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Fichamento Capítulo 2- Ludicidade na Educação Infantil

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1 
 
Curso de Licenciatura em Pedagogia 
Disciplina: Projeto de Ação Pedagógica 
Professor (a): Ana Lúcia Gomes Maravalhas 
Acadêmico (a): Maria Gabriela Santos Alves de Mattos 
Data da entrega: 
 
FICHAMENTO DE CONTEÚDO OU DE LEITURA 
 
Título do Artigo ou Capítulo do Livro: “Ludicidade e Educação Infantil" 
(Resumo do Capítulo 2) 
 
Referência (conforme as normas da ABNT): Bacelar, Vera Lúcia da 
Encarnação. Ludicidade e educação infantil / Vera Lúcia da Encarnação Bacelar. 
- Salvador : EDUFBA, 2009. 144 p. 
 
Informações resumidas sobre o autor do artigo ou capítulo do livro: 
Vera Lúcia Da Encarnação Bacelar é graduada em Pedagogia pela Universidade 
Federal da Bahia (1989). Especialista em Metodologia do Ensino Superior 
(1997), Especialista em Gestão de Pessoas com ênfase em Gestão por 
Competência (2017). Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia 
(2007). Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2012). 
Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico da Universidade Federal 
da Bahia, atuando desde 1997 na Creche da UFBA. Docência em Educação 
Infantil e em Cursos de Especialização. Experiência na área de Educação, com 
ênfase em Educação Pré-Escolar e formação de professor, atuando 
principalmente nos seguintes temas: educação infantil, ludicidade, relação 
educador/educando. Exerceu a direção da Creche UFBA de março de 2015 até 
fevereiro de 2020. 
 
2 
Resumo: No livro “Ludicidade e Educação Infantil" 2009, a autora Vera Bacelar 
conceitua que a ludicidade é um facilitador do processo de aprendizagem que 
pode ser entendido através principalmente das ciências humanas. Na pesquisa, 
a autora busca identificar o lúdico em crianças, durante as suas aulas, através 
da linguagem 
psicocorporal. Para isso, desenvolve-se atividades em que as crianças tenham 
consciência sobre os movimentos do próprio corpo e o Mundo ao redor, e resgata 
também ideias dos autores sobre o desenvolvimento da linguagem psicocorporal 
infantil que levam a sua pesquisa da teoria para a prática logo em seguida por 
meio da pesquisa de campo. 
 
É importante ressaltar, a trajetória da autora com diversas faixas etárias de 
aluno, frisando que atualmente trabalha com crianças de 1 a 3 anos, apontando 
os principais conceitos de sensibilidade quanto a questão das primeiras formas 
de convivência infantil e a compreensão do educador ainda muitas vezes por 
uma linguagem não verbal, em que o professor deve prezar por entender 
calmamente o que o aluno tem a dizer a partir de seus gestos corporais, o choro 
e o olhar, por exemplo. Para Vera, é um grande desafio para conseguir 
desvendar a mensagem que cada educando deseja transmitir e apenas com 
muita cautela e observação é possível distinguir os sentimentos deles. Em meio 
a essa estratégia, ela desenvolve suas atividades lúdicas como principal recurso 
de facilitar a prática educativa. 
 
A concepção de educação infantil se modificou com o passar dos anos e um 
grande marco foi a constituição de 1988, em que a creche foi oficialmente inclusa 
como área de responsabilidade da educação assim como a pré escola. A partir 
dessa decisão, as necessidades da família do aluno e suas dificuldades foram 
revistas, sabendo-se da necessidade das mães colocarem seus filhos em um 
ambiente seguro e acolhedor enquanto precisam trabalhar. Para atender ao 
aluno em todas as suas fases de desenvolvimento, se faz existente a LDB em 
seu Artigo 29: 
 
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em 
3 
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a 
ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996) 
 
A creche tem como dever oferecer a criança a oportunidade de vivenciar o 
estado lúdico para que o processo de aprendizagem não aconteça apenas como 
forma de promover ao ensino fundamental. Deve-se pensar e conceder ao aluno 
a liberdade de exercer seus direitos como pequeno cidadão. 
 
No ambiente escolar, existem atividades em sua maioria didatizadas, para suprir 
a grande demanda de alunos. Muitas vezes, o educador não percebe a condição 
de desânimo quanto as tarefas monótonas da escola. Por isso, é preciso ajustar 
o nível de interesse da criança e propor vivências de atividades lúdicas para 
desenvolver as habilidades psicomotoras. 
 
[...] no estado lúdico o ser humano está inteiro, ou seja, está vivenciando 
uma experiência que integra sentimento, pensamento e ação, de forma 
plena. A vivência se dá nos níveis corporal, emocional, mental e social, de 
forma integral e integrada. Esta experiência é própria de cada indivíduo, se 
processa interiormente e de forma peculiar em cada história pessoal. 
Portanto, só o indivíduo pode expressar se está em estado lúdico. Uma 
determinada brincadeira pode ser lúdica para uma pessoa e não ser para 
outra.” (p.25, l.3) 
 
Pode-se entender que atividades lúdicas variam quanto ao jeito de cada aluno, 
podem estimular o movimento do corpo, como a dança, esportes em geral ou 
mesmo em outro aspecto, o desenho, para a parte de coordenação motora, roda 
de história infantil, teatro de personagens em fantoches, fazem parte desses 
meios diferentes em que os alunos se identificam e expressam seus sentimentos 
ajudando até mesmo na socialização com seus colegas. Através desse meio, 
pode-se descobrir problemas de aprendizagem e interação social, questoes fora 
do ambiente escolar e fazer com que a escola preste auxílio em vários aspectos 
relacionados a vida do aluno, se necessário, sem a necessidade de ser algo 
invasivo. Mais 
4 
importante do que tudo isso, o que se faz realmente válido é a alegria e o bem 
estar que a criança sente ao vivenciar em diversos níveis, emocional, físico, 
coletivo e pessoal, o prazer de estar se divertindo, brincando e sendo livre como 
é o direito de toda criança em seu desenvolvimento físico e intelectual. Deve-se 
deixar a criança livre para ser o que ela é e desfrutar de todas as suas 
descobertas e principalmente prezar pelo seu bem estar e felicidade. 
 
“O lúdico tem um papel muito mais amplo e complexo do que , 
simplesmente, servir para treinamento de habilidades psicomotoras, 
colocadas como pré-requisito da alfabetização. Através de uma vivência 
lúdica, a criança está aprendendo com a experiência, de maneira mais 
integrada, a posse de si mesma e do mundo de modo mais criativo e 
pessoal. Assim, a ludicidade, como uma experiência vivenciada 
internamente, vai além da simples realização de uma atividade, é na 
verdade a vivência dessa atividade de forma mais inteira.” (p.26, l.18) 
 
Bacelar ressalta que é relevante obter conhecimento sobre os interesses da 
criança, pois uma brincadeira pode ser lúdica para um aluno e ser 
desinteressante para outro. Se faz necessário, um ajuste nos interesses e no 
nível de aprendizagem de cada aluno, para que a sala de aula seja um lugar de 
troca e não se torne mecanizado. Dessa forma, conseguimos compreender que 
o estado interior de cada aluno torna possível a ele saber revelar a si e aos outros 
aos poucos suas experiências pessoais e alegrias quanto a aprendizagem que 
tendem a evoluir conforme o seu próprio desenvolvimento e a cada dia se tornar 
um momento de grande importância e satisfação.

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