Pode ser um grato defensor da marca, espalhar crı́ticas e narrar experiências ruins. De outro modo, com a quantidade de informações a que os consumidores estão expostos, �ica cada vez mais difı́cil atraı́-lo conquistá-los. Por isso as organizações devem investir no conhecimento do per�il dos consumidores conectados. 1.2.1 O prosumer Antes da popularização dos computadores pessoais no século XXI, To�ler (1980) já promulgava a “Terceira Onda”, ou a terce revolução nos modos de viver da humanidade por meio das invenções tecnológicas. Clique abaixo para ler mais sobre as tr revoluções. A primeira revolução aconteceu com a descoberta agricultura, retirando o homem do nomadismo para uma v sedentária. A segunda revolução foi a Industrial, com a produção consumo em massa. A terceira é a revolução é do conhecimento. Se na primeira onda, a riqueza vinha da terra e na segunda, da manufatura industrial, a terceira onda produz riqueza a partir conhecimento e, portanto, os intangı́veis são mais importantes para os consumidores do que os tangı́veis. Para Tof�ler (1980), o novo consumidor que emerge neste cenário é o prosumer (consumidor e produtor), capaz de produzir se próprios produtos e serviços. Quantas vezes não buscamos tutoriais na internet para cozinhar, personalizar roupas, consertar u aparelho ou realizar algum serviço dentro de casa? Somos prosumers quando buscamos reduzir valores de serviços que podem fazer, quando o fazemos para aguçar nossa criatividade ou buscar algo diferente do que o mercado oferece. Tais caracterı́sticas se apresentam como um desa�io para os pro�issionais de marketing, que devem pensar em como cr produtos que permitam a coparticipação do consumidor. Em preços que sejam atraentes para estes consumidores adeptos faça-você-mesmo (ou DIY, em Inglês, do it your self ), em estratégias de distribuição que sejam convenientes e rapidez para que tem tudo a um clique, em comunicação individualizada, personalizada, que estimule a criatividade e que seja de interesse consumidor. 1.2.2 Colaborativo, consciente e autossuficiente • • • Ano após ano, empresas de pesquisa nacionais e internacionais revelam as tendências de consumo e o comportamento d consumidores para que as organizações tenham material para planejar e inovar em suas ofertas de valor. A Era digital, q possibilitou a conexão mundial destes consumidores, estreitou os espaços e comprimiu o tempo, aumentando a interatividad o compartilhamento de informações. Por isso hoje, estes consumidores conectados são mais sábios, ávidos por informaçõ “todo mundo é especialista” (ANGUS; WESTBROOK, 2019) e ganha quem disponibiliza mais informações e agrega conhecimen para este consumidor que também está se tornando mais autossu�iciente. Aplicativos que permitem monitorar a saúde, cuid das �inanças, criar ambientes e projetar móveis são exemplos de produtos que agradam este consumidor. A atuação de grupos de pressão, como ativistas ambientais e grupos minoritários, ganhou força com as mı́dias digita Problemas socioambientais causados pelas organizações di�icilmente �icam encobertos, gerando um consumidor consciente q cobra a responsabilidade social das empresas. Um posicionamento ético e pró causas sociais e ambientais agrada ao prosumer veganismo, a busca de “produtos verdes”, a opção pelo “baixo” consumo, reciclagem e trocas, são tendências que devem s consideradas pelas empresas para se manterem no mercado. Por outro lado, propaganda estereotipada, testes em animais preços abusivos são exemplos de atitudes inaceitáveis. Plataformas digitais colaborativas são cada vez mais buscadas por este consumidor que pode cuidar de si mesmo, mas sent necessidade de estar junto com o outro no meio digital. As mı́dias sociais reúnem bilhões de usuários, só o Facebook poss mais de 2,2 bilhões de usuários no mundo e 129 milhões no Brasil (KEMP, 2018). Wikipedia, Airbnb, Waze, Freecycle e 99Desi são exemplos de projetos colaborativos nas redes, que reduzem os custos para a realização de tarefas e impulsionam a geração conhecimento. Além de colaborativo, consciente e autossu�iciente, temos um novo consumidor que busca a felicidade e o be estar, e que curte empresas que percebem esta importância. 1.2.3 Zero Momento da Verdade – ZMOT Em 2005, a Procter& Gamble utilizou em uma reportagem o termo FMOT - First Moment of True, ou “Primeiro Momento Verdade”, que se tornou um conceito crucial no marketing para entender aquele momento no qual o consumidor, motivado buscar um produto, o encontra pela primeira vez na prateleira. Ali, ele poderia se encantar ou desencantar com o produto. segundo momento da verdade ocorreria no uso, gerando uma experiência de compra positiva ou negativa. Em 2011, o Goog criou o termo ZMOT - Zero Momento of True, “Momento Zero da Verdade”, com base no comportamento do consumidor onli Trata-se de um alargamento na fase de pesquisa pré-compra, e vale pra tudo, de escova de dentes à casas e viagens. E� este momento de �isgar esse consumidor, oferecendo o conteúdo adequado no momento em que ele busca, comparando preços avaliações sobre hotéis ou qual escova de dente agride menos a gengiva. (LECINSKY, 2017) VOCÊ QUER LER? A Nielsen Company é uma empresa de pesquisa de comportamento de consumo que atua a nıv́el global, atuando em mais de 100 paıśes, inclusive no Brasil em parceria como IBOPE. Para conhecer melhor o comportamento do consumidor digital, basta acessar <https://www.nielsen.com/br/pt/insights/digital/ (https://www.nielsen.com/br/pt/insights/digital/)> e explorar! https://www.nielsen.com/br/pt/insights/digital/ https://www.nielsen.com/br/pt/insights/digital/ Na busca pela melhor escolha, os consumidores procuram por produtos e serviços que ajudam a economizar dinheiro, tempo ou melhorar a qualidade de vida. Por isso o preço, o prazo de entrega e as avaliações de consumidores são tão valios (LECINSKY, 2017). Converter os consumidores em advogados da marca é a meta para as organizações conseguirem entrar na vi de um público que acredita mais nas indicações de pessoas como elas do que em propagandas. Por isso, o modelo AIDA (Atrai Atenção, Despertar o Interesse, Incitar o Desejo e levar à Ação), foi readaptado para o caminho do consumidor online, que acordo com Kotler, Kartajia, Setiawan (2017), compreende “5As”: Assimilação, Atração, Arguição, Ação e Apologia. 1 Assimilação 2 Atração 3 Arguição 4 Ação 5 Apologia Figura 2 - ZMOT acontece quando o consumidor busca informações nas redes. Fonte: Haywiremedia, Shutterstock, 2019 A e�iciência do marketing digital dependerá do conhecimento do comportamento do consumidor em cada fase deste caminho Assimilação é o momento de dar ao consumidor conhecimento das ações da marca, através da publicidade e do boca-a-boca. que se sobressaem neste processo com a mensagem e a oferta certa conseguem Atrair o consumidor que começa a pesquis ativamente e a empresa deve oferecer informações adicionais para que a Arguição leve o consumidor a Ação. Por �im, uma b experiência na compra e após o uso, inclusive na resolução de possı́veis problemas pode transformar o consumidor e advogado da marca, que estimulado tende a fazer Apologia da marca. Estas etapas nem sempre acontecem de forma linear, mas em espiral, a idas e vindas são comuns, assim como a duração d fases, por isso a pesquisa é fundamental. 1.3 Pesquisa em marketing digital Não há como pensar em inovação ou na entrega de valor ao consumidor sem um conhecimento profundo do mercado. organização precisa entender seu ponto partida, quais são suas fraquezas e forças, para planejar as melhores estratégias alcançar sucesso, rastreando oportunidade e combatendo as ameaças que aparecem. Conhecer as melhores práticas das empresas concorrentes é uma das formas de melhorar processos e desenhar ofertas que seja atraentes. A prática do benchmaking, “ponto de referência” em inglês, ou, a comparação planejada em busca das melhor práticas, é uma estratégia importante para o crescimento organizacional em um mercado global e dinâmico. Conhecer o consumidor também se faz necessário, compreender suas motivações, seus �luxos comunicacionais, seus interess expectativas e medos é fundamental para entregar a mensagem e a oferta certa em um mundo de commodities (mercador iguais). Vamos à pesquisa?! 1.3.1 SIM e a pesquisa em marketing O SIM - Sistema de Informação de Marketing é uma estrutura composta por pessoas e tecnologia da informação para o proces de coleta, organização, análise e disseminação de informações importantes à tomada de decisão nas organizações. (MALHOTR 2011). E� parte integrante do processo de Gestão do Conhecimento, que permite às organizações crescerem, a partir da geração novas informações com os dados armazenados em bancos de dados. Quando efetuamos um cadastro para compra recebimento de conteúdo, estamos disponibilizando nossos dados, mas as empresas também podem coletá-los através questionários, utilizando o webanalytics para entender nossa movimentação online ou observando e analisando nossa interaç nos ambientes online e of�line. A realização de uma pesquisa em marketing sempre começa com a detecção de um problema como a criação de um no produto, a queda nas vendas, a necessidade de expansão etc. A partir do problema, formula-se o objetivo, que deve ser especı́�i e exequı́vel. Por exemplo, se há pouco engajamento dos consumidores nas minhas mı́dias sociais, pode ser porque o conteú não seja agradável, meu objetivo então seria o de pesquisar quais conteúdos são importantes e capazes de gerar engajamen Com o objetivo traçado, deve-se pensar nas questões a serem respondidas e nas fontes de dados disponı́veis e relevantes. Quando a pesquisa é em fontes primárias, é importante ter em mente a metodologia a ser aplicada, se busco dados quantitativ como estatı́sticas ou qualitativos como opiniões e insights. O uso de questionários é frequente, mas também a realização entrevistas ou a observação do comportamento online (quanto tempo permanece no site, onde clica, quando interage). Também importante determinar o público da pesquisa: a quem devo observar, quem deve responder meu questionário, quantas pesso Por �im, coletar os dados, analisar os resultados e tomar as melhores decisões. Ganha hoje em inteligência, as empresas q sabem aproveitar os dados para se antecipar a problemas e gerar soluções inovadoras. 1.3.2 Pesquisando a concorrência Aprender com a concorrência não é antiético nem falta de originalidade, mas necessário em um mercado cujas barreiras a nov entrantes diminuem devido às novas tecnologias. Boas estratégias devem ser observadas e melhoradas, foi assim que a empre Xexóx, na década de 70, comprava e desmontava copiadoras japonesas para entender os preços baixos de venda do produto Xeróx Company chamou de benchmarking o processo de comparar produtos e práticas empresariais com os concorrentes forte �im de melhorar a performance no mercado. Há também o benchmarking interno, no qual são identi�icados os padrões de melh desempenho da organização. (CAMP, 1995) No marketing digital, uma forma de compreender como podemos melhorar a performance da organização no ambiente digita mapear as forças e fraquezas internas, como a usabilidade, a acessibilidade, a estética, o conteúdo, o tom editorial, a rapidez e recursos do blog, site ou mı́dias sociais ou a e�iciência do banco de dados e dos investimentos em marketing digital. E compa los com a de empresas concorrentes diretas, selecionando de um a três concorrentes importantes no segmento de atuação. Todavia, o sucesso da estratégia reside em escolher adequadamente os parâmetros de comparação e entender os limites intern para implementação de mudanças. Se não tenho como investir num belo site como a do maior concorrente, devo me ate quesitos que posso implementar e que são importantes para o público, como interatividade e auxı́lio personalizado fechamento de uma compra. Este processo deve ser planejado e ter um objetivo claro. Se quero aumentar a taxa de convers (vendas) e vejo que um concorrente conseguiu por investimento em publicidade em vı́deo, devo estudar esta possibilidade adaptá-la a realidade, é um processo e as melhorias acontecem de forma contı́nua. 1.3.3 Pesquisando o consumidor O consumidor da Era Digital transita entre diferentes mı́dias para buscar informações e utiliza múltiplos canais para aquisição bens e serviços. Ele se atrai por comunicação transmidiática (pedaços da mensagem em cada plataforma) e estratég ominichannel, aquelas que buscam reduzir as barreiras entre o meio online e of�line, possibilitando, por exemplo, ir à loja e op por receber o produto em casa, ou pedir no aplicativo e buscar na loja, conforme a conveniência. Quer estar num espa compartilhado e compartilhar ideias, coisas e valores, mas sentir-se único. Por isso, conhecer esse consumidor requer aproxim se dele on e of�line. Figura 3 - Caracterı́sticas das fontes primárias e secundárias de dados para a pesquisa em marketing. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em STRAUSS, 2012. Montar a persona deste consumidor é uma das estratégias para sair da de�inição genérica do público-alvo que considera apenas fatores demográ�icos e socioeconômicos. Para construir a persona, deve-sedesenhar um personagem a partir entrevistas reais feitas com o público-alvo da organização. Como se fosse um per�il para uma rede social, essa persona deve nome, idade, pro�issão, um rosto, e a descrição de quais são seus objetivos na vida, seus medos, suas expectativas, seus hobbi comportamento de consumo e informações de sua jornada de compra. A jornada de compra é particularmente interessante neste sentido, pois permite compreender o passo-a-passo do consumid para adquirir um produto ou contratar um serviço. Que tipo de comunicação lhe atrai atenção? Que tipo de conteúdo é capaz gerar interesse para um relacionamento? Que oferta leva o consumidor a ação? VOCÊ SABIA? Uma organização pode ter mais de uma persona, porque há setores que trabalham com uma gama variada de consumidores, como serviços de fotogra�ia. Então é normal que desenvolva mais de uma persona, cada qual voltada para as caracterıśticas que um grupo possui em comum. Conhecendo a jornada, é possı́vel focar no conteúdo certo para o momento. Não adianta oferecer detalhes de um produto se consumidor está na fase de descoberta. Ou produzir conteúdos genéricos para quem está avaliando opções. O contato da equi de vendas é importante na hora da decisão, antes pode afugentar o consumidor. Conhecer a jornada é uma boa forma de garan que um lead (pessoa que demonstra interesse no produto) se torne um cliente (que comprou efetivamente o produto). CASO Mylena decidiu abrir uma microempresa de bolos e doces para festas. Pretende começar atuando de forma regional, pois sua capacidade de confecção ainda é pequena e sabe que possui algumas empresas concorrentes tradicionais na região. Decidiu conversar com algumas pessoas que poderia ser suas clientes para traçar a jornada de compra e entregar o conteúdo certo na hora certa. Descobriu que em geral, sua consumidora começa a procurar fotos de bolos no Instagram alguns meses antes do aniversário, quando acha modelos que gosta, busca avaliações no Instagram e Facebook e compara preço e benefıćios, reduzindo as opções. Depois, entra em contato com algumas empresas pelo WhatsApp (preferem entrar em contato assim) e avaliam a forma como a negociação é conduzida, as condições de entrega e pagamento, e optam pelo que é mais conveniente. Sendo assim, Mylena decidiu investir em fotos pro�issionais de seus bolos no Instagram e criar uma página no Facebook com informações sobre seus pacotes, além de ter um link disponıv́el para o contato no WhatsApp. 1.4 Marketing digital para dispositivos mobile O mobile marketing chegou para �icar! Hoje há mais de um aparelho de smartphone por pessoa no Brasil, sendo a maior pa conectada à rede. A mobilidade e a rapidez são as caracterı́sticas apreciadas pelos consumidores que tem o mundo nas pont dos dedos. Por isso, os investimentos no mobile marketing vem crescendo a cada ano, coma criação de aplicativos e mobile site Além disso, é possı́vel anunciar em espaços pagos de aplicativos populares e realizar ações interativas com as funcionalidad presentes no aparelho como mensagens SMS, conexão via Bluetooth, Códigos lidos pela câmera, realidade aumentada, conex com dispositivos eletrônicos e sensores integrados a objetos e aparelhos. 1.4.1 O mobile marketing De acordo com dados da FGV-SP (2019), o Brasil possui cerca de 235 milhões de smartphones, mais de um aparelho p habitante. Estes aparelhos são os responsáveis por 98,7% do acesso à internet em domicı́lios (IBGE, 2017) e metade das vend online no paı́s acontecem por meios dos dispositivos móveis, sendo a taxa de conversão três vezes maior quando a comp acontece nos aplicativos. Sempre à mão, os aparelhos smartphones agregam várias funções, permitindo aos usuários fotograf trocar mensagens em diversos formatos, ouvir músicas, acessar aos sites de pesquisas e redes sociais, visualizar vı́deos imagens. Tais funcionalidades, aliados a rapidez caracterı́sticas destes aparelhos abrem as possibilidades de ações de marketin Estas são informações que demostram o crescimento do uso de dispositivos móveis caracterizados por serem rápidos portáteis. Na ponta dos dedos, o consumidor pesquisa sobre o produto sobre o qual um colega de trabalho comentou, ou procu a através da geolocalização o restaurante mais próximo para se alimentar. Para Turchi o mobile marketing é a “canalização estratégias de marketing e comunicação para a palma da mão” (2019, p. 102). Mas apesar dos números animadores, a auto acredita ainda haver desa�ios no investimento em mobile marketing no Brasil como o medo de alternativas de comunicaç pouco testadas, o alto valor cobrado por algumas ações e a grande quantidade de linhas pré-pagas. Além disso, recente estudo da Nielsen (2017 apud TURCHI, 2019) demonstra a receptividade dos brasileiros com relação publicidade em aparelhos móveis desde que possam acessar conteúdos de graça em troca, recebam informações relevan baseadas em geolocalização e não tenham que sair do aplicativo para realizar algum processo. Para a autora, os anúnci publicitários em formato de vı́deo devem apresentar crescimento nos próximos anos, já que são bem aceitos pel consumidores. Algumas empresas têm investido na criação de histórias que são apresentadas em minicapı́tulos no Youtube. 1.4.2 Aplicativos em mobile marketing Além de criar mobile sites ou sites responsivos, que se adequam ao formato e resolução do smartphone, as empresas pode utilizar os aplicativos como ferramentas de mobile marketing. Para as empresas nativas digitais este já é um recurso natu como o Nubank, banco totalmente digital, considerado uma das companhias mais inovadoras do mundo. Os aplicativ permitem que o usuário acesse de forma imediata um conteúdo ou realize uma tarefa, por isso são ferramentas importantes. mais utilizados, ou favoritos, costumam �icar na tela principal do usuário. Geralmente aplicativos de redes sociais e serviç mais utilizados como música, vı́deo, bancos e buscadores. VOCÊ O CONHECE? Steve Paul Jobs foi o cofundador da Apple Computer, rival da Microsoft. Nascido em 1955, comercializou a primeira linha de computadores pessoais do mundo na década de 70, mudando a história da humanidade. A Apple é uma das cem marcas mais valiosas do mundo e o Iphone é o seu carro chefe. Jobs morreu em 2011, deixando um império tecnológico. As opções para trabalhar o mobile marketing em aplicativos é contratar publicidade paga em aplicativos populares ou cr aplicativo próprios. Todavia, para estar presente na tela principal, ou mesmo ser baixado pelo consumidor, o aplicativo deve uma proposta relevante, como o aplicativo Nike Running, que revela a performance do usuário durante a corrida (TURCHI, 201 O aplicativo deve ser criado para atender a uma demanda do consumidor, seja de entretenimento, como a criação de um jo busca de informação ou realização de tarefas direta ou indiretamente relacionada ao serviço / produto como um aplicativo receitas de uma empresa de alimentos. Para Turchi (2019), há três principais barreiras na criação de aplicativos como estratégia de mobile marketing: a primeira convencer o consumidor a instalar o aplicativo no aparelho, a segunda é de ordem tecnológica, que consiste em programar u aplicativo que contemple várias plataformas e formatos de tela. Por �im, programar atualizações para que o app contin relevante. O uso de aplicativos tem a vantagem de permitir maior interação e conhecimento do consumidor, poden personalizar ao máximo a oferta de valor, todavia requer maior investimento e planejamento de longo prazo. 1.4.3 Estratégias em mobile marketing Figura 4 - Aplicativos relevantes estão sempre à mão do consumidor através de smartphones. Fonte: Umberto Shtanzman, Shutterstock, 2019. O envio de mensagens do tipo SMS foi uma das primeiras estratégias de mobile marketing utilizada. Empresas como a Coca-Co costumavam gravar códigos promocionais em suas tampinhas para cadastrovia SMS pelo consumidor, gerando interação. Ain hoje, empresas enviam lembretes de operações de compras e promoções via torpedo. Hoje, além do SMS, as organizações pode optar por envio de mensagens via WhatsApp, Facebook Messenger, Instagram Direct entre outros. Outro modo muito utilizado a tecnologia Bluetooth, que permite a troca de imagens, áudios, vı́deos e demais documentos entre aparelhos. A desvantagem sua curta distância e a necessidade de o consumidor estar com o dispositivo ligado, mas é interessante para ações direcionad como o envio do cardápio em um restaurante. Uma ferramenta muito utilizada hoje é o QR Code (Quick Response Code), um código de barras 2D que pode ser lido através de u aplicativo instala o no aparelho que utiliza a câmera para transformar o código numa ligação com o mundo virtual, abrindo um página ou projetando elementos virtuais no mundo fı́sico. O QR Code pode ser gravado numa propaganda, embalagem ou mesm em um ambiente virtual. As ações de realidade aumentada também são tendência, scanners e óculos 3D, aliados a smartphon podem nos trans�igurar para o mundo virtual a �im de experimentar roupas, maquiagens, modi�icar ambientes etc. (TURC 2019) Outra tendência que tende a ganhar espaço é a “Internet das Coisas” (IoT- Interber of Things), que consiste na integração en eletrônicos e itens que utilizamos à internet. O termo foi criado por Kevin Ashton em 1999. (MAGRANI, 2018). Por meio de u smartphone integrado a sensores, é possı́vel hoje preparar um banho de banheira, receber a informação dos itens que faltam geladeira, monitorar os ı́ndices de saúde, monitorar espaços, veri�icar a bateria de veı́culos. A cada ano os smartphones torna se mais inteligentes e agregam mais funcionalidades. Cabe ao marketing compreendê-las e utilizá-las para gerar bo experiências para o consumidor. Síntese Chegamos ao �inal da primeira unidade e você pode compreender a importância do marketing digital no cenário atual. Você sabe identi�icar as caracterı́sticas do novo consumidor e quais são as atitudes necessárias para gerar a melhor oferta de valor ambiente digital. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: compreender a importância do marketing digital nas estratégias de marketing compreender o comportamento do consumidor online; reconhecer o benchmarking como estratégia de aumento de performance nos ambientes digitais; utilizar personas para conhecer o comportamento do consumidor online; identificar características e estratégias do mobile marketing. • • • • • Bibliografia ANGUS, a.; WESTBROOK, G. Top 10 Global Consumer Trends 2019. Euromonitor Internacional. 2019. CAMP, R. C. Benchmarking: identi�icando, analisando e adaptando as melhores práticas da administração que levam maximização da performance empresarial: o caminho da qualidade total. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1995. CHEF. Direção de Jon Favreau. Estados Unidos da América: Open Road Films. 2014. 114 min. JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009. KEMP, S. Digital in 2018. Hootsuite; We are social. 2018 KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão de�inindo o novo marketing centrado no s humano. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0; tradução de Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LECINSKY, J. ZMOT: conquistando o momento zero da verdade. Google. 2017. Disponı́vel em: (https://think.storage.googleapis.com/intl/ALL_br/docs/zmot-momento-zero-verdade_researc studies.pdf)https://think.storage.googleapis.com/intl/ALL_br/docs/zmot-momento-zero-verdade_research-studies.pdf (https://think.storage.googleapis.com/intl/ALL_br/docs/zmot-momento-zero-verdade_research-studies.pdf). Acesso e 01/08/2019. MAGRANI, E. A internet das coisas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018. 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