Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEUROEIXO: Responsável pela coordenação da micção, com um ciclo miccional que se baseia na ativação e inibição de reflexos de enchimento e de esvaziamento; TRÊS CENTROS DE COORDENAÇÃO NO SNC: SUPRAPONTINO: Inibitório da micção PONTINO: Coordenação/Sinergia da micção EVITA A DISINERGIA: Esfincter e bexiga contraindo, impedindo a urina MEDULAR: Arco reflexo da micção (entre S2 e S4) INERVAÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFERIOR POR TRÊS ALÇAS: ENTRE O CORTEX E O CENTRO PONTINO: Inibitório, na maioria das vezes ENTRE O CENTRO PONTINO E O SACRAL: Responsável pela sinergia da micção (coordenação entre a contração da mm detrusora e o relaxamento do esfíncter para poder urinar) PROBLEMAS AQUI: Caso tenha contração da mm detrusora e contração do esfíncter, o paciente não vai conseguir urinar e vai causar aumento da pressão intravesical causando refluxo e hidronefrose; ENTRE A MEDULA/SACRAL E A BEXIGA/VESICAL: Onde tem o SNA simpático (saindo de T10 e L2, que inibe a micção) e SNA parassimpático (estimulando a micção e saindo de S2-S4 – além da inervação do esfíncter externo VOLUNTÁRIO pelo nervo pudendo saindo dessa área) BEXIGA: RECEPTORES: MUSCARÍNICOS (DE 1 A 5): M3: Principal na contração vesical ADRENÉRGICOS: ALFA 1: Se situa no colo/esfíncter vesical (na uretra) Contração do esfíncter uretral BETA 3: Presentes na mm detrusora da bexiga Relaxamento do detrusor NICOTÍNICOS: Presentes no esfíncter uretral, relacionado com o nervo pudendo SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: PARASSIMPATICO: Atua por meio do nervo pélvico (sai entre S2-S4) liberando acetilcolina > contraindo a mm detrusora (estimulando os receptores muscarinicos) > estimula a micção SOMÁTICO: Atua por meio do nervo pudendo (sai entre S2-S4) pela liberação de acetilcolina > estimula o receptor nicotínico > contrai o esfíncter urinário > impedindo a micção espontânea/voluntariamente SIMPÁTICO: Atua por meio do nervo hipogástrico (sai entre T10-L2) > estimula o receptor agonista beta3 > inibe a contração detrusora por meio da liberação de noradrenalina e estimula o receptor alfa1 > gera a contração do esfíncter uretral > impedindo a micção ARMAZENAMENTO VESICAL: Relaxamento da mm detrusora e contração do esfíncter urinário por estímulo do simpático e inibição do parassimpático > inibição da micção ESVAZIAMENTO VESICAL: Receptores da mucosa vesical, quando a bexiga enche, gera-se um estímulo aferente > córtex > estimula o sistema parassimpático para contrair a musculatura detrusora e relaxa o esfíncter urinário > estimula parassimpático (involuntário) e inibe o simpático CONCEITO: Expressa toda disfunção vesical presentes em pacientes que tem qualquer doença neurológica CAUSAS: MIELOMENINGOCELES DISRAFISMOS ESPINHAIS: Espinha bifida AGENESIA SACRAL PARALISIA CEREBRAL MALFORMAÇÕES CLOACAIS TRAUMA RAQUIMEDULAR - TRM PARKINSON ESCLEROSE MÚLTIPLA DIABETES DUAS APRESENTAÇÕES: VÁRIAS CONTRAÇÕES NÃO INIBIDAS (A MM DETRUSORA CONTRAI INVOLUNTARIAMENTE): Urgência Polaciúria Noctúria/Nictúria HIPOCONTRATILIDADE/HIPOATIVIDADE DETRUSORA E O PACIENTE NÃO CONSEGUE URINAR: Retenção urinária CONSEQUÊNCIAS: Pode gerar bexigoma (pela retenção de urina) PELO DISINERGISMO: Pode causar prejuízo na função renal pelo aumento da pressão intravesical Aumentando a pressão em todo o sistema urinário Hidronefrose e perda de parênquima renal Pode levar a insuficiência renal CLÍNICA EXAMES COMPLEMENTARES: UROFLUXOMETRIA (ANTES E DEPOIS DO ESTUDO URODINÂMICO): COMO? Urina em um recipiente > o recipiente informa a velocidade do fluxo urinário INFORMAÇÕES: HOMEM: Fluxo máximo de 15mL/s (pela uretra ser mais comprida) MULHER: Fluxo máximo de 20mL/s (pela uretra ser menor) INFORMA GRAU DE OBSTRUÇÃO URINÁRIA (COMO NA HIPERPLASIA PROSTÁTICA): Quando abaixo de 10mL/s nos homens OUTRAS FUNÇÕES: INFORMA SOBRE HIPOCONTRATILIDADE VESICAL ESTUDO URODINÂMICO: Serve para analisar as fases da micção (enchimento e esvaziamento vesical), além de orientar para as alternativas terapêuticas e documentar as causas dos distúrbios miccionais COMO? Coloca-se um cateter intrarretal com balão (avalia a pressão intrabdominal) e outro intravesical (avaliando a pressão intravesical) Subtrai a pressão abdominal da vesical achando a pressão detrusora DETALHES: SIMULANDO A FASE DE ENCHIMENTO: Enche a bexiga com soro SIMULANDO A FASE DE ESVAZIAMENTO: Pede para o paciente esvaziar a bexiga INFORMAÇÕES: CAPACIDADE VESICAL SE TEM CONTRAÇÃO NÃO INIBIDA SE TEM HIPOCONTRATILIDADE DETRUSORA SE TEM HIPERATIVIDADE DETRUSORA CAUSA DOS DISTÚRBIOS MICCIONAIS: Orientando as alternativas terapêuticas CONTRAÇÃO NÃO INIBIDA DA BEXIGA POR CAUSA DE HIPERATIVIDADE VESICAL/DETRUSORA: Não variou a pressão abdominal no final, variando só a detrusora e vesical O QUE AVALIAR EM CADA FASE? FASE DE ENCHIMENTO: SENSIBILIDADE VESICAL: Quando o pcte refere o desejo miccional a depender da quantidade de líquido na urina (resultado pode ser aumentada, reduzida ou ausente) COMPLACÊNCIA VESICAL: Capacidade de manter uma pressão constante mesmo aumentando o volume urinário CAPACIDADE MÁXIMA DA BEXIGA (CAPACIDADE CISTOMÉTRICA): Se por acaso está aumentada HIPERATIVIDADE DETRUSORA MECANISMO DE FECHAMENTO URETRAL INCOMPETENTE: Ou seja, se tem algum grau de incontinência urinária FASE DE ESVAZIAMENTO: DETRUSOR ACONTRÁTIL OU HIPOATIVO DISSINERGIA DETRUSOR-ESFINCTERIANA: De modo que exista, por exemplo, uma contração simultânea da bexiga e o esfíncter, aumentando a pressão vesical e não conseguindo urinar OBSTRUÇÃO INFRAVESICAL OBSTRUÇÃO FUNCIONAL POR DISTÚRBIO DE RELAXAMENTO DO ESFINCTER URETRAL: Principalmente no paciente com HPB para fazer diagnóstico diferencial com hipocontratilidade detrusora MIELOMENINGOCELE: Principal causa de disfunção vesical em crianças O QUE É? Defeito do fechamento do canal medular COMO CONFIRMAR? Pelo estudo urodinâmico COMO EVITAR? Com reposição de ácido fólico na gestação TRAUMA RAQUIMEDULAR: NA FASE AGUDA OU DE CHOQUE MEDULAR: GERALMENTE TEM: Hipoatividade detrusora com retenção urinaria Duração de duas a seis semanas Trata inicialmente com sonda vesical e, depois dessa fase, deixa o paciente em cateterismo intermitente limpo (menor risco de infecção urinária que a sonda de demora) AVE FASE INICIAL: Fase de choque cerebral com arreflexia detrusora com retenção urinária FASE TARDIA (DEPOIS DE 6 MESES, MAIS OU MENOS): Com hiperatividade detrusora com urgência, incontinência e polaciúria A BEXIGA E O NÍVEL DA LESÃO NEUROLÓGICA: SUPRA PONTINA: HIPERATIVIDADE DETRUSORA COM CONTRAÇÕES NÃO INIBIDAS - Bexiga hiperativa ESPINAL (INFAPONTINA E SUPRASACRAL) DISSINERGIA VESICO-ESFINCTERIANA: Bexiga contrai e o esfincter contrai também, aumentando a pressão intravesical e podendo levar a perda de função renal SACRAL E INFRASACRAL: HIPOATIVIDADE DETRUSORA: Bexiga não se contrai, mas o esfincter se comporta normoativo ou hipoativo, gerando retenção urinaria, pois atinge a parte parassimpática que normalmente estimula a urina BAIXA COMPLACÊNCIA DA BEXIGA: Pressão vesical e detrusora aumentam com o tempo, enquanto a abdominal se manteve estável, mostrando que o aumento do volume aumenta MUITO a pressão, de modo a estar desregulado. DISREFLEXIA AUTONÔMICA: EMERGÊNCIA POTENCIALMENTE FATAL Descarga simpática excessiva, principalmente em pacientes com trauma acima de T6. Em pacientes que tem distensão vesical ou por retenção ou por estudo urodinâmico ao encher a bexiga com soro ou em pacientes com distensão retal devido à constipação ou paciente que tem escaras sacrais que vão desbridar MANIFESTAÇÃO: Pico hipertensivo Bradicardia Sudorese TRATAMENTO: ANTIHIPERTENSIVO: Nifedipina (em segundo plano o NPS) OUTRAS DOENÇAS: ESCLEROSE MÚLTIPLA DOENÇA DE PARKINSON DIABETES: Por neuropatia periférica HTLV OBJETIVO: PRESERVAR A FUNÇÃO RENAL: Evitando o aumento da pressão intravesical que causa hidronefrose e perda da função renal EVITAR INFECÇÃO: Paciente com resíduo urinário tem mais chance de ITU MELHORAR QUALIDADE DE VIDA: Manter continência Adequação social do paciente FORMAS: TERAPIACOMPORTAMENTAL: Regulação da ingesta hídrica (se a sensibilidade aumentada, pode-se orientar diminuir ingesta hídrica, por exemplo) FISIOTERAPIA DO ASSOALHO PÉLVICO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO NEUROMODULAÇÃO SACRAL E PERIFÉRICA CIRÚRGICO CATETERISMO VESICAL CATETERISMO: PARA QUEM? Retenção urinária devido hipoatividade detrusora INTERMITENTE OU DE ALÍVIO: Melhor que a sonda de demora por que causa menos ITU Esvazia a bexiga no mínimo de 6/6h (4x ao dia) e o paciente mesmo passa a sonda com uma lubrificação adequada (xylocaina) SONDAGEM VESICAL OU SONDA DE DEMORA OU DE FOLEY: Mais riscos de infecção, devendo trocar no máximo a cada 30 dias Duas vias, uma para encher o balão e outra para liberar a urina FARMACOLÓGICO ANTIMUSCARINICOS: Lembre-se de que os receptores muscarínicos são os responsáveis pela contração da bexiga! Paciente com bexiga hiperativa ou contrações não inibidas que esteja gerando incontinência, polaciúria e noctúria Oxibutinina (Retemic), tolterodina, solifenacina ou darifenacina CUIDADO! Se tiver miccional alto não usar por que vai reter mais ainda EFEITOS COLATERAIS: Boca seca, constipação, retenção urinária (evitar em pacientes que tem resíduo urinário aumentado) e NÃO USAR em glaucoma de ângulo agudo/fechado (pode provocar uma piora) | Pode causar perda cognitiva, logo evitar em idosos AGONISTAS ADRENÉRGICOS B3: Receptores adrenérgicos B3 relaxam o detrusor Pacientes com hiperatividade detrusora Mirabegron 50mg 1x/dia Inibir a contração vesical Têm menos efeitos colaterais que os antimuscarínicos; Pode até vir como associação com esses para aumentar potência DROGA DE ESCOLHA EM PACIENTES ACIMA DE 65 ANOS: Pelos efeitos negativos cognitivos dos antimuscarínicos COMPARATIVO DE AÇÃO: Ambas impedem a contração detrusora e inibem a contração não inibida da bexiga AGONISTAS ADRENÉRGICOS: Atua no simpático de modo a aumentar o relaxamento da musculatura detrusora ANTI MUSCARÍNICOS: Inibem as contrações involuntárias provocadas pelo sistema parassimpático TOXINA BOTULINICA: COMO? Entra via uretral e visualiza a mucosa da bexiga > introduz o botox na musculatura detrusora > impede a liberação da acetilcolina para as sinapses > impede a contração não inibida EFEITO NÃO DEFINITIVO (PASSA EM 6 MESES) COMPLICAÇÕES: RETENÇÃO URINÁRIA NO PÓS IMEDIATO: Trata com sondagem HEMATÚRIA ITU NEUROMODULAÇÃO PERIFÉRICA: Estimula o nervo tibial posterior por via percutânea Fazer uma vez por semana durante 12 semanas NEUROMODULAÇÃO SACRAL Implanta um dispositivo gerador de energia > estimula os nervos sacrais > modula as respostas vesicais CONSIDERAÇÕES FINAIS: LEVAR EM CONTA COMO SE COMPORTA A BEXIGA NEUROGÊNICA: Se com retenção ou incontinência TEM QUE TOMAR CUIDADO COM PACIENTE QUE REFERE INCONTINÊNCIA URINÁRIA, MAS É APENAS POR TRANSBORDAMENTO: O paciente pensa que está urinando, mas não está, e sim com bexigoma SE TEM RETENÇÃO: Sondagem vesical ou cateterismo SE NÃO TEM: Podemos fazer outros tratamentos, do menos invasivo ao mais
Compartilhar