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FARMACOLOGIA - CICLO III Dengue ● A classificação de risco do paciente com dengue visa reduzir o tempo de espera no serviço de saúde. ● O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuo acompanhamento, do reestadiamento dos casos (dinâmico e contínuo) e da pronta reposição volêmica. Com isso, torna-se necessária a revisão da história clínica, acompanhada de exame físico completo a cada reavaliação do paciente. FARMACOLOGIA - CICLO III ● INICIAR HIDRATAÇÃO ORAL PARA OS GRUPOS A e B, e HIDRATAÇÃO VENOSA PARA OS PACIENTES DOS GRUPOS C e D!!! ENQUANTO AGUARDA OS EXAMES ORIENTAR O PACIENTE PARA: GRUPO A E B ● » Não se automedicar. ● » Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou sinais/sintomas de alarme. ● Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (possível início da fase crítica); caso não haja defervescência, retornar no quinto dia de doença. ● Notificar, preencher “cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com orientações. ● Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. ● Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica. Sua realização deve ser orientada de acordo com a situação epidemiológica ORIENTAR O PACIENTE PARA DO GRUPO C: ● » Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares ORIENTAR O PACIENTE PARA DO GRUPO C: ● » Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares; ● Proceder a reavaliação clinica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1 ml/kg/h) apos uma hora, manter a hidratação de 10 ml/kg/hora, na segunda hora, ate a avaliação do hematócrito que devera ocorrer em duas horas (apos a etapa de reposição volêmica). Sendo o total máximo de cada fase de expansão 20 ml/kg em duas horas, para garantir administração gradativa e monitorada. ● Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão ate três vezes. Seguir a orientação de reavaliação clinica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) apos uma hora, e de hematócrito em duas horas (apos conclusão de cada etapa). ● Se houver melhora clinica e laboratorial apos a(s) fase(s) de expansão, iniciar a fase de manutenção: ● Primeira fase: 25 ml/kg em 6 horas. Se houver melhora iniciar segunda fase. ● Segunda fase: 25 ml/kg em 8 horas, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado ORIENTAR O PACIENTE PARA DO GRUPO D: ● Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20 minutos, em qualquer nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares. ● Caso necessário, repetir por até três vezes, de acordo com avaliação clínica ● Repetir fase de expansão até três vezes. ● Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do grupo C e seguir a conduta recomendada para o grupo. ● Se o hematócrito estiver em ascensão, após a reposição volêmica adequada ● Utilizar expansores plasmáticos (albumina 0,5-1g/kg); preparar solução de albumina a 5% na falta desta, usar coloides sintéticos. ● Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque, investigar hemorragias e avaliar a coagulação: ● Na presença de hemorragia, transfundir concentrado de hemácias; ● Na presença de coagulopatias avaliar necessidade de uso de plasma fresco, vitamina K endovenosa e crioprecipitado; FARMACOLOGIA - CICLO III Leptospirose ● Causada pelo contato com a urina de rato na água contaminada pela bactéria Leptospira interrogans ● Sintomas parecidos com os sintomas gripais, comum em outras viroses. ● Quadros graves podem acontecer comprometendo fígado com icterícia, olhos vermelhos, pulmão encharcado, pulmão com alveolite (sangramento maciço e principal causa de morte). ● Doença infecciosa febril de inicio abrupto que pode ter formas assintomáticas e subclínicas, podendo ter casos graves associados a manifestações fulminantes. ● Dores na panturrilha e lombar; ● Antibioticoterapia deve ser iniciado em qualquer fase da doença, sendo sua eficácia maior na primeira semana dando início dos sintomas com exceção da reação Jarisch-Herxheimer (uma reação febril aguda, de caráter autolimitado, que ocorre geralmente nas primeiras 24 horas após o tratamento de uma infecção por espiroquetas) Ciclo biológico CONDUTAS NÃO FARMACOLÓGICAS ● Não se deve jogar lixo onde há fluxo de água; ● Falta de saneamento básico; ● Troca de roupa encharcada; ● Uso de botas; ● Uso de água, sabão e água sanitária na lavação da casa; ● Cuidado com feridas abertas: indicado iniciar profilaxia e tomar por 5 dias; ● Tem cura e medicamento no SUS FASE PRECOCE: ADULTOS: ● Amoxicilina 500mg, VO 8/8h por 5 (mínimo) a 7 dias (máximo); OU ● Doxaciclina 100mg, VO, 12/12h, 5 a 7 dias; ● Doxaciclina NÃO deve ser utilizada para crianças menores de 9 anos, grávidas, pacientes com nefropatia ou hepatopatias; ● Azitromicina ou Claritromicina são alternativas nos casos de contraindicação de uso de Amoxicilina e Doxaciclina. FASE TARDIA: ADULTOS: ● Penicilina G Cristalina: 1,5 milhões UI, IV 6/6h OU ● Ampicilina: 1g IV 6/6h OU ● Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h ou Cefotaxima: 1g, IV 6/6h ● Alternativa: Azitromicina 500mg, IV 24/24h SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO CRIANÇAS: ● Penicilina G Cristalina: 50 a 100.000U/Kg/dia dividida em 4 a 6 doses OU ● Ampicilina: 50-100mg/kg/dia IV 6/6h dividida em 4 doses OU ● Ceftriaxona: 80-100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses, IV, ou Cefotaxima: 50- 100mg/kg/dia, IV em 2 a 4 doses. ● Alternativa: Azitromicina 10mg/kg/dia, IV. SÃO ALTERNATIVOS E NÃO ASSOCIAÇÃO FASE PRECOCE ● Orientar repouso com uso sintomático; ● Evitar Aspirina; ● Hidratação adequada; ● Exames específicos, retornos periódicos entre 24 a 72h para acompanhamento clínico ou em casos de aparecimento de sinais de alerta ou piora; FASE TARDIA: ● Manejo respiratório; ● Manejo sistêmico: Em caso de desidratação, SF 0,9% iniciar com 500ml e repetir 2 a 3 vezes conforme necessidade e observar a resposta; ● Se após a hidratação adequada mantiver hipotensão, pode-se administrar adrenalina de 0,5 mcg/kg/min com ajuste para manter >60mmHg; ● Pode-se associar Dobutamina ● Manejo Renal: monitorar diurese e níveis de creatinina e ureia ● Manejo de Hemorragia: TP e uso de Pantoprazol 40mg IV 12/12h ● Manejo Cardíaco: corrigir distúrbio hidroeletrolítico FARMACOLOGIA - CICLO III ANTIMICROBIANOS FARMACOLOGIA - CICLO III QUADRO DE REVISÃO DE CONDUTAS DENGUE A e B DENGUE C e D LEPTOSPIROSE Dengue A Casos suspeitos, sem sinais de alarme, sem condições especiais, sem risco social e sem comorbidades ● Hidratação oral (VO) ● Repouso ● Aguardar exames laboratoriais ● Sintomáticos: Paracetamol e Dipirona ● Não utilizar AINES ● Orientar não automedicar e procurar serviço médico em caso de sangramento. ● Retorno com avaliação ● Notificar e preencher o cartão da dengue Dengue C - URGÊNCIA ● Hidratação (EV) ● Reposição volêmica imediata: ○ 10 ml / Kg SF (2 horas( ○ Após 1 h -> avaliação clínica ○ Após 2 h -> avaliação de hematócrito ○ FASE DE EXPANSÃO: ○ FASE DE MANUTENÇÃO: ■ Se não melhora: ● Fase de expansão 3x ■ Melhora: ● 1º: 25 ml/Kg 6 h ● 2º: 25 ml/Kg 8 h (⅓ SG + ⅔ SF) ● Se não melhora -> conduta grupo D FASE PRECOCE (5 a 7 dias) Incubação do vírus de 7 a 14 dias Sintomas mais leves Antibioticoterapia Amoxicilina 500 mg, VO, 8/8 horas Contraindicações: alergia Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas Contraindicações: < 9 anos gestaçãonefropatia hepatopatia Alternativa: Azitromicina, Claritromicina Dengue B Dengue sem sinais de alarme, sangramento espontâneo de pele ou prova do laço positiva ou com risco social e com comorbidades ● Solicitar exames complementares ● Paciente deve permanecer em observação até os resultados ● Hidratação oral ● Sintomáticos ● Se alteração dos exames: ○ Conduta com C ○ Se não: conduta com grupo A ● Notificar o caso ● Reavaliação com exames Dengue D - EMERGÊNCIA ● Hidratação (EV) ● Reposição volêmica ○ Solução salina 20 ml/Kg 20 min ○ Repetir até 3x ○ Avaliação clínica 15-30 min ○ Hematócrito 2h ● Se melhora -> conduta grupo C ● Avaliar hematócrito: ○ Administração de albumina ou solução cristalóide ○ ↑: albumina 1g/Kg ○ ↓ + choque: ■ Investigar hemograma ■ Reposição vitamina K FASE TARDIA (adultos) Sintomas mais graves (irritação meníngea - diagnóstico diferencial) Penicilina G Cristalina: 1,5 milhões UI, IV 6/6h Atravessa barreira hematoencefálica (trata doenças do SNC) Ampicilina: 1g IV 6/6h Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h Cefotaxima: 1g, IV 6/6h Alternativa: Azitromicina 500mg, IV 24/24h Não associar aos outros medicamentos ● DENGUE ○ Não administrar anticoagulante e anti plaquetário ○ C -> D: monitorado na terapia intensiva ou semi intensiva = UTI ou área especializada do hospital para acompanhamento (equipe capacitada) ○ DENGUE HEMORRÁGICA: Avaliação de hemorragia interna e reposição de vitaminas ○ Sinais de gravidade (C e D) = sangramento, observar se tem dor epigástrica (abdominal) ● LEPTOSPIROSE ○ Condutas sanitárias (água contaminada) = uso de galocha, higiene corporal, desinfecção com água sanitária no ambiente e água e sabão na higiene pessoal ○ Problema = falta de saneamento básico: ○ Cuidados com feridas abertas: antibiótico como profilaxia (mesmo sem desenvolver a doença) ○
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