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BIOMECÂNICA
AULA 8
MARCHA
Prof.Andrea Ferian
MARCHA
LOCOMOÇÃO
Toda ação que move o corpo de um animal 
através do espaço aéreo, aquático ou 
terrestre (CAPOZZO, 1991).
ANDAR
CORRER
ENGATINHAR
SALTAR
MARCHA
A Marcha Humana é um processo de 
locomoção que nos permite deslocar pelo 
espaço terrestre com maior coordenação e 
eficiência.
Marcha
Movimento para frente do corpo ereto com a
utilização dos membros inferiores para
propulsão
Para a Fisioterapia...
O entendimento dos aspectos
biomecânicos, cinesiológicos e do controle
neural da marcha normal e patológica
permite-nos melhor avaliar e organizar
programas de treinamento e reabilitação da
marcha, um dos objetivos terapêuticos mais
importantes.
AVALIAÇÃO 
DA 
MARCHA
DETECÇÃO 
DE
ALTERAÇÕES
PROGRAMAS DE 
TREINAMENTO E 
REABILITAÇÃO DA 
MARCHA
Análise da Marcha
(AM)
▪ É a mensuração, a descrição e a avaliação 
sistemática de dados que caracterizam a 
locomoção humana
▪ A AM pode ser
 Clínica (visando ao estudo de um determinado 
paciente) 
 Científica (visando ao estudo das repercussões de 
uma patologia sobre a marcha)
Conceitos
Passo: é o espaço compreendido entre o contato
inicial de um pé e o contato inicial do pé contralateral
no solo
Pode ser expresso em tempo ou comprimento
Passada:é o espaço compreendido entre o contato
inicial de um pé no solo e o novo contato inicial do
mesmo pé. Equivale ao ciclo da marcha
Assim uma passada corresponde a 2 passos
1o. Toque = 0% CM
2o. Toque = 100% CM
Fases da Marcha
▪ Fase de Apoio ou de Sustentação (60%)
▪ Fase de Balanço ou Oscilação (40%)
• Apoio: período durante o qual o pé está no solo.
• Balanço: período em que o pé está no ar para 
proporcionar o avanço do membro.
APOIO BALANÇO
Fase de Apoio-Sustentação 
(60%)
▪ Corresponde a 60% do ciclo de marcha.
▪ Subdividido em 3 intervalos de acordo
com a presença de um ou dos dois pés no
solo:
 o início e o final do apoio envolve a
presença dos 2 pés no solo (duplo apoio)
 a porção média envolve a presença de
apenas um pé (apoio simples).
Fase de Apoio-Sustentação 
(60%)
▪ Contato Inicial: Apoio do calcanhar 
▪ Resposta à carga: Aplainamento do pé
▪ Apoio médio: Acomodação intermediária
▪ Apoio terminal: Impulsão do calcanhar 
▪ Pré-balanço: Impulsão dos dedos
Fase de Apoio
Permite progressão enquanto mantém estabilidade
CI RC AM AT PB
CONTATO
INICIAL 0%
RESPOSTA 
À CARGA
APOIO 
MÉDIO
APOIO 
TERMINAL
PRÉ-
BALANÇO 
60%
Ciclo de Marcha – Apoio
Fase de Balanço ou Oscilação 
(40%)
-Balanço Inicial (aceleração)
-Balanço Médio
-Balanço Terminal (desaceleração)
A fase de balanço de um membro corresponde à 
fase de apoio simples do membro contralateral
Ciclo de Marcha - Balanço
BM BTBI
60% 100%
1º Duplo Apoio 2º Duplo Fase de Novo
Apoio Simples Apoio Balanço Ciclo
Ciclo da Marcha
Fase de Apoio (60%)
Período em que o pé está em 
contato com o solo
1° Duplo Apoio
10%
Apoio Simples
40%
2°Duplo Apoio
10%
Fase de Balanço (40%)
Período em que o pé está fora 
do solo
Balanço 
Inicial
Balanço 
Médio
Balanço 
terminal
Mobilidade Pélvica:aumenta o 
comprimento do passo
Contato Inicial
▪ Quadril: flexão 
▪ Joelho: extensão
▪ Tornozelo: neutro/dorsiflexão
Resposta à Carga
▪ Quadril: flexão 
▪ Joelho: flexão (leve)
▪ Tornozelo: flexão plantar
Apoio Médio
▪ Quadril: extensão 
▪ Joelho: extensão 
▪ Tornozelo: neutro/dorsiflexão
Apoio Terminal
▪ Quadril: extensão 
▪ Joelho: extensão 
▪ Tornozelo: dorsiflexão-flexão plantar
Pré-Balanço
▪ Quadril: fletindo...(vem da extensão para 
flexão)
▪ Joelho: flexão 
▪ Tornozelo: flexão plantar (propulsão)
Balanço Inicial
▪ Quadril: fletindo...
▪ Joelho: flexão 
▪ Tornozelo: flexão dorsal
Balanço Médio
▪ Quadril: fletindo
▪ Joelho: diminui a flexão (começa a estender)
▪ Tornozelo: neutro
Balanço Terminal
▪ Quadril: flexão
▪ Joelho: extensão 
▪ Tornozelo: dorsiflexão/neutro
ANÁLISE DA MARCHA
Análise Cinemática
▪ É uma subdivisão da mecânica: analisa os 
movimentos (descrição dos movimentos), 
sem levar em consideração as forças. 
▪ Pode ser feita: 
 Visualmente 
 No laboratório de Biomecânica 
Para tanto, o movimento é filmado com
câmeras de vídeo ou câmeras optoeletrônicas,
e as informações captadas pela câmera são
armazenadas e analisadas por softwares de
computadores específicos
▪ Marcadores reflexivos (que refletem luz) são 
usados em pontos específicos do corpo.
Parâmetros Lineares
(variáveis espaço/temporais)
▪ Comprimento passo/passada (cm)
▪ Velocidade (cm/seg) : distância percorrida em um 
intervalo de tempo. Define o ritmo do percurso do 
indivíduo.
▪ Cadência (está relacionada ao comprimento do 
membro inferior)
▪ Largura do passo
Cadência: é o número de passos dados em uma
unidade de tempo, normalmente expresso como passos
por minuto.
Valores de Referência da 
Marcha Normal
Na literatura observa-se muitas variações entre
diferentes autores sobre parâmetros “normais”
Há muitas explicações para isso, desde
características da população estudada até
condições de coleta dos dados
Valores de Referência da 
Marcha Normal
De modo geral pode-se adotar os valores citados por
J.Perry (Gait analysis:normal and pathological
function-1992) como referência para adultos normais:
▪ Velocidade: 82 m/min (hom=86 mulh=77)
▪ Cadência: 113 passos/min (hom=111 mulh=117)
▪ Comprimento da passada: 1,2 a 1,4 m (hom=1,46 
mulh=1,28)
▪ Comprimento do passo: 75 cm
Análise Cinética
▪ É uma subdivisão da mecânica: estuda
as forças associadas aos movimentos.
▪ Ex.Plataforma de força
Plataforma de Força
Força de Reação do Solo
Eletromiografia
▪ Registra a participação dos músculos em 
determinado movimento. 
▪ O comando para o músculo participar ou não 
do movimento é dada pelo sistema nervoso, 
ao enviar sinais elétricos conhecidos como 
potenciais de ação
▪ Os potenciais de ação consecutivos emitidos 
pelo sistema nervoso são captados por um 
sensor (eletrodo).
▪ O eletrodo é conectado ao eletromiógrafo, 
que envia os sinais registrados para o 
computador com software específico para 
armazenamento, tratamento e análise dos 
dados (DE LUCA, 1997). 
Eletromiografia
Função Muscular na Marcha
Na marcha normal os músculos contraem
e relaxam de modo preciso e orquestrado. A
contração prolongada ou fora de fase durante
a marcha pode caracterizar anormalidades do
controle motor, afetando a eficiência
mecânica e metabólica da marcha.
Atividade Muscular: tibial anterior
Atividade Muscular: gastrocnêmio lateral
Atividade Muscular: vasto lateral
Atividade Muscular: reto femoral
Atividade Muscular
BÍCEPS FEMORAL GLÚTEO MÁXIMO