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História - Livro 2-049-051

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E a retomada de políticas absolutistas, como o esta-
belecimento do Poder Moderador, no Brasil, dando
plenos poderes a D. Pedro I e, na Europa, a dura re-
pressão contra as ideias liberais, deflagradas pela
Revolução Francesa, ocasionaram uma enorme in-
satisfação popular.
6 Enem 2019 Art. 90. As nomeações dos deputados e
senadores para a Assembleia Geral, e dos membros
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por
eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em as-
sembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes,
os representantes da nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias pa-
roquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não
compreendem os casados, os oficiais militares, que
forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis for-
mados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de
seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os
guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de co-
mércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de
galão branco, e os administradores das fazendas rurais
e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade
claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil
réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 4 abr. 2015. (Adapt.)
De acordo com os artigos do dispositivo legal apre-
sentado, o sistema eleitoral instituído no início do
Império é marcado pelo(a):
A representação popular e sigilo individual.
B voto indireto e perfil censitário.
C liberdade pública e abertura política.
D ética partidária e supervisão estatal.
E caráter liberal e sistema parlamentar.
7 Enem PPL 2019 Uns viam na abdicação uma verdadei-
ra revolução, sonhando com um governo de conteúdo
republicano; outros exigiam o respeito à Constituição,
esperando alcançar, assim, a consolidação da monar-
quia. Para alguns, somente uma monarquia centralizada
seria capaz de preservar a integridade territorial do Brasil;
outros permaneciam ardorosos defensores de uma orga-
nização federativa, à semelhança da jovem República
norte-americana. Havia aqueles que imaginavam que so-
mente um Poder Executivo forte seria capaz de garantir
e preservar a ordem vigente; assim como havia os que
eram favoráveis à atribuição de amplas prerrogativas à
Câmara dos Deputados, por entenderem que somente ali
estariam representados os interesses das diversas provín-
cias e regiões do Império.
MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade:
a consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: Atual, 1991. (Adapt.)
O cenário descrito revela a seguinte característica po-
lítica do período regencial:
A instalação do regime parlamentar.
B realização de consultas populares.
C indefinição das bases institucionais.
D limitação das instâncias legislativas.
E radicalização das disputas eleitorais.
8 Mackenzie Em 1838, o deputado Bernardo Pereira
Vasconcelos escrevia:
Fui liberal, então a liberdade era nova para o país,
estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas
ideias práticas; o poder era tudo, fui liberal. Hoje, porém, é
diverso o aspecto da sociedade; os princípios democráticos
tudo ganharam e muito comprometeram [...].
Bernardo Pereira de Vasconcelos. In: João Camilo de Oliveira
Torres. Os construtores do Império. [s.d.], p. 55.
O texto se reporta:
A ao Ato Adicional, à instabilidade política dele
decorrente e às constantes ameaças de fragmen-
tação do território.
B ao Golpe da Maioridade, estratégia usada pelos libe-
rais, que favoreceu o grupo de políticos palacianos.
C ao declínio do império, abalado pelas crises militar
e da abolição.
D à crise sucessória portuguesa e à consequente ab-
dicação de Pedro I.
E ao Ministério da Conciliação, marcado pela esta-
bilidade econômica e pela aliança entre liberais e
conservadores.
9 Fatec O período da história do Brasil entre 1831 e
1840, conhecido como Período Regencial e cujas da-
tas correspondem respectivamente à abdicação e à
maioridade de D. Pedro II, tem como um de seus tra-
ços marcantes:
A a constante luta das correntes liberais contra o sis-
tema escravista e a monarquia.
B a perda da influência da economia inglesa sobre
o Brasil, devido à crise da produção algodoeira no
Egito e na Índia.
C o aumento do comércio de produtos primários de
exportação, superando a crise do Primeiro Reinado.
D o rompimento definitivo dos laços com Portugal, em
virtude da ascensão dos liberais ao poder.
E a instabilidade política e social, decorrente de nu-
merosos movimentos revolucionários.
10 PUC-Minas O período regencial no Brasil (1830-1840) foi
um dos mais agitados da história política do país. Foram
questões centrais do debate político que marcaram
esse período, exceto:
A a questão do grau de autonomia das províncias.
B a preocupação com a unidade territorial brasileira.
C os temas da centralização e descentralização do
poder.
D o acirramento das discussões sobre o processo
abolicionista.
F
R
E
N
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49
11 UFC Leia o texto a seguir.
Não há sombra de dúvidas sobre o papel central de-
sempenhado pelos muçulmanos na rebelião de 1835. Os
rebeldes – ou uma boa parte deles – foram para as ruas
com roupas usadas na Bahia pelos adeptos do islamismo.
No corpo de muitos dos que morreram a polícia encontrou
amuletos muçulmanos e papéis com rezas e passagens do
Qur’ãn usados para proteção.
João José Reis. Rebelião escrava no Brasil. São
Paulo: Cia das Letras, 2003, p. 158.
Considerando os fatos descritos no episódio acima e o
tema do islamismo, responda ao que se pede a seguir.
a) Por qual nome ficou conhecida a rebelião de que
trata o texto?
b) A imigração forçada de africanos ao Brasil trouxe
para trabalhar como escrava uma população de
diversas etnias, que pode ser englobada generi-
camente em dois grupos bastante distintos, com
claras diferenciações culturais e linguísticas.
I. De qual desses dois grupos se originou a
maior parte dos africanos islamizados?
II. De qual área geográfica da África esse grupo
procede?
c) Como ocorreu a propagação da religião islâmica en-
tre as populações da região africana citada acima?
12 UFJF Observe o mapa:
Revoltas do período Regencial
MA
MT
Cabanagem
Revoluções
Balaiada
Sabinada
Juliana (SC) Repúblicas
FarroupilhasRio-grandense (Piratini/RS)
RN
CE
PI
PB
PE
AL
SE
ES
RJ
RS
SC
SP
MG
GO
BA
Grão-pará
Fonte: Baseado em IstoÉ Brasil, 500 anos;
Atlas histórico. São Paulo: Três, 1998. (Adapt.).
No período regencial (1831-1840), uma série de con-
itos surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre
esse contexto, responda ao que se pede.
a) Cite e analise duas características do contexto
no qual ocorreram esses conflitos assinalados no
mapa.
b) Eleja um desses conflitos e analise-o.
13 Fuvest Nossas instituições vacilam, o cidadão vive re-
ceoso, assustado; o governo consome o tempo em vãs
recomendações... O vulcão da anarquia ameaça devorar
o Império: aplicai a tempo o remédio.
Padre Antônio Feijó, 1836.
Essa reexão pode ser explicada como uma reação à:
A revogação da Constituição de 1824, que forne-
cia os instrumentos adequados à manutenção da
ordem.
B intervenção armada brasileira na Argentina, que
causou grandes distúrbios nas fronteiras.
C disputa pelo poder entre São Paulo, centro eco-
nômico importante, e Rio de Janeiro, sede do
governo.
D crise decorrente do declínio da produção cafeeira,
que produziu descontentamento entre proprietá-
rios rurais.
E eclosão de rebeliões regionais, entre elas, a Caba-
nagem no Pará e a Farroupilha no sul do país.
14 UFC O Ato Adicional, decretado no período das re-
gências no Brasil pela Lei n. 16, de 12 de agosto de
1834, estabeleceu algumas modificações na Consti-
tuição de 1824. Acerca dessas alterações, assinale a
alternativa correta.
A O Conselho de Estado foi reorganizado para que
fosse possível conter os conflitos provinciais.
B Os presidentes provinciaispassaram a ser eleitos e
a ter o poder de aprovar leis e resoluções referen-
tes ao controle dos impostos.
C O estabelecimento da Regência Una, ao invés da
Regência Trina, significou a eleição de um único re-
gente, com mandato até a maioridade de D. Pedro II.
D As assembleias legislativas provinciais foram criadas
para proporcionar autonomia política e administrati-
va às províncias no intuito de atender às demandas
locais.
E A Corte, com sede no Rio de Janeiro, por meio da
aliança entre progressistas e regressistas, continuou
centralizando as ações em defesa da Constituição
de 1824.
HISTÓRIA Capítulo 6 A montagem do Estado brasileiro50
7
CAPÍTULO O Segundo Reinado
Neste capítulo, iremos estudar o Segundo Reinado no Brasil, destacando três
elementos fundamentais. Em primeiro lugar, a compreensão da estrutura política e de
como os partidos Liberal e Conservador, como representantes da aristocracia, submetem-
-se ao centralismo do imperador, fundamental para garantir a ordem social e a escravidão.
Um segundo aspecto são as transformações econômicas que o país conheceu a
partir do desenvolvimento do café. O terceiro, decorrente deste, é perceber como
essas transformações e a modernização econômica e social, com o advento de novos
setores de elite e o próprio declínio da escravidão, inviabilizaram a própria permanência
do sistema monárquico.
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Pedro Américo. O discurso do
imperador, c. 1872. Óleo sobre
tela, 288× 205 cm. Museu
Imperial do Brasil, Petrópolis, RJ.

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