Saúde Vocal - Unidade 3

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Curso de Saúde Vocal do 
Professor - Unidade 2
SAÚDE 
VOCAL
A saúde vocal
 Saúde Vocal envolve todos os cuidados importantes que, você, 
professor(a), deve ter com a sua voz para conservá-la e protegê-la do uso 
inadequado, evitando doenças. 
Preocupar e cuidar da saúde de sua voz são atitudes responsáveis e 
corretas, que garantem resultados positivos em sua saúde como um todo e 
também em sua profissão.
Saúde vocal envolve mudança de hábitos, mudança de atitude. 
Você não conseguirá modificar de imediato alguns comportamentos! 
O importante é conscientizar-se da importância da prevenção e, à medida 
do possível, mudar o que for necessário, com o intuito de preservar a saúde 
desse seu precioso instrumento de trabalho: a VOZ!
A saúde vocal
Você, professor(a), em seu dia-a-dia, estará diante de fatores, situações e 
hábitos que poderão contribuir para o bom funcionamento de sua voz ou, então, 
ocasionar prejuízos que, com o tempo, poderão gerar vários problemas à ela.
 
São todos aqueles comportamentos 
e hábitos que contribuem, 
significativamente, para uma voz 
saudável. 
“AMIGOS” DA VOZ
“AMIGOS” DA VOZ
HIDRATAÇÃO
RELAXAMENTO
BOA 
ARTICULAÇÃO
RESPIRAÇÃO 
ABDOMINAL
MAÇÃ
VESTUÁRIO 
CONFORTÁVEL
REPOUSO
POSTURA 
CORPORAL
SONO 
ADEQUADO
EXERCÍCIOS 
FÍSICOS
“AMIGOS” DA VOZ
1) Hidratação: é essencial para se ter uma boa saúde vocal, uma 
vez que evita ou reduz a quantidade de muco viscoso e a 
sensação de garganta seca. 
“AMIGOS” DA VOZ
2) Maçã: uma fruta que não pode deixar de fazer 
parte de sua alimentação! Além de gostosa e 
nutritiva, ela é adstringente, pois limpa parte do 
trato vocal responsável pela ressonância. 
O processo de sua mastigação trabalha a 
musculatura envolvida e melhora a articulação 
para a fala.
“AMIGOS” DA VOZ
3) Boa articulação: melhora a 
projeção da voz, diminuindo o esforço 
necessário para a fala.
“AMIGOS” DA VOZ
4) Repouso vocal: os músculos, quando 
utilizados em excesso, acabam fadigando. 
Por isso, toda a musculatura da laringe 
precisa de repouso para recuperar sua 
energia.
 Nos momentos em que não estiver utilizando 
a voz em sala de aula, é importante um 
período de repouso vocal. 
“AMIGOS” DA VOZ
5) Relaxamento: alongamentos da musculatura do 
pescoço são indicados para permitir uma 
movimentação mais adequada da laringe. Na hora 
de acordar e levantar da cama espreguice e faça 
alongamentos para relaxar o corpo. 
Durante o banho, deixe a água quente cair nos 
ombros, fazendo movimentos de rotação com a 
cabeça e ombros. Isso ajuda a diminuir a tensão do 
dia-a-dia.
“AMIGOS” DA VOZ
6) Vestuário confortável: roupas e acessórios que não apertem o pescoço, 
tórax e abdômen contribuem para uma boa respiração, pois a laringe e o 
músculo diafragma (importante para a respiração) precisam se movimentar 
livremente. 
Os calçados com saltos baixos ou médios permitem maior apoio e equilíbrio 
postural.
“AMIGOS” DA VOZ
7) Respiração abdominal: auxilia a produção correta da voz.
“AMIGOS” DA VOZ
8) Postura corporal: a postura alinhada da coluna vertebral e cervical 
evita tensões desnecessárias na região do pescoço.
“AMIGOS” DA VOZ
9) Sono adequado: o sono com qualidade é extremamente importante para a 
produção vocal adequada. 
Quando dormimos mal, o dia seguinte fica 
mais difícil, mais pesado e a voz, com 
certeza, irá sofrer interferência desse 
cansaço ou dessa fraqueza, podendo ficar 
mais grossa pela manhã e rouca.
“AMIGOS” DA VOZ
10) Exercícios físicos: são benéficos ao condicionamento físico, reduzem o estresse 
e as tensões e favorecem maior relaxamento geral do corpo, o que contribui de forma 
direta com a fonação. 
“AMIGOS” DA VOZ
As melhores atividades para os profissionais da voz são: natação, ioga, 
caminhada ou exercícios de alongamento. 
O importante é que durante os exercícios físicos com emprego de força 
você fique calado, pois a fala concomitante ao exercício pode causar 
tensão nas pregas vocais.
“INIMIGOS” DA VOZ
“INIMIGOS” DA VOZ
Envolvem todos os comportamentos e hábitos que fazemos de forma 
inadequada e que, com o tempo, podem gerar prejuízos significativos à 
voz.
“INIMIGOS” DA VOZ
Os hábitos vocais 
inadequados geralmente 
concentram-se em dois 
grupos:
• tabagismo
• etilismo
• uso de ar 
condicionado, etc
natureza 
externa
• abusos
• mau uso
comportamento 
vocal
“INIMIGOS” DA VOZ
É mais comum que os indivíduos com tendência a desenvolverem hábitos 
vocais inadequados utilizem de diferentes práticas abusivas e não só uma. 
Assim, geralmente, quem grita demais também fala demais, em frequência 
inadequada e com velocidade elevada. A somatória de diferentes atos de 
abuso ou mau uso tem um peso grande na redução da resistência vocal. 
“INIMIGOS” DA VOZ
1) Cigarros: a fumaça do cigarro atinge as 
pregas vocais, nas quais parte da 
nicotina se deposita. Com o tempo, 
podem surgir edemas (inchaços), 
hiperemias (vermelhidão, inflamação), e, 
até mesmo, lesões malignas. 
“INIMIGOS” DA VOZ
Devido ao cigarro, a voz torna-se, em geral, 
mais grossa e com dificuldades de 
projeção, provocando maior cansaço e 
limitação da respiração no uso continuado. 
Ressalta-se também que a fumaça é 
prejudicial à saúde de todas as pessoas 
expostas a ela.
“INIMIGOS” DA VOZ
2) Bebidas alcoólicas: provocam a 
sensação de relaxamento, porém, podem 
causar irritação na mucosa do aparelho 
fonador, sobretudo, as bebidas 
destiladas (pinga, uísque, vodca). 
Associadas ao fumo, aumentam o fator 
de risco para o surgimento de lesões 
preocupantes da laringe, como o câncer.
“INIMIGOS” DA VOZ
3) Balas, pastilhas e sprays orais: tendem a 
mascarar algumas sensações que são sinais de 
alterações vocais. Possuem, muitas vezes, um efeito 
anestésico, fazendo com que abusos não sejam 
percebidos. 
Devem ser utilizados apenas com indicação médica e 
evitados antes de dar aula. 
“INIMIGOS” DA VOZ
4) Antibióticos, sprays nasais, diuréticos, hormônios, 
tranquilizantes: quando administrados incorretamente, 
provocam efeitos e reações colaterais que podem 
comprometer a voz. 
A aspirina, por exemplo, provoca o aumento da circulação 
sanguínea na periferia das pregas vocais, com a 
associação do atrito de uma prega contra a outra há um 
aumento da fragilidade capilar. 
Os diuréticos e calmantes ressecam as mucosas. 
“INIMIGOS” DA VOZ
Assim, indica-se que 
sejam utilizados apenas 
medicamentos 
prescritos por médico.
“INIMIGOS” DA VOZ
5) Alimentação: deve ser adequada, com 
predomínio de grãos, frutas e verduras, sem 
abusos de gorduras ou condimentos. 
Para o aparelho fonador, deve-se evitar comer 
alimentos de difícil digestão, especialmente à 
noite e antes de dar aula, pois eles podem 
ocasionar problemas digestivos, como o refluxo 
gastroesofágico e dificultar a respiração. 
“INIMIGOS” DA VOZ
Antes de dar aula, também deve-se evitar alimentos derivados do leite e 
chocolates, pois produzem maior quantidade de muco, gerando muito 
pigarro. 
“INIMIGOS” DA VOZ
Acredita-se que a cafeína tenha efeito diurético e 
desidrate o organismo. Além disso, pode contribuir 
para o refluxo gastroesofágico.
 
Desta forma, a ingestão de café deve ser evitada 
pelos profissionais da voz. 
“INIMIGOS” DA VOZ
6) Mudança de temperatura: os choques térmicos devem ser evitados. 
Ingerir alimento ou bebida muito quente e respirar o ar muito frio, ou vice 
versa, ocasionam uma mudança vascular que pode levar 
momentaneamente a uma baixa da imunidade, causando edemas nas 
mucosas, aumento de secreção de muco ou até processos inflamatórios.
“INIMIGOS” DA VOZ
7) Durante o período pré-menstrual, durante os primeiros dias da 
menstruação e na gestação: nestas fases, distúrbios vocais são 
observados. Por isso, neste período as mulheres devem redobrar a 
atenção em relação ao uso correto da voz.
“INIMIGOS” DA VOZ
8) Relação entre estresse, tensão e voz: o estresseconsome as energias e pode exaurir a voz. 
Uma voz tensa pode ser menos resistente 
quando se tem que falar por muito tempo.
Tensão psicológica ou física são facilmente 
transferidas aos músculos responsáveis pela 
produção da voz, o que é muitas vezes 
percebido pelo ouvinte. 
 
“INIMIGOS” DA VOZ
9) Competição sonora: evite falar competindo 
com outras pessoas ou com ruídos ambientais. 
Sugere-se ao(à) professor(a) que providencie o 
fechamento das janelas ou portas, peça silêncio, 
articule melhor as palavras e reduza a velocidade 
de fala, em vez de competir com o ruído.
“INIMIGOS” DA VOZ
10) Pigarrear: esse ato de raspar a garganta, 
utilizado em situações em que temos muito 
muco, pode se tornar um hábito empregado 
de modo desnecessário e lesivo, uma vez que 
as pregas vocais se tensionam de forma 
exagerada.
“INIMIGOS” DA VOZ
11) Gritar: ato que machuca as pregas 
vocais pela tensão e atrito exagerados. 
Deve-se procurar falar mais pausadamente e 
se aproximar do interlocutor. Para os 
professores de Educação Física, 
recomenda-se o uso do apito. 
“INIMIGOS” DA VOZ
12) Demanda vocal Excessiva (atividades extras): atividades 
vocais exageradas, sociais ou religiosas (como participar de 
gincanas, torcidas esportivas, corais sem preparo vocal ou 
comandar grupos grandes) podem ser consideradas abuso vocal. 
Nos momentos fora da sala de aula, procure ficar de repouso vocal 
ou utilizar a voz de forma reduzida.
“INIMIGOS” DA VOZ
13) Própolis e mel: O mel e o própolis tem ação 
antibacteriana cientificamente comprovada, 
contudo, não há evidência científica mostrando a 
sua efetividade clínica para os problemas de 
laringe ou da voz, seja como proteção, prevenção 
ou tratamento.
Por isso, não é indicado o seu uso durante a 
atividade profissional da voz.
 
“INIMIGOS” DA VOZ
14) Cristais de gengibre: O gengibre tem sua 
ação antiinflamatória comprovada 
cientificamente, contudo, seu uso deve ser 
evitado, uma vez que a dose ideal não é 
estabelecida e não há trabalhos científicos 
relacionando sua ação nos problemas da 
laringe ou da voz. 
“INIMIGOS” DA VOZ
Há, ainda, relatos do seu efeito anestésico sob 
o trato vocal, o que pode mascarar os sintomas 
de alteração na voz. Por isso, não é indicado o 
seu uso durante a atividade profissional da voz.
“INIMIGOS” DA VOZ
15) Romã. Pode ter ação antimicrobiana e 
antifúngica, e sua absorção é controversa. 
Não há trabalhos científicos relacionando sua ação 
nos problemas da laringe ou da voz. Por isso, não é 
indicado o seu uso durante a atividade profissional 
da voz.
COMO ECONOMIZAR A VOZ 
EM SALA DE AULA E 
MANTÊ-LA SAUDÁVEL.
Assista ao vídeo 
Agora que você já sabe quais são os “amigos” e o “inimigos” da sua saúde vocal faça 
um pequeno teste do AUTO CONHECIMENTO DA VOZ e conheça o perfil do seu 
comportamento vocal. 
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formulário do teste
Interessante não? 
Se, após realizar o teste, você perceber que precisa 
mudar seu comportamento em relação ao uso da sua 
voz, inicie o quanto antes! 
Aproveite as dicas deste material e procure a ajuda de 
um profissional sempre que julgar necessário!
Para finalizar nosso curso, não deixe de fazer as 
atividades avaliativas do módulo e a avaliação do 
curso.
Consulte o material sempre que julgar necessário 
e, havendo qualquer dúvida, entre em contato 
conosco por meio do Fórum de Dúvidas, ok?
Parabéns por mais essa etapa vencida!
E, acima de tudo, 
lembre-se: 
Cuidar da saúde vocal é 
sinal de um cuidado 
também com a sua 
saúde geral!
Sucesso!
REFERÊNCIAS
1. Perfil de comportamento vocal. Disponível em: 
<http://dc372.4shared.com/doc/6CiHSVnY/preview.html>. Acesso em: 04 out. 2012.
2. Pró-Fala. Disponível em: <http://www.profala.com/dicassaudevocal.htm>. Acesso em: 19 
set. 2012.
3. SOUZA, D.S.C. Saúde e comportamento vocal do Professor. Disponível em: 
http://www.planejamento.mg.gov.br/servidor/saude_ocupacional/arquivos/CARTILHA_D
E_VOZ.pdf. Acesso em: 19 set. 2012.
4. ZAMBON, F.; BEHLAU, M. Bem-Estar vocal: uma nova perspectiva de cuidar da voz. 
Disponível em: <www.sinpro.org.br/acesso_rapido.asp?id=58>. Acesso em: 19 set. 2012.