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Clínica médica de Grandes Animais Dermatopatias em GA Comment by taina eloize: Sumario de Dermatopatias GA:DermatofitoseDermatofiloseLinfadenite CaseosaCarcinoma de celulas escamosas Habronemose cutanea\visceral PitioseSarcóide Doença que acometem a pele de Grandes animais (GA), em geral não são comuns na clínica, mas possuem um grande impacto de prejuízo na comercialização desses animais. A Pele É o maior órgão do corpo e corresponde a 16% do peso, atua como: · Uma barreira protetora ao ambiente · Ação antimicrobiana · Na termorregulação · Funciona como receptor sensorial · Armazena gorduras, carboidratos e proteínas · Tem importância como indicador da saúde do animal Exame da pele A pele é o espelho da saúde do animal, através dela podemos realizar o teste de: · “Tumor cutâneo” – serve para identificar a desidratação da pele dos GA Os problemas de pele não constituem problemas patológicos graves nos animais, Exceto em casos de falhas na transpiração, queimaduras e traumas. Os problemas atribuídos são econômicos e de bem-estar animal, exemplo: · Exposição (animal com má aparência) ocorre depreciação · Desconforto e prurido que podem levar a alterações na alimentação do animal e redução do tempo de descanso. Fotossensibilização Uma lesão cutânea similar a queimadura Os tipos de Fotossensibilização são: Fotossensibilização Primaria: causada pela ingestão de plantas toxicas como: · Ammi Majus · Fagopyrum Esculentum Fotossensibilização secundaria: causada pela síntese de pigmentos Fotossensibilização Hepatógena: Uma substância Fototipo que causa intoxicação ao fígado *A mais comum de todas elas é a Fotossensibilização Hepatógena Plantas Fotossensibilizantes Hepatógenas essas plantas possuem uma substância Fototipo, após ingerir elas os animais apresentam Fotossensibilização, em virtude do excesso de Filoeritrina na circulação. Lantana sp – L. Camara (Cambara, Chumbinho) Brachiaria sp Lantana sp. L. Camara Os GA costumam ingerir essa planta quando estão com fome ou quando ocorre a transferência para outro pasto\região. Há doença ocorre entre 3 dias a 2 semanas. Principais tóxicos · Lesão hepática · Insuficiência renal · Estase Ruminal *Fotossensibilização é um quadro secundário a lesão hepática Sinais clínicos · Anorexia · Fotossensibilização e formação de feridas abertas · Fezes ressecadas · Icterícia · Bilirrubina · Diagnostico · Histórico de fome e transferência de pastagem · Sinais clínicos (quadros de Fotossensibilização) · Aumento de enzimas Hepáticas (AST – GGT) · No exame de necropsia: Acentuada Icterícia e Alteração renal e hepática Brachiaria sp Fungo: Pithomuces Chartarum também causa uma lesão hepática e Fotossensibilização Acreditava-se de que os efeitos hepatogenos nos animais ao consumirem a Brachiaria era somente pela presença do fungo e sua toxina Esporidesmina, mas tanto a Brachiaria tanto o Fungo são substâncias Fotossintetizantes Hepatógenas. As Brachiarias possuem Saponimas e Sapogeninas que possuem a capacidade de causar lesão hepática e Fotossensibilização. Princípio toxico, hipótese: Possuem envolvimento no quadro de lesões hepáticas: · Saponimas e Sapogeninas · Gramíneas · Cont.ruminal, biliar e cristais biliares Ocorre, a formação de cristais e lesões em células parenquimatosas por acúmulo de metabólicos tóxicos. Como ocorre Aumento de Filoeritrina –> Disfunção Hepática –> Acúmulo de Saponimas no fígado. *Esporidesmina: é a toxina presente no fungo *Filoeritrina: é responsável pela Fotossensibilização quando entra em contato com o sol Comment by taina eloize: Filoeritrina está presente aonde? Ela é natural no organismo do animal ? Espécies de animais sensíveis Bovinos Maior incidência *Peq. Ruminantes Lesões faciais Equinos - Bubalinos - *Em pequenos ruminantes a Fotossensibilização pode-se chamar Eczema Facial. Sumario Plantas Hepatógenas - Myoporum spp. - Lantana spp. - Brachiaria spp. Dermatofitose É um fungo capaz de causar uma infecção na pele, o fungo da Dermatofitose causa uma infecção fúngica superficial. Também pode ser chamada de “Tinha” ou “Tricofitose” Esses nomes se dão pela etiologia do fungo: · Trichophyton equinum · Trichopyton verrugosas · Trychopyton mentagrophytes · Mucrosporum equinum Os do gênero Trychopyton são Zoofilicos: (Animal – animal) manifesta-se em condições especificas, como: · Condições ambientais · Baixa imunidade Além do mais, podem ser transmitidas no contato animal. Os do gênero Mucrosporum são Geofiliticos: (M.A – Animal) podem estar nos animais, mas a transmissão ocorre quando está na pele do animal e fômites. Transmissão É mais comum de ocorrer em Equinos Principalmente em animais confinados (contato próximo um com outros), Pode ocorrer no contato direto e contato com fômites. O fungo possui alta resistência. Imunossupressão A imunidade do animal se torna um ponto importante. O que torna mais comum em animais jovens e em animais no período do desmame. Assintomáticos X Sintomáticos Animais podem ser assintomáticos pelas condições ambientais que impede o proliferamente ou pela alta capacidade imunológica. Com isso, os principais fatores de risco são: · Umidade · Temperatura O fungo consegue proliferar na umidade e pela baixa luz solar Patogenia O fungo invade o pelo dos animais e se prolifera, criando uma infecção no caso da Dermatofitose uma infecção superficial. Com isso, a presença do fungo faz com que a queratina presente na pele seja destruída, na perda da queratina e a queda do pelo, pode ocorrer foliculite ou furunculose nesses animais (infecção bacteriana secundaria). Sinais clínicos · Alopecia · Lesões em formato circular e crescimento centrifugo · Aumento da alopecia = áreas ficam irregulares · Após a queda do pelo, formam-se crostas fina, com coloração acinzentada · *Sem prurido Em bovinos: - Pescoço, cabeça e períneo Em equinos: - Axilas, Tronco, Pescoço, cabeça e Garupa Diagnóstico · Caracterização das lesões (área circular sem prurido) · Exame ao microscópio na periferia da lesão (para procurar a presença de esporos ou micélio dos fungos · Raspado de pele\pelos · Cultura fúngica (Agar Sabourand) O fungo demora de 15 a 20 dias para o crescimento A infecção fúngica pode ser autolimitante, ou seja, desaparece sem o tratamento em até 4 meses. Tratamento Uso de produtos tópicos Iodofóros Biocid \ Lorassil Solução a base de iodo com ação bactericida e fúngica. Iodo providencia 2 a 5% Clorexidina 0,5 a 1% Glicerina iodada Hipoclorito de sódio 0,5% Deve-se fechar corretamente após e durante o uso Tiabendazol ADM: via tópica 1 vez ao dia durante 7 dias (após) 1 vez por semana até o desaparecimento da lesão \ tendencia da melhora em 2 semanas. Dermatofilose Também pode ser chamada de Mela ou Chorona. *Causada por uma bactéria chamada Dematophilus Congolensis, também causa apenas uma infecção bacteriana superficial na pele, atingindo somente a epiderme. Pode acometer animais jovens: lactantes ou recém desmamados (imunossupressão). *Não Dermatofilose o animal só é infectado pela bactéria se houver lesão na pele. Infecção Ocorre através de uma lesão cutânea que permite a entrada da bactéria na epiderme. Como por exemplo, picadas de mosquito ou carrapatos (R. Microplus) ou lesões pela Brachiria. A Dermatophilus Congolesis é comensal na pele dos bovinos, então pode ser encontrada neles. Proliferação da bactéria O principal aspecto oportunista da bactéria é a Imunossupressão dos animais, Alterações ambientais (como chuvas constantes que podem causar lesões). Os animais adultos podem ser assintomáticos e se tornarem apenas fonte de proliferação para outros indivíduos. Transmissão · Condições ambientais · Umidades excessivas (que afetam a integridade da pele) · Penetração pelo zoósporo · Proliferação na epiderme. Sinais clínicos Equinos e bovinos: · Lesões circulares · Sem a presença de prurido · Claudicação (em casos deferidas intensas nos membros) · Lacrimejamento (nos bovinos pode ocorrer por lesos na face) As lesões podem se localizar nos bovinos no dorso, membros e focinho. Já nos equinos no dorso, cabeça e garupa. Diagnostico · Características da lesão · Epidemiologia da doença · Confirmação do agende nos exames Exames · Esfregaço com exsudado amarelado que pode estar presente na lesão · Raspado de pele · Coloração da bactéria com gram. ou griemsa Tratamento antibioticoterapia Estreptomicina 25mg\kg\IM Preferência no uso em equinos ao invés da tetraciclina Tetraciclina 20mg\kg\diluída em fluido\IV Cuidado com aplicação em equinos Desinfetantes a base de iodo Biocid CID ou BID de 7 a 10 dias Linfadenite Caseosa É uma doença infectocontagiosa, especifica de caprinos e ovinos*, causada pela bactéria Corynebacterium Pseudotuberculosis, também conhecida como “Mal do caroço”. Patogenia Contato com o agente causador Contato via mucosas ou feridas, após o rompimento do linfonodo pode contagiar outros animais com o exsudato, pode atingir linfonodos palpáveis ou viscerais. Manifestações - linfonodos viscerais · Linfonodo interno apresenta aumento de volume · Animal apresenta déficit produtivo · Ocorre alterações respiratórias e digestivas Sinais clínicos gerais · Aumento dos linfonodos · Alopecia na área central (a ação de alopecia é visualizada antes do rompimento do abcesso) Linfonodos palpáveis acometidos · Protídeo · Mandibular · Pre escapular Linfonodos viscerais acometidos · Mamário (acomete a produção do leite) · Femoral (acomete lesões no membro) Diagnostico · Percepção do aumento de volume do linfonodo · Palpação: linfonodo firme e flácido · Cultura da bactéria · Diagnóstico diferencial: Linfossarcoma (T. pyogenes \ S. aureus) Tratamento · Drenagem de abcesso (incisão com bisturi) (cuidado zoonose) · Solução IODO 10% (dentro da incisação) · Solução de formaliza (formol) · Na forma visceral: adm de Azitromicina + Rifampicina Medida preventiva · Controle \ vacina 6 (4 vezes por ano) · Cuidados com instalações, feridas e ectoparasitas · Isolar animais positivos ou descarte se não tiver eficiência produtiva Lesões Granulomatosas Comment by taina eloize: Podem ter semelhança na apiração · Carcinoma de células escamosas · Habronemose · Ficomicoses (pitose) · Sarcódio equino Carcinoma de células escamosas Um tumor maligno de células escamosas, é a segunda neoplasia mais comum em equinos. Ocorre mais na Terceira pálpebra, mas também pode ocorrer em: · Cabeça · Olhos · Pênis · Prepúcio · Períneo e vulva Sem predisposição por sexo, raça ou idade, mas animais com rostos mais claros são mais acometidos (pigmentação). Apresentação clínica Apresenta-se em massas solidas de base ampla (couve-flor), nódulos ou placas na epiderme, podendo ter úlceras ou não, lesões ulcerativas infectadas. Tratamento Excisão cirúrgica Habronemose cutânea Conhecida como ferida de verão, acomete equinos após moscas depositarem em áreas traumatizadas da pele ou em tecidos úmidos e macios (prepúcio e conjuntiva ocular) Habronemose Cutânea: Mosca Getora deposita L3 Hambronese na lesão do equino, a L3 migra pela ferida disseminando o tecido lesionado. Habronemose gástrica: Mosca deposita a L3 no canto da boca do equino e chega até o sistema digestivo, é eliminada nas fezes. Granulomatosas central · Evolui para grandes tamanhos · Tecido de granulação irregular · Granulação proliferativa, pruriginosa Granulosas amareladas · (1mm) Larva e debris celulares · Forma ocular · Epifora (lacrimejamento), fotofobia, quemose (edema da conjuntiva) Diagnóstico · Citologia do raspado para identificar as larvas · Biopsia: mais indicada para identificar reações eosinofilias (s\larvas) Tratamento É necessário realizar um tratamento gástrico e um cutâneo · Gástrica: Larvicidas (ivermectina) oral ou injetável \ corticosteroides sistêmicos: Prednisona 1mg\kg\dia\10-14 dias · *Tem tendencia a não cicatrizar · Cutânea: pasta específica \ TID \ ressecção do tecido exuberante \ bandagem [Pasta a base de organofosforados (Tricolores) 9g, Nitrofurazona a base solúvel em água 224g, desabitados soluções 40mg, DMSO 90% 56g]. Ficomicose (Pitiose) Etiologia: *Pitiose (Pythium insidiosum) Condiobolomicose (C. coronatus) Basidiobolomicoses (B.haptosporus) Causada por infecção Fúngica Se proliferam em temperatura alta (30-40), e em locais de águas alagadiças. Equinos com lesões na pele entram em contato com essas áreas alagadiças, essa lesão libera substâncias e células que fazem atração do esporo do fungo para essa região. Assim se prolifera de forma profunda no tecido do animal Se forma em um tecido granuloso e exuberante, proliferativa, pruriginosa, sangrenta de crescimento rápido. *TEM prurido. *LESÃO NÃO SUPERFICIAL Locais de manifestação da ferida: membros e abdômen região ventral, no úbere em éguas e na bolsa escrotal nos machos Pitiose: fortemente exsudativa, trajetos fistulosos, secreção necrótica contendo grânulos amarelo acinzentados “kunkers” *Somente as lesões da pitiose causam esse aspecto de “Kunkers” (estrutura mais interna). Casos crônicos: pode envolver tendão, ligamentos e ossos Diagnostico: · Sinais clínicos (locais e característica da lesão) · Histopatologia\citologia · Cultura e isolamento Tratamento: · Fazer garrote e incisão local · Ressecção cirúrgica Utilizar substância antifúngica - Anfotericina B · Pôs cirúrgico com morfina IM · Nefrotóxica, Anemia, Oneroso Acompanhar as alterações significativas, isso pela administração de antifúngico. - Hemograma, bioquímico (hepático renal) Administração de Acetona de triancinolona: um anti-inflamatório que age em lesão de pele, promove ação anti-inflamatório reduzindo inflamação e ferida, levando a cicatrização e redução do prurido. Pode associar a Triancinolona + Kl SARCÓIDE Um tumor cutâneo, exclusivo de equinos, asininos e muares. Não a predisposição por idade, raça ou sexo, podendo atingir qualquer indivíduo. O principal tratamento é a incisão cirúrgica, mas existe uma recidiva de 50-60% após a remoção. Etiologia não é conhecida, mas o vírus é semelhante a papilomatose bovina, então associa-se de que o envolvimento imunológico associado ou não ao vírus pode desenvolver a sarcóide nos equinos. É mais comum aparecer na região rostral: orelhas, cabeça e comissuras labiais Formas de apresentação: · Verrucosa A mais comum, com nódulos de até 6cm de diâmetro e superfície seca podendo ser papilomatose · Fibroblastica Nódulo firme recoberta pela pele, podendo ser uma massa proliferativa e ulcerativa. · Mista Não tão comum, se apresenta de forma ocular, com lesão espessa elevadas hiperqueratoses. Diagnostico · Pelo aspecto clínico · Biopsia Biopsia é contraindicada em casos se for na forma verrucosa e oculta pelo fato da metástase Diagnostico diferencial: - Pitiose (somente em áreas com água) Habronemose (se não há aumento e diminuição da ferida no verão). Tratamento: · Ressecção cirúrgicas remoção de ampla margem, com recidivas de 50% · Adm de BCG, uma imunoterapia para pacientes com tuberculose. Um fármaco exclusivo para seres humanos
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