Recurso Ordinário

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA /ESPÍRITO SANTO.   
Processo nº 5555.2011.5.05.0015
REINALDO MAGRICELO, já qualificado nos autos do processo acima descrito, por seu advogado que esta subscreve, nos autos da Reclamatória Trabalhista que move em face de FACEBURG Ltda, E PC FARINHAS Ltda., inconformado com a respeitável sentença de folhas ..., vem, tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO com base no artigo 895, alínea "a" da CLT, Em face da Referida Sentença prolatada nos autos do processo em epígrafe, Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidades do recurso foram observados e encontram-se presentes.
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, no prazo de 8 (oito) dias conforme o artigo 900 da CLT e após seja o presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal do Trabalho da 17 ª Região.
Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal. 
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado - assinatura
OAB / XX.XXX
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
 
Recorrente: REINALDO MAGRICELO
Recorrido: FACEBURG Ltda, E PC FARINHAS Ltda
Processo nº: 5555.2011.5.05.0015
Origem: 1ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA /ESPÍRITO SANTO.
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃO
1 PRELIMINARES DE MÉRITO
Cerceamento de defesa do autor que por ficar exposto ao frio, postulou adicional de insalubridade e requereu a produção de prova pericial, a qual foi indeferida pelo juízo a quo, que entendeu desnecessária a prova pericial para a apreciação do pedido. Julgando improcedente o pedido na exordial.
Diante do exposto requer a nulidade da sentença e o retorno dos autos ao juízo a quo, afim de reabrir a instrução processual e a produção de prova pericial.
2 DOS FATOS 
Foi ajuizada uma reclamação trabalhista em face da Recorrida, empresa para a qual trabalhou, Faceburg Ltda. (1a reclamada) e contra PC Farinhas Ltda. (2a reclamada). empresa onde a recorrente laborava como o responsável pelo preparo das carnes, ou seja, preparava 100 quilos de carnes variadas por dia, para a fabricação dos hamburgueres artesanais e que foi dispensado sem justa causa recebendo a indenização decorrente da ruptura do contrato de trabalho. 
A recorrente entrou com uma reclamação trabalhista contra seu ex empregador e a mesma empresa do grupo d econômico, no qual a recorrente requer diversos direitos que foram desrespeitados ao longo do contrato de trabalho.
3 DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO 
A decisão proferida na Vara do Trabalho trata- se de uma sentença. Destarte, o reexame de referida decisão deverá ser feito por meio de Recurso Ordinário, conforme preceitua o art. 895, “I” da CLT. Cumpre ressaltar que segue cópia das custas e depósito recursal devidamente recolhidos, além de o presente recurso ter sido interposto tempestivamente. Dessa forma, preenchidos os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso.   
4 DOS MOTIVOS DA REFORMA DA SENTENÇA   
DO GRUPO ECONÔMICO  
A sentença proferida pelo juiz não merece ser mantida pois fica comprovado a existência do grupo econômico, ficando evidente o controle acionário da empresa PC Farinhas Ltda. sobre a Faceburg Ltda., com efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas.
Diante o exposto solicita-se a reforma da sentença anteriormente proferida, com fulcro no art. 2º, § 2º, da CLT.
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE  
O juiz julgou improcedente o pedido de adicional de insalubridade, porém tal decisão não merece ser mantida uma vez que demonstra-se comprovada a atividade em câmara frigorífica diariamente se fazendo necessária a produção da prova pericial, a qual foi indeferida pelo juízo, diante do exposto solicita-se a reforma da sentença julgando procedente a produção de prova pericial, com fulcro no art.189 da CLT. 
DOS MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA 
O autor era obrigado a colocar o uniforme na empresa, pois, trabalhava com o manejo de alimentos. De acordo com a legislação quando o empregado é obrigado a trocar o uniforme na empresa e isso está expresso nas regras da empresa, o autor deve receber as horas extras.
Diante dos fatos narrados pede-se a reforma da decisão prolatada pelo juízo com fulcro na Lei nº 13.467, de 2017, artigos 4º, § 2º, inciso VII da CLT, e da jurisprudência do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região, pela sua 6º Turma, que decidiu que esse tempo de troca de uniforme, configura tempo a disposição, devendo ser pago eventual hora extra. Processo nº 0002417-29.2013.5.02.0085.
DO FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO  
O juízo julgou improcedente o pedido, porém a sentença merece ser reformada pois o reclamante persegue a verba em exame ao argumento de ser este o entendimento do Colendo TST. 
Com base nos fatos supra citados solicita-se o pagamento do FGTS sobre o aviso prévio indenizado, com fulcro no art. 484 da CLT.
DOS DESCONTOS   
O juiz julgou improcedente o pedido de condenação formulado pelo autor.   
Solicita-se a devolução dos valores descontados do salário do mês de janeiro, visto que as duas faltas foram para comparecer a audiência onde o autor era parte do processo, com fulcro no artigo 473 da CLT.
REINTEGRAÇÃO E INDENIZAÇÃO SUBTITUTIVA    
O reclamante postulou a sua reintegração no emprego e, sucessivamente, indenização substitutiva em razão do acidente do trabalho sofrido. Em seu depoimento pessoal, a primeira reclamada admite que, durante um dos dias de descanso semanal remunerado do reclamante, levou as facas utilizadas no corte da carne para afiar, esquecendo-se de informar ao mesmo, que no retorno da folga imprimiu forte pressão na faca vindo a cortar a mão, sendo atingidos os ligamentos do dedo polegar da mão direita. Os documentos de fls. comprovam que o reclamante ficou mais de 15 dias afastado, sendo encaminhado ao INSS, momento em que passou a receber auxílio-doença acidentário. Após a recuperação, cessado o benefício, o reclamante retornou ao trabalho, sendo dispensado 1 meses depois, sem justa causa mesmo diante de todo o fato narrado o juiz julgou improcedente o pedido. 
Por tai fatos narrados pede-se a reforma da sentença e solicita-se a reintegração e a indenização por conta da obrigação que não foi cumprida. com amparo na Lei 8.213/1991, artigo 118, o trabalhador tem estabilidade de no mínimo 12 meses no contrato de trabalho, após sofrer acidente no trabalho. Com fulcro no artigo 496 da CLT, venho pedir o pagamento de indenização substitutiva, por conta da obrigação que não foi cumprida pelo empregado, no momento em que a empresa, demitiu sem justa causa o Autor, que gozava de estabilidade por conta de acidente no trabalho.
5 REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto requer o conhecimento do presente recurso, o acolhimento da preliminar de mérito para que seja declarada a nulidade da sentença e o retorno dos autos ao juízo de primeiro grau e no mérito o provimento do recurso para fins de reforma da sentença para julgar procedentes as postulações do reclamante.  
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado - assinatura
OAB / XX.XXX