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E-Book Completo_Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde_CENGAGE_V2 (Versão Digital)

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GESTÃO DA QUALIDADE 
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
ORGANIZADORES JOHNY HENRIQUE MAGALHAES CASADO; JOÃO SIMBA ANDRÉ
Gestão da Qualidade em
 Serviços de Saúde
GRUPO SER EDUCACIONAL
Gestão da qualidade em serviços de saúde é um livro direcionado para 
estudantes dos cursos da área de enfermagem, gestão de serviços hospita-
lares, gestão da qualidade em serviços de saúde e correlatos.
Além de abordar assuntos gerais, o livro traz conteúdo sobre os custos e os 
processos gestão da qualidade, instituições e política nacional, qualidade 
de vida nas organizações, auditoria em enfermagem e gestão de custos.
Após a leitura da obra, o leitor vai entender como especi�cidades ligadas 
ao tema podem impactar diferentes formas a gestão das organizações, 
alterando processos e mudando a forma como os serviços são prestados; 
conceituar a qualidade nos dias atuais, pois é através dela que as organi-
zações oferecem bons serviços, tornando-se uma opção para clientes e 
parceiros; conhecer as principais di�culdades enfrentadas pelos pro�s-
sionais da saúde; aprender sobre a saúde preventiva nas organizações 
públicas e privadas; ser informado sobre política nacional de saúde; saber 
mais sobre os programas do Sistema Único de Saúde; compreender sobre a 
importância da auditoria para as empresas de saúde; aprender sobre o 
papel do enfermeiro auditor e suas responsabilidades, e muito mais.
Aproveite a leitura do livro. 
Bons estudos!
GESTÃO DA 
QUALIDADE EM 
SERVIÇOS DE SAÚDE
ORGANIZADORAS JOHNY HENRIQUE MAGALHAES CASADO; 
JOÃO SIMBA ANDRÉ
gente criando futuro
I SBN 9786555581768
9 786555 581768 >
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
GESTÃO DA 
QUALIDADE EM 
SERVIÇOS DE SAÚDE
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Casado, Johny Henrique Magalhaes.
 Gestão da qualidade em serviços de saúde / Johny Henrique Magalhaes Casado; João 
Simba André. – São Paulo: Cengage – 2020.
 Bibliografia.
 ISBN 9786555581768
 1. Enfermagem 2. Gestão de serviços hospitalares 3. Gestão da qualidade em serviços 
de saúde 4. André, João Simba. 
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Johny Henrique Magalhães Casado
Graduado em administração e ciências contábeis pela Universidade Estadual de Maringá, mestre em 
contabilidade pela mesma universidade. Especialista em gestão pública pela Universidade Estadual 
de Ponta Grossa, gestão de recursos humanos pela Universidade Cândido Mendes e gestão comercial 
pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente é técnico de relações com o mercado da Faculdade Senac 
de Maringá e professor conteudista das áreas: administração, ciências contábeis e comércio exterior.
João Simba André
Graduado em administração pelo instituto Adventista Paranaense e especialista em gestão pública 
pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, mestre em ciências contábeis pela Universidade Estadual 
de Maringá. Atualmente é professor transparência na Governança no Instituto Adventista Paranaense.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - Gestão da qualidade: custos e processos em saúde ...................................................9
Introdução.............................................................................................................................................10
1 Conceito de qualidade e gestão da qualidade ................................................................................... 11
2 Recursos humanos como responsáveis pela qualidade nas organizações .........................................15
3 Certificações de qualidade ................................................................................................................. 21
4 Vantagens de se obter uma certificação de qualidade ......................................................................24
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................28
UNIDADE 2 - Qualidade de vida nas organizações ..........................................................................31
Introdução.............................................................................................................................................32
1 Noções preliminares .......................................................................................................................... 33
2 Saúde preventiva nos setores públicos e privados ............................................................................ 40
3 Programas de saúde para as organizações ......................................................................................... 42
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................47
UNIDADE 3 - Gestão da saúde: instituições e política nacional .......................................................49
Introdução.............................................................................................................................................50
1 Política nacional de saúde .................................................................................................................. 51
2 Política de vigilância sanitária brasileira............................................................................................. 59
3 Os profissionais e as políticas nacionais de saúde no Brasil...............................................................63
4 Qualidade na gestão da saúde ........................................................................................................... 66
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................72
UNIDADE 4 - Auditoria em enfermagem e gestão de custos ...........................................................75
Introdução.............................................................................................................................................76
1 Auditoria e legislação nos serviços de saúde ..................................................................................... 77
2 Atribuições do enfermeiro auditor e aspectos éticos ........................................................................82
3 O planejamento e a implementação da auditoria em enfermagem ..................................................87
4 Gerenciamento de custos em enfermagem ....................................................................................... 91
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................94
O livro Gestão da qualidade em serviços de saúde traz ao leitor, além de informações 
básicas da área, o conteúdo parcialmente descrito a seguir em suas quatro unidades.
Dando início, a primeira unidade, Gestão da qualidade seus custos e seus processos, 
trata das especificidades relacionadas à gestão da qualidade nas organizações e como 
ela tem sido utilizada pelos gestores. O leitor saberá como as especificidades ligadas 
ao tema podem impactar a gestão das organizações de diferentes formas, mudando 
processos e a forma como os serviços são prestados. 
A segunda unidade, Qualidade de vida nas organizações, discorre sobre a qualidade 
de vida no trabalho e seus impactos nos indivíduos dentro da organização, além dos 
benefícios de proporcionar a QVT nas empresas. 
Na sequência, a terceira unidade, Gestão da saúde: instituições e política nacional, 
aborda as especificidades relacionadas à política nacional de saúde, que tem sido 
implementada pelo governo federal. O Ministério da Saúde, cuja função é executar 
programas de melhorias na qualidade de vida da população e dar direcionamento a 
gestores da área de saúde do Brasil, é o órgão responsável por esta coordenação e pela 
gestão de todos os recursos. 
Concluindo a obra, a quarta e última unidade, Auditoria em enfermagem e gestão 
de custos, apresenta todos os temas que correlacionam a gestão e a enfermagem. O 
leitor terá conhecimento sobre como a auditoria tem se tornado necessária para os 
estabelecimentos de saúde, além de entender a necessidade de se acompanhar os 
diferentes tipos de procedimentos que são realizados e de produzir relatórios para o 
acompanhamento destes procedimentos.
Agora é com você! Sorte em seus estudos!
 
PREFÁCIO
UNIDADE 1
Gestão da qualidade: custos e proces-
sos em saúde
Olá,
Você está na unidade Gestão da qualidade: seus custos e seus processos. Conheça aqui 
todas as especificidades relacionadas a gestão da qualidade nas organizações, bem como 
ela tem sido utilizada pelos gestores. Entenda como as diversas especificidades ligadas ao 
tema podem impactar diferentes formas a gestão das organizações, alterando processos e 
mudando a forma como os serviços são prestados. Considerando a qualidade total como 
norte para o desenvolvimento de produtos, serviços e das próprias organizações, serão 
apresentados uma série de conceitos, que influem no dia a dia de profissionais das mais 
diferentes áreas.
Esta unidade foi pensada para que você possa conhecer uma série de conceitos e 
ferramentas relacionadas a gestão da qualidade em sua profissão, com isso, espera-se 
que a qualidade seja cada vez mais importante no processo de prestação de um novo 
serviço, ou ainda, no momento em que se estiver desenvolvendo um novo produto.
Bons estudos!
Introdução
11
1 CONCEITO DE QUALIDADE E GESTÃO DA 
QUALIDADE
A qualidade tem sido um assunto que tem ganhando cada vez maior destaque nas discussões 
acadêmicas e profissionais nos últimos anos, portanto, quando lidamos com os serviços de 
saúde, este tema também se faz importante. A gestão da qualidade passou por profundas 
transformações ao longo do século XX e esta evolução se deu, basicamente, devido a dois 
processos: o primeiro trata da globalização, que é a aproximação de pessoas, organizações e 
países, que foi desencadeada pelas evoluções tecnológicas apresentadas ao longo dos anos. 
Com isto, cada vez mais, consumidores tem maior acesso às informações, tornando-se, assim, 
mais exigentes; o segundo processo trata do aumento da concorrência entre as empresas. 
Atualmente, principalmente quando lidamos com produtos, é comum as empresas concorrerem 
com produtos produzidos em várias partes do mundo, portanto, não se concentra apenas em 
empresas do mesmo setor de um dado país. Sendo assim, a busca por oferecer qualidade em 
produtos e serviços acabou sendo uma máxima perseguida por todas as organizações, o que 
torna o assunto, necessário de ser discutido por todos os profissionais.
#PraCegoVer: Na imagem temos uma mão ajustando um botão onde se é possível ler “Nível 
de Qualidade”, a imagem refere-se à possibilidade de se ajustar a qualidade.
1.1 Evolução do conceito de qualidade ao longo dos anos
A compreensão sobre o que é qualidade é condição indispensável para todos os profissionais 
que pretendem atuar na prestação de serviços ou na elaboração de produtos atualmente. Sendo 
assim, se faz necessário que as organizações apresentem aos seus colaboradores o conceito de 
qualidade e como ele deve ser entendido em seu negócio. É interessante ressaltar que o conceito 
de qualidade tem se modificado ao longo dos anos. Em especial, nos últimos cinquenta anos este 
conceito agregou uma série de sub conceitos que foram derivados das mudanças da sociedade 
(CARPINETTI, GEROLAMO, 2019).
12
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
O conceito de qualidade, como dito, tem se alterado ao longo dos anos de acordo com os 
estágios de evolução da sociedade, das organizações e das pessoas. Portanto, se antes a qualidade 
era vista como a perfeição, ou seja, como algo que estava livre de defeitos, hoje, o conceito de 
qualidade tem sido alterado para representar o que os clientes e consumidores esperam. Segundo 
Paladini (2019, p. 4) “definir qualidade de forma errônea leva a Gestão da Qualidade a adotar 
ações cujas consequências podem ser extremamente sérias para a empresa (em alguns casos, 
fatais, em termos de competitividade)”.
Importante considerar que a qualidade se faz presente nas discussões acadêmicas ao menos 
desde a década de cinquenta. Nesta época, a qualidade era vista como padrão, ou seja, para um 
produto ser considerado de qualidade ele deveria apresentar um alto nível de padronização. Esta 
padronização era conferida através de processos internos ao longo do processo produtivo através 
de inspeções e do amplo controle estatístico de todo o processo.
Ao longo da década de 1970, o foco da qualidade passou a ser o uso que era conferido aos 
produtos e serviços. Assim, os consumidores ganharam grande importância na definição sobre o 
que era qualidade e como ela deveria ser compreendida pelas organizações. Nesta época, ganhou 
um grande destaque a realização de pesquisas de satisfação, análises de tendências, e, também, 
houve um maior envolvimento de outros setores da organização, que, juntos com a produção, 
passaram a dar a devida importância para a qualidade.
Nos anos de 1980, com as crises econômicas mundiais, em especial, ocasionadas pelo 
preço do petróleo, os consumidores e organizações buscaram um maior enfoque nos custos. 
Desta forma, o conceito de qualidade passou a ser o produto que atendia as necessidades e 
que detinha o menor custo possível. A partir desta década houve maior controle dos custos, as 
organizações passaram a implantar técnicas como ciclos de controle da qualidade,por exemplo, 
que melhoravam todos os aspectos voltados a redução de custos em seus respectivos processos 
13
produtivos (BALLESTERO-ALVAREZ, 2019).
Na década de 1980, ainda, a qualidade passou a ser encarada pelas organizações como a 
satisfação dos desejos dos consumidores. Nesta época, os clientes ganharam ainda maior 
importância para definir se um produto possuía ou não qualidade. Além disso, as organizações 
passaram a implementar processos como sondagens de mercados, visando identificar as 
necessidades dos consumidores, bem como, passaram a investir em pesquisa e desenvolvimento 
para aumentar os atributos dos produtos. Algumas modificações também foram percebidas dentro 
das organizações, dentre elas podem ser destacadas novas formas de estruturas organizacionais, 
bem como o aumento do controle da qualidade pelos gestores destas organizações.
Os anos de 1990 marcaram um aprofundamento da globalização, aumentando assim, a 
influência da tecnologia nos processos internos e externos. Portanto, qualidade passou a ser 
conferida aos produtos que possuíam maior reconhecimento por parte dos consumidores, ou 
seja, as marcas ganharam grande destaque na atribuição de qualidade a produtos e serviços 
(BALLESTERO-ALVAREZ, 2019). Esta década também possibilitou uma série de mudanças de 
paradigmas entre as organizações, uma das principais foi que elas passaram a se preocupar cada 
vez mais com o meio ambiente e a responsabilidade social.
A virada do século e a chegada dos anos 2000 agregaram novas mudanças nos ambientes 
internos e externos das organizações, o que também impactou diretamente na forma como elas 
enxergavam a qualidade. A partir desta época, a gestão da qualidade acabou sendo essencial para 
a sobrevivência das organizações, contribuindo para lidarem com a alta concorrência intensificada 
pela globalização. O foco passou a ser no cliente, no que ele deseja, precisa e, principalmente, 
no quanto ele está disposto a desembolsar para custear a qualidade em seus produtos e serviços 
(BALLESTERO-ALVAREZ, 2019).
A evolução do conceito de qualidade sempre andou acompanhado dos custos, segundo 
Carpinetti, Gerolamo (2019, p. 10):
(...) análise da qualidade do produto tem pouco sentido prático se não for acompanhada de 
correspondente análise da relação entre custo e benefício. O usuário incorre em custos com o produto 
desde o instante da aquisição até o descarte. A soma de todos os custos de responsabilidade do 
usuário, durante a vida útil do produto, é chamada de custo do ciclo de vida do produto, que pode ser 
desdobrado em: custos de aquisição; custos de operação; custos de manutenção e reparo; e custos de 
descarte. O uso do critério do custo do ciclo de vida do produto coloca em evidência o desempenho 
ao longo da sua vida útil, uma vez que esse custo é fortemente influenciado por atributos como 
confiabilidade, facilidade de manutenção, durabilidade e eficiência do produto.
A qualidade é algo abstrato. Sendo assim, o que é qualidade para um indivíduo pode não ser 
para outro e às organizações cabe a difícil missão de apresentarem seus produtos e serviços, além 
de fazerem com que os seus clientes considerem todos os atributos apresentados como qualidade.
14
1.2 Atributos dos produtos como sinônimo de qualidade
A qualidade sempre acompanha os conceitos de evolução que estão relacionados aos 
atributos de produtos e serviços ofertados pelas organizações. Estes atributos podem estar 
relacionados a uma série de características relacionadas à apresentação, design e usabilidade. 
Abaixo segue uma lista dos principais atributos que conferem qualidade sob a percepção dos 
consumidores:
Desempenho técnico ou funcional
Conferir aos produtos e serviços alto grau de usabilidade, ou seja, eles devem cumprir a sua 
missão ou função básica que é esperada pelos consumidores.
Facilidade ou conveniência de uso
Conferir aos produtos e serviços a possibilidade de ser empregado em funções secundárias 
que sejam além da função básica.
Disponibilidade
Refere-se ao grau com que um produto ou serviço está disponível para uso pelos seus 
consumidores.
Confabilidade
É a probabilidade que um produto ou serviço tem de realizar sua função básica sem apresentar 
nenhum tipo de falha que prejudique sua usabilidade.
Mantenabilidade (ou manutenibilidade)
É a facilidade que a organização oferece para que o produto passe por uma manutenção ou 
conserto.
Durabilidade
É a vida útil média do produto.
Conformidade
Esse atributo refere-se há como o produto foi projetado e como ele se encontra para ser 
ofertado aos clientes e parceiros.
Instalação e orientação de uso
15
São a forma como os clientes podem se utilizar dos produtos, essa orientação compõem as 
atividades de instalação e a forma correta de uso e manuseio do produto.
Interface com o usuário
Refere-se as características de ergonomia e se o uso do produto pode oferecer algum tipo de 
risco aos seus usuários.
Interface com o meio ambiente
Esse atributo visa apresentar como o produto foi produzido e se ele agrediu de alguma forma 
o meio ambiente.
Estética
Esse atributo está relacionado a percepção que o usuário tem sobre o produto, portanto, ela 
está relacionada aos órgãos sensoriais e os sentidos tato, visão, paladar, visão e audição.
Qualidade percebida e imagem da marca
A marca também é um importante atributo do produto, essa percepção é derivada da 
reputação da marca, ou ainda, ela pode ser derivada da sua origem como o “made in Japan” ou 
“Industria Brasileira” que vem agregado a alguns produtos e serviços.
Ao considerar a satisfação dos clientes, as organizações devem considerar que ela “depende 
da relação entre a expectativa sobre o produto no momento da aquisição e a percepção adquirida 
sobre o produto no momento do consumo. Essa relação é chamada de qualidade percebida” 
(CARPINETTI, GEROLAMO, 2019, p. 10). Assim, somente será possível um cliente estar satisfeito com 
um produto, se a sua percepção superar as expectativas que ele tinha antes de adquirir o mesmo.
2 RECURSOS HUMANOS COMO RESPONSÁVEIS 
PELA QUALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
Quando a qualidade é apresentada na gestão de serviços da saúde, temos que dada a 
especificidade destes serviços, temos que considerar que as pessoas são as grandes responsáveis 
por atribuírem uma imagem de qualidade a esses serviços. Sendo assim, é de fundamental 
importância que as pessoas dentro das organizações sejam consideradas no momento de se 
pensar a qualidade nas organizações.
16
Fonte: Gorodenkoff, Shuttestock, 2020
#ParaCegoVer: Na imagem temos um corredor de um hospital onde é possível observar 
vários profissionais caminhando e conversando. Todos os profissionais de saúde se encontram 
com seus respectivos uniformes.
2.1 Custos com pessoas e seus impactos na gestão da qualidade
A gestão da qualidade pede principalmente envolvimento de todos os profissionais da 
organização, quando lidamos com a gestão da qualidade em empresas da saúde essa máxima não 
pode ser ignorada. Sendo assim, é de grande importância saber diferenciar os custos em qualquer 
organização que pretende empregar um programa de qualidade. Os custos com pessoal impactam na 
forma como as organizações deverão lidar com a sua estratégia voltada para a qualidade. Considerar 
que os custos possuem origens diferenciadas permite aos profissionais de gestão atuarem visando 
minimizá-los. O grupo que compõe os custos diretos pode ser classificado como “aqueles gastos que 
podem ser claramente visualizados, identificados, quantificados e mensurados monetariamente em 
relação a uma unidade de produto ou serviço” (PADOVEZE, TAKAKURA, 2013, p. 28).
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
17
Os principais itens que corresponde aos custos diretos são as mercadorias, materiais diretos, 
depreciação direta em máquinas e equipamentos e a mão de obra direta, que será o objeto desta 
seção (MARTINS, 2018). A mão de obra é considerada todo gasto com o pessoal que trabalha 
direta ou indiretamente na fabricaçãodo produto ou prestação de um serviço. Segundo RIBEIRO 
(2018, p. 139):
O custo com mão de obra engloba não só os salários pagos aos empregados, como também os 
encargos sociais decorrentes da legislação trabalhista e previdenciária, além de todos os demais gastos 
com o pessoal que direta ou indiretamente trabalha na produção.
A mão de obra direta, portanto, é aquela que está associada diretamente aos produtos ou 
prestação de serviço. No caso dos estabelecimentos de saúde, ela possui uma relação com a 
finalidade específica desta organização. Se utilizarmos como exemplo um hospital, temos que 
a mão de obra direta dele poderia ser composta pelos seguintes cargos: enfermeiros, médicos, 
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e técnicos em enfermagem. Importante observar que, 
devido a crescente especialização das áreas da medicina, cada vez mais os profissionais que 
trabalham no setor possuem funções especificas, geralmente atreladas às doenças. Um exemplo 
dessa especialização é o cargo do profissional médico. Se antes a função era dividida em poucas 
especialidades, atualmente o cargo passou por uma grande especialização, o que traz um grande 
desafio aos responsáveis para efetuar o controle desta mão de obra nos estabelecimentos de saúde.
Segundo a Resolução Nº 2.221 de 23 de novembro de 2018, que foi responsável por 
homologar parecer do Conselho Federal de Medicina, existem, atualmente, no Brasil, 55 
especialidades médicas reconhecidas em atuação, são elas: Acupuntura, Alergia e imunologia, 
Anestesiologia, Angiologia, Cardiologia, Cirurgia cardiovascular, Cirurgia da mão, Cirurgia de 
cabeça e pescoço, Cirurgia do aparelho digestivo, Cirurgia geral, Cirurgia oncológica, Cirurgia 
pediátrica, Cirurgia plástica, Cirurgia torácica, Cirurgia vascular, Clínica médica, Coloproctologia, 
Dermatologia, Endocrinologia e metabologia, Endoscopia, Gastroenterologia, Genética médica, 
Geriatria, Ginecologia e obstetrícia, Hematologia e hemoterapia, Homeopatia, Infectologia, 
Mastologia, Medicina de emergência, Medicina de família e comunidade, Medicina do trabalho, 
Medicina de tráfego, Medicina esportiva, Medicina física e reabilitação, Medicina intensiva, 
Medicina legal e perícia médica, Medicina nuclear, Medicina preventiva e social, Nefrologia, 
Neurocirurgia, Neurologia, Nutrologia, Oftalmologia, Oncologia clínica, Ortopedia e traumatologia, 
Otorrinolaringologia, Patologia, Patologia clínica/medicina laboratorial, Pediatria, Pneumologia, 
Psiquiatria, Radiologia e diagnóstico por imagem, Radioterapia, Reumatologia e Urologia.
Os gestores, ao definirem os custos com mão de obra direta, deve identificar as necessidades 
dos setores, bem como a demanda do mercado pelo tipo de serviços. Considerando novamente 
a função de médico, conforme apresentado acima, temos que existem 55 especialidades 
médicas regulamentadas no Brasil e, naturalmente, nem todas especialidades são demandadas 
de igual maneira, portanto, se faz necessário estudos e pesquisas que possibilitem identificar 
18
quantos profissionais de cada especialização será necessário para cada atender as demandas 
da organização. Outro ponto importante a ser considerado quando abordamos o tema mão de 
obra direta é o conceito de ociosidade que, segundo Dutra (2017, p. 40) se define como “um 
nível de produção abaixo da capacidade normal das instalações, caracterizado por reduções ou 
interrupções parciais nos períodos de atividade”.
Considerando os altos custos que o setor de saúde possui, é possível considerar que 
uma organização que não faça o correto controle de sua ociosidade acabará por gerar custos 
desnecessários onerando ainda mais a sua folha de pagamentos. Dada a crescente especialização 
do setor, temos que, ao ofertar uma gama muito ampla de especialidades aos seus clientes, a 
organização corre risco de enfrentar uma ociosidade até que essa área se torne referência e atinja 
a demanda necessária a ocupar toda disponibilidade ofertada.
Os custos com mão de obra nos estabelecimentos de saúde representam, sem sombra de 
dúvidas, a maior parcela do custeio destes estabelecimentos. Segundo Takatori (2002, p. 7), 
“levantar os custos desses colaboradores por centro de custos, que exerçam atividades diretas 
e indiretas é fundamental para o cálculo da mão-de-obra, cuja constituição será do salário e dos 
encargos previdenciários, sociais e benefícios”. Portanto, esta é uma atividade que não deve ser 
desprezada pelos gestores dos estabelecimentos de saúde.
2.2 Equipes de qualidade e seus custos nas organizações de saúde
Em muitas organizações de saúde a qualidade é destinada a uma equipe de saúde específica, 
essa equipe geralmente é formada por profissionais com várias formações. Os gestores 
responsáveis pela qualidade nas organizações, estipulam os custos dessa mão de obra, para que 
os estabelecimentos de saúde possam contar com pessoas voltadas especificamente para pensar 
a qualidade dos produtos e serviços ofertados.
Ao se buscar a formação de uma equipe de qualidade em uma organização de saúde, o gestor 
deve considerar que esse setor possui uma série de especificidades, dentre elas podemos citar os 
setores de emergência e urgência, que possuem um intenso uso de mão de obra e que não possui 
nenhuma previsibilidade em relação a sua demanda. Fatores como essts acabam impactando na 
qualidade destes serviços, o que se apresenta como um grande desafio aos gestores.
É importante considerar ainda que estabelecimentos de saúde podem, ainda, apresentar 
setores onde a previsibilidade é possível, temos que setores, como os ligados à área de fisioterapia, 
que permitem um planejamento adequado gerando, assim, maior previsibilidade. Com o intuito 
de demonstrar o cálculo do custo de mão de obra direta de uma equipe de qualidade em um 
estabelecimento de saúde, apresentaremos uma situação hipotética abaixo, nela será possível 
conhecer qual o custo hora de cada um dos profissionais e como uma equipe de qualidade pode 
impactar nos custos gerais de uma organização.
19
Vejamos a situação: um gestor responsável pela qualidade em um setor de urgência e 
emergência de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento Avançado, deverá calcular o custo 
de mão de obra direta para o seu setor. Esse setor, dada a sua especificidade, trabalha 24 horas, 
sete dias por semanas, e trabalha com o formato de equipes que é constituída de: 3 médicos, 
6 enfermeiros e 6 técnicos em enfermagem. Cada equipe é responsável pelo atendimento por 
8 horas consecutivas, portanto, essa é a carga horária de cada um dos profissionais que atuam 
nesta UPA. Os valores referentes aos salários de cada um dos profissionais, encargos e demais 
informações são apresentadas a seguir:
• Salário dos médicos: R$ 10.000,00
• Salário dos enfermeiros: R$ 4.000,00
• Salário dos técnicos em enfermagem: R$ 2.000,00
• Considerando as quantidades de profissionais em cada equipe, temos:
• Salário dos médicos: R$ 10.000,00 X 3 = R$ 30.000,00
• Salário dos enfermeiros: R$ 4.000,00 X 6 = R$ 24.000,00
• Salário dos técnicos em enfermagem: R$ 2.000,00 X 6 = R$ 12.000,00
Cada profissional trabalhará o total de 22 dias por mês, sendo 8 horas por cada dia. Na tabela 
1 abaixo consta os valores mensais:
Figura 1 - Elaborado pelo autor, 2020 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#ParaCegoVer: A imagem mostra uma tabela de quatro colunas e seis linhas, onde é 
possível observar nas colunas os valores de salário, férias, 1/3 de férias, 13º salários de médicos, 
enfermeiros e técnicos em enfermagem.
20
Considerando os dados apresentados na tabela, temos que o custo desta equipe é composto 
pela somatória total dos custos de médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, o que totaliza 
o valor de R$ 77.832,99. Ainda resta a empresa calcular os valores de contribuições percentuais 
que incidem sobre os valores de salários, esses poderão ser observados na tabela 2. Necessário 
ressaltar, que em especial no caso do exemplo, temos que o Sindicato dos funcionários desta UPA 
conseguiuatravés de negociação o benefício de pagamento de salário educação na ordem de 
2,5% sobre os salários para todos os funcionários.
Figura 2 - Cálculo dos percentuais de encargos nos salários da equipe de urgência e emergência 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020
#ParaCegoVer: A imagem mostra uma tabela de três colunas e dez linhas, onde é possível 
observar os valores de Previdência social – INSS, Fundo de Garantia – FGTS, Multa sobre FGTS, 
Salário-Educação, SESC, SENAC, INCRA e SEBRAE.
Somando os valores de salários (R$ 77.832,99) com os valores de encargos de (R$ 29.576,51) 
obtemos que o custo com mão de obra direta para a implantação de uma equipe de qualidade 
no setor seria de R$ 107.409,50 mensais. Caso o gestor queira descobrir o valor dia, ele deverá 
dividir esse valor pelo total de dias que a equipe trabalha no mês, suponhamos que ela atue por 
22 dias, sendo assim o custo dia dela seria de R$ 4.882,25, caso ele ainda queira saber o custo 
hora, temos que a equipe atua por 8 horas em cada dia trabalhado, portanto, o custo da mão de 
obra direta por hora seria de R$ 610,28.
21
Ao calcular os custos da mão de obra direta é possível aos gestores obter uma série de 
informações que possam evidenciar a real situação dos custos que envolvem as suas empresas. 
No caso dos estabelecimentos de saúde, é importante ressaltar que devida a características deste 
setor, a mão de obra é o principal componente dos custos do setor, portanto, conhece-los é de 
fundamental importância para os processos de tomada de decisão e formulação da estratégia.
3 CERTIFICAÇÕES DE QUALIDADE
A busca de uma vantagem competitiva deve ser uma máxima das empresas que buscam 
qualidade em seus produtos, serviços ou processos. Temos que as certificações podem ser 
uma forma plausível para que elas encontrem relativo sucesso comercial nesse mercado tão 
concorrido. Ao obter uma certificação, a empresa garante aos seus clientes que um específico 
conjunto de processos, ou, ainda, que seus produtos e serviços estão de acordo com normas 
internacionalmente aceitas e homologadas. Os certificados seriam como um atestado de 
confiabilidade que a empresa possui, o que torna seus produtos, serviços e processos mais 
confiáveis diante de outros que não possuam tal certificação.
3.1 Tipos de certificações
A necessidade de buscar certificações internacionais faz parte do aspecto político-legal que 
abrande o ambiente de negócios, através dele, se torna necessário que as empresas analisem 
“os principais aspectos legais que envolvem as compras internacionais, incluindo órgãos do país 
responsáveis por autorizações e certificações de diferentes tipos” (DIAS e RODRIGUES, 2012, p. 
317). A exigência de normas e certificações nem sempre é algo demandando como obrigatório, 
porém, elas garantem acesso a clientes e mercados no comércio internacional.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
22
A participação de países em blocos econômicos pode facilitar com que se tenha um processo 
de harmonização das barreiras técnicas entre os países participantes. Com isso, empresas passam 
a necessitar cumprir algumas regras e normas que lhe permitirão acessar a esses mercados 
(SOUZA, 2009).
As certificações consistem basicamente em um documento ou selo que as empresas utilizam 
para atestar que seus produtos, serviços ou processos, estão de acordo com um conjunto de 
normas e regras de padrão nacional ou internacional. Existem basicamente dois tipos de 
certificações, são elas:
Certificações compulsórias
Quando a certificação é baseada em um regulamento que determina expressamente que um 
produto ou serviço somente poderá ser comercializado se possuir tal certificação. Um exemplo, 
que podemos utilizar para ilustrar uma certificação compulsória, é a produção de capacetes 
para motociclistas, temos que esse tipo de produto necessita seguir padrões de durabilidade, 
resistência e de qualidade, em nível internacional, portanto, caso uma empresa deseje produzir e 
comercializar esse tipo de produto, ela deverá possuir essa certificação especifica.
Certificações voluntárias
Quando a certificação não é uma necessidade legal, mas, mesmo assim, é demandada pelas 
empresas, têm-se que ela é uma certificação voluntária. Neste tipo de certificação, as empresas 
buscam voluntariamente o processo de certificação e, portanto, elas devem analisar o conjunto 
de processos desenvolvimento, bem como se é conveniente buscar tal certificação.
3.2 Entidades certificadoras
Ao buscar algumas certificações, as empresas devem buscar informações junto a algumas 
entidades que realizam esse processo de validação. Dentre as principais, temos três: o Instituto 
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), a Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) e a ISO.
O INMETRO é uma autarquia federal, vinculada à Secretaria Especial de Produtividade, 
Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. Essa entidade foi criada em 1973 “com 
a finalidade de formular e executar a política nacional de metrologia, normalização industrial e 
certificação de qualidade de produtos industriais” (BRASIL, 1973, p. 1).
Costumeiramente, o INMETRO é associado a testes de qualidade de nível nacional, porém, 
a instituição possui diversos acordos de reconhecimento mútuo, onde é possível validar as 
certificações emitidas pela instituição em uma série de países por empresas exportadoras. Dentre 
os acordos que o INMETRO possui, destacam-se os seguintes:
23
IAF - International Accreditation Forum
Em acordo estabelecido pelo INMETRO em 1999 com a IAF garantiu que as certificações 
conferidas por ele através “dos sistemas de gestão da qualidade das empresas brasileiras, à luz 
das Normas da série ISO-9000 que passaram a ser aceitos internacionalmente pelas empresas 
sediadas nos países signatários do referido acordo” (INMETRO, 2020, online).
ILAC - International Laboratory Accreditation Cooperation
 Em acordo estabelecido pelo INMETRO em 2000 com o ILAC estabeleceu que todos os 
certificados de calibração emitidos pelo órgão passassem a ser aceitos por todos os países 
que compõem o ILAC. Esse acordo elimina necessidade de que empresas necessitem emitir 
certificações em duplicidade, o que reduz custos e torna o processo mais eficiente.
BIPM - Agência Internacional de Pesos e Medidas
O BIPM é um fórum internacional que congrega os principais institutos de metrologia 
cientifica, portanto, ao integrar este organismo o INMETRO garantiu que o Brasil tenha um 
sistema de medições e ensaios reconhecido em nível internacional.
Além de integrar as entidades acima, o INMETRO celebrou também um acordo de 
reconhecimento mútuo elaborado em parceria com o Comitê Internacional de Pesos e Medidas 
(CIPM). Esse acordo possibilita as empresas exportadoras que, emitindo os certificados através do 
INMETRO, terão validade internacional entre todos os países signatários do acordo.
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas, mais conhecida como ABNT, é a principal 
entidade brasileira certificadora de processos, produtos e serviços de empresas que desejam 
se internacionalizar. A entidade foi fundada em 1940 sendo a responsável pela elaboração e 
divulgação das Normas Brasileiras (ABNT NBR), que são elaboradas pelos Comitês Brasileiros 
(ABNT/CB), também pelos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e pelas Comissões 
de Estudo Especiais (ABNT/CEE) (ABNT, 2020).
Dentre os objetivos da ABNT (ABNT, 2018) destacam-se:
• coordenar e supervisionar o processo de elaboração das normas técnicas brasileiras;
• tornar públicas todas as normas técnicas brasileiras e demais documentos técnicos;
• promover a participação da sociedade brasileira no desenvolvimento e elaboração das 
normas técnicas brasileiras;
• credenciar empresas e organismos para realizar o processo de normalização setorial;
• intermediar através do poder público e organizações privadas de fóruns, debate a respei-
24
to da normalização técnica.
A ABNT é também responsável por avaliar a conformidadede produtos e serviços, bem como 
possui programas de certificação com foco ambiental. A entidade foi uma das fundadoras da 
International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização - ISO) 
que é a responsável internacional por emitir as normas e procedimentos aceitos.
Por fim, a ISO é uma organização de nível internacional que emite uma série de normas 
internacionalmente aceitas e que pregam padrões de qualidade e de gestão de qualidade. 
A organização é responsável por publicar diversos padrões qualidade “sob o nome ISO 9000. 
Incorporando diversos subconjuntos (ISO 9001, 9002 etc.), esses padrões apresentam as 
definições básicas para a garantia da qualidade e a gestão da qualidade” (BOWERSOX et al., 2014, 
p. 107). A existência da ISO se justifica, pois, através dela é possível:
Garantir uma coleção coerente e credível de padrões que são usados efetivamente pela indústria 
e trazem benefícios reconhecidos para economias; Produzir normas internacionais de forma clara e 
compreensível linguagem fácil de ler e fácil de usar; Permitir que os membros da ISO alcancem seus 
mercados com sucesso, promover o uso de padrões ISO e fornecer conteúdo ISO para seus clientes; 
Aumentar a adoção de padrões como negócio ferramentas de desempenho Identificar e atender às 
novas necessidades dos clientes, com foco em como eles gostariam de usar e acessar os padrões 
ISO; Desenvolvimento de informações de suporte que complementam; Normas Internacionais, que 
os membros podem fornecer a seus clientes como e quando necessário; Fornecer um conjunto de 
avaliação de conformidade internacional normas aplicáveis a todos os setores e todos os tipos 
de conformidade avaliação que ajuda a garantir que as partes interessadas tenham confiança na 
implementação de normas; Implementar políticas de proteção à propriedade intelectual que sejam 
bem compreendido e respeitado por desenvolvedores e clientes (ISO, 2016, p. 5, tradução nossa).
A série de normas ISO que são publicadas pela organização tem como função principal 
apresentar padrões de conformidade nas empresas certificadas. Sendo assim, seria possível criar 
um plano para que não conformidades surjam ou se repitam (TURBAN, VOLONINO; 2013).
4 VANTAGENS DE SE OBTER UMA CERTIFICAÇÃO 
DE QUALIDADE
Uma das formas encontradas por organizações que atuam no ramo da saúde, para 
destacarem seus produtos e serviços diante da intensa concorrência, é fazer uso de certificações 
de qualidade emitidas por organismos de renome internacional. Esse tipo de certificação, por ter 
padrão internacional e ser conferido após um intenso processo de validação de normas, garante 
as empresas detentoras de um diferencial diante dos seus concorrentes.
25
4.1. O papel das certificações para as organizações
As certificações, tanto as voluntárias quanto as obrigatórias, possibilitam às empresas um 
conjunto de benefícios, sejam eles da ordem de economia de recursos, ou, ainda, que visam 
o aumento do fluxo comercial de seus produtos e serviços. São reconhecidos como principais 
benefícios no uso de certificações os seguintes:
• Promoção e comprometimento com a qualidade de processos, produtos e serviços.
• Melhoria contínua nos diversos departamentos da empresa
• Aumento da eficiência e eficácia.
• Lançamento de novos produtos e serviços no mercado.
• Redução de perdas, diminuição de falhas e aumento qualidade total.
• Estabelecimento de padrões de qualidade frente as empresas que praticam concorrência 
desleal.
• Melhora da imagem da empresa perante aos clientes e sociedade de forma geral.
• Garantia que os processos, produtos e serviços atendam normas padronizadas.
• Aumento da competitividade de empresas que adotam tais certificações.
Importante frisar que, como cada tipo de certificação possui uma finalidade específica, 
elas garantem, às empresas certificadas, benefícios próprios. As empresas que fazem uso das 
certificações internacionais possuem inúmeras vantagens. Naturalmente que, entre duas 
empresas, sendo uma com e outra sem certificação, se optará pelos produtos da empresa com 
certificação.
A garantia de qualidade que é atestada por tais certificações permitirá às empresas detentoras 
a prioridade nos processos de compras de seus clientes em detrimento de outras empresas sem 
as respectivas certificações.
4.2. Comparando certificações de qualidade
A gama de certificações disponíveis atualmente compreende uma infinidade de processos e 
muitas empresas optam por um tipo de certificação para que, assim, possam buscar o máximo 
de processos diferentes certificados. Entretanto, outras empresas optam por apresentar o maior 
número de certificações diferentes, o que demanda uma maior adequação em relação aos seus 
processos.
Dentre as certificações, temos que cada uma possui uma especificidade. Portanto, elas 
26
podem, em alguns pontos ser semelhantes, mas cada uma possui um objetivo específico. Em 
relação a ISO 9000, como já abordamos, trata-se de um sistema de gerenciamento da qualidade 
baseada em processos, ou seja, ela “indica que a empresa tem um sistema de gerenciamento 
da qualidade que assegura a consistência da qualidade de produção. O sistema está ́contido nos 
procedimentos, por isso, a paráfrase comum das exigências do ISO 9000 ser ‘diga o que faz e faça 
o que diz’” (FITZSIMMONS, FITZSMMONS, 2014, p.190).
O ISO 9000 possui, ainda, relação com outras normas que são dele derivadas, dentre elas 
podemos citar o ISO 9001 que é a responsável por certificar as empresas em todos os seus 
processos internos. É possível ainda observar que caso a empresa almeje implantar um sistema 
de gestão da qualidade, o mais indicado é que ela busque a certificação ISO 9004. Caso a empresa 
opte por ser certificada em relação aos seus processos de auditoria de sistemas de gestão ela 
deverá buscar a certificação ISO 19011.
A família de ISO’s 14000 engloba uma série de certificações voltadas para o meio ambiente. 
Segundo Caixeta-Filho e Martins (2014, p. 215), elas oferecem “uma série de normas que 
fornecem à administração dos negócios uma estrutura para gerenciar os eventuais impactos 
ambientais que a empresa gera ou poderá ́gerar”.
A certificação OHSAS 18001 atesta que as empresas certificadas possuem gestão de 
segurança e saúde ocupacional (CAXITO, 2014). Essas normas foram originadas do Reino Unido, 
mas acabaram sendo adotadas por diversos outros países, o que proporcionou que alçassem ao 
posto de principal conjunto de normas que aborde a segurança laboral.
A certificação ISO 22000 foi publicada no ano de 2018 e possui uma abrangência específica, 
pois ela pode se aplica somente aos sistemas de gestão das empresas que produzem alimentos 
ou que participam de alguma forma da sua cadeia produtiva. Em relação a certificação para a 
implantação de um sistema de gestão de energia, temos que a mais indicada é a ISO 50001, pois 
através dela é possível que as empresas certificadas tenham adotado um conjunto de diretrizes 
que proporcione redução no uso da energia.
Independentemente do tipo de certificado adotado, as empresas que possuem tais 
certificações se utilizam de todos os benefícios proporcionados. “As empresas certificadas 
procuram divulgar que estão qualificadas, gerando o marketing dos certificados, o que reforça 
que a qualidade é um importante atributo para a venda de produtos e serviços” (LAS CASAS, 
2017, p. 211).
27
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer as especificidades relacionadas a gestão da qualidade nas organizações
• entender como as diversas especificidades ligadas ao tema podem impactar 
diferentes formas a gestão das organizações, alterando processos e mudando a forma 
como os serviços são prestados.
• aprender diversos conceitos que estão presentes no dia a dia de profissionais de 
diversas áreas.
• conceituar a qualidade nos dias atuais, pois é através dela, que se torna possível as 
organizações oferecerem bons serviços, se tornando então, uma opção para clientes 
e parceiros.• estudar sobre como a qualidade será recebida pelos clientes, já que são estes que 
efetivamente, deverão pagar por toda a qualidade oferecida.
PARA RESUMIR
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Conheça a ABNT. 2020. Disponível em: 
http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-abnt. Acesso em: 22 abr. 2020
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Estatuto da ABNT. 2018. Disponível em: 
http://www.abnt.org.br/images/Docspdf/ESTATUTOABNT_abril18.pdf. Acesso em: 22 
abr. 2020
BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Gestão de qualidade, produção e operações. 3. ed. - São 
Paulo: Atlas, 2019.
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trologia, Normalização e Qualidade Industrial, e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5966.htm. Acesso em: 22 abr. 2020
CAPINETTI, L. C. R.; GEROLAMO, M. C. Gestão da qualidade ISO 9001:2015: requisitos e 
integração com a ISO 14001:2015. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. 1. ed. – 12. 
reimpr. – São Paulo: Atlas, 2014.
CAXITO, F. Logística: um enfoque prático. 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 2014.
DIAS, R.; RODRIGUES, W. Comércio exterior: teoria e gestão. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 
2012.
DUTRA, R. G. Custos: uma abordagem prática. 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2017.
FITZSIMMONS, J. A.; FITZSIMMONS, M .J. Administração de serviços: operações, estraté-
gia e tecnologia da informação. AMGH Editora: Porto Alegre, 2014.
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recmutuo.asp> Acesso em 08 de fevereiro de 2020.
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tional Standards?. 2020. Disponível em < https://www.iso.org/about-us.htmlAcesso em 
08 de fevereiro de 2020.
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ponível em: https://www.iso.org/files/live/sites/isoorg/files/store/en/PUB100364.pdf. 
Acesso em: 22 abr. 2020.
LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 9. ed. – São Paulo: Atlas, 2017.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e prática. 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.
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SOUZA, J. M. Fundamentos do comércio internacional. São Paulo: Saraiva, 2009.
TAKATORI, R. S. Custos Hospitalares: a Aplicação dos Conceitos de Custos Padrões Para 
Fixação de Uma Ferramenta de Análise de Resultados dos Eventos Hospitalares. In: IX 
Congresso Brasileiro de Custos – São Paulo, SP, Brasil, 13 a 15 de outubro de 2002. Dispo-
nível em: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2733/2733. Acesso 
em: 22 abr. 2020
UNIDADE 2
Qualidade de vida nas organizações
Você está na unidade Qualidade de vida nas organizações. Conheça aqui a qualidade 
de vida no trabalho e seus impactos nos indivíduos dentro da organização, além dos 
benefícios de proporcionar a QVT nas empresas. Também conheça os programas adotados 
pelas organizações de modo a prevenir algumas doenças resultantes da falta de condições 
adequadas para que os profissionais possam exercer as suas atividades em um ambiente 
salutar.
Bons estudos!
Introdução
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1 NOÇÕES PRELIMINARES
A qualidade de vida nas organizações tem sido tema de diversos debates e discussões por 
parte dos estudiosos e pessoas ligadas à área de negócios, que não tem medido esforço para 
proporcionar um bem-estar aos indivíduos. No entanto, não tem sido uma tarefa fácil, visto que 
tema não reúne consenso e a qualidade pode variar dependendo da percepção de cada indivíduo 
ou mesmo grupo de indivíduos.
A Organização Mundial da Saúde, organismo internacional que trata dos assuntos relacionados 
à saúde das pessoas, tem se mostrado preocupada com o aumento de doenças relacionadas ao 
trabalho, estabelecendo critérios e diretrizes que devem ser seguidos de modo a diminuir os 
danos causados à saúde.
No Brasil, o tema também tem merecido destaque junto aos órgãos responsáveis pela 
garantia da saúde das pessoas, buscando, também, adotar medidas que vão ao encontro das 
diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.
Assim, de acordo com a Constituição Federal, consta no plano do Ministério da Saúde 
proporcionar a saúde dos trabalhadores, com objetivo de estabelecer a promoção da saúde dos 
indivíduos e de suas equipes de trabalho. Também é dever do estado criar as condições essências 
para exercício pleno das suas atividades, permitir, com a formulação e execução de políticas 
econômicas e sociais, a redução de riscos de doenças no estabelecimento de trabalho e, também, 
estabelecer condições que garantam acesso universal e equitativo às ações e aos serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação (SANTANA et. all, 2014).
Portanto, a qualidade de vida dos trabalhadores está extremamente ligada à produtividade 
e a diminuição do absenteísmo no trabalho, permitindo que as organizações consigam diminuir 
custos relacionados ao tratamento dos funcionários.
34
Figura 1 - Qualidade de vida 
Fonte: Gajus, Shutterstock, 2020.
#ParaCegoVer: Na imagem, temos uma família composta por quatro membros, onde o 
casal aparece segurando os filhos no colo, demostrando estar bastante feliz, sugerindo assim a 
qualidade de vida dessa família.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
1.1 Qualidade de vida nas organizações de saúde
Antes de abordarmos o tema qualidade de vida nas organizações de saúde, é preciso 
compreender a qualidade de vida nas organizações como um todo, buscando compreender o que 
é, afinal, a qualidade de vida no trabalho e quais as suas dimensões no contexto das organizações.
A termologia “qualidade de vida no trabalho”, conhecida pela sigla “QVT”, surge no ambiente 
das organizações com a preocupação de proporcionar aos funcionários bem-estar na execução 
das suas atividades. Isso se deve ao fato de que os trabalhadores passam bastante tempo em 
35
seus ambientes de trabalho. Assim, é necessário que eles se sintam confortados no exercício das 
suas atividades.
Em todas as organizações da área da saúde a preocupação é neste sentindo e, devido a sua 
complexidade por lidar com a vida humana, sendo que muitas das vezes os cenários não se 
repetem, se torna ainda mais difícil, expondo esses profissionais a pressões diferentes no seu 
dia a dia.
No Brasil, a necessidade de buscar questões relacionadas à saúde dos trabalhadores começou 
na década de 1970, quando um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) focaram 
suas pesquisas na saúde ocupacional em trabalhadores hospitalares (SANTANA et. all 2014).
Na década de 90 o assunto começou a tomar dimensões consideráveis e foram levados em 
consideração os aspectos éticos e psíquicos dos trabalhadores da área da saúde, permitindo, 
assim, uma intervenção para tentar inverter o quadro existente naquela época, adotando 
mecanismos que pudessem ajudar esses profissionais no quesito do QVT.
Os profissionais de saúde possuem direito ao bem estar e à qualidade de vida e, para isto, 
existe a necessidade de proporcionar condições dignas, orientação e treinamento a esta classe, 
para que consigam desenvolver suas tarefas, sem danos. (SANTANA et. all 2014).
Segundo Costa et. all (2017) apud Organização Mundial da Saúde, a QVT pode ser 
compreendida como a forma em que o indivíduo se percebe acerca de sua posição de vida, assim 
como sua relação ao contexto cultural no qual está inserido e o conjunto de valores dos quais 
dispõe, referente a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupaçõesde vida. Isto, portanto, 
será determinante para o indivíduo determinar a sua qualidade de vida.
Esta definição da Organização Mundial da Saúde mostra preocupação em relação ao bem-
estar dos trabalhadores ligados à área da saúde, mas não só. Por conta do tempo em que o 
indivíduo passa trabalhando, este período dever ser prazeroso para permitir que os funcionários 
tenham saúde física e mental no exercício de suas atividades.
Costa et. all (2017) explicam que os funcionários do campo de saúde estão entre as profissões 
campeãs do estresse e da baixa qualidade de vida, ocupando o 3º lugar neste ranking, perdendo 
somente para os controladores de voos e motoristas de ônibus urbano, que aparecem em segundo 
lugar, e dos policiais e seguranças privados, considerados em primeiro lugar. Este ranking, onde 
os funcionários desta área estão enquadrados quanto ao estresse e a baixa qualidade de vida, 
mostra a atenção que merecem, por lidar com o bem maior, que é a vida.
Dias at. all (2016) reforça que a área de saúde, tendo seu trabalho relacionado à vida humana, 
envolve um grau de complexidade e existem várias possibilidades de intervenções, mostrando-
36
se um mundo dinâmico, no qual as situações pouco se repetem e cada uma tem seu grau de 
dificuldade.
Diante do exposto, os autores seguem argumentando que, por conta disto, os profissionais 
da área da saúde têm enfrentado várias dificuldades, ocasionando aborrecimentos, medos, 
insatisfação, sentimento de insegurança e desmotivação, comprometendo sua saúde. Além disso, 
é importante realçar que o espaço hospitalar é citado como sendo de insalubre e estressante 
(SANTANA et. all, 2014).
É neste ambiente laboral que a equipe de saúde está frequentemente à exposição de diversos 
fatores comprometedores de sua saúde física e mental, como lidar com a dor, o sofrimento e a 
morte, também, pelo sistema de turnos contínuos ou de trabalho em turnos ininterruptos de 
revezamento e prestação de serviços durante 24 horas diárias, nos sete dias da semana, somado 
a transição entre turnos para passagem do plantão. (SANTANA ET. ALL 2014 p.36).
Existem, ainda, inúmeros outros problemas que estão ligados às condições de trabalho como, 
por exemplo, a carga horária elevada, baixos salários e o excesso de demanda que é exigido 
individualmente ou coletivamente. Essas situações acabam sendo fontes que causam insatisfação, 
além do aumento da carga de trabalho na Estratégia Saúde da Família, levando ao desgaste dos 
trabalhadores, contribuindo para o estresse e a baixa qualidade de vida (DIAS at. All 2016).
Segundo Costa (2017), o estresse e a baixa qualidade de vida têm sido apontados, na área 
da saúde, como situações que estão relacionados a questões específicas, tais como: dificuldades 
de relacionamento da equipe nas diversas áreas da empresa, ambiguidade e conflito de funções; 
várias jornadas de trabalho, principalmente por causa da remuneração baixa e, também, a 
conciliação com as atividades domésticas; alterações correntes do contexto de sua atividade e 
pressões exercidas pelos superiores de acordo com a percepção do indivíduo.
Para Dias at. all (2016), a insatisfação no trabalho é determinada por um conjunto de fatores 
que, por sua vez, poderão interferir na qualidade dos serviços ofertados, como, por exemplo, 
a ausência de perspectiva de crescimento profissional e salários muitas vezes inferiores à 
função desempenhada, que acarretam, além da insatisfação no trabalho, o índice elevado do 
absenteísmo, além da troca de profissionais e o desgaste físico e profissional da equipe.
FIQUE DE OLHO
As melhores empresas para trabalhar no Brasil em qualidade de vida que são: Accor Brasil; 
Arthur Andersen; PROMON; Samarco; USIMINAS; Belgo Mineira; BRASMOTOR; Elma Chips; 
Good Year, Xerox.
37
Diante disto, Júnior (2008) apresenta dimensões da qualidade de vida no trabalho. Para o 
autor, a combinação das quatro dimensões ajuda a determinar qualidade de vida.
Físico/Saúde
Abordam todos os aspectos relacionados com a saúde, doenças relacionadas ao trabalho e 
hábitos saudáveis dos colaboradores.
Psicológico
Abordam todos os aspectos relacionados à satisfação pessoal, motivação no trabalho e 
autoestima dos colaboradores
Pessoal
São os aspetos familiares, crenças pessoais e religiosas, e aspectos culturais que influenciam 
o trabalho dos colaboradores.
Profissional
Abordam os aspectos organizacionais que podem influenciar a qualidade de vida dos 
colaboradores.
Assim, os quatro domínios devem compor o indivíduo para que tenha um nível de qualidade 
de vida aceitável. A ideia do autor é ressaltar que a QV na vida dos profissionais de saúde não 
depende somente de um fator, mas surge na sua combinação. Seguindo a mesma lógica, Maslow 
desenvolveu as pirâmides das necessidades, onde a satisfação do indivíduo passa pela satisfação 
das necessidades básicas até autorrealização.
Voltando para a área da saúde, podemos destacar que a satisfação desses profissionais 
deve passar na criação de condições básicas e melhora de condições de vida que permitam 
proporcionar a qualidade de vida a essa classe que fica na linha de frente, cuidando da vida de 
todos. Por fim, trataremos de algumas maneiras que poderão ajudar na qualidade de vida desses 
profissionais.
1.2 Maneiras de proporcionar qualidade de vida no trabalho
No tópico anterior, foram destacadas as dificuldades relacionadas aos profissionais da saúde 
no exercício da sua profissão, buscando relatar diversos desafios que enfrentam no seu dia a 
dia. No entanto, existem formas de proporcionar a QVT desses funcionários, com programas que 
permitirão melhores condições de trabalho.
Umas das maneiras descritas por diversos autores para contribuir para a QVT dentro das 
38
organizações de saúde é a oportunidade de crescimento e também se apresenta como uma base 
essencial para a motivação profissional e esta, por sua vez, representa a grande influência sobre 
a qualidade de vida das pessoas no trabalho, além de contribuir para a motivação e o ânimo 
durante a atividade laboral (Barbosa, 2018).
A questão da satisfação no trabalho abrange vários aspectos que irão contribuir para alcance 
desse objetivo, como, por exemplo, o convívio da pessoa dentro da organização, ou seja, a forma 
como ela é tratado, o respeito às regras estabelecidas que compõem a cultura organizacional da 
empresa, a aceitação dos modelos de trabalho e o sistema de recompensas. Assim, para garantir 
a QVT, a empresa precisa atender não somente o aspecto físico da organização, mas, também, 
os aspectos psicológicos de seus trabalhadores e da instituição como um todo (DIAS at. all 2016).
De acordo com Costa (2014) apud Telles (2005), especialistas e estudiosos da qualidade de 
vida no trabalho enumeram oito fatores conceituais que indicam a QVT que são:
• compensação justa e adequada traduzida em equidade salarial interna, equidade salarial 
externa e benefícios;
• condições de trabalho através da disponibilidade de condições físicas seguras e saudáveis 
e jornada de trabalho que não afete o rendimento;
• oportunidade de uso e desenvolvimento das capacidades, através da autonomia e a 
possibilidade de autocontrole, aplicação de habilidades variadas e perspectivas sobre o 
processo total de trabalho;
• oportunidade de crescimento continua para desenvolver carreira e segurança e emprego;
• integração social no trabalho possibilitando igualdade de oportunidades, bons relaciona-
mentos e senso coletivo;
• constitucionalismo, respeitando normas e regras, privacidade e adesão a padrões de 
igualdade;
• trabalho e espaço total de vida respeitando a relação do papel do trabalho dentro dos 
outros níveis de vida do empregado;
• relevância social da vida no trabalho, possibilitando a percepção do empregado em rela-
ção à responsabilidade social da instituição na comunidade.
Para além destes fatores, vale lembrar que a QVT, dentro das organizações, depende das 
ações que são promovidas. A associação destas ações irá resultarem maior produtividade no 
ambiente de trabalho e o desenvolvimento pessoal.
Ademais, dos benefícios descritos por Telles (2005) é importante ressaltar que questão da 
qualidade de vida ela varia de indivíduo para indivíduo, ou seja, existem alguns fatores que 
levados em considerações em determinadas profissões, mas outras áreas conhecimento podem 
39
variar. Por isso, não há um consenso universal no que se refere a QVT.
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1.3 Importância da qualidade de vida no trabalho
A qualidade de vida no trabalho é um tema bastante discutido pela sua importância nas 
organizações e pela contribuição que fornece para o alcance dos objetivos da empresa, além 
de contribuir para que o trabalhador alcance a desejada satisfação no seu ambiente de serviço 
e para a criação das melhores condições de trabalho que irão proporcionar a motivação para 
alcance das metas estabelecidas.
O conceito de qualidade dentro da realidade da saúde tem um sentido diferente. Enquanto 
na área industrial ou comercial significa a opção em oferecer produtos ou serviços da primeira 
linha, no campo da saúde e, mais concretamente na realidade hospitalar, é a forma de diminuir 
o risco de danos às pessoas (ZANON, 2001), por isso a importância dos funcionários da área da 
saúde merecerem uma atenção especial, já que não se trata de um produto ou serviço mas, sim, 
da vida humana.
Neste sentido, esses profissionais precisam estar bem fisicamente e mentalmente para 
garantir a saúde de outros indivíduos. Assim, as organizações dos setores públicos e privados 
devem proporcionar a saúde preventiva dos seus funcionários para que os mesmos possam 
também oferecer serviços de qualidade.
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2 SAÚDE PREVENTIVA NOS SETORES PÚBLICOS E 
PRIVADOS
Figura 2 - Higiene preventiva 
Fonte: Shutterstock, 2020
#ParaCegoVer: Na imagem, temos uma senhora fazendo a higienização das mãos, sugerindo 
a prevenção de vírus, como forma de evitar possíveis contaminações de doenças.
Para permitir a saúde preventiva dentro das organizações públicas e privadas é necessário 
que haja adoção de um conjunto de medidas, evitando que problemas que afetam a QV destes 
funcionários façam parte de suas vidas. Silva (2003) explica que são enumeras as medidas que 
podem ser adotadas para prevenir a saúde dentro das organizações. As empresas buscam 
implementar diversos programas que norteiem o indivíduo para uma conduta saudável, 
desenvolvendo a competência de resiliência para enfrentar as exigências do mundo atual, que 
depositam sobre o indivíduo grandes níveis de estresse por problemas de ordem social, segurança 
ou meio ambiente.
Silva (2003) ainda argumenta que, ao investir nestes tipos programas, as empresas esperam, 
dentre outros benefícios, um retorno de investimento com aumento da produtividade.
A Qualidade de Vida no Trabalho envolve ações e programas realizados nas instituições, 
alinhadas com a cultura organizacional, tendo como referencial o bem-estar das pessoas. Pessini 
(2013) expõem que uma das medidas que as empresas devem adotar para proporcionar QVT tem 
a ver com a prevenção.
A prevenção pode reduzir o grande impacto econômico da doença, além de aumentar a duração e 
a qualidade da vida das pessoas. Os custos dos tratamentos, da perda da produtividade e da assistência 
à saúde afetam significativamente a economia, as famílias e as atividades organizacionais. As políticas 
de prevenção e os programas são frequentemente custo-efetivos, ou seja, reduzem os custos em 
assistência médica e tendem a aumentar a produtividade. Pessini (2013 p. 130).
41
Assim, para permitir a qualidade de vida nas organizações diversas ações podem ser adotadas 
de forma antecipada. Aves (2011, on-line) Destaca as principais ações promovidas por empresas 
brasileiras para a promoção da Qualidade de Vida estão:
• Ginástica Laboral;
• convênios com academias de ginástica;
• incentivo a prática de esportes;
• incentivo e participação em gincanas e competições;
• criação de espaços para descanso;
• avaliações física e nutricional;
• grupos de corrida e caminhada;
• campanhas de incentivo para uma alimentação saudável;
• campanhas de incentivo e cuidados com a saúde.
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Com a adoção dessas medidas dentro do ambiente de trabalho, já existe algumas comprovações 
relacionadas a maior produtividade, diminuição dos fatores causadores de estresse no local de 
trabalho e a redução no número de falta do funcionário relacionadas a questões de saúde.
O Manual Técnico da Agência Nacional de Saúde (2011) expõe que o programa de promoção da 
saúde e prevenção de fatores de risco e patologias pode ser caracterizado como um emaranhado 
ligado às estratégias e ações integradas que tem por objetivo promover a saúde, evitar os riscos e 
patologias, entender a morbidade, reduzir o tempo perdido devido às incapacidades e promover 
em especial a qualidade de vida dos indivíduos bem como da sociedade.
42
A Organização Pan-Americana da Saúde, no Brasil, desenvolve ações que visam a promoção 
da saúde, bem-estar social e qualidade de vida, alinhados as políticas da Organização Mundial da 
Saúde, com os objetivos de:
• Estabelecer condições de trabalho que eliminem ou minimizem os fatores de risco no 
ambiente;
• desenvolver ações educativas de prevenção à doenças;
• desenvolver ações de proteção à saúde;
• desenvolver ações que tratem a melhoria da qualidade de vida;
• reduzir o absenteísmo no trabalho;
• elevar a capacidade de trabalho.
3 PROGRAMAS DE SAÚDE PARA AS ORGANIZAÇÕES
Saúde tem sido uma preocupação para as organizações. Assim, atualmente, muitas empresas 
têm buscado incorporar programas padronizados de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de 
forma imediatista, sem planejamento estratégico e os devidos investimentos. Contudo, é de 
extrema importância as organizações adotarem o planejamento estratégicos quando desejam 
implementar programas de saúde nas organizações. A falta de tal planejamento pode levar as 
organizações a alcançarem resultados muitas vezes não esperado. Por isto, é preciso alinhar os 
programas de incentivo à QVT aos objetivos das organizações (SILVA, 2003).
Um planejamento estratégico é fundamental para implementação das ações e programas de QVT 
a serem implantados. Estes envolvem diagnósticos e implantação de melhorias, inovações gerenciais, 
inovações tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar 
condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. Alves (2011) 
apud (MORETTI, 2005; TIMOSSI; FRANCISCO; MICHALOSKI, 2007).
Silva (2003) explica, ainda, alguns dos motivos que fazem com as empresas introduzam 
programas de saúde nas suas organizações, que são: a contenção dos custos com assistência 
médica, a redução do absenteísmo e o “turnover” de funcionários.
Antes de acontecer o processo de implementação de um projeto de qualidade de vida em 
uma organização, deve-se observar algumas práticas e políticas necessárias nas organizações para 
resultados satisfatórios. Assim, Silva (2003, p.140) enumera algumas condições que precisam ser 
levadas em consideração que são:
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Condições de segurança e bem-estar
Seria contraditório que uma empresa demonstrasse interesse pela qualidade de vida de seus 
funcionários sem condições mínimas de segurança no trabalho, com um ambiente insalubre ou 
sem condições de higiene.
Oportunidades de desenvolvimento e crescimento contínuo
Empresas que realmente preocupam se com seus funcionários desenvolvem programas de 
capacitação profissional e permitem que seus funcionários tenham oportunidades de carreira.
Reconhecimento e recompensa
Associado ao desenvolvimento profissional uma política sólida de reconhecimento e 
recompensa demonstram ética e respeito pelo trabalhador.
Retenção
Empresas que valorizam a sua mão de obra instituem competitivos programas de benefícios 
e primam pelas relações sadias no trabalho.
Orgulho profissional
Empresasque infundem respeito e admiração em seus funcionários através de uma 
comunicação efetiva e “endomarketing”.
Integração empresa, sociedade e família
Valorizações da empresa através de programas junto à comunidade em que está inserido, 
benefício extensivo aos familiares demonstram o valor da empresa e valorizam as ações de um 
programa de qualidade de vida.
O quadro abaixo explica e faz um resumo das principais ações e programas desenvolvidos nas 
organizações para proporcionar a QV no ambiente do trabalho.
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Quadro 1 - Ações e/ou programas de promoção da QVT e seus resultados. 
Fonte: Alves, 2011 (Adaptado)
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro com ações e/ou programas de promoção da 
QVT e os resultados que foram obtidos com eles.
3.1 Benefícios da adoção de programas de saúde
A AON, empresa especializada em gerenciamento de riscos, descreve os benefícios que 
emergem na adoção de programas de qualidade de vida para os trabalhadores. São eles:
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Melhora na qualidade de vida e saúde dos colaboradores
Com a conscientização constante de hábitos de saúde, acompanhamento e aconselhamento 
médico sobre doenças crônicas e antecipação aos fatores de risco, é possível melhorar a qualidade 
de vida e a saúde da força de trabalho.
Aumento da produtividade no trabalho e melhora no clima organizacional
Com mais saúde e bem-estar e menos adoecimento, a produtividade é maior e o clima 
organizacional se torna mais positivo. No caso dos Estados Unidos, por exemplo, os Centros 
de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estimam perdas de produtividade, causadas por 
funcionários com hábitos prejudiciais à saúde, em mais de US$ 153 bilhões a cada ano.
Redução custos
O gerenciamento consistente de benefícios, a partir de análises e mapeamentos da saúde 
do trabalhador e ações conjuntas de conscientização sobre saúde, possibilita direcionar mais 
adequadamente e diminuir os recursos nessa área.
Retenção dos colaboradores
Ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, atrás da casa própria e do 
investimento em educação, segundo relatório da Aon. Portanto, oferecer benefícios de qualidade 
e iniciativas que mostram que a empresa se importa com o bem-estar das pessoas contribui para 
a retenção dos colaboradores.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• estudar sobre a qualidade de vida nas organizações de saúde;
• conhecer as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais da saúde;
• compreender os benefícios da aplicação da Qualidade de Vida no Trabalho;
• aprender sobre a saúde preventiva nas organizações públicas e privadas;
• conhecer os programas para saúde nas organizações que visam diminuir os proble-
mas relacionados à saúde dentro do ambiente de trabalho.
PARA RESUMIR
ALVES, E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho: possibilidades e 
limites das organizações: Revista eletrônica FAFIT/FACIC. Itararé. v. 2, n. 1, p. 14-25, jan./
jun., 2011.
COSTA, K.N.F.M.; COSTA, T.F.; MARQUES, D.R.F et all. Qualidade de vida relacionada à 
saúde dos profissionais de enfermagem. Revista de enfermagem. Recife, v. 11, p. 881-
889, fev., 2017.
COSTA, T.N. Qualidade de vida do enfermeiro no trabalho e os reflexos no desenvolvimento 
profissional. Trabalho de conclusão de curso de especialização. Universidade Federal do 
Minas Gerais, Aracuaí, 2014.
DIAS, E. G.; SANTOS, A. R.; SOUZA, E. L. S. et all. Qualidade de vida no trabalho dos 
profissionais da saúde de uma Unidade Básica de Saúde. Revista cubana de enfermagem. 
Cuba. v. 32, n. 4, 2016.
EXAME. 8 empresas que buscam dar qualidade de vida aos funcionários, 2013. Disponível 
em: https://exame.abril.com.br/negocios/8-empresas-que-buscam-dar-qualidade-de-
vida-aos-funcionarios/. Acesso em: 15 abr. 2020.
JÚNIOR, D. R. R. Qualidade de Vida no Trabalho: Construção e validação do questionário 
QWLQ-78. Dissertação (mestrado em engenharia de produção). Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa. 2008
PESSINI. L. Qualidade de Vida nas Organizações: promovendo a saúde integral para além 
do discurso. O Mundo da Saúde. São Paulo, v. 37, p.129-130, 2013.
SANTANA, V.S.; FEITOSA, A.G.; GUEDES, L.B.A. at all. Qualidade de vida dos 
profissionais de saúde em ambiente hospitalar. Revista Pesquisa em Fisioterapia, v. 
4, p. 35-46, 2014. Disponível em: https://www.google.com /search?q=Qualidade+de 
+vida+dos+profissionais+de+sa%C3%BAde+em+ambiente+hospitalar&oq. Acesso em: 
15 abr. 2020
SILVA, T.T.R. Qualidade de vida e Promoção de Saúde: Uma visão estratégica para 
empresas. Campinas, 2003. Disponível em: https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/
uploads/deafa/qvaf/qualidade_politicas_publicas_cap9.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
ZANON, U. Qualidade da assistência médico-hospitalar: conceito, avaliação e discussão 
dos indicadores de qualidade. Rio de Janeiro: Medsi. 2001.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 3
Gestão da saúde: instituições e 
política nacional
Introdução
Você está na unidade Gestão da saúde: instituições e política nacional. Conheça 
aqui todas as especificidades relacionadas à política nacional de saúde, que tem sido 
implementada pelo governo federal com a intenção de direcionar todo os demais 
entes da federação em esforços coordenados na garantia da saúde da população. Se 
faz importante considerar que a formulação da política nacional de segurança demanda 
um alto nível de coordenação por parte do governo federal. Em especial, temos que o 
Ministério da Saúde é o órgão responsável por esta coordenação, bem como, pela gestão 
de todos estes recursos.
Ao estabelecer uma política nacional de saúde, o Ministério da Saúde tem como função 
primordial executar uma infinidade de programas que possibilitem a implementação de 
melhorias na qualidade de vida da população, bem como proporciona direcionamento 
a todos os gestores da área de saúde do Brasil, tanto da iniciativa privada quanto da 
iniciativa pública.
Ainda durante a nossa unidade, apresentaremos o papel de diversas entidades que 
atuam na saúde do país. Essas instituições possuem missões específicas e colaboram para 
a implementação, formulação, e, também, para a implementação e concretização de 
políticas de promoção e proteção da saúde, além disso, têm como foco principal auxiliar 
estados e municípios a implementar as políticas estabelecidas em nível federal, auxiliando, 
também, no atendimento a parcelas da população que necessitam de atendimento 
especializado relacionados a saúde.
Uma das principais instituições que vamos abordar em nossa unidade trata-se da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mais conhecida como ANVISA. Essa agência 
é uma autarquia federal que tem como principal missão atuar no controle sanitário da 
produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária.
Bons estudos!
51
1 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
As discussões sobre a criação de uma política nacional de saúde no Brasil aconteceram na 
medida em que a sociedade se voltou às preocupações com o meio ambiente, portanto, é de grande 
importância considerar que esse processo advém de uma preocupação genuína dos gestores públicos 
com a melhoria da qualidade de vida da população. Ao buscar uma política de saúde universal 
para toda sua população, o governo federal tem como principal função atender as expectativas da 
população em relação à melhora em sua qualidade de vida. No Brasil, estas expectativas ganham 
ainda contornos de universalidade, já que ficou convencionado que a saúde é um direito gratuito a 
todos, com constituição de 1988 e a posterior implantação do Sistema Único de Saúde o SUS.
Figura 1 - Gestão em Saúde 
Fonte: PorTika, Shutterstock, 2020
#ParaCegoVer: Na imagem temos um homem paramentado com a roupa de médico, este 
homem segura um estetoscópio onde ele aponta para vários ícones relacionados ao setor de 
saúde, dentre estes ícones, podemos observar: coração, remédio, ambulância, uma injeção, uma 
maleta, dentre outros.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
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