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Artrite Reumatoide - RESUMO -

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- 
 
 
 É uma doença auto-imune, inflamatória sistêmica, 
crônica e progressiva, de etiologia desconhecida que 
primariamente envolve a membrana sinovial das 
articulações, podendo levar à destruição óssea e 
cartilaginosa, deformidades articulares e 
conseqüente limitação ou incapacidade para realizar 
as atividades de vida diária em pacientes mais 
comprometidos. 
- Caráter sistêmico – pode acometer pulmões, pleura, 
coração, vasos sanguíneos e outros órgãos do corpo. 
 Acomete normalmente as articulações periféricas 
das mãos e dos pés, de forma simétrica, persistente 
e erosiva, podendo progredir para as articulações 
mais proximais.. 
 Alguns clínicos comparam a AR a uma “neoplasia da 
sinóvia” – proliferação descontrolada (hipertrofia e 
hiperplasia). 
- Aumento da produção de líquido sinovial, erosão 
subcondral e lesão dos tendões e ligamentos. 
 É a segunda forma de artropatia inflamatória 
crônica mais comum; 
 Acomete cerca de 0,5 a 1,5% da população adulta, 
em todos os grupos étnicos, aumentando para 10% 
acima dos 65 anos; 
 Ocorre frequentemente entre as idades de 30 a 50 
anos, mas pode aparecer em qualquer faixa etária; 
 Afeta ambos o sexos; 
 Mais comum no sexo feminino, na proporção de 3 : 1 
- Influência dos hormônios femininos; 
- Melhora da doença durante a gestação e com o uso de 
anticoncepcionais. 
 
 Desconhecida e multifatorial 
 Predisposição genética 
- 10 a 15% da suscetibilidade em parentes de 1° grau com 
AR; 
- 15 a 30% de ocorrência em gêmeos homozigotos. 
 Fator auto-imune 
- Associação de alelos HLA – DR4 (Antígeno Leucocitário 
Humano) – sofre alterações alélicas no gene, quando há 
duas cópias do epítopo compartilhado/alelo de risco (se 
 
 
 
 
 
 
 
 
ligam mais intensamente as proteínas) apresentam 
doença mais grave e com mais manifestações extra-
articulares (tendência a ser erosiva). 
 Infecção por vírus – formação de complexos imunes 
- Alteração na microbiota intestinal induz a auto-
imunidade gerando inflamação da sinóvia; 
- Exposição a alguns vírus e patógenos, como Epstein-
barr, parvovírus B-19, dentre outros; 
- Periodontite; 
 Fatores endócrinos 
- Incidência maior no sexo feminino; 
- Redução na gravidez 
- Exacerbação na menopausa; 
- Estrógeno inibe a reabsorção óssea; 
- Estimula a produção de cálcio e calcitocina. 
 Fator Ambiental 
- Tabagismo 
- Substâncias irritativas para o tecido pulmonar. 
 
 Membrana Sinovial - sinovite 
- O fator que desencadeia o processo inflamatório sinovial 
pode ser um antígeno exógeno, endógeno ou combinação 
de ambos. 
- A presença de um antígeno gera uma resposta do 
organismo (antígeno-anticorpo) e um processo 
inflamatório na sinóvia (presença de linfócitos, 
interleucina, linfocinais e outros mediadores 
inflamatórios). 
- O desequilíbrio entre as citocinas pró-inflamatórias e as 
anti-inflamatórias desempenham um papel importante na 
doença: interleucinas e fatores de crescimento promovem 
a diferenciação de células Th17, suprimindo a 
diferenciação de células T reguladoras. Isso promove um 
status pró-inflamatório que contribui para a manutenção 
da autoimunidade e destruição articular. 
- A membrana sinovial tornasse mais espessa (aumenta 
de tamanho) por proliferação celular, hiperplasia, 
proliferação vascular, neoangiogênese e infiltrado 
inflamatório intenso, aumentando a produção de líquido 
sinovial. 
- A produção desordenada de citocinas contribui com 
perpetuação do processo inflamatório e estimulam a 
proliferação das células sinoviais e a sinóvia se dilata, 
levando a uma expansão progressiva do pannus 
(vilosidades de tecido sinovial que tendem a se projetar 
Artrite Reumatóide 
na superfície articular das margens articulares e sobre as 
extremidades ósseas, que corroem a cartilagem adjacente 
e o osso provocando erosões e contribuindo para 
destruição das articulações). 
- Na AR ocorre a proliferação inflamatória da membrana 
sinovial (sinovite) e este tecido inflamatório é chamado 
de Pannus. 
- Macrófagos são os efetores principais da sinovite. Eles 
liberam citocinas, intermediários reativos de oxigênio e 
nitrogênio, produzem enzimas que degradam a matriz 
celular, além de fazerem fagocitose e apresentação de 
antígenos. 
- Já os neutrófilos contribuem para a sinovite por meio 
da síntese de prostaglandinas, proteases, e reativos 
intermediários de oxigênio. 
- No líquido sinovial estão presentes enzimas (proteases, 
colagenases) que destroem a cartilagem. 
- O pannus pode formar adesões e cicatrizes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cartilagem Articular 
- Alterações (aspereza, afinamento e necrose focal) 
devidas erosão provocada por enzimas presentes no 
líquido sinovial e pannus. 
; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manifestações Gerais 
- Início: insidioso 
- Sistêmicas: fadiga, febre, mal estar, mialgia, perda de 
peso, sinais de inflamação (dor, edema, rubor e alteração 
da temperatura); 
- Rigidez articular matinal prolongada (por mais de uma 
hora) e após longos períodos de inatividade. É uma 
imobilização durante repouso, descrita como lentidão ou 
dificuldade para mover as articulações quando se levanta 
da cama ou depois de estar numa mesma posição por 
muito tempo, que envolve ambos os lados do corpo e 
melhora com a movimentação. 
- A duração está associada com o grau de inflamação 
articular, ou seja, quanto mais duradoura a RM mais 
inflamada a articulação. 
- Um dos diagnósticos diferenciais de AR é a osteoartrite 
(não cursa com rigidez matinal prolongada). 
 
 Manifestações Articulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Acometimento inicial das pequenas articulações 
simétricas, classicamente das metacarpofalangeanas 
(MCF) e interfalangeanas proximais (IFP) e 
metatarsofalangeanas (MTF). 
- Raramente a AR envolve as interfalangeanas distais 
(IFD) e seu acometimento deve levantar suspeita de 
diagnósticos diferenciais, como a artrite psoríaca. 
- Acometimento das articulações do joelho, cotovelo, 
tornozelo, quadris e ombros. 
- Menos frequente e mais tardiamente, pode haver 
acometimento das articulações temporomandibulares, 
cricoaritenóideas e esternoclaviculares. 
- Podem ser afetadas as articulações C1-C2, enquanto o 
resto da coluna é preservado. 
- Dor – surge em repouso e pode intensificar com 
atividade, como diminuir com o movimento. 
- Edema “fofo” 
- Poliartrite: geralmente mais de 4 articulações são 
acometidas. 
- Simétrica: embora se tratando das IFP, das MCF e das 
MTF, a simetria não necessita ser completa. 
- Artrite cumulativa ou aditiva: acomete progressivamente 
novas articulações. 
- Articulações quentes ao toque; 
- Sensibilidade aumentada: presença de pontos doloridos 
ao redor das articulações afetadas -hiperalgesia. 
- Eritema: ocasionalmente visível no estágio da inflamação 
aguda, devido ao aumento de fluxo sanguíneo na área 
afetada. 
- Perda da função: pode estar ligada a dor, deformidades, 
instabilidade articular, fraqueza muscular, sinovite ativa, 
ruptura de tendões, fadiga, complicações neurológicas, 
rigidez matinal. 
- Diminuição da Amplitude de Movimento: devido a 
presença de dor, edema, deformidades, pannus, espasmo 
muscular, fraqueza muscular, medo, subluxação e 
instabilidade articular por erosões e frouxidão ligamentar. 
- Atrofia muscular ao redor da articulação: os músculos 
são inibidos devido a dor, edema, catastrofização, 
deformidades que levam a diminuição do movimento e, 
consequentemente atrofia muscular. 
- Cistos sinoviais: semelhante a uma bolsa cheia de liquido 
(líquido sinovial), pode surgir repentinamente junto a 
qualquer articulação do corpo, embora seja mais 
frequente nas mãos e nos punhos. Ex: Cisto de Baker ou 
cisto poplíteo. Pode causar dor e desconforto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Deformidades comuns 
- Pescoço de Cisne: hiperextensão da IFP e flexão da 
IFD; 
- Botoeira: hiperextensão da IFD e flexão da IFP; 
 
 
 
 
 
 
 
- Polegar em Z: hiperextensão da IF e flexão da MTCF. 
- Desvio ulnar dos dedos: MTCF 
- Desvioradial do punho 
- Luxação e deformidade em flexão: cotovelo, joelho e 
quadril. 
- Adução + rotação interna: ombro 
- Pé plano, halux valgo e calosidades no ante pé (sobre os 
dedos e na região plantar da cabeça dos MTT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manifestações Sistêmicas (extra-articulares) 
 Pele (cutânea) 
- Nódulos subcutâneos (15 a 20% dos pacientes) – 
exclusivamente naqueles com fator reumatóide positivo, 
consistência firme á palpação e indolores; 
- Vasculite de pequenos vasos (púrpura palpável); 
- Úlceras isquêmicas (pioderma grangrenoso); 
- Equimoses. 
 
 
 
 
 
 Coração 
- Derrame pericárdico – assintomático; 
- Pericardite - assintomática 
- Doença valvar; 
- Nódulos nos anéis valvares; 
- Coronariopatias 
Envolvimento cardíaco é difícil, mas pacientes com AR 
possuem risco cardiovascular aumentado devido à 
inflamação crônica. 
 Pulmão 
- Líquido pleural é caracterizado por baixos níveis de 
glicose e pH; 
- Derrame pleural; 
- Doença parenquimatosa pulmonar; 
- Nódulos intrapulmonares – são sólidos, mas podem 
calcificar, gerando infecções ou cavitações, produzindo um 
pneumotórax; 
- Fibrose intersticial difusa com pneumonite podendo 
evoluir para bronquiectasia, tosse crônica e dispnéia 
progressiva; 
- Raramente bronquiolite obliterante. 
 Olhos 
- Ceratoconjuntivite seca (olho seco) devido a síndrome 
de Sjögren secundária. 
- Esclerite – dolorosa 
- Episclerite 
- Escleromalacia perforans 
- Ceratopatia ulcerativa periférica 
 Neurológico 
- Síndromes compressivas dos nervos periféricos 
(síndrome do túnel do carpo ou do tarso); 
- Subluxação de C1 e C2 pode causar mielopatia; 
- Vasculites podem causar neuropatia em bota ou em 
luva, ou mononeurite lúpica. 
 Gastrointestinal 
- Gastrite; 
- Úlceras pépticas; 
- Complicações vasculares intestinais por vasculite. 
 Renal 
- Glomerulonefrite; 
- Glomerulopatias; 
- Doença intersticial tubular renal (uso de AINH). 
 Hematológica 
- Anemia com redução da ferritina sérica; 
- Trombocitose (aumento do número de plaquetas); 
- Trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) 
- Linfadenopatia e esplenomegalia (10% dos casos). 
 Síndrome de Felty 
- Formada pela tríade de AR, esplenomegalia e 
neutropenia 
- Ocorre em menos de 1% dos pacientes 
- Acomete pacientes com AR grave e fator reumatóide e 
anticorpos anti peptídeos citrulinados (FR/ACPA) positivo 
- Pode ocorrer juntamente com hepatomegalia, 
trombocitopenia, linfadenopatia 
- Podem apresentar hiperpigmentação da pele ou 
anomalias hepáticas, lesões vasculíticas, ulcerações. 
- Não requer um tratamento especial além do tratamento 
da AR grave, mas a esplectomia pode ser indicada em 
casos selecionados de infecções recorrentes devidas a 
neutropenia grave. 
 Fenômeno de Raynaud 
- Episódios reversíveis de vasoespasmos de extremidades 
que leva a palidez, cianose e rubor, associadas à dor. 
- Provocado por mudança de temperatura (exacerbação 
no frio), estresse, determinadas substâncias químicas 
(cigarro).

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