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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUVEST 
Exasiu 
Prof. Bruna Klassa 
Aula 00 – Fundamentos da Biologia. 
 
vestibulares.estrategia.com 
 
EXTENSIVO 
2024 
Exasi
u 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 2 
 
SUMÁRIO 
GLOSSÁRIO 3 
1. VISÃO GERAL DA BIOLOGIA 4 
1.1 Investigação científica 4 
1.2 O que é vida? 6 
1.3 Microscopia 8 
2. BIOQUÍMICA 9 
2.1 Componentes inorgânicos 10 
2.1.1 Água 10 
2.1.2 Sais minerais 11 
2.2 Componentes orgânicos 12 
2.2.1 Vitaminas 12 
2.2.2 Carboidratos 17 
2.2.3 Lipídios 18 
2.2.4 Proteínas 21 
2.2.5 Enzimas 26 
2.2.6 Ácidos nucleicos 31 
3. ORIGEM DA VIDA 39 
3.1 Teorias sobre a origem da vida 40 
3.1.1 Origem do metabolismo 44 
3.1.2 Origem das células eucarióticas 47 
3.2 A árvore da vida 48 
3.2.1 Célula procariótica (Bacteria e Arqueobacteria) 49 
3.2.2 Célula eucariótica (Eucaria) 50 
3.2.2 Origem da multicelularidade 51 
3.3 História evolutiva da vida 53 
5. LISTA DE QUESTÕES 58 
6. GABARITO 78 
7. LISTA COMENTADA DE QUESTÕES 79 
8. VERSÕES DAS AULAS 105 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 105 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 3 
Glossário 
 
•Abiogênese: hipótese de origem da vida a partir de matéria não viva. 
 
•Autótrofo: organismo que produz compostos orgânicos complexos usando carbono de 
substâncias simples usando energia da luz ou reações químicas inorgânicas. 
 
•Biogênese: teoria em que se admite a formação de qualquer ser vivo somente a partir de outro 
ser vivo preexistente. 
 
•Célula: unidade básica e fundamental de todos os organismos e menor unidade funcional da 
matéria viva. 
 
•Eucarionte: todo ser vivo com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular cercado por 
uma membrana e com várias organelas. 
 
•Fermentação: processo de obtenção de energia que ocorre sem a presença de gás oxigênio, 
portanto, trata-se de uma via de produção de energia anaeróbia. 
 
•Geração espontânea: sinônimo de abiogênese. 
 
•Heterótrofo: seres vivos que não possuem a capacidade de produzir seu próprio alimento. Sua 
alimentação é através da ingestão de compostos orgânicos, sendo então, dependente de seres 
vivos autotróficos ou de outros heterotróficos para obtenção destes compostos. 
 
•Monômero: unidade básica (repetida) dos polímeros. Pequena molécula composta que pode 
ligar-se a outros monômeros semelhantes formando moléculas maiores denominadas 
polímeros. 
 
•Procarionte: organismo unicelular que não possui material genético envolto por núcleo, nem 
organelas citoplasmáticas, representados pelas bactérias. 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 4 
1. Visão geral da Biologia 
 
Biologia é a ciência que estuda a vida. Neste primeiro capítulo veremos diversos 
conceitos básicos e necessários para compreender o que exatamente significa estudar a vida. 
 
1.1 Investigação científica 
Todas as disciplinas científicas são unidas pelo uso do método científico. O método 
científico oferece uma metodologia objetiva para a experimentação científica que resulta em 
interpretações imparciais do mundo e refina o conhecimento. Este método foi delineado pela 
primeira vez por Sir Francis Bacon (1561-1626) e permite a resolução lógica e racional de 
problemas em muitos campos científicos. 
As premissas do método científico são verificabilidade, previsibilidade e 
falseabilidade. Além disso, existem dois conceitos-chave na abordagem científica: teoria e 
hipótese. Uma teoria é usada para fazer previsões sobre observações futuras, enquanto 
hipótese é uma previsão testável que se chega logicamente a partir de uma teoria. 
 
 
Verificabilidade significa que um experimento deve ser replicado por outro pesquisador. 
Para obter verificabilidade, os pesquisadores devem documentar seus métodos e explicar 
claramente como seu experimento está estruturado e por que produz certos resultados. A 
previsibilidade implica que a teoria deve nos permitir fazer previsões sobre eventos futuros. A 
precisão dessas previsões é uma medida da força da teoria. E a falseabilidade se refere a 
possibilidade de uma hipótese ser refutada. Para que uma hipótese seja falseável, deve ser 
logicamente possível fazer uma observação ou fazer um experimento físico que mostre que 
não há suporte para ela. Assim, mesmo quando uma hipótese não pode ser considerada falsa, 
isso não significa necessariamente que não seja válida; testes futuros podem refutá-la. 
Para determinar se uma hipótese é suportada ou não, os pesquisadores psicológicos 
devem realizar um teste de hipótese: um tipo de estatística que determina a probabilidade de 
uma hipótese ser verdadeira ou falsa. Se o teste de hipótese revelar que os resultados foram 
“estatisticamente significativos”, isso significa que houve suporte para a hipótese e que os 
pesquisadores podem estar razoavelmente confiantes de que seu resultado não foi devido ao 
acaso. Se os resultados não forem estatisticamente significativos, isso significa que a hipótese 
dos pesquisadores não foi suportada. 
Na Biologia, as pesquisas seguem esse protocolo da investigação científica pautado em 
procedimentos caracterizados pelo rigor metodólógico. Simplificadamente, deve-se seguir a 
seguinte rotina: 
 
1. Observação a respeito de um fenômeno com a elaboração de uma pergunta; 
2. Revisão bibliográfica sobre o assunto; 
3. Elaboração da hipótese: tentativa de responder a pergunta e fazer previsões sobre o 
fenômeno; 
Hipótese científica Teoria científica Lei científica 
Tentativa de explicar um 
fenômeno, que será confirmada 
ou descartada após a 
realização do experimento. 
Conclusões que foram testadas 
repetidas vezes e replicadas, se 
tornando aceitas dentro da 
comunidade científica. 
Teorias que se 
tornaram amplamente 
aceitas após repetidos 
testes. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 5 
4. Delineamento experimental: teste para descobrir se a hipótese está correta. 
 
Para que o teste seja válido, é necessário que haja um grupo controle, isto é, um padrão de 
referência. O grupo que recebe o tratamento num experimento é chamado de grupo 
experimental, enquanto o grupo que não recebe o tratamento é chamado de controle. 
 
5. Análise dos dados; 
6. Se a hipótese for verdadeira, faz-se a divulgação dos resultados; 
7. Se a hipótese for falsa, revisita-se a hipótese. 
 
 
 
 
Apesar das etapas do método científico serem pré-estabelecidas, sua ordem de 
aplicação pode ser alterada, dependendo do experimento delineado, de forma que existem 
mais de um tipo de método científico. O método dedutivo segue ordem contrária àquela 
proposta pelo método indutivo, utilizando-se das leis universais para se chegar a conclusões 
específicas, como no exemplo clássico proposto por Sócrates: 
Todo homem é mortal 
Sócrates é um homem 
Logo, Sócrates é mortal 
 
A conclusão de um argumento sob a ótica do método dedutivo é sempre certa, seja ela 
verdadeira ou falsa, de modo que quando as premissas são verdadeiras, a conclusão é 
verdadeira; quando pelo menos uma premissa é falsa, a conclusão é falsa. Por exemplo: 
 
Todos os animais com asas voam 
Pinguins possuem asas 
Logo, pinguins voam 
 
Já o método indutivo, por exemplo, é utilizado na definição de leis gerais a partir da 
observação de fenômenos específicos, pois segundo ele, se um fenômeno se repete em 
diversas experimentações, ele ocorrerá novamente em observações futuras. Por exemplo: 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 6 
 
Todo gato é mortal, Todo cão é mortal 
Todo pássaro é mortal,Todo peixe é mortal 
Logo, todo animal é mortal 
No método indutivo, o raciocínio sugere, mas não garante, a verdade da afirmação, de 
modo que a conclusão sempre será provável. Por isso, o método indutivo é o mais utilizado 
atualmente. Embora existam outros métodos científicos, esses são os mais usuais. 
1.2 O que é vida? 
Toda matéria é feita de átomos, logo, os seres vivos são constituídos por átomos. A 
força que mantém esses átomos unidos e interagindo é o que chamamos de ligação química. 
Alguns átomos tornam-se mais estáveis ao ganhar ou perder um elétron por completo 
(ou vários elétrons). Quando eles fazem isso, os átomos formam íons, ou partículas 
carregadas: aquele que perde elétron é chamado íon positivo, ou cátion, enquanto o que o 
ganha chama-se íon negativo, ou ânion. As ligações iônicas são ligações formadas entre íons 
com cargas opostas. 
 
 
 
Uma outra maneira pela qual os átomos podem tornar-se mais estáveis é por 
compartilhamento de elétrons (em vez de ganhá-los ou perdê-los totalmente), formando assim 
ligações covalentes. Ligações covalentes são mais comuns do que ligações iônicas nas 
moléculas de organismos vivos. Por exemplo, as ligações covalentes são fundamentais para a 
estrutura de moléculas orgânicas com base em carbono, tais como o DNA e as proteínas, e 
nas moléculas inorgânicas menores como H2O, CO2 e O2, fundamentais para a vida! 
 
 
As ligações covalentes e iônicas são tipicamente consideradas ligações fortes. 
Entretanto, outros tipos de ligações mais temporárias podem também se formar entre átomos 
ou moléculas como o DNA e proteínas. Um deles é a ligação de hidrogênio responsável por 
muitas propriedades da água e por estabilizar as estruturas das proteínas e do DNA, moléculas 
fundamentais para a vida. 
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https://blog.fastformat.co/o-que-e-e-quais-sao-os-metodos-cientificos/
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 7 
As ligações de hidrogênio individuais são fracas e facilmente quebradas, mas muitas 
ligações de hidrogênio juntas podem ser muito fortes. Por isso as interações entre as moléculas 
de água são fortes e estáveis. 
 
Bom, já sabemos que a matéria é constituída por átomos, contudo, existem seis 
elementos químicos que são mais frequentes na composição da matéria viva: carbono (C), 
hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). O CHONPS representa os 
seis elementos mais frequentes na composição das moléculas orgânicas. 
 
 
E quais são essas moléculas formadas pelo 
CHONPS? A associação entre o hidrogênio, o oxigênio 
e o carbono formam os carboidratos e os lipídios, 
enquanto a associação entre o hidrogênio, o oxigênio e 
o carbono formam os carboidratos oxigênio, carbono e 
nitrogênio forma as proteínas e os ácidos nucleicos (molécula da informação genética). 
 
 
Além do CHONPS, os seres vivos reúnem algumas características importantes como: 
 
▪ Organização celular. Todos os seres vivos estão organizados em uma unidade 
microscópica estrutural e funcional chamada célula. Uma célula é constituída 
essencialmente de material genético, citoplasma com ribossomos e membrana plasmática. 
 
Célula é a menor unidade viva, ou a menor unidade morfofuncional. 
 
▪ Metabolismo. A obtenção de energia para a manutenção da vida a partir da constante 
degradação e reconstrução de moléculas orgânicas denomina-se metabolismo e constitui 
uma característica essencial dos seres vivos. 
▪ Reação aos estímulos. A capacidade de responder às modificações do ambiente permite 
explorá-lo à procura das melhores condições para sobrevivência (abrigo e alimentação, por 
exemplo). As plantas, por exemplo, podem reagir a estímulos como a luz, alterando a 
posição de suas folhas para acompanhar a trajetória do Sol. 
▪ Homeostase. É a propriedade de todo ser vivo manter relativamente constante seu meio 
interno. Nossa regulação da temperatura através do suor é um exemplo de mecanismo que 
mantém o nosso equilíbrio interno. 
▪ Crescimento e hereditariedade. Todo ser vivo cresce pelo aumento do número de células 
do corpo. Quando o crescimento cessa e os organismos se tornam maduros, elas podem se 
reproduzir e passar seu material genético adiante. O material genético funciona como uma 
bula, um manual de instruções dado pelos pais para o novo ser que será formado. Essas 
instruções estão presentes nas moléculas de orgânicas de ácido desoxirribonucleico (DNA). 
▪ Evolução. Capacidade de as populações mudarem ao longo do tempo. As pequenas 
variações do seu material genético são responsáveis por você ser único no mundo. Nenhum 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 8 
ser vivo é igual a outro devido a essa variabilidade genética. Graças a ela, um ou alguns 
indivíduos podem apresentar maior ou menor chance de sobreviver em um determinado 
ambiente (seleção natural). Assim, a seleção natural é o mecanismo que seleciona os 
organismos que conseguem prosperar em um determinado ambiente (ou seja, sobreviver e 
passar seus genes adiante, através da reprodução). 
 
Esses conceitos a respeito da definição da vida são fundamentais e serão frequentemente 
retomados ao longo do curso. 
 
1.3 Microscopia 
Durante a década de 1590, dois fabricantes de óculos holandeses, Hans Jansen e seu 
filho, Zacharias Jansen, começaram a brincar com as propriedades das lentes, colocando 
várias delas em um tubo. Eles descobriram que ao fazer isso, o objeto perto do final do tubo 
parecia estar ampliado, bem maior do que uma lupa simples poderia alcançar. E foi por causa 
desses resultados que os cientistas Robert Hooke e Anton Van Leeuwenhoek aplicaram o uso 
de lentes nas ciências naturais. 
O britânico Robert Hooke foi quem cunhou o termo célula, em seu livro Micrographia, ao 
analisar estruturas de formas cúbicas em um tecido morto de cortiça através de um 
microscópio. Ele escolheu o nome pelo fato de que essas formas lembravam células de um 
mosteiro, os quartos simples em que os monges dormiam. 
Leeuwenhoek produziu suas próprias lentes, com um poder de ampliação muito maior 
que os microscópios da época. Em 1675, ele foi o primeiro a ver e descrever bactérias, células 
vermelhas do sangue e a vida em uma gota de água. 
 
Microscópio utilizado por Robert Hooke (A) na observação de um corte de cortiça (B). 
Fonte: http://serbioefundamental.wordpress.com/2009/10/03/robert-hooke/ e 
http://www.prof2000.pt/users/biologia/teoriace.htm 
 
As lupas podem ser consideradas microscópios simples, porque possuem apenas uma 
lente. Os instrumentos mais sofisticados são microscópios compostos, com múltiplas lentes, 
capazes de encurvar a luz para produzir uma imagem muito mais ampliada em relação a de 
uma lupa. 
No microscópio composto por duas lentes, a orientação da imagem que você vê é 
invertida. Os microscópios compostos mais complexos não produzem a imagem invertida 
porque eles têm uma lente adicional que "reinverte" a imagem à posição normal. 
Dois parâmetros são responsáveis por diferenciar essas ferramentas de ampliação uma 
das outras, tornando-a mais ou menos poderosa: ampliação e resolução. Ampliação é a 
medida de quanto maior um microscópio consegue mostrar um objeto. Resolução é a menor 
distância na qual dois pontos podem estar separados e ainda ser distinguidos como objetos 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 9 
distintos. Quanto menor for este valor, maior o poder de resolução do microscópio e melhor a 
clareza e detalhe da imagem.Tanto a amplificação quanto a resolução são importantes se 
quisermos uma imagem clara de algo muito pequeno. Atualmente, distinguimos dois tiposde 
microscópios: microscópios óptico (de luz) e microscópios eletrônicos. 
Nos microscópios de luz, a luz visível passa pelo espécime (a amostra biológica que 
está sendo analisada) e é desviada pelo sistema de lentes, permitindo ao observador ver uma 
imagem ampliada. Os microscópios de laboratório, por exemplo, são microscópios de luz de 
campo claro, o que significa que a luz visível passa através da amostra e forma a imagem 
diretamente, sem qualquer modificação. Eles ampliam cerca de 400 vezes o tamanho real. Um 
outro tipo de microscopia óptica é a microscopia de fluorescência, que é usada para gerar 
imagem de amostras que fluorescem (absorvem um comprimento de onda da luz e emitem 
outro). A luz de um determinado comprimento de onda é usada para excitar as moléculas 
fluorescentes, e a luz de um outro comprimento de onda diferente emitida por elas é coletada e 
usada para formar a imagem. 
A microscopia eletrônica obtém imagens com resolução muito maior em relação à 
óptica, porque utiliza um feixe de elétrons ao invés de um feixe de luz. Como os elétrons têm 
comprimento de onda muito menor que a luz visível, os microscópios eletrônicos produzem 
imagens de alta resolução e podem ser usados para examinar não apenas a célula, mas as 
organelas e seus compartimentos. 
Existem dois tipos principais de microscopia eletrônica: a de varredura (MEV) e a de 
transmissão (MET). Na MEV, um feixe de elétrons move-se para a frente e para trás através da 
superfície de uma célula ou tecido, criando uma imagem detalhada da superfície 3D. Na MET, 
a amostra é cortada em fatias extremamente finas antes da visualização, e o feixe de elétron 
atravessa a fatia ao invés de percorrer sobre sua superfície, resultando em imagens detalhadas 
das estruturas internas da amostra. 
 
 
À esquerda, grãos de pólen vistos na microscopia eletrônica de varredura. À direita, um grão de 
pólen visto na microscopia eletrônica de transmissão. 
 
2. Bioquímica 
Já sabemos que os componentes fundamentais das células são CHONPS. Juntos, esses 
elementos constituem 96,5% dos organismos e se ligam uns aos outros para formar moléculas 
orgânicas e inorgânicas. A grande vantagem do CHONPS é que eles se ligam por ligações 
covalentes, que são muito fortes e não se desfazem com aumento de temperatura, 
necessitando de reações específicas para romper suas ligações. 
As moléculas orgânicas são aquelas que possuem átomos de carbono em sua 
composição. O carbono é conhecido como o elemento químico da vida. A maior parte dos 
átomos de carbono presente nas células está incorporada em grandes moléculas poliméricas 
– cadeias formadas por subunidades químicas ligadas umas às outras pelas extremidades – 
formando macromoléculas. Já as moléculas inorgânicas não apresentam átomos de carbono, 
exceto o dióxido de carbono (também conhecido como gás carbônico – CO2). 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 10 
Além disso, a composição química da vida conta com 70% de água. Isso é importante 
porque quase todas as reações químicas ocorrem em soluções aquosas. Sais minerais e 
outros elementos em menor quantidade também constituem os organismos vivos. Agora, 
vamos estudar um a um os componentes químicos da vida! 
 
2.1 Componentes inorgânicos 
 
2.1.1 Água 
A água, classificada como inorgânica, é a molécula mais abundante nas células, 
representando entre 70-85% ou mais da massa celular total. Consequentemente, as interações 
entre a água e os outros constituintes das células são de importância central na química 
biológica. Essa porcentagem, no entanto, diminui com o envelhecimento do organismo. 
A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio que se ligam ao oxigênio 
por ligações covalentes, conferindo uma distribuição desigual de elétrons: uma carga negativa 
está presente no oxigênio e uma positiva nos hidrogênios, tornando a molécula polar. Por 
causa dessa polaridade, as moléculas de água permanecem unidas entre si, formando 
ligações (ou pontes) de hidrogênio. Como resultado, íons e moléculas polares são 
facilmente solúveis em água (hidrofílicos). Em contraste, moléculas não polares não podem 
interagir com a água e são pouco solúveis em um ambiente aquoso (hidrofóbicas). 
 
 
A polaridade da água é a razão para que ela seja considerada o solvente universal: 
outras substâncias polares são capazes de se dissolver nela. No entanto, substâncias apolares 
não se dissolvem na água, como por exemplo o óleo. 
As pontes de hidrogênio mantêm as moléculas de água unidas umas às outras pela 
coesão. A natureza coesiva da água é responsável por duas propriedades incomuns, a tensão 
superficial e o calor específico. A coesão fica evidente quando observamos a superfície de uma 
gota de água: as moléculas fortemente unidas formam uma espécie de película relativamente 
resistente. Esse comportamento da água chama-se tensão superficial. Essa propriedade 
explica como é possível um inseto ou um clip ficarem sobre a água. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 11 
 
 
A coesão da água explica também o porquê dos pontos de fusão e ebulição da água 
serem tão elevados. A água possui um alto calor específico, ou seja, necessita de grande 
quantidade de energia (calor) para aumentar sua temperatura e suas moléculas se separarem. 
Isso também vale para a diminuição da temperatura, onde é necessária grande perda de calor. 
Este é um dos pontos que explica a manutenção da temperatura corpórea nos animais 
endotérmicos mesmo quando a amplitude térmica de um dia é altamente oscilante. 
Ainda, as moléculas de água, por serem polares, tendem a se aderir às superfícies 
igualmente polarizadas. Essa propriedade chama-se adesão. Juntas, a coesão e a adesão são 
responsáveis pela tendência que a água tem de subir por vasos ou tubos finos, ou de se 
deslocar por espaços estreitos em materiais porosos, como esponjas. Quando a extremidade 
de um tubo fino de parede hidrofílica é mergulhada na água, as moléculas de água sobem 
essas paredes internas. Essa característica chama-se capilaridade, e um exemplo desse 
fenômeno ocorre no transporte de substâncias contra a gravidade nas plantas (da raiz para 
as folhas). 
Por ser polar, a água pode se associar tanto às moléculas de carga elétrica positiva, 
quanto às moléculas de carga elétrica negativa, formando os fluidos celulares, como o citosol 
e o sangue. Por fim, a água é um excelente lubrificante e está presente em grande quantidade 
nas secreções corporais e atua reduzindo o atrito nas articulações, tendões e ligamentos. 
2.1.2 Sais minerais 
Os íons inorgânicos da célula constituem 1% ou menos da sua massa e são essenciais 
em vários aspectos do metabolismo dos organismos. Comumente conhecidos como sais 
minerais, suas concentrações variam de acordo com a espécie e possuem variadas funções. 
Sais 
minerais 
Função 
Fonte 
Cálcio (Ca) 
Auxilia na calcificação e formação de 
ossos e dentes; coagulação do 
sangue, contração muscular. 
Leite e derivados, ovos, couve, 
espinafre, rúcula, brócolis, cereais. 
Cobre (Cu) 
Auxilia na produção de hemoglobina 
e da melanina (pigmento que dá cor 
à pele), bem como das enzimas que 
realizam a respiração celular. 
Fígado, ovos, peixe, trigo integral, 
ervilhas, amendoim, feijão, cereais 
integrais, nozes. 
Cloro (Cl) 
O cloro age juntamente com o sódio 
para equilibrar a quantidade de 
líquidos em nosso corpo. Além disso, 
atua também no funcionamento dos 
nervos e da membrana celular. 
O cloro é encontrado combinado com o 
sódio no sal de cozinha, assim como na 
água tratada. 
Cromo (Cr) Auxilia no metabolismo da glicose. 
Carnes, mariscos, cereais integrais, 
levedo de cerveja. 
Enxofre (S) 
Auxilia o metabolismo e estruturação 
das proteínas. 
Carnes, peixes, ovos, feijão, repolho, 
brócolis, cebola, alho, germe de trigo. 
Ferro (Fe) Auxiliana absorção e transporte de Vegetais verdes, leite, ovos, carnes, 
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2.2 Componentes orgânicos 
Dentre os componentes orgânicos considerados micronutrientes temos as vitaminas. Os 
demais são macromoléculas, que constituem as principais unidades que formam as células e 
os componentes que conferem as características mais distintivas dos seres vivos. São elas os 
carboidratos, os lipídios, as proteínas e os ácidos nucleicos. 
 
2.2.1 Vitaminas 
Vitaminas são compostos orgânicos de natureza e composição variada. Embora sejam 
necessárias em pequenas quantidades, são essenciais para o metabolismo dos organismos 
vivos, especialmente porque muitas delas originam coenzimas (veremos adiante o que são), 
enquanto outras são precursoras de hormônios. 
Vegetais, fungos e microorganismos são capazes de sintetizá-las. Nos animais, elas não 
são produzidas naturalmente e devem ser incorporadas através da dieta (exceto alguns 
oxigênio no corpo e constituição de 
enzimas da respiração celular. 
fígado, gema de ovo, aveia, feijão, 
pinhão, aspargos. 
Flúor (Fl) 
Auxilia na remineralização dos 
dentes, protegendo da formação de 
cáries. 
Verduras, carnes, peixes, arroz e feijão. 
É acrescentado na água encanada. 
Fósforo (P) 
Componente das moléculas de DNA 
e RNA, presente nas moléculas que 
realizam a transferência de energia 
dentro da célula (ATP e ADP), auxilia 
na formação dos ossos e dos dentes. 
Encontrado no leite e derivados, ovos, 
carnes, peixe, repolho, ervilha, feijão e 
cereais. 
Iodo (I) 
O iodo faz parte dos hormônios da 
tireoide que controlam o 
metabolismo. 
Frutos do mar, peixes, sal de cozinha 
iodado. 
Magnésio 
(Mg) 
O magnésio compõe a clorofila e 
atua em inúmeras reações químicas 
juntamente com as enzimas. 
Legumes, hortaliças de folhas verdes, 
nozes, maçã, banana, figo, soja, gérmen 
de trigo, aveia, cereais, peixes, carnes, 
ovos, feijão. 
Manganês 
(Mn) 
Auxilia nos processos enzimáticos. Cereais integrais, legumes, café, chás. 
Potássio 
(K) 
Auxilia na contração muscular e 
transmissão dos impulsos nervosos, 
e age juntamente com o sódio no 
equilíbrio de líquidos. 
Carne, leite, ovos, cereais, banana, 
melão, batata, feijão, ervilha, tomate, 
frutas cítricas. 
Selênio 
(Se) 
Auxilia no metabolismo de gorduras. 
Carnes, ovos, tomate, milho, cereais, 
frutos do mar. 
Sódio (Na) 
Age no equilíbrio osmótico do 
organismo e no funcionamento dos 
nervos e membranas celulares. 
Sal de cozinha, ovos, carnes, verduras, 
algas marinhas. 
Zinco (Zn) Auxilia no metabolismo da insulina. 
Carne, fígado, frango, peixe, mariscos, 
ovos, germe de trigo, ervilha, castanha 
do Pará. 
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casos em que os animais obtêm algumas vitaminas pelas suas paredes intestinais, produzidas 
pela flora bacteriana simbionte). 
Podemos dividir as vitaminas em hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas 
hidrossolúveis são solúveis em água, sendo absorvidas no sistema digestório rapidamente, por 
isso, necessitam ser ingeridas diariamente. Já as vitaminas lipossolúveis são solúveis em 
lipídios ou sais biliares. 
Vitaminas 
HIDROSSOLÚVEIS 
Função Fonte 
Hipovitaminose 
(carência) 
B1 
Tiamina 
Metabolismo de 
glicídeos e lipídeos 
Funcionamento do 
sistema nervoso 
central, coração, 
fígado 
Produzida por 
bactérias, leveduras e 
vegetais. 
 
Abundante em cereais 
integrais. 
Béribéri (degeneração de 
neurônios, debilidade 
muscular, perda de 
reflexos, insuficiência 
cardíaca, edemas, falta de 
apetite) 
Sensação de 
formigamento no corpo 
Falta de ar e fraqueza 
Prisão de ventre 
Inchaço nas pernas e nos 
pés 
Sonolência 
Falta de atenção e de 
memória 
B2 
Riboflavina 
Precursora dos 
cofatores de flavina: 
FMN (flavina 
mononucleotídio) e 
FAD (flavina 
adenina 
dinucleotídio); estes 
sevem como 
coenzimas em 
reações de oxi-
redução no 
metabolismo 
energético. 
Produzida por 
bactérias, leveduras e 
vegetais verde 
escuros e com 
pigmentos amarelos 
(verduras e frutas). 
Leite 
Gema de ovos 
Carnes 
Levedo de cerveja 
Dermatites 
Inflamação e lesões nas 
mucosas (língua, lábios, 
córnea, boca,...) 
Inflamação e lesões no 
nariz e virilha 
Conjuntivite 
Vista cansada 
Aumento da sensibilidade 
à luz 
Diminuição do 
crescimento 
Anemia 
B3 
Niacina 
Forma parte das 
coenzimas NAD+ e 
NADP+, as quais 
atuam em 
processos 
metabólicos. 
 
 
Produzida por 
bactérias, leveduras e 
vegetais com 
pigmentos amarelos. 
 
Animais podem 
sintetizá-la a partir do 
aminoácido triptofano, 
e por isso, boas 
fontes são carnes, 
leite e pescado, 
amendoim e outras 
leguminosas. 
Pelagra (cujos sintomas 
são referidos como três D 
- dermatite, diarréia e 
demência) 
Aparecimento de feridas 
nas costas e nas mãos 
Falta de apetite 
Diarreia, enjoos, vômitos 
Perda de peso 
Língua vermelha 
Demência 
Depressão. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 14 
B5 
Ácido pantotênico 
Formação da 
coenzima A, que 
atua no 
metabolismo de 
lipídeos e no Ciclo 
de Krebs 
Necessária para 
síntese de 
hormônios a partir 
do colesterol 
Síntese e 
degradação de 
ácidos graxos 
Formação de 
anticorpos 
Biotransformação e 
detoxificação de 
substâncias tóxicas 
Produzida por 
bactérias, leveduras e 
vegetais verdes. 
 
Fígado 
Ovos 
Legumes 
Cogumelos 
Cereais em geral 
Geléia real 
 
 
Dores 
Formigamento e 
queimação dos pés 
Alterações nervosas e 
circulatórias Alergia na 
pele 
Mal estar 
Enjoos 
Dor de cabeça 
Sonolência 
Cãibras no abdômen 
Gases 
B6 
Piridoxina 
Cofator de enzimas 
do metabolismo de 
aminoácidos 
 
 
Produzida por 
leveduras 
Batata 
Aveia 
Banana 
Gérmen de trigo 
Aves 
Pescado 
Fígado 
Ovos 
 
Anemia 
Depressão 
Convulsões 
Fadiga 
Alterações na pele 
B7 
Biotina 
Coenzima na 
gliconeogênese 
Coenzima na 
biossíntese de 
ácidos graxos de 
cadeia insaturada 
Coenzima na 
oxidação de ácidos 
graxos. 
Carreador de CO2. 
Necessária para o 
crescimento da pele 
e seus órgãos 
anexos 
Necessária para 
para o 
desenvolvimento 
das glândulas 
sexuais 
 
 
Produzida por 
bactérias e vegetais. 
Em animais é 
sintetizada por 
bactérias do trato 
intestinal. 
 
Carnes 
Ovos 
Leite 
Fígado 
Dermatites 
Dores musculares 
Anemia 
Aumento do colesterol e 
açúcar no sangue 
Irritação na pele 
Conjuntivite 
Cansaço e Insônia 
Queda de cabelo 
Perda de apetite 
Ressecamento dos olhos 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 15 
B9 
Ácido fólico 
Formação de 
algumas proteínas 
Formação da 
hemoglobina 
Formação do 
sistema nervoso do 
bebê 
 
Espinafre 
Feijão 
Lentilha 
Levedura de cerveja 
Quiabo 
Irritabilidade 
Cansaço 
Dor de cabeça 
Falta de ar 
Tontura e palidez 
Diarreia e má absorção 
Anemia megaloblástica 
Espinha bífida 
B12 
Cobalamina 
Cofator de enzimas 
Catabolismo de 
aminoácidos 
Oxidação de ácidos 
graxos 
Formação da 
metionina 
Necessária para 
manter a reserva 
energética dos 
músculos 
 
Produzida por 
bactérias, fungos e 
algas. Em animais é 
sintetizada por 
bactérias do trato 
intestinal. 
 
Carnes 
Aves 
Leite 
Pescado 
Escassez e anormalidade 
na formação de glóbulos 
vermelhos 
Anemia perniciosa 
Psicose 
Degeneração nervosa 
Úlceras na língua 
Excessiva pigmentação 
nas mãos 
C 
Ácido ascórbico 
Antioxidante 
Coenzima 
Formação de fibras 
colágenas 
Absorção de ferro 
Síntese de 
hormônios 
Defesa do 
organismo 
Manutenção dos 
vasos sanguíneos 
 
 
Frutas cítricas 
Pimentão verde 
Tomate 
Goiaba 
Salsa, couve, 
rabanete, brócolis 
Leite 
Fígado 
 
Desenvolvimento de 
escorbuto (manifestações 
hemorrágicas, gengivas 
doloridas, dentes frouxos, 
inchaço nas articulações, 
fadiga, alterações napele, 
e aumento de infecções) 
Retardo na cicatrização 
de feridas. 
Vitaminas 
LIPOSSOLÚVEIS 
Função Fonte Carência 
A 
Retinol 
Manutenção da 
visão (importante 
para a produção de 
pigmentos) 
Funcionamento do 
sistema imune 
Antioxidante 
Formação dos 
dentes 
Formação do 
colágeno 
Necessária para a 
renovação celular. 
Fígado 
Gemas de ovos 
Leite e derivados 
Frutas e legumes 
amarelos e 
alaranjados 
Vegetais verde-
escuros 
Óleos de dendê, 
buriti, pequi, pupunha, 
tucumã. 
Deficiência na saúde 
ocular 
Xeroftalmia ou cegueira 
noturna 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 16 
D 
Calciferol 
Manutenção do 
vigor e força dos 
ossos e dos 
músculos 
Promove a 
absorção de cálcio 
no intestino 
Permite a 
mineralização 
óssea 
Ajuda a reduzir 
inflamações 
80-90% advém da 
exposição à luz solar 
e 10% advém da 
dieta: 
 
Peixes gordurosos 
(salmão, atum, 
sardinha) 
Leite enriquecido e 
derivados 
Cereais enriquecidos 
Óleo de fígado de 
peixe 
Gema de ovo 
Raquitismo 
Osteoporose 
Doenças cardiovasculares 
Câncer de cólon e próstata 
Diabetes melito 
Doença inflamatória 
intestinal 
E 
Tocoferol 
Antioxidante 
Antiinflamatório 
Impede o 
envelhecimento 
precoce 
Diminui o risco de 
doenças cardíacas 
Previne o câncer 
de próstata, a 
degeneração da 
mácula, a doença 
de Alzheimer e a 
Esclerose Lateral 
Amiotrófica 
Folhas verde-escuras 
Oleaginosas 
Fraqueza muscular 
Problemas de visão 
Alterações do sistema 
imunológico 
Dormência, 
Tremores 
Dificuldade em andar 
K 
Filoquinona ou 
Anti-hemorrágica 
Para a vitamina K 
contribuir para 
melhorar a 
densidade da 
massa óssea é 
preciso ter uma 
boa ingestão de 
cálcio na dieta. 
 
Coagulação 
sanguínea 
Fixação do cálcio 
na massa óssea 
Evita hemorragias 
em bebês 
prematuros 
Ajuda na saúde 
dos vasos 
sanguíneos 
A vitamina K é 
dividida em 3 tipos: 
k1, k2 e k3. 
 
K1: responsável pela 
coagulação, 
encontrada em 
alimentos como 
brócolis, couve-flor, 
agrião, rúcula, 
repolho, alface, 
espinafre, nabo, 
azeite, abacate, ovo e 
fígado 
 
K2: produzida pela 
flora bacteriana e 
auxilia na formação 
dos ossos e na saúde 
dos vasos 
sanguíneos 
 
K3: produzida em 
Sangramento (hemorragia) 
que causa manchas 
negras sob a pele 
Sanframento nasal 
Feridas no estômago ou no 
intestino 
Vômitos com sangue 
Sangue na urina ou nas 
fezes 
Fezes podem ter uma cor 
negra 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 17 
 
2.2.2 Carboidratos 
Os carboidratos são compostos orgânicos conhecidos como açúcares. Também 
chamados de sacarídeos ou glicídios, são constituídos principalmente por átomos de carbono, 
hidrogênio e oxigênio. Eles constituem as macromoléculas mais abundantes no planeta Terra e 
são a principal fonte de energia para os seres vivos. Quando hidrolisados, liberam aldeídos 
ou cetonas. 
 
Funções Biológicas 
Fornecer energia 
Função estrutural (parede celular de células vegetais – celulose – e de fungos – 
quitina) 
Exoesqueleto de artrópodes (quitina) 
Composição dos ácidos nucleicos (pentose – açúcar de cinco carbonos) 
Reconhecimento celular (glicocálice) 
 
Classificamos os açúcares em relação à quantidade de carbono presente na molécula. 
Sendo assim, monossacarídeos são moléculas simples de carboidratos, com fórmula geral 
(CH2O)n, onde n representa o número de átomos de carbono, que varia de 3 a 7 átomos. 
Exemplos: glicose, frutose, galactose. 
 
A glicose é a principal molécula energética dos seres vivos. 
 
Dissacarídeos formam-se pela união de dois monossacarídeos por meio de uma reação 
de desidratação: um monossacarídeo perde um hidrogênio, (–H), e o outro perde um grupo 
hidroxila, (–OH). Eles se unem por uma ligação glicosídica, produzindo uma molécula de 
água. Exemplos: sacarose, principal açúcar presente na cana-de-açúcar, é formada pela união 
de uma glicose a uma frutose; a lactose é um dissacarídeo formado por uma glicose e uma 
galactose; e a maltose é um dissacarídeo de duas glicoses. 
 
 
Oligossacarídeos são moléculas que apresentam até cerca de 20 monossacarídeos, 
presentes na porção glicídica de muitas moléculas de glicoproteínas e glicolipídios, e por fim, 
polissacarídeos são carboidratos constituídos por 21 a centenas ou milhares de açúcares 
simples (monossacarídeos). São exemplos de polissacarídeos o glicogênio, o amido, a quitina 
e a celulose. 
laboratório 
 
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Glicogênio e amido são polissacarídeos com estruturas similares e a mesma função: 
armazenar glicose. O glicogênio é o principal carboidrato de reserva animal e é encontrado no 
fígado e no músculo esquelético. O amido é o principal carboidrato de reserva vegetal. 
Quitina é o polissacarídeo que constitui a parede celular dos fungos e o exoesqueleto 
de diversos animais, entre eles os artrópodes. Já a celulose é o principal componente 
estrutural da parede celular das plantas. 
 
2.2.3 Lipídios 
Os lipídios, ou gorduras, representam de 2 a 3% da composição química celular e são 
moléculas orgânicas apolares, isto é, que não possuem carga elétrica. Por isso, são insolúveis 
em água e suas propriedades físicas refletem essa natureza hidrofóbica. Contudo, são solúveis 
em solventes orgânicos como o álcool, a acetona e o éter. São formados basicamente por um 
álcool e ácidos graxos (composição típica de carbono, hidrogênio e oxigênio – mas pode conter 
nitrogênio, fósforo e enxofre). Classificam-se em glicerídeos, fosfolipídios, esteroides, 
carotenoides e cerídeos, sendo os dois primeiros grupos os mais relevantes para o vestibular. 
 
Funções Biológicas 
Armazenamento energético (reserva energética nos adipócitos) e combustível 
celular 
Papel estrutural das membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios) 
Pigmentos fotossensíveis (absorção de luz visível na fotossíntese) 
Hormônios esteroides (estrogênio, progesterona e testosterona) 
Isolante e proteção de órgãos (isolante térmico e impermeabilizantes) 
Agentes emulsificantes (sais biliares) 
Transporte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) 
 
Glicerídeos são os lipídios mais abundantes na natureza, conhecidos popularmente 
como óleos e gorduras, e constituem a principal reserva de energia dos organismos animais a 
longo prazo. Atuam tambén como isolante térmico (protegendo contra baixas temperaturas, 
mantendo o calor no corpo), mecânico (absorve impactos) e elétrico (não conduz eletricidade). 
A utilização desses lipídios no metabolismo acontece secundariamente à dos 
carboidratos. Ou seja, na presença de carboidratos, o organismo SEMPRE irá preferir usá-los 
como fonte de energia, ainda que a hidrólise dos lipídios renda mais calorias: cada grama de 
gordura gera 9 Kcal, enquanto cada grama de carboidrato ou de proteína gera apenas 4 Kcal. 
Esses lipídios são constituídos por moléculas de glicerol ligadas a 
uma, duas ou três moléculas de ácidos graxos. O glicerol é um álcool 
composto de três átomos de carbono, aos quais estão unidos átomos de 
hidrogênio e oxigênio. Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com 
longas cadeias de hidrocarbonetos apolares e com um grupo carboxila 
(COO–) em uma extremidade. Eles podem ser compostos por cadeia 
saturada ou insaturada. Os ácidos graxos insaturados contêm uma ou 
mais ligações duplas entre os átomos de carbono; os ácidos graxos 
saturados não apresentam dupla ligação. 
 
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ATENÇÃO! Não confunda glicídios (carboidratos) com glicerídeos (gorduras). 
 
A dupla ligação na cadeia de hidrocarbonetos faz com que ocorra uma “dobra” na 
estrutura. Quanto maior o número de insaturações menor o ponto de fusão do lipídio, pois 
estas duplas ligaçõesdiminuem as interações entre as moléculas. Por isso, os glicerídeos se 
dividem em: 
• Gorduras: glicerídeos de ácidos saturados, sólidos à temperatura ambiente e produzidos por 
animais; 
• Óleos: glicerídeos de ácidos insaturados, líquidos à temperatura ambiente e produzidos por 
plantas. 
 
Fosfolipídios são os principais constituintes das membranas 
biológicas, formados por um glicerídeo combinado com um grupo 
fosfato. Todos os fosfolipídios têm cabeça (glicerol + fosfato) 
hidrofílica ou polar e caudas (ácidos graxos) hidrofóbicas ou 
apolares. Por serem parcialmente solúveis em água dizemos que 
são moléculas anfipáticas ou anfifílicas. Em solução aquosa, as 
caudas apolares se atraem, ficando interiorizadas e formando uma 
estrutura em bicamada, onde as cabeças polares ficam voltadas 
para o exterior e em contato com a água. 
 
 
 
Esteroides são lipídios formados por hidrocarbonetos que se diferenciam pelas suas 
ramificações e grupos funcionais. O principal exemplo é o colesterol, um lipídio constituído por 
um álcool policíclico de cadeia longa, encontrado nas membranas celulares e transportado no 
plasma sanguíneo de todos os animais. Quando não é obtido na dieta, pode ser sintetizado 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 20 
pelos animais, sendo o fígado e o intestino delgado os principais órgãos produtores. Pequenas 
quantidades são também sintetizadas por fungos e certas bactérias. 
Nas membranas biológicas, o colesterol constitui entre ~ 5 e 35% dos lipídios e sua 
função é reduzir a fluidez dessas membranas, conferindo-lhes maior estabilidade. É ainda 
precursor de vitamina D, dos sais biliares e de diversos hormônios sexuais (estradiol, 
testosterona e progesterona). Análogo ao colesterol, os vegetais apresentam o ergosterol, um 
tipo de lipídio que pertence ao grupo dos fitoesterois. 
 
 
 
 
Carotenoides são lipídios que não possuem ácidos graxos e apresentam-se como 
pigmentos de cor amarela, laranja ou vermelha presentes nas células vegetais, onde 
desempenham importante papel no processo de fotossíntese. O mais importante carotenoide é 
o betacaroteno, que dá origem à vitamina A (retinol). Cerídeos são lipídios altamente insolúveis 
em água, servindo como substância impermeabilizante e protetora para as folhas das plantas, 
penas e pele dos animais, ajudando a reduzir a desidratação. Esfingolipídios são lipídios 
presentes nas células nervosas (esfingomielinas), funcionando como isolante elétrico, o que 
confere maior velocidade na condução dos impulsos nervosos. 
 
 
Anabolizantes 
 
 Os esteroides anabolizantes (EA) são drogas que têm como função principal a 
reposição de testosterona (hormônio responsável por características que diferem homem e 
mulher). Isso ocorre nos casos em que tenha ocorrido um déficit desse hormônio, por 
exemplo, no envelhecimento, pois atuam no crescimento celular e em tecidos do corpo, 
como o ósseo e o muscular. 
 Contudo, os efeitos colaterais do uso indevido podem levar à morte e causar sérios 
casos de intoxicação. Podemos destacar insuficiência cardíaca, tromboses e infartos; 
modificações na função hepática e cirrose; aumento de acne e do LDL e redução do HDL; 
atrofia dos testículos, esterilidade e impotência e crescimento da mama. Nas mulheres, o 
uso de anabolizantes causa masculinização, com crescimento de pelos no rosto, mudança 
da voz, hipertrofia do clitóris e modificações no ciclo menstrual. Pode ocorrer também o 
desenvolvimento de um padrão de calvície típico de homens. 
 
 
 
 
Colesterol Bom x Colesterol Ruim 
 
 O colesterol, por ser uma gordura, não é solúvel no sangue e precisa de ajuda de 
proteínas para ser carregado. Assim, ele se associa a elas formando lipoproteínas. 
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Produzidas pelo fígado, essas proteínas funcionam como transportadoras do colesterol e 
podem ser de dois tipos principais, o HDL e o LDL. 
 
LDL significa low density protein, uma expressão que pode ser traduzida como 
lipoproteína de baixa densidade, cuja função é transportar o colesterol do fígado e do 
intestino delgado até as células e tecidos, onde ele será utilizado na fabricação da 
membrana celular, da vitamina D, dos hormônios esteroides e dos ácidos biliares. Contudo, 
quando está em excesso, a LDL se acumula dentro das artérias, dando origem a placas 
endurecidas de gordura, que podem obstruir a passagem de sangue pelas artérias e levar 
ao desenvolvimento de uma doença vascular chamada aterosclerose. Essa doença é a 
principal causa do acidente vascular cerebral (AVC ou derrame) e do infarto, que acontecem 
quando há um bloqueio no fluxo sanguíneo para o cérebro. Por isso, o colesterol LDL é 
chamado de “colesterol ruim”. 
 
HDL significa high density lipoprotein, que pode ser traduzida como lipoproteína de alta 
densidade. Essa lipoproteína faz o transporte reverso, retirando as moléculas de colesterol 
que estão em excesso no sangue e nos tecidos e levando-as até o fígado (sentido contrário 
da LDL), onde serão processadas para que o intestino possa eliminá-las. Além disso, o HDL 
faz uma espécie de limpeza no interior das artérias e remove o colesterol depositado ali, 
dificultando a formação das placas de aterosclerose e reduzindo o risco de AVC, infarto e 
outras complicações. Dessa forma, o colesterol HDL tem um efeito protetor do sistema 
cardiovascular, sendo conhecido como “colesterol bom”. 
 
 
 
Desde que estejam dentro da normalidade, são desejáveis taxas altas de HDL e baixas 
de LDL. Uma taxa de colesterol total de até 200 mg/mL de sangue é aceitável. Acima de 
240 mg/mL de sangue já pode ser prejudicial à saúde. 
 
 
 
 
 
 
2.2.4 Proteínas 
As proteínas são as unidades fundamentais das células e desempenham a maior 
parte dos trabalhos celulares voltados para a estrutura, função e regulação dos tecidos e 
órgãos do corpo. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 22 
 
Funções Biológicas 
Manutenção da arquitetura celular (filamentos proteicos – actina e miosina – do 
citoesqueleto) 
Atuam no transporte de moléculas entre as células 
Realizam atividade contrátil 
Participam do metabolismo celular (hormônios insulina e glucagon) 
Coordenam processos biológicos entre diferentes células (hormônio do crescimento) 
Compõem os anticorpos do sistema imune 
Atuam como catalisadores (enzimas), influenciando na velocidade das reações 
químicas 
 
As proteínas são formadas por centenas de aminoácidos. Um aminoácido é uma 
molécula orgânica formada por átomos de carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e, por 
vezes, enxofre. 
 
Genericamente, os aminoácidos compartilham uma estrutura 
básica que consiste em um átomo de carbono central, também conhecido 
como carbono alfa (Cα), ligado a um grupo amino (NH2), a um grupo 
carboxila (COOH) e a um átomo de hidrogênio. Cada aminoácido 
também tem outro átomo ou grupo de átomos ligados ao átomo central, 
conhecido como o radical R (cadeia lateral), que determina a sua 
identidade. Por exemplo, se o radical R é um átomo de hidrogênio, o 
aminoácido é a glicina, mas, se o radical R for um metil (CH3), o 
aminoácido então é a alanina. 
 
Durante a síntese proteica, o grupo carboxila do aminoácido que se encontra no final da 
cadeia polipeptídica reage com o grupo amino de um aminoácido que entra para a cadeia em 
crescimento, liberando uma molécula de água (reação de síntese por desidratação). A ligação 
resultante entre aminoácidos é uma ligação peptídica e as moléculas resultantes são 
chamadas de peptídeos ou proteínas (quando muito extensas). 
 
 
 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 23 
Existem apenas 20 aminoácidos na natureza que podem ser combinadosde diferentes 
maneiras para formar proteínas. Nós, humanos, só conseguimos produzir 11 deles. Os 9 
restantes são considerados essenciais, e devem ser obtidos através da alimentação. 
 
 
Mas o que torna uma proteína uma enzima, um hormônio ou um anticorpo? A distinção 
entre elas está não somente em quais aminoácidos a compõem, mas também em que 
quantidade e em que ordem. Sendo 20 o número de aminoácidos que, em suas diferentes 
ordenações, configuram todas as proteínas conhecidas, as possibilidades são próximas do 
infinito. Proteínas diferentes têm quantidades de aminoácidos distintas (a hemoglobina, por 
exemplo, tem 574 aminoácidos, enquanto a lactase tem 1.927), com composições e 
ordenamento desses monômeros distintos, o que, consequentemente, determina funções 
diferentes. 
Uma característica das proteínas é que elas buscam sempre a conformação de menor 
energia. Algumas das cadeias laterais que formam os aminoácidos podem ter natureza apolar, 
enquanto outras, natureza polar. Dessa forma, diferentes tipos de interações entre as 
moléculas de aminoácidos podem ocorrer, fazendo com que a estrutura espacial 
(tridimensional) seja bastante variada: estrutura primária, secundária, terciária e quaternária. 
 
▪ Estrutura primária: é a forma fundamental de toda proteína. Trata-se da sequência de 
quais aminoácidos a compõe, em que quantidade e em que ordem. Nenhuma proteína é 
encontrada na forma primária na natureza, porque assim que é produzida, a molécula 
adquire um enrolamento, organizando-se em estrutura secundária, que consiste na maneira 
como a cadeia se organiza no espaço. 
Aminoácidos Essenciais Aminoácidos Não Essenciais 
Histidina, Isoleucina, Leucina, Lisina, 
Metionina, Fenilalanina, Treonina, 
Triptopfano, Valina 
Alanina, Arginina, Asparagina, Ácido 
aspártico, Cisteína, Ácido glutâmico, 
Glutamina, Glicina, Prolina, Serina, Tirosina 
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A queratina e o formato dos cabelos 
 
A α-queratina é uma proteína fibrosa encontrada nos cabelos, que apresenta grande 
resistência e impermeabilidade devido ao seu formato α-hélice composto por aminoácidos 
hidrofóbicos como alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina e fenilalanina. Quando 
esses aminoácidos interagem, ocorre a formação de interações hidrofóbicas. 
Além disso, as α-queratinas podem apresentar uma grande quantidade de cisteínas e, 
por isso, são capazes de formar pontes de enxofre ou pontes dissulfeto, uma interação bem 
forte e difícil de quebrar, conferindo alta resistência à molécula. 
A maneira como essas pontes dissulfeto são formadas determina o formato do cabelo, 
de modo que se tivermos cisteínas pareadas formando pontes dissulfeto, o cabelo 
apresenta aspecto mais liso, ao passo que se tais pontes são formadas entre radicais mais 
afastados, o cabelo assume aspecto ondulado. 
 
 
 
▪ Estrutura terciária: é o enrolamento das α-hélices e folhas-β sobre si mesmas, formando 
estruturas mais globulares. Esse padrão de dobramento tridimensional deve-se à interação 
das cadeias laterais (ou grupos R) dos aminoácidos, que podem exercer diferentes níveis de 
atração ou repulsão uns sobre os outros. A maioria das proteínas se encontra nesse nível 
estrutural, e aqui fica muito claro como mutações na estrutura primária, isto é, troca de 
aminoácidos ou inversões na ordem podem ocasionar uma proteína totalmente diferente da 
original. 
▪ Estrutura secundária: é o enrolamento do filamento 
proteico sobre si mesmo, em um padrão de repetição, 
que pode ser em formato de fio de telefone (chamado 
α-hélice) ou em formato pregueado, semelhante às 
dobras que fazemos em uma folha sulfite para fazer 
um leque (chamado folha-β). O que dá coesão e 
sustentação à estrutura secundária são as 
as ligações de hidrogênio entre os aminoácidos 
que compõem a sequência. Algumas proteínas 
de função estrutural são encontradas nesse nível 
estrutural, como o colágeno e a 
queratina. 
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▪ Estrutura quaternária: proteínas formadas por duas ou mais cadeias polipeptídicas e um 
grupo conjugado ligado a ela. O exemplo mais comum é a hemoglobina, formada por quatro 
cadeias polipeptídicas (também chamadas de subunidades). Cada uma tem um grupamento 
chamado grupo heme, composto por um um átomo de ferro no centro de um anel 
porfirínico, responsável pela ligação com o oxigênio e coloração vermelha ao sangue. O 
ferro presente na hemoglobina está na sua forma ferrosa (Fe2+). Se cada hemoglobina tem 4 
grupos heme, um em cada subunidade, cada hemoglobina tem a capacidade de se ligar a 4 
moléculas de oxigênio. Cada hemácia possui aproximadamente 250 milhões de 
hemoglobinas, logo cada hemácia pode transportar 1 bilhão de moléculas de oxigênio. 
 
 
Por conta dessas diferentes interações e conformações estruturais, cada proteína tem 
sua forma única. No entanto, dois fatores conseguem alterar essa conformação altamente 
estável: a temperatura e o pH. Sempre que uma proteína for exposta a substâncias químicas 
capazes de alterar essas condições, as interações entre seus radicais podem ser 
interrompidas, fazendo com que ela perca sua estrutura tridimensional e volte a se transformar 
em uma cadeia não estruturada de aminoácidos, tornando-se desnaturada. 
 
 
Proteínas desnaturadas geralmente não são funcionais. 
 
Para algumas proteínas, a desnaturação pode ser revertida. Se a estrutura primária 
ainda estiver intacta (isto é, com os aminoácidos ligados), ela pode ser capaz de voltar à sua 
forma funcional caso seja devolvida ao seu ambiente normal. Mas, normalmente, as 
desnaturações são irreversíveis. 
Um exemplo de desnaturação irreversível da proteína é quando um ovo é frito. A 
proteína albumina presente na clara de ovo se modifica, tornando-se opaca e sólida à medida 
A estrutura tridimensional 
correta de uma proteína, 
para que ela exerça sua 
atividade, é chamada de 
conformação nativa. 
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que é desnaturada pelo aumento da temperatura, e não retorna ao seu estado original de ovo 
cru mesmo quando resfriada. 
Cabe observar que desnaturar a proteína não altera seu valor nutricional, pois seja na 
frigideira, fogueira ou estômago, as proteínas têm que ser quebradas em aminoácidos, que 
esses sim, são absorvidos pelo sistema digestivo. 
Um exemplo de desnaturação reversível ocorre quando alisamos o cabelo com 
prancha. A fibra capilar é constituída por três camadas: cutícula, córtex e medula. A cutícula é a 
camada mais externa, responsável por regular a entrada e saída de água da fibra, e o córtex é 
responsável pela maior parte do fio e sua força. A prancha térmica, também chamada 
“chapinha”, é uma ferramenta usada para alisar cabelos por meio do aquecimento do fio. A 
evaporação da água que faz parte da constituição do fio capilar ocorre a 135°C, ocasionando a 
desnaturação da queratina. Quando a temperatura da chapinha é mantida abaixo de 230°C ela 
consegue remover a umidade, rompendo as pontes de hidrogênio, dando um novo formato 
para o fio. Acima de 350°C ocorre dano total ao fio de cabelo. 
 
2.2.5 Enzimas 
A manutenção de vida depende da ocorrência ininterrupta de uma série de reações 
químicas, e várias dessas reações, para acontecer, precisam de altas temperaturas e 
condições extremas de pH e, portanto, não ocorreriam facilmente no interior do organismo 
humano, por exemplo, onde a temperatura a temperatura é aproximadamente 36°C e o pH 
próximo da neutralidade (7). No entanto, elas acontecem. A manutenção dessas reações com 
condições específicas tão diferentes daquelas encontradas naturalmente nos organismos é 
possível graças à presença das enzimas, nossos catalisadores biológicos. 
As enzimas sãomoléculas com atividade catalítica, isto é, especializadas em aumentar a 
velocidade das reações químicas, sem participar delas como reagentes. 
Com exceção de um pequeno número de ácidos nucleicos com capacidade catalítica, 
todas as enzimas são proteínas e apresentam as seguintes características: 
 
• alta atividade catalítica (aceleram de 106 até 1.012 vezes uma reação); 
• alta especificidade em relação aos substratos e produtos relacionados a ela; 
• não são consumidas ou alteradas permanentemente ao participar da catálise; 
• têm atividade regulada geneticamente ou por condições metabólicas. 
 
A nomenclatura das enzimas é feita pela adição do sufixo ‘ase’ ao nome do substrato 
sobre o qual exerce sua ação catalítica. Por exemplo, a enzima fosfatase catalisa a hidrólise de 
ésteres de fosfato. Elas são classificadas de acordo com o tipo de reação que catalisam: 
 
Classificação Reação catalisada 
Hidrolases Transferência de grupos funcionais envolvendo água 
Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula formando isômeros 
Liases 
Adição de grupos funcionais a dupla ligação ou formação de dupla ligação 
pela remoção de grupos 
Ligases 
Formação de ligações C-C, C-S, CO e C-N por meio de ligações de 
condensação e quebra de ATP 
Oxirredutases Transferência de elétrons (íons hidreto ou átomos de H) 
Transferases Transferências de grupos funcionais 
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E o que significa catalisar uma reação? Na Química, aprendemos que as reações 
modificam reagentes em produtos. Para que isso aconteça, algumas ligações nos reagentes 
devem ser quebradas ou modificadas, permitindo então a formação de novas ligações, as dos 
produtos. Para que as moléculas dos reagentes atinjam esse estado de transição, é necessário 
uma grande quantidade de energia, a qual chamamos de energia de ativação. Assim, 
independentemente de a reação ser de quebra ou de formação de substâncias, ela depende 
dessa energia de ativação para se iniciar. 
 
Energia de ativação é dada pela diferença energética entre o estado fundamental e o de 
transição. 
 
 
 
A fonte de energia de ativação é o calor (na maioria dos casos), de modo que os 
reagentes absorvem energia térmica do meio, que acelera o movimento de suas moléculas, 
aumentando a frequência e a força das colisões. Depois que as moléculas do reagente 
absorvem energia suficiente para alcançar o estado de transição, elas pode prosseguir para o 
restante da reação. 
Na bioquímica, as reações são catalisadas (mediadas por enzimas), e por isso 
chamamos a molécula na qual a enzima atua de substrato, que seria equivalente ao reagente. 
As enzimas aumentam a velocidade das reações diminuindo a energia de ativação dos 
substratos. Isso ocorre porque possuem uma região de encaixe chamada de sítio ativo, onde 
as moléculas que devem ser modificadas, os substratos, se ligam para que a reação aconteça. 
Os sítios ativos possuem uma configuração (estrutura) complementar ao estado de transição 
do substrato, sendo, portanto, extremamente específicos. Quando a ligação do susbtrato no 
sítio ativo acontece, forma-se um complexo enzima-substrato, que fornece um ambiente 
específico para tornar uma reação biológica termodinamicamente mais favorável. 
 
 
Energia de ativação é a energia 
necessária para que os reagentes 
mudem de seu estado fundamental 
para o estado de transição, onde 
ficam suscetíveis à transformação 
em produtos. 
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Após o término da reação, o complexo se desfaz, o produto é liberado e a enzima 
continua íntegra em sua forma, pronta para novas atividades. Veja o funcionamento no gráfico 
abaixo. 
 
 
 
 
Modelo chave-fechadura de Fischer (1894) utilizado para explicar a interação super específica 
entre substrato e enzima. O aumento da velocidade da reação ocorre pelo fato de a energia 
necessária para a ativação dos reagentes ser menor nas reações catalisadas por enzimas. 
 
 
Preste atenção! 
 
O encaixe entre o substrato e a enzima foi por muito tempo referenciado como modelo 
chave-fechadura, para reforçar sua especificidade. Atualmente, um modelo mais flexível 
tem sido utilizado para explicar a interação entre substrato e enzima, chamado modelo do 
encaixe induzido. Segundo ele, o substrato provoca uma mudança na conformação da 
subunidade de uma enzima, permitindo que ela atinja a forma necessária para que o 
processo catalítico ocorra. Assim, não existem diversas enzimas específicas para uma 
quantidade imensa de substratos, mas sim uma indução para que haja mudanças que 
permitam o reconhecimento do substrato. Além disso, a modificação gerada na enzima 
pode ser passada para enzimas próximas, o que garante a eficiência do processo. 
 
 
Algumas enzimas requerem, além do substrato, estruturas de outras classes de 
moléculas, que são denominados grupos prostéticos, associadas à sua estrutura. Esses 
componentes químicos adicionais são os cofatores. Nesses casos, a parte proteica da enzima 
passa a ser denominada de apoenzima e a parte não proteica passa a ser chamada de 
cofator, e a enzima só se torna ativa com todos os componentes, quando é dnominada 
holoenzima. 
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Cofatores são moléculas de baixa massa molecular de origem inorgânica. Para algumas 
enzimas, o cofator é um íon metálico, como o cobre, o manganês e o zinco, os quais 
necessitamos adquirir através da dieta. Quando o cofator é uma substância orgânica, ele é 
denominado de coenzima. 
As vitaminas são, na maioria das vezes, precursoras de coenzimas. Por exemplo, as 
coenzimas NAD+ e FAD+ são agentes oxidantes de enzimas que participam da respiração 
celular, recebendo hidrogênios. O hidrogênio é constituido de um próton (H+) e um elétron. Ou 
seja, em química orgânica, geralmente ganho de hidrogênios significa ganho de elétrons, em 
outras palavras, redução. Essas coenzimas, em suas formas reduzidas – NADH2 e FADH2, 
funcionam como transportadoras de elétrons de um composto para outro em uma determinada 
via metabólica. Estudaremos a fundo o papel delas na aula de Metabolismo Energético. 
Do ponto de vista biológico, as enzimas atuam catalisando reações sequenciais, nas 
quais o produto de uma reação é o substrato da reação subsequente. A velocidade dessas 
cascatas de reações é controlada por uma ou mais enzimas chamadas enzimas 
regulatórias. 
 
Fatores que influenciam a atividade enzimática 
 
A atividade enzimática é influenciada diretamente pela concentração de substrato e, 
obviamente, de enzima, de modo que: 
• a velocidade aumenta hiperbolicamente com a concentração do substrato; e 
• a velocidade aumenta linearmente com a concentração de enzima, para qualquer valor 
constante da concentração de substrato. 
 
 
 
Quanto mais tempo a enzima estiver em contato com o substrato, mais produtos serão 
produzidos, enquanto houver substrato. Ainda, assim como as proteínas, a temperatura e o pH 
são fatores extremamente importantes para a atividade enzimática. 
Cada enzima tem pH e temperatura ótimos para que sua atividade seja máxima. 
Alterando-se esses fatores, a enzima deixa de atuar adequadamente. 
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Ilustração de Thomas Shafee - Own work, CC BY 4.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=47436206 
 
Regulação e inibição enzimática 
 
Para regular a atividade enzimática, existem moléculas que se ligam à alguma parte da 
enzima e ‘modular’ a sua atividade. Temos dois tipos de moduladores: os moduladores 
positivos e os moduladores negativos. Os moduladores positivos são aquelesque estimulam a 
atividade enzimática, podendo até ser responsáveis por iniciá-la. 
Já os moduladores alostéricos negativos podem ser entendidos como inibidores 
enzimáticos, isto é, qualquer molécula que se ligue à cadeia polipeptídica de uma enzima, 
diminuindo a velocidade da reação, é considerada um inibidor enzimático. A estabilidade da 
ligação entre o inibidor e a enzima varia, podendo ser de dois tipos: reversível e irreversível. 
Inibição enzimática reversível é aquela na qual o inibidor estabelece com a enzima 
uma ligação instável, que pode ser revertida, podendo acontecer de maneira competitiva ou 
não: 
 
• O inibidor competitivo caracteriza-se pelos inibidores que competem diretamente com o 
substrato específico da enzima, formando um complexo enzima-inibidor muito semelhante ao 
complexo enzima-substrato, que inativa a catálise da enzima. 
 
• O inibidor não-competitivo pode ligar-se ao complexo enzima-substrato em um sítio diferente. 
Neste caso, a ligação do inibidor com a enzima não atrapalha a ligação do substrato, mas gera 
uma alteração que impede a formação do produto da reação. 
 
 
 
Inibição enzimática irreversível é aquela na qual a substância inibidora se une à 
enzima por ligações covalentes (mais estáveis), alterando o grupo funcional da enzima 
necessário para sua atividade catalítica, tornando-a inativa de forma permanente. 
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2.2.6 Ácidos nucleicos 
Os ácidos nucleicos recebem esse nome devido ao seu caráter ácido. Eles são as 
moléculas orgânicas responsáveis pelo armazenamento e transmissão das informações 
genéticas, podendo ser do tipo DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico). 
Tais moléculas são polímeros formados por monômeros chamados de nucleotídeos. 
Os nucleotídeos são constituídos por três unidades: um grupo fosfato, uma pentose 
(molécula de açúcar com cinco carbonos) e uma base nitrogenada (que contêm nitrogênio em 
sua fórmula). Em relação às bases nitrogenadas, existem cinco tipos: adenina (A), timina (T), 
citosina (C), guanina (G) e uracila (U). Aquelas que derivam da purina e possuem dois anéis 
(um hexagonal e um pentagonal) de carbono e nitrogênio chama-se bases púricas, das quais 
fazem parte a adenina (A) e a guanina (G). Já aquelas que derivam da pirimidina, são menores 
que as púricas e formadas por um anel (hexagonal) de carbono e nitrogênio, sendo chamadas 
bases pirimídicas, das quais fazem parte a citosina (C), a timina (T) e a uracila (U). 
 
 
 
DNA – Ácido desoxirribonucleico 
 
O DNA é o material genético de todas as células vivas do planeta. Ele está presente 
nas bactérias, disperso no citoplasma, e nas células eucarióticas, no interior do núcleo, das 
mitocôndrias e dos cloroplastos. Ele é o principal componente dos cromossomos e guarda os 
genes (a informação genética propriamente dita). 
A molécula de DNA é constituída por duas cadeias de polinucleotídicas complementares 
e enroladas uma sobre a outra formando uma estrutura helicoidal. Os nucleotídeos que 
formam o DNA possuem as bases nitrogenadas A, T, C e G (a uracila é exclusiva do RNA). Em 
relação ao açúcar, trata-se de uma pentose chamada desoxirribose cujos carbonos são 
denominados 1’, 2’, 3’, 4’ e 5’. O carbono 1’ está sempre ligado à uma das bases nitrogenadas, 
enquanto o carbono 5’ está sempre ligado ao grupo fosfato. 
 
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Para uma cadeia de DNA se formar, o grupo OH do carbono 3’ de um açúcar se liga ao 
grupo fosfato do carbono 5’ do açúcar vizinho. Essa ligação entre os nucleotídeos é chamada 
ligação fosfodiéster. É importante notar aqui que a adição de novos nucleotídeos à fita 
acontece sempre no carbono 3’, isto é, sempre no sentido 5’→3’. É dessa maneira que os 
nucleotídeos se unem formando uma fita de DNA. 
 
 
 
Umas vez formadas as cadeias, elas mantêm-se unidas por ligações de hidrogênio 
entre os pares de bases nitrogenadas específicos: a adenina emparelha-se com a timina por 
duas ligações de hidrogênio (A=T), e a guanina emparelha-se com a citosina por três ligações 
de hidrogênio (G≡C). Por isso, dizemos que essas cadeias são complementares. Suponha a 
seguinte sequência: TCAGTCTTG. Sua sequência complementar seria AGTCAGAAC. 
 
 
 
A ligação de hidrogênio promove a forma e a estabilidade do DNA para 
proteger o código genético, mas permite fácil ruptura das ligações através da 
ação de enzimas para a replicação do DNA (veremos mais na aula sobre 
Núcleo). Além disso, as fitas de DNA têm disposição antiparalela, ou seja, uma 
fica de “ponta cabeça” em relação a outra. O termo antiparalelas deve-se ao fato 
de que uma das fitas tem a direção exata da sua síntese (5’→3’) enquanto que a 
outra está invertida (3’→5’). Isso acontece porque os grupos fosfatos possuem 
uma alta carga negativa e se posicionam externamente à hélice, em lados 
opostos, enquanto as bases nitrogenadas são compostos fracamente básicos, 
mantendo-se empilhadas no interior da hélice. 
Esqueleto ou cadeia 
de açúcar e fosfato 
Bases 
nitrogenadas 
3’ 5’ 
Ligação de hidrogênio 
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Por conta das interações entre nucleotídeos e entre bases nitrogenadas, temos a 
molécula de DNA retorcida em seu próprio eixo, em formato de dupla hélice tridimensional, 
conforme descrito por Watson e Crick em 1953. 
 
 RNA – Ácido ribonucleico 
 
Já as moléculas de RNA são formadas por uma única cadeia de 
nucleotídeos, que ligam-se entre si por ligações fosfodiester. Além disso, 
diferentemente do DNA, o RNA possui a base nitrogenada uracila no lugar da 
timina (A=U), bem como seu açúcar é uma ribose ao invés da desoxirribose. 
 
 
 
 Embora o RNA seja constituído de uma única fileira de nucleotídeos, ele ainda assim 
consegue formar estruturas duplas, pareando suas bases consigo mesmo. É a molécula de 
RNA que interpreta e executa as informações contidas no DNA, participando primordialmente 
na síntese de proteínas. 
 
Três tipos de moléculas de RNA podem ser produzidos: 
▪ RNA ribossômico (RNAr): ocorre associado a proteínas, formando os ribossomos; 
▪ RNA transportador (RNAt): é o menor RNA da célula e leva os aminoácidos até os 
ribossomos; 
▪ RNA mensageiro (RNAm): leva a informação dos genes para a produção de proteínas no 
citoplasma. 
 
Ainda, comentamos no tópico anterior que nem toda enzima é proteica, embora a 
maioria o seja. As enzimas não proteicas são as conhecidas ribozimas, ou seja, pequenos 
trechos de RNA capazes de realizar atividade catalítica. Acredita-se que o RNA foi uma 
molécula que surgiu antes do DNA, servindo não só como fonte do material genético dos 
primeiros organismos vivos, mas como molécula com atividade catalítica. 
 
 
Regra de Chargaff 
 
Em 1950, o bioquímico austríaco Erwin Chargaff analisou o DNA de diferentes espécies, 
determinando sua composição de bases A,T,C e G, e fez a seguinte observação: 
 
• A quantidade de A sempre igualava a quantidade de T 
• A quantidade de C sempre igualava a quantidade de G 
 
5’ 3’ 
A = T e G ≡ C 
Uracila 
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Na prática, funciona da seguinte maneira: A análise de um segmento de DNA, com 3000 
bases nitrogenadas, indicou que 15% eram de timina. Qual será a quantidade de guanina 
nesse segmento? 
 
Resposta: 
 
15% de 3000 bases = 450 timinas e, portanto, 450 adeninas. Logo, sobram 70% de pares 
de basesque devem ser divididos igualmente entre citosina e guanina, já que uma se liga a 
outra. Assim, 35% de 3000 bases = 1050 citosinas e, portanto, 1050 guaninas. 
 
QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO(Simulado EV Medicina/2020 - ) Em 1999, o medicamento chamado Xenical virou mania 
nacional e passou a ser comercializado no Brasil em larga escala, chegando a vender em 
apenas um mês cerca de 285 mil caixas. Com a promessa de emagrecimento milagroso, 
o princípio da atuação do medicamento é simples: ele age bloqueando a absorção de 
30% das gorduras ingeridas por meio da inibição da enzima lipase. Por esse motivo, foi 
indicado principalmente para pacientes obesos. No entanto, em muitos casos o remédio 
não foi eficiente, pois embora os pacientes monitorassem a ingestão de gorduras, 
continuavam com uma dieta baseada em carboidratos. 
Caruso, M. A febre do Xenical. Medicina & Bem-estar, Revista Isto é. 31 de março de 1999. 
 
A partir do texto e com base em seus conhecimentos, podemos apontar como possível 
efeito colateral do medicamento 
a) o excesso de suco gástrico e posterior desenvolvimento de gastrite. 
b) a dependência em longo prazo, efeito comum entre medicamentos emagrecedores como a 
anfetamina, por exemplo. 
c) a constipação gastrointestinal. 
d) a queda nos níveis séricos das vitaminas A, D, E e K. 
e) o desenvolvimento de intolerância à lactose. 
 
Comentários 
 A alternativa A está errada, porque o medicamento reduz a absorção de lipídios, que 
ocorre no intestino delgado por ação das lipases dos sucos entéricos e pancreáticos. O suco 
gástrico apresenta pepsinas, enzimas especializadas na digestão de proteínas. 
 A alternativa B está errada, porque o medicamento age no intestino delgado, inibindo a 
ação das lipases, diferentemente de outros medicamentos, como a anfetamina, que agem no 
sistema nervoso central e, por isso, induzem à dependência. 
 A alternativa C está errada, porque a constipação decorre de uma dieta pobre em fibras 
e líquidos e com excesso de proteínas. 
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 A alternativa D está certa. As vitaminas citadas são lipossolúveis e, com a redução da 
absorção de lipídios, terão seus níveis reduzidos também. 
 A alternativa E está errada, porque a intolerância à lactose decorre da não produção (ou 
produção insuficiente) pelo intestino delgado da enzima lactase, cuja função é quebrar as 
moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose. 
Gabarito: D. 
(Simulado EV Medicina/2020 - ) Lipídios são moléculas orgânicas geralmente apolares e 
que desempenham várias funções. O colesterol, por exemplo, um lipídio da classe dos 
esteroides, é 
 
a) precursor de sais biliares. 
b) precursor de hormônios pancreáticos. 
c) um pigmento que participa da fotossíntese. 
d) precursor da esfingomielina, que compõe a bainha de mielina dos axônios. 
e) uma substância impermeabilizante para folhas, penas e pele. 
 
Comentários 
A alternativa correta é a letra A. 
A alternativa B está incorreta, pois os hormônios pancreáticos são proteicos. O colesterol é 
precursor de hormônios sexuais, como a testosterona. 
A alternativa C está incorreta, pois os pigmentos lipídios que participam da fotossíntese são os 
carotenoides. 
A alternativa D está incorreta, pois a esfigomielina é um esfingolipídio, não um esteroide. 
A alternativa E está incorreta, pois as ceras são impermeabilizantes de folhas, penas e pele. 
Gabarito: A. 
(Simulado EV Medicina/2020 - ) Vitaminas e minerais são os famosos micronutrientes, 
nutrientes necessários em quantidades menores pelo organismo do que os 
macronutrientes, como proteínas e carboidratos. Apesar disso, são de fundamental 
importância para o bom funcionamento das atividades metabólicas, isto é, para a saúde. 
Muitas são as doenças relacionadas à deficiência de um ou mais micronutrientes no 
organismo, e a combinação correta de alimentos consumidos ao longo do dia é 
essencial para que os seus níveis sejam adequados. 
 
A esse respeito, analise as afirmações abaixo: 
I. O betacaroteno, presente em alimentos como abóbora e cenoura, é precursor da 
vitamina A. 
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II. A vitamina C, presente em alimentos como as frutas cítricas, é importante para 
melhorar a absorção de ferro não heme. 
III. A vitamina C é um antioxidante natural, que previne a oxidação provocada por 
radicais livres. 
IV. A vitamina E afeta diretamente a absorção de cálcio, comprometendo a o 
desenvolvimento dos ossos e dentes de crianças mal nutridas. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, II e III, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
Comentários 
I está correta. O betacaroteno é precursor da vitamina A. 
II está correta. A vitamina C é importante para melhorar a absorção de ferro não heme, isto é, 
aquele presente em alimentos de origem vegetal, como a couve e o feijão. O ferro heme, 
presente em alimentos de origem animal são mais facilmente absorvidos. 
III está correta. A vitamina C tem ação antioxidante e previne o envelhecimento. 
IV está incorreta, pois é a vitamina D que afeta diretamente a absorção de cálcio. 
A alternativa certa é a letra C. 
Gabarito: C. 
(Simulado EV Medicina /2020 - ) As vitaminas são componentes orgânicos essenciais 
para o bom funcionamento do organismo. Contudo, elas devem ser adquiridas através 
da dieta e seu armazenamento depende diretamente da sua solubilidade. A seguir são 
apresentadas as estruturas químicas de três vitaminas. 
 
 
Dentre as vitaminas apresentadas, é correto afirmar que 
 
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a) a vitamina 1 necessita de maior suplementação diária. 
b) a absorção da vitamina 2 não será afetada em pessoas que realizaram uma cirurgia 
bariátrica. 
c) a vitamina 1 pode estar relacionada à ação antioxidante típica das frutas cítricas. 
d) a vitamina 3 necessita de maior suplementação diária. 
e) a absorção da vitamina 3 ocorre nas células do fígado e do tecido adiposo. 
 
Comentários 
 As fórmulas se referem às vitaminas A, E e B1, respectivamente. Você não precisa 
saber a fórmula de cada vitamina, mas sim conhecer um pouquinho de Química. Perceba que 
as fórmulas 1 e 2 apresentam muitos grupos CH3 (metil), um radical que não é solúvel em 
água. Já a fórmula 3 apresenta muitos grupos OH (hidroxila), altamente solúvel em água. 
Assim, só olhando para a fórmula você saberia que as duas primeiras devem pertencer ao 
grupo das vitaminas lipossolúveis, enquanto a terceira é hidrossolúvel. 
 
 A alternativa A está errada, porque a vitamina 1 é lipossolúvel e, por isso, seu excedente 
é armazenado nas células do fígado e do tecido adiposo, necessitando de menor 
suplementação. 
 A alternativa B está errada, porque a vitamina 2 é lipossolúvel. Pessoas que realizam a 
cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução do estômago, perdem muita gordura 
e passam a apresentar baixa taxa de lipídios no corpo, o que dificulta a absorção de vitaminas 
lipossolúveis. 
 A alternativa C está errada, porque a ação antioxidante típica das frutas cítricas é 
característica da vitamina C, que é hidrossolúvel. A vitamina 1 apresenta uma série de grupos 
metil, que caracterizam sua natureza apolar e lipossolúvel. 
 A alternativa D está certa. Dentre as vitaminas citadas, a que apresentará maior 
solubilidade é a III, devido a maior quantidade de hidroxilas (-OH) presente em sua estrutura, 
favorecendo uma maior interação intermolecular do tipo ligação de hidrogênio, o que a torna 
mais solúvel em água, sendo necessária uma maior suplementação diária. 
 A alternativa E está errada, porque a vitamina 3 é hidrossolúvel. Sua absorção ocorre no 
intestino delgado (no duodeno) e o excedente é solúvel em água, sendo eliminado na urina. 
Gabarito: E. 
(Provão de Bolsas EV/2021 - ) Os detergentes enzimáticos possuem enzimas capazes de 
potencializaro seu poder de limpeza. As enzimas comumente utilizadas são capazes de 
promover a hidrólise de proteínas, gorduras e carboidratos. No organismo humano, o 
processo de digestão ocorre de forma análoga ao processo de limpeza dos detergentes 
enzimáticos, onde as enzimas decompõem as substâncias complexas em moléculas 
simples para facilitar a digestão, enquanto os detergentes enzimáticos fazem o mesmo 
para potencializar a limpeza. 
Retirado de: DE BORBA, E. S., et al. Avaliação da atividade enzimática em diferentes marcas de detergentes comerciais. (Trabalho de 
Conclusão de Curso), Instituto Federal Catarinense, p. 9, 2017. (adaptado.) 
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Com base no texto, um detergente enzimático para a remoção de uma mancha de carne 
gordurosa com batatas, deve conter em sua formulação 
A) amilase e proteinase. 
B) apenas proteinase. 
C) lipase e proteinase. 
D) apenas lipase. 
E) lipase, proteinase e amilase. 
 
Comentários 
 Para remover uma mancha causada por: (i) carne (ii) gordurosa com (iii) batatas, é 
necessário degradar proteína, gordura e amido. A hidrólise de proteínas é feita pelas 
proteinases; a de gordura é feita pelas lipases; e a hidrólise do amido é feita pelas amilases. 
Gabarito: E. 
(Provão de Bolsas EV/2020 - ) Sobre os componentes químicos das células, julgue as 
afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). 
 
(_) Células animais podem apresentar moléculas de colesterol na membrana plasmática, 
um tipo de triglicerídeo que garante a estabilidade da membrana. 
(_) Proteínas são polímeros de aminoácidos, que são moléculas que diferem entre si 
apenas pelo radical ligado ao carbono central. 
(_) Tanto o DNA quanto o RNA são moléculas de ácidos nucleicos, este último formado 
por uma fita simples enquanto aquele é uma molécula dupla-fita. 
(_) Carboidratos complexos são formados por unidades de monossacarídeos que se 
unem através de ligações glicosídicas, reações que consomem água. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é 
a) V, V, V, F. 
b) V, F, V, F. 
c) F, F, V, V. 
d) F, V, V, F. 
e) F, F, V, F. 
 
Comentários 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 39 
 A primeira afirmação é falsa (F), porque o colesterol é um lipídio do tipo esteroide, não 
triglice-rídeo. 
 A segunda afirmação é verdadeira (V). Um aminoácido é formado por um grupo amina, 
um gru-po carboxila, um hidrogênio e um radical todos ligados a um carbono central. 
 A terceira afirmação é verdadeira (V). 
 A quarta afirmação é falsa (F), porque as reações glicosídicas liberam água, são 
reações de de-sidratação. 
Gabarito: D. 
 
 
3. Origem da vida 
A teoria mais bem fundamentada da origem do nosso universo está centrada em um 
evento conhecido como o Big Bang, segundo a qual nos primeiros 10 a 43 segundos de sua 
existência, o universo era muito compacto, com tamanho muito inferior a um único átomo. 
Acredita-se que, em um estado energético tão incompreensivelmente denso, quatro forças 
fundamentais – gravidade, eletromagnetismo e as forças nucleares fortes e fracas – uniram-se 
em uma única força. A partir daí, as primeiras partículas do universo teriam se misturados e se 
acomodado na mesma temperatura, e, em uma fração inimaginável de um segundo, toda essa 
matéria e energia teria se expandido mais ou menos uniformemente, com pequenas variações. 
A expansão continuou por muito tempo, mas a um ritmo mais lento, até que quando a matéria 
se resfriou, diversos tipos de partículas começaram a se formar. Essas partículas se 
condensaram, constituindo as estrelas e galáxias do nosso universo atual, incluindo a Via 
Láctea, galáxia onde o sistema solar está inserido. Após a formação do Universo, há 
aproximadamente 13 bilhões de anos, quando ele completou seu primeiro bilionésimo de 
segundo, já havia perdido calor o suficiente para que as quatro forças fundamentais voltassem 
a se separar umas das outras. 
 
Escala evolutiva. Fonte: American Museum of Natural History (adaptada). 
Disponível em: https://www.amnh.org/explore/ology/astronomy/how-did-the-universe-begin 
 
A Terra é um planeta rochoso do Sistema Solar formada há 4,5 bilhões de anos com a 
fusão de diversas rochas menores. Até o resfriamento, nosso planeta não passava de uma 
imensa rocha cuja superfície beirava os 12 mil °C de temperatura. Com determinadas 
10 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 40 
condições químicas e com os ingredientes corretos, acredita-se que os átomos se combinaram, 
descombinaram e recombinaram de formas variadas, formando moléculas orgânicas. 
 
3.1 Teorias sobre a origem da vida 
 
Mas apesar da estimativa de surgimento da vida entre 4,5 – 3,5 bilhões de anos, o termo 
Biologia só apareceu por volta dos anos 1800 nos trabalhos de alguns cientistas que 
concluíram que plantas e animais eram bastante diferentes dos “seres não animados” (como 
rochas, minerais, lodo) devido à presença de vida. Neles, havia uma organização corporal que 
permitia um ciclo de crescimento, reprodução e morte. 
A teoria da geração espontânea ou abiogênese foi aceita até meados do século XIX 
para explicar a origem de vários organismos. Hoje pode parecer óbvio que plantas e animais 
são seres vivos, enquanto rochas são agregados sólidos de um ou mais minerais. Mas naquela 
época o conceito de vida era muito abstrato. Acreditava-se que a vida ou os organismos vivos 
poderiam ser gerados espontaneamente a partir de matéria não viva, apartir da existência de 
um “princípio ativo” dentro de porções da matéria inanimada. Vegetais e animais poderiam, por 
exemplo, surgir espontaneamente a partir de lodo e rochas. Inclusive um dos exemplos mais 
conhecidos na época era a ideia de que sapos poderiam surgir pela transformação espontânea 
da lama nos brejos. Imagine só! O defensor mais famoso dessa hipótese na antiguidade foi 
Aristóteles. 
 
 
O médico belga Jean Baptiste van Helmont chegou a escrever receitas para formação 
de ratos. Segundo ele, bastava jogar num canto qualquer uma camisa suja e sementes de trigo 
para, após 21 dias, constatar a presença de ratos. O princípio ativo estaria no suor da camisa. 
Outra ideia de geração espontânea bastante difundida baseava-se em observações de animais 
surgindo de matéria em putrefação, ignorando completamente a pré-existência de ovos ou 
larvas no alimento. 
Muitos cientistas contestaram essa ideia, o que determinou um período de inúmeros 
experimentos que buscavam tanto corroborar quanto refutar 
a abiogênse. O médico italiano Francesco Redi foi um dos 
primeiros a questionar a origem espontânea dos seres vivos. 
Em 1668, ele realizou um experimento colocando carne 
fresca em três frascos diferentes. Um foi deixado aberto; 
outro foi coberto com um pano e o terceiro foi vedado. Dias 
depois, o frasco aberto continha vermes, os demais não. Ele 
observou que vermes foram encontrados na superfície 
externa do pano que cobria o frasco, demonstrando que os 
vermes vinham de ovos pré-existentes de mosca e não do 
apodrecimento da carne. 
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Mas foi a experiência de Louis Pasteur de 1859 é amplamente vista como tendo 
resolvido a questão da geração espontânea. Ele ferveu um caldo de carne em um frasco que 
tinha um pescoço longo que se curvava para baixo, como o de um ganso ou cisne. A ideia era 
que a curvatura do gargalo impedisse que as partículas que caíssem chegassem ao caldo, ao 
mesmo tempo que permitia o livre fluxo de ar. O frasco permaneceu sem crescimento de 
microrganismos por um longo período, porém quando finalmente foi agitado para que as 
partículas pudessem cair nas curvas, o caldo rapidamente se turvou.Este trabalho foi tão conclusivo que a instituiu a Lei da biogênese, que afirma que a 
vida se origina de uma vida previamente existente. 
 
 
Mas como teria surgido o primeiro ser vivo? Existem algumas hipóteses que tratam 
sobre esse assunto: 
 
▪ Origem extraterrestre: também conhecida como panspermia, segundo a qual substâncias 
precursoras da vida na Terra foram provenientes de outros locais do cosmo, chegando aqui 
por meteoros. 
▪ Origem criacionista: segundo a qual os seres vivos forma criados individualmente por uma 
divindade. 
▪ Origem por evolução química: segundo a qual a vida surgiu de substâncias inorgânicas, a 
partir de associações entre átomos e moléculas, formando compostos cada vez mais 
complexos. Essa hipótese foi levantada na década de 1920 e é a mais aceita 
cientificamente. 
 
 
A teoria da evolução química foi proposta pelos 
cientistas Aleksandr Oparin e John B. S. Haldane, afirmando que 
que a origem dos organismos vivos estaria no comportamento 
físico-químico da matéria inanimada. Segundo essa ideia, a 
atmosfera da Terra primitiva deveria ter uma natureza redutora, 
composta primordialmente por gás hidrogênio, vapor d’água, 
amônia e metano, além de constantes de descargas elétricas e 
radiação ultravioleta. Alguns compostos orgânicos simples, 
como nucleotídeos e aminoácidos, teriam se formado a partir da combinação aleatória dessas 
moléculas e sido carregados para o oceano primitivo, tornando-os verdadeiras sopas nutritivas, 
o que teria favorecido o surgimento dos primeiros sistemas vivos. 
Em 1950, Stanley Müller e Harold Urey desenvolveram, independentemente, um 
aparelho que simulava as supostas condições da Terra primitiva de Oparin-Haldane e 
observaram como resultado a formação dos aminoácidos alanina, glicina, ácido glutâmico, 
ueria, ácido lático, ácido acético, ácido fórmico e ácido aspártico. Posteriormente, novas 
pesquisas obtiveram outros aminoácidos e vários compostos de carbono. 
Pasteur REFUTA 
definitivamente a geração 
espontânea e estabelece 
que a vida só surge de 
outra vida pré-existente, 
estabelecendo a 
Biogênese. 
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Experimento de Stanley Müller sobre a teoria da evolução química. À esquerda, retrato do 
cientista em laboratório. 
Fonte: https://www.nature.com/articles/nchembio0807-437 
 
O próximo passo na evolução foi a formação de macromoléculas. Foi demonstrado 
que os monômeros das macromoléculas polimerizam espontaneamente sob condições 
prebióticas plausíveis. O aquecimento de misturas secas de aminoácidos, por exemplo, resulta 
em sua polimerização para formar polipeptídeos. Mas a característica fundamental da 
macromolécula da qual a vida evoluiu deve ter sido a capacidade de se replicar. Somente uma 
macromolécula capaz de fazer a síntese de novas cópias de si mesma seria capaz de 
reprodução, e, posterior, evolução. 
Das duas classes principais de macromoléculas informativas nas células atuais (ácidos 
nucléicos e proteínas), apenas os ácidos nucléicos são capazes de fazer sua própria 
autorreplicação. Os ácidos nucléicos podem servir como modelos para sua própria síntese 
devido ao emparelhamento específico de bases nitrogenadas entre nucleotídeos 
complementares. 
No início dos anos 1980, foi descoberto, sob condições laboratoriais, que o RNA é 
capaz de catalisar várias reações químicas, incluindo a polimerização de nucleotídeos (ou 
seja, a formação de ácido nucleico). O RNA além de armazenar informação é, portanto, 
excepcionalmente capaz de servir como molde e catalisar sua própria replicação, agindo como 
uma ribozima, o que levou os cientistas a pensarem que o primeiro sistema biológico a surgir 
conseguiria se autossustentar somente com moléculas de RNA. Essa ideia é o que chamamos 
de mundo do RNA. 
 
É provável que o RNA tenha sido a primeira molécula central no metabolismo dos 
primeiros sistemas vivos, com três características cruciais para a vida: 
reprodutibilidade, herdabilidade e mutabilidade. 
 
Não demorou até que esse RNA viabilizasse o surgimento das proteínas a partir de sua 
estrutura, gerando uma nova e propriedade do sistema vivo primitivo: a cooperação entre 
moléculas, ou seja, mais de uma molécula trabalhando em conjunto para garantir a 
sobrevivência das duas, no caso os ácidos nucléicos e as proteínas. Concomitantemente, 
acredita-se que o assoalho ocêanico da Terra primitiva fosse semelhante à argila, solo no qual 
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encontra-se alta concentração lipídios (formados a pator da combinação de átomos de 
carbono). Pela característica apolar, os lipídios, uma vez formados, tenderiam a se agrupar e 
formar micelas. Quando as moléculas de RNA e as proteínas passaram a se abrigar no interior 
dessas micelas, supõe-se o surgimento da membrana, delimitando o meio interno do externo, e 
originando as primeiras formas de vida primitivas: os protobiontes ou protocélulas. 
 
 
 
 
Com o tempo, um grupo de protobiontes teria apresentado uma molécula nova de ácido 
nucleico, o DNA, mais estável e mais eficiente em guardar informações. O esqueleto do DNA 
seria mais resistente à hidrólise (quebra da molécula na presença de água) em virtude da 
ausência de grupamentos 2’ hidroxila, o que provavelmente levou ao maior sucesso na 
autoduplicação daquelas protocélulas que o continham. Isso teria acarretado a divisão de 
trabalho que conhecemos atualmente: DNA como fonte de informação genética, proteínas 
como executoras das ordens do DNA, e o RNA como transmissor da ordem (do DNA para a 
proteína). 
 
DNA → RNA → Proteína 
Finalmente, os primeiros organismos teriam surgido na forma de seres unicelulares, ou 
seja, formados por apenas uma célula. Precisamos entender agora como esses organismos se 
alimentavam, isto é, de onde obtinham energia. 
 
 
Primeira célula a surgir era simples, 
mas contava já com DNA. Costumamos 
representá-la como o esquema abaixo. 
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3.1.1 Origem do metabolismo 
 
Como as células se originaram em um mar de moléculas orgânicas, elas foram capazes 
de obter alimentos e energia diretamente de seu ambiente. Mas por esta situação ser 
autolimitada, elas precisaram desenvolver seus próprios mecanismos para gerar energia 
suficiente para sua replicação. 
A geração e a utilização controlada de energia metabólica são centrais para todas as 
atividades celulares, e as principais vias do metabolismo energético são altamente 
conservadas nas células atuais. Todas as células usam ATP (adenosina 5′-trifosfato) como 
molécula energética para conduzir a síntese dos constituintes celulares e suas funções. 
Acredita-se que os mecanismos de geração de ATP tenham evoluído em três estágios: 
1) surgimento da glicólise, 
2) surgimento da fotossíntese e 
3) surgimento do metabolismo oxidativo. 
 
Na atmosfera inicialmente anaeróbica da Terra, as primeiras reações geradoras de 
energia provavelmente envolveram um mecanismo pelo qual a energia presente em moléculas 
orgânicas pré-formadas (como a glicose) poderia ser convertida em ATP, que poderia então ser 
usado como uma fonte de energia para conduzir outras reações metabólicas. Esse mecanismo 
é o que conhecemos como fermentação. 
 
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2 + 2 ATP 
 
(glicose → etanol + gás carbônico + ATP) 
 
Nesse cenário, a atmosfera foi ficando rica em CO2, favorecendo um grupo de 
organismos que conseguiu utilizar esse gás em conjunto com a energia da luz solar para a 
produção das suas próprias moléculas nutritivas, dando surgimento à fotossíntese. Esse foi 
um passo importante para a história da vida na Terra pois permitiu às células independência do 
uso de moléculas orgânicas pré-formadas.As primeiras bactérias fotossintéticas evoluíram há mais de 3 bilhões de anos e 
provavelmente usaram sulfeto de hidrogênio (H2S) para converter gás carbônico (CO2) em 
moléculas orgânicas. 
 
6 CO2 + 12 H2S → C6H12O6 + 6 H2O + 12 S 
 
(gás carbônico + sulfeto de hidrogênio → glicose + água + enxofre) 
O uso da água (H2O) como molécula doadora de elétrons e hidrogênio para a conversão 
do CO2 em compostos orgânicos evoluiu posteriormente e modificou a composição da 
atmosfera, introduzindo um novo gás, o oxigênio (O2). Como a água era abundante na Terra 
primitiva, logo tornou-se a molécula preferencial, dando origem à fotossíntese como a 
conhecemos: 
 
6 CO2 + 12 H2O → C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2 
 
(gás carbônico + água → glicose + água + oxigênio) 
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Por utilizarem substâncias simples e energia solar, essas bactérias fotossintetizantes 
puderam se espalhar por toda o planeta e a consequência disso foi um aumento brusco na 
concentração de oxigênio na atmosfera terrestre, fazendo com que ele funcionasse como um 
poluente atmosférico para a maioria dos seres que já habitavam o planeta. Por volta de 2 
bilhões de anos atrás, esses seres que ainda não possuíam proteção contra o oxigênio foram 
extintos em um evento chamado de holocausto do oxigênio. 
 
 
 
A liberação de O2 como consequência da fotossíntese mudou o ambiente no qual as 
células evoluíram e levou ao desenvolvimento do metabolismo oxidativo para gerar energia 
de maneira muito mais eficiente comparada à fementação. 
 
C6H12O6 + O2 → 6 CO2 + 6 H2O + ENERGIA 
(glicose + oxigênio → gás carbônico + água + ATP) 
 
 
A decomposição oxidativa completa da glicose em CO2 e H2O produz energia equivalente 
à de 30 a 32 moléculas de ATP, em contraste com as 2 moléculas de ATP formadas pela 
fermentação. Com poucas exceções, as células atuais usam reações oxidativas como sua 
principal fonte de energia.O desenvolvimento dessas vias metabólicas mudou a atmosfera da 
Terra, alterando assim o curso da evolução posterior. 
 
ATENÇÃO! 
 
Defensores da ABIOGÊNESE = Aristóteles, Jean Baptiste van Helmont, John 
Needham. 
Vimos os experimento de Helmont sobre a receita para criar ratos. Outro defensor famoso 
foi John Needham, que realizou vários experimentos em que submetia à fervura frascos 
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contendo sopa. Após a fervura, fechava os frascos com rolhas, deixava-os em repouso por 
alguns dias, e ao examinar as soluções posteriormente, observava a presença de 
microrganismos. A explicação dada era que os microorganismos teriam surgido por geração 
espontânea a partir da força vital presente na sopa. 
 
Defensores da BIOGÊNESE = Francesco Redi, Lazzaro Spallanzani, Louis Pasteur. 
Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos de Needham com algumas modificações e 
explicou que o colega não havia fervido a sopa por tempo suficientemente para matar os 
microrganismos já existentes nela. Ele colocou sopa em balões de vidro, fechando-os 
hermeticamente, e os submeteu à fervura em banho maria por um bom tempo. Deixou 
resfriar por alguns dias e, ao abrir os frascos, examinou a sopa, que estava livre de qualquer 
microorganismo. 
 
 
QUESTÃO PARA MEMORIZAÇÃO 
(Simulado EV Medicina /2020) Assuntos acerca da origem da vida ainda são espinhosos, 
uma vez que não existe um retrato exato de como teriam sido os primeiros seres vivos. 
Muitas são as evidências que indicam como teria se dado esse processo, mas, uma vez 
que não existe um retrato exato de como teriam sido os primeiros seres vivos, 
permanecemos com esse grande enigma da Biologia. 
 
Sabendo as teorias que envolvem essa questão, analise as alternativas e assinale a 
correta. 
a) Segundo Oparin e Haldane, os primeiros seres vivos a surgirem eram muito simples e 
heterotróficos, portanto, unicelulares, procariontes e aeróbios. 
b) A vida teria surgido por processo de evolução química, na qual moléculas inorgânicas teriam 
formado moléculas orgânicas simples e, posteriormente, moléculas orgânicas mais complexas. 
Assim teriam surgido os coacervados, considerados os primeiros seres vivos. 
c) De acordo com Oparin e Haldane, o ambiente turbulento e os gases presentes na atmosfera 
primitiva teriam permitido o surgimento de moléculas orgânicas e da vida. Essa hipótese foi 
testada por Pasteur, que simulou as condições da Terra primitiva experimentalmente e verificou 
a formação de moléculas como aminoácidos. 
d) Segundo a teoria da abiogênese, a vida é gerada espontaneamente, a partir de matéria não 
vida, em todas as suas formas. São defensores dessa teoria Aristóteles, Needham e 
Spallanzani. 
e) A teoria da biogênese, seres vivos são formados somente a partir de outros preexistentes 
por meio da reprodução. Esse pensamento vale tanto para o surgimento de formas de vida 
macroscópicas quanto microscópicas. 
 
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Comentários 
a. Errada. Segundo Oparin e Haldane, a Terra primitiva não possuía gás oxigênio. 
b. Errada. Coacervados são protocélulas, aglomerados de moléculas orgânicas envoltas por 
uma película de água, que se formam espontaneamente em soluções aquosas. 
c. Errada. Pasteur comprovou a teoria da biogênese. 
d. Errada. Spallanzani não era defensor da abiogênese. 
Gabarito: E. 
 
3.1.2 Origem das células eucarióticas 
 
No início do livro, vimos que um dos pré-requisitos para que algo seja considerado vivo é 
apresentar pelo menos uma célula. Robert Hooke, cientista inglês, e outros pesquisadores de 
sua época foram capazes de observar ao microscópio a estrutura celular em diversos tecidos 
vivos. Estas observações levaram, posteriormente, à famosa Teoria Celular, proposta por 
Schleiden e Schwann no século XIX, segundo a qual: 
 
Todos os organismos vivos são formados por uma ou mais células 
As células são consideradas unidades morfológicas e funcionais de todas as formas de 
vida 
Todas as células originam-se de outra célula preexistente. 
 
É daí que vem a definição de que a célula é a menor 
unidade viva funcional. Agora que já sabemos como (muito 
provavelmente) surgiram as células, vamos nos aprofundar 
nesse assunto. Toda célula é constituída por uma membrana 
plasmática, citoplasma, ribossomos e DNA. Já 
comentamos sobre o DNA no capítulo passado e nos 
aprofundaremos nas próximas aulas. 
 
A membrana plasmática é a película que delimita a célula, individualizando-a do meio 
exterior. O citoplasma é a região interna da célula, preenchida por uma solução aquosa 
espessa, chamada citosol, na qual ficam imersos o material genético e os ribossomos. Os 
ribossomos são estruturas formadas por RNA ribossômico e proteínas e que produzem 
proteínas a partir de aminoácidos durante um processo denominado tradução (o qual 
estudaremos na aula sobre Núcleo). O processo de síntese de proteínas é uma função 
primária, executada por todas as células vivas. 
Mas hoje sabemos que existem dois modelos básicos de células: as células 
procarióticas e as células eucarióticas. As células procarióticas são mais simples e 
correspondem, em essência, à estrutura que vimos sendo construída nesse capítulo 
(representada acima). As células eucarióticas são mais complexas e contêm um núcleo, além 
de uma variedade de organelas citoplasmáticas e um citoesqueleto. Vamos entender como 
elas surgiram? 
Uma etapa crítica na evolução das células eucarióticas foi a aquisição do núcleo e das 
organelas envolvidas por membrana. Acredita-se que o núcleo tenha surgido a partir de 
“dobras” (ou invaginações) da membrana plasmática das células procarióticas, que passaram a 
envolver o DNA, assim como as organelas membranosas, exceto as mitocôndrias (organela 
especializada na respiraçãocelular) e os cloroplastos (organela especializada na fotossíntese). 
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Para a origem dessas duas organelas existe a teoria da endossimbiose, formulada na década 
de 1960, a bióloga americana Lynn Margulis. 
Um endossimbionte é uma célula que vive dentro de outra célula com benefício mútuo. A 
teoria da endossimbiose afirma as células eucarióticas tenham evoluído a partir de procariotos 
precoces que foram engolfados por fagocitose. A célula procariótica engolfada permaneceu 
não digerida, pois contribuiu com uma nova funcionalidade para a célula hospedeira. Ao longo 
das gerações, a célula engolfada perdeu parte de sua utilidade independente e se tornou uma 
organela suplementar. 
 
 
Evidências a favor da teoria da endossimbiose 
 
• Mitocôndrias e cloroplastos apresentam membrana dupla, diferente das demais organelas 
membranosas, como resultado da possível fagocitose sofrida no passado; 
• Mitocôndrias e cloroplastos contêm DNA circular próprio, assim como nas bactérias; 
• Mitocôndrias e cloroplastos contêm seus próprios ribossomos, assim como nas bactérias; 
• Mitocôndrias e cloroplastos reproduzem de maneira independente e o processo de divisão 
dessas organelas assemelha-se ao processo de reprodução das bactérias. 
 
 
Teoria Endossimbiótica. O primeiro eucarioto pode ter se originado de um procarioto ancestral 
que sofreu ionvaginações da membrana, formando um núcleo e várias organelas 
membranosas, e do posterior estabelecimento de relações endossimbióticas com um procarioto 
aeróbio e, em alguns casos, um procarioto fotossintético, para formar mitocôndrias e 
cloroplastos, respectivamente. 
 
São esses dois modelos celulares (células procarióticas e eucarióticas) que organizam 
todos os seres vivos em uma grande árvore da vida. 
 
3.2 A árvore da vida 
As células eucarióticas se desenvolveram após cerca de 1 a 1,5 bilhão de anos de 
evolução procariótica, aproximadamente há 2,7 bilhões de anos. É possível que um evento 
muito precoce na evolução tenha guiado a divergência de um ancestral em três linhas de 
descendência: Domínio Archaea (ou Arqueia), Domínio Bacteria (ou Eubacteria) e Domínio 
Eukarya (ou Eucaria). Atualmente, todos os organismos vivos estão arranjados nesses 
domínios: Arqueia e Bacteria agrupam os seres procariontes (as bactérias), enquanto Eucaria 
agrupa os seres eucariontes (animais, plantas, fungos, protozoários e algas). 
Nesta organização, é curioso que embora Arqueia e Bactéria agrupem as bactérias, as 
espécies de cada um dos grupos diferem muito entre si, e estudos de biologia molecular 
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apontam que muitos genes de arqueobactérias são mais semelhantes aos genes dos 
eucariotos. Por isso, ilustramos a árvore da vida da seguinte maneira: arqueobactérias e 
eucariontes são mais próximos entre si, em relação às demais bactérias, por compartilharem 
muitas características (ausentes nas demais bactérias). 
 
 
A árvore da vida é dividida em três domínios, propostos por Carl Woese na década de 1970. 
 
3.2.1 Célula procariótica (Bacteria e Arqueobacteria) 
 
As células procarióticas compreendem organismos unicelulares chamados bactérias. 
Isso significa que não existe bactéria muilticelular, razão pela qual muitas vezes tratamos esses 
conceitos (células procarióticas e bactéria) como sinônimos. 
Houve um tempo em que as arqueobactérias e bactérias se agrupavam sob o reino 
Monera. Contudo, estudos do pesquisador Carl Woese mostraram que existem muitas 
diferenças entre elas. Estudaremos detalhadamente essas diferenças mais adiante no curso. 
Aqui, vamos retratar as características básicas das bactérias. 
Bactérias possuem a membrana plasmática envolta por uma parede celular, 
constituída por uma composição de polissacarídeos e aminoácidos chamada peptidoglicano 
(também referido como mucopeptídeo ou mureína), cujas funções são conferir forma à célula, 
proteção ao citoplasma frente às diferenças de pressão osmótica entre os meios externo e 
interno, e rigidez ao corpo bacteriano. 
Externamente à parede celular, pode existir uma cápsula de polissacarídeos que tem 
função de proteção (impedindo que a célula seja fagocitada), adesão em diferentes substratos 
e proteção contra desidratação e choques mecânicos. 
Internamente, o citoplasma bacteriano é preenchido por uma solução chamada 
hialoplasma ou citosol, cuja composição consiste em 80% de água e 20% de substâncias 
dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídios, íons, etc). Nele estão imersos o 
DNA, os plasmídeos (pequenas porções de DNA circular) e os ribossomos (que realizam a 
síntese proteica). 
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A característica mais marcante das bactérias é a ausência de núcleo celular. O DNA 
consiste em uma única molécula circular que fica agrupada em uma região específica 
chamada nucleoide, que não é delimitada por membrana. 
Os plasmídeos, pequenos segmentos de DNA circular também estão presentes e 
desempenham funções importantes: seus genes não codificam características essenciais, 
porém muitas vezes conferem vantagens seletivas à bactéria que os possuem, especialmente 
por serem capazes de auto-duplicação independente da duplicação do cromossomo. Suas 
funções são apresentar genes de resistência a diversos antibióticos, sintetizar toxinas e 
enzimas de degradação de carboidratos e outras substâncias. 
Outra característica marcante é a ausência de organelas intracelulares, exceto pelos 
ribossomos, responsável pela síntese de proteínas. Ocorrem ainda estruturas locomotoras 
como os cílios e flagelos, e, em algumas bactérias, existem estruturas proteicas em forma de 
pelos que se projetam da superfície em direção ao meio externo chamadas fímbrias, que 
também tem função de adesão ao meio externo ou outras células procariontes. 
 
 
Células procarióticas compõe as bactérias, são estruturas simples e não possuem núcleo nem 
organelas internas citoplasmáticas. 
3.2.2 Célula eucariótica (Eucaria) 
 
Os organismos eucariontes podem ser uni ou pluricelulares, e suas principais 
características são a presença do DNA envolto por uma membrana, formando o núcleo 
celular, além da presença de diversos compartimentos internos envoltos por membrana e 
especializados em diferentes funções, formando as organelas citoplasmáticas. 
Como sempre, a membrana plasmática delimita, confere forma e proteção às células 
eucarióticas. Elas apresentam DNA linear guardado no interior do núcleo, além de várias 
organelas membranosas especializadas em diferentes funções para a manutenção da 
atividade da célula. 
 
Sucintamente, temos as seguintes organelas: 
▪ Ribossomo: realiza a síntese proteica; 
▪ Retículo endoplasmático rugoso: realiza a síntese proteica; 
▪ Retículo endoplasmático liso: realiza a síntese lipídica; 
▪ Aparelho golgiense: realiza a secreção celular; 
▪ Lisossomos: realiza a digestão celular; 
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▪ Peroxissomo: realiza a desintoxicação; 
▪ Mitocôndria: realiza a respiração celular; 
▪ Centríolo: participa da divisão celular; 
▪ Cloroplasto: realiza a fotossíntese; 
▪ Vacúolo central: função de reserva, controle osmótico e defesa. 
 
Existem três tipos de células eucariontes: a célula animal, a célula vegetal e a célula 
fúngica. Elas compartilham muitas das estruturas citadas acima, com algumas importantes 
particularidades. 
A célula animal diferencia-se por não apresentar parede celular e manter em seu interior 
uma rede de fibras proteicas conhecida como citoesqueleto, que mantém sua forma e auxilia 
em diversas atividades. Células vegetais apresentam paredecelular externa à membrana, com 
composição celulósica. Ainda, por estar presente em organismos capazes de realizar 
fotossíntese, tais células possuem organelas fotossintéticas chamadas cloroplastos. Células 
fúngicas apresentam parede celular externa à membrana, com composição de quitina. 
Falaremos muito delas ao longo do curso, então é fundamental saber diferenciá-las! 
 
 
 
3.2.2 Origem da multicelularidade 
 
A evolução para os organismos multicelulares provavelmente partiu da associação de 
organismos unicelulares em colônias. Esta é a chamada teoria colonial. Em algumas 
associações coloniais, as células, após divisão, teriam mantido-se unidas por uma matriz, o 
que lhes deve ter conferido comunicação, coordenação de atividades e divisão de tarefas. A 
especialização e a cooperação permitem que as células se combinem, formando um 
organismo com mais capacidades do que cada uma das suas partes constituintes. 
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Teoria colonial para explicar o surgimento da multicelularidade. 
 
Uma evidência a favor dessa teoria são as algas verdes do gênero 
Volvox. Elas possuem uma estrutura esférica oca e flagelada, com 
indivíduos englobando entre 500 e 60.000 células. As Volvox se formam a 
partir dos protozoários do gênero Chlamydomonas, unicelulares e 
flagelados, cuja reprodução ocorre por fissão binária longitudinal. À época 
da reprodução das Chlamydomonas, elas perdem seu flagelo. Após a 
duplicação celular, cada célula-filha cresce novamente seus flagelos para 
recomeçar o ciclo. Portanto, elas não conseguem se locomover e 
reproduzir ao mesmo tempo. 
Os Volvox aproveitaram essas duas funções celulares das Chlamydomonas e as 
dividiram em células especializadas. Enquanto células menores sempre possuem flagelo – 
ajudando na captura de nutrientes e na locomoção –, células maiores não os possuem e 
realizam a reprodução de forma contínua, de forma que os Volvox conseguem nadar e se 
reproduzir ao mesmo tempo, ganhando uma grande vantagem que as possibilitam explorar 
novos ambientes e desafios. 
 
Formação das algas verdes Volvox a partir da associação colonial de protozoários 
Chlamydomonas. 
 
Esse exemplo mostra que a multicelularidade parece ter ocorrido de forma gradual e 
facilitada, aproveitando genes já pré-existentes em células unicelulares. 
Registros fósseis de organismos multicelulares datam de cerca de 600 milhões de anos. 
As impressões fósseis mostram configurações e corpos curiosos, muito parecidos com 
pequenas folhas, outros com formas de disco, que provavelmente permaneciam fixos no solo 
do fundo dos mares ou suspensos na coluna d’água. Esses animais foram nomeados como a 
fauna ediacariana, por terem sido descobertos em Ediacara, na Austrália. Eles são 
considerados os primeiros exemplos de organismos multicelulares complexos a surgirem na 
Terra. 
A fauna de Ediacara é inteiramente desprovida de partes duras e os animais dessa 
época são considerados os representantes primitivos de grupos de animais modernos, 
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especialmente dos cnidários, dos anelídeos e dos artrópodes. Esta fauna tem importância 
especial por ser o único vestígio de vida multicelular anterior ao surgimento dos 
ancestrais dos grupos modernos, dotados de partes duras. 
Há cerca de 530 milhões de anos, contudo, uma vasta variedade de animais apareceu 
repentinamente no cenário evolutivo em um evento denominado de Explosão Cambriana. Em 
possivelmente mais ou menos 10 milhões de anos, animais marinhos evoluíram a maioria dos 
formatos básicos de corpo que vemos hoje em grupos modernos. Entre os organismos 
preservados em fósseis desse tempo há parentes de crustáceos e estrelas-do-mar, esponjas, 
moluscos, vermes, cordados e algas. 
Atualmente, sugere-se que o aumento brusco de oxigênio para níveis quase-modernos 
no oceano poderia ter estimulado a explosão cambriana. O surgimento gradual de predadores 
teria significado problema para os animais de Ediacara que não tinham defesas óbvias (afinal, 
possuíam corpo mole e eram imóveis em sua maioria), e, ao mesmo tempo, os animais que se 
diversificavam possuíam exoesqueletos mineralizados, que forneceram proteção contra 
predadores recém surgidos. 
 
 
 
À direita, fauna de Ediacara. À esquerda, fauna do Cambriano. Fonte: 
https://scienceline.org/2014/03/creatures-of-the-ediacaran, por Ryan Somma e 
https://netnature.wordpress.com/2020/09/29/a-fauna-do-cambriano, por Ken Doud. 
 
3.3 História evolutiva da vida 
Vimos nesta aula que nosso planeta tem cerca de 4,54 bilhões de anos. Esse longo 
intervalo de tempo chama-se tempo geológico e é dividido em unidades temporais menores: 
éons, eras, períodos, épocas e idades. 
Éon significa um intervalo de tempo muito grande, indeterminado. A história da terra 
está dividida em quatro éons: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e Fanerozoico. Com exceção 
do Hadeano, todos os éons são divididos em eras. Uma era é caracterizada pelo modo como 
os continentes e oceanos se distribuíam e como os seres vivos nela se encontravam. O 
período é a unidade fundamental na escala do tempo geológico, e somente as eras do éon 
Arqueano não são divididas em períodos. Época é um intervalo menor dentro de um período. E 
idade é a menor divisão do tempo geológico, com duração máxima de 6 milhões de anos. 
Somente as épocas mais recentes são divididas em idades. 
O quadro a seguir mostra o que aconteceu de mais importante em cada uma dessas 
fases da história do nosso planeta. 
 
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Biologia de Campbell, de 2015 
 
Você pode ter notado que não falamos sobre os vírus. Isso porque esses agentes patogênicos 
não são considerados vivos: eles são acelulares, não possuem metabolismo próprio e 
dependem de um hospedeiro para se multiplicar. Trataremos sobre eles em aula específica 
futuramente. 😉 
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QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO 
(Simulado EV - UECE/2020) A origem da vida é uma das questões mais polêmicas e que 
intrigam a humanidade. Na tentativa de responder essa questão, várias hipóteses 
surgiram e foram debatidas ao longo da história. Faça a correlação entre as colunas I e 
II, a respeito das diferentes teorias de origem da vida. 
 
Coluna I 
1. Atribuída ao filósofo grego Anaxágoras, a vida na terra teria sua origem após a 
chegada de partículas de vida trazidas do espaço. 
2. A vida teria sua origem a partir da matéria bruta e devido à presença de uma força 
vital. 
3. As condições da Terra primitiva possibilitaram a formação dos primeiros compostos 
orgânicos que, mais tarde, evoluíram para as primeiras formas de vida. 
4. O universo e todos os seres vivos foram criados da maneira que os vemos hoje, 
sendo assim imutáveis. 
 
Coluna II 
(_) Abiogênese 
(_) Panspermia 
(_) Evolução química 
(_) Criacionismo 
 
A alternativa que apresenta corretamente a correlação entre as colunas é 
a) 2, 1, 3 e 4. 
b) 1, 3, 2 e 4. 
c) 1, 2, 3 e 4. 
d) 2, 4, 3 e 1. 
 
Comentários 
Abiogênese (2): A vida teria sua origem a partir da matéria bruta e devido à presença de uma 
força vital. Panspermia (1): Atribuída ao filósofo grego Anaxágoras, a vida na terra teria sua 
origem após a chegada de partículas de vida trazidas do espaço. 
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Evolução química (3): As condições da Terraprimitiva possibilitaram a formação dos primeiros 
compostos orgânicos que, mais tarde, evoluíram para as primeiras formas de vida. 
Criacionismo (4): O universo e todos os seres vivos foram criados da maneira que os vemos 
hoje, sendo assim imutáveis. 
Gabarito: A. 
(Simulado/EV – Medicina) De acordo com a Teoria da Endossimbiose, as organelas 
mitocôndrias e cloroplastos descendem de bactérias primitivas que passaram a viver 
dentro de células eucarióticas primitivas, há milhões de anos. Essa ideia é reforçada 
pelas inúmeras semelhanças genéticas e químicas que tais organelas possuem em 
comum com as bactérias, exceto: 
 
a) Mitocôndrias e cloroplastos possuem dupla membrana, resultado, provavelmente, do 
englobamento desses organismos. A mais interna seria proveniente do organismo englobado, 
e a mais externa seria resultado da membrana do organismo que o englobou. 
b) Mitocôndrias e cloroplastos possuem capacidade de autoduplicação. 
c) Certos antibióticos causam alterações na síntese de proteínas de mitocôndrias e 
cloroplastos. 
d) Mitocôndrias e cloroplastos sintetizam algumas de suas próprias proteínas, de modo muito 
semelhante ao de organismos procariontes. 
e) Mitocôndrias e cloroplastos possuem seu próprio genoma, com genes localizados em 
pequenas quantidades de cromossomos. 
 
Comentários 
 As alternativas A, B, C e D estão certas. A alternativa E está errada, porque essas 
organelas não possuem seu genoma arranjado em cromossomos, mas sim em uma molécula 
de DNA circular. 
Gabarito: E. 
(Simulado EV Medicina /2020 - ) Fungos são organismos que possuem algumas 
características que os tornam semelhantes aos animais e outras, às plantas. É uma 
característica exclusiva desses seres: 
 
a) presença de raízes que os fixam ao substrato. 
b) estruturas reprodutivas chamadas de esporos. 
c) presença de vacúolos. 
d) glicogênio como substância de reserva. 
e) parede celular composta predominantemente por quitina. 
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Comentários 
A alternativa A está errada, porque fungos são possuem raízes. 
A alternativa B está errada, porque esporos também são formados no ciclo reprodutivo de 
plantas. 
A alternativa C está errada, porque plantas também apresentam vacúolos em suas células. 
A alternativa D está errada, porque animais também possuem glicogênio como substância de 
reserva. 
Gabarito: E. 
 
 
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5. Lista de questões 
1. (UEG GO/2019) Em 1953, a natureza química do material genético foi descrita por 
dois pesquisadores, Watson e Crick. Eles propuseram que o DNA é formado pela união 
de nucleotídeos em duas fitas complementares enroladas sob um eixo e, assim, 
formando uma hélice. A fita dupla de DNA apresenta ligações de hidrogênio entre os 
nucleotídeos das fitas complementares: 
 
Sobre as propriedades químicas desse material genético, verifica-se que 
a) a fita dupla de DNA é duplicada de forma semiconservativa, sendo as fitas originais 
imediatamente renaturadas após a duplicação. 
b) as bases nitrogenadas (A, T, C e G) são moléculas apolares e, por isso, se localizam 
abrigadas no interior da fita dupla de DNA. 
c) o DNA, por ser uma fita dupla, apresenta estrutura bidimensional sem a possibilidade de 
assumir uma configuração tridimensional. 
d) proporcionalmente, quanto maior a quantidade de purinas na fita dupla de DNA, menor a 
quantidade de pirimidinas e vice-versa. 
e) o ácido fosfórico dos nucleotídeos se liga a duas moléculas de carboidrato, conferindo carga 
positiva à fita dupla de DNA. 
 
2. (UNESP/2019) A proteína transmembrana de um macrófago apresenta 
aminoácidos constituídos pelos radicais polares R1 e R2, presentes em dois dos 
aminoácidos indicados pelas fórmulas estruturais presentes na figura. 
 
 
Um antígeno fora do macrófago liga-se a um dos radicais por interação dipolo 
permanente-dipolo permanente. Uma enzima produzida no citosol do macrófago interage 
com o outro radical por ligação de hidrogênio. 
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Os radicais R1 e R2 constituem, respectivamente, os aminoácidos 
a) serina e alanina. 
b) aspartato e serina. 
c) alanina e serina. 
d) aspartato e alanina. 
e) serina e aspartato. 
 
3. (CESVA/2019) As vitaminas lipossolúveis são absorvidas e transportadas com a 
gordura da dieta. Elas não são facilmente excretadas na urina e podem ser armazenadas 
no fígado e tecido adiposo. As vitaminas hidrossolúveis, de uma maneira geral, não são 
normalmente armazenadas em quantidades significativas no organismo, o que leva, 
muitas vezes, à necessidade de um suprimento diário dessas vitaminas. 
 
Um exemplo de vitamina liberada pela urina, em razão da sua solubilidade em água, é a 
a) vitamina A 
b) vitamina C 
c) vitamina D 
d) vitamina E 
e) vitamina K 
 
4. (UFGD MS/2018) As proteínas são macromoléculas ou polímeros naturais 
responsáveis por inúmeras funções nos organismos vivos. As unidades fundamentais 
de todas as proteínas são os aminoácidos. Os aminoácidos são unidos entre si por 
ligações peptídicas para formar as proteínas. A estrutura seguinte representa uma 
porção de uma proteína constituída por três aminoácidos: alanina, glicina e serina. 
 
 
 
Marque a alternativa que indica o número do retângulo tracejado que corresponda a uma 
ligação peptídica. 
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a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
 
5. (UFPR/2018) A falta de vitaminas pode causar doenças chamadas avitaminoses, 
cujos sintomas dependem do tipo de vitamina que está deficiente. Em um estudo 
realizado em diferentes populações humanas, foram constatados os seguintes sintomas 
e doenças relacionados a avitaminoses: (1) raquitismo, (2) escorbuto, (3) hemorragias e 
(4) cegueira noturna. 
 
Assinale a alternativa com a dieta correta para o tratamento de cada uma das quatro 
avitaminoses acima identificadas. 
a) (1) cenoura, abóbora e fígado como fontes de vitamina D. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina C. – (3) peixe como fonte de vitamina A. – (4) vegetais com folhas verdes como fontes 
de vitamina K. 
b) (1) peixe, leite e gema de ovo como fontes de vitamina D. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina C. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina K. – (4) abóbora, fígado e 
cenoura como fontes de vitamina A. 
c) (1) peixe, leite e gema de ovo como fonte de vitamina K. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina A. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina D. – (4) cenoura, abóbora 
e fígado como fonte de vitamina C. 
d) (1) cenoura, abóbora e fígado como fontes de vitamina D. – (2) peixe, leite e gema de ovo 
como fontes de vitamina K. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina A. – (4) 
frutas cítricas como fontes de vitamina C. 
e) (1) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina D. – (2) cenoura, abóbora e fígado 
como fontes de vitamina C. – (3) frutas cítricas como fontes de vitamina K. – (4) peixe, leite e 
gema de ovo como fontes de vitamina A. 
 
6. (UPE/2018) Os insetos são considerados o alimento do futuro por terem elementos 
nutritivos. Veja, a seguir, a descrição dos nutrientes neles encontrados. 
 
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Lagarta mopane - estágio larval das mariposas imperador, Imbrasia belina - rica em 
potássio, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, zinco, manganês e cobre. 
Larvas da farinha - larvas do besouro Tenebrio molitor - ricas em cobre, sódio, potássio, 
ferro, zinco, selênioe gorduras poli-insaturadas. 
Percevejo Maria-fedida - Nezara viridula - rico em vitaminas do complexo B, proteínas, 
ferro, potássio e fósforo. 
Besouro escaravelho-vermelho - Rhynchophorus ferrugineus – rico em potássio, zinco, 
ferro, fósforo e também em vários aminoácidos, ácidos graxos monoinsaturados, poli-
insaturados e em quitina. 
 
Sobre os componentes químicos encontrados nesses animais e o seu valor nutricional, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) A quitina, encontrada no exoesqueleto de artrópodes, como o escaravelho-vermelho, é um 
polissacarídeo energético, solúvel em água, formado por várias moléculas de glicose e um 
grupo amina (NH2). 
b) As gorduras de origem animal, como aquelas encontradas nas larvas do besouro Tenebrio 
molitor, são formadas por ácidos graxos insaturados, em que todas as ligações disponíveis dos 
átomos de carbono são ocupadas por átomos de hidrogênio. 
c) O magnésio encontrado na lagarta mopane é um mineral importante na ativação de enzimas 
envolvidas na síntese de proteínas e na contração muscular. Sua carência pode provocar bócio 
e queda de dentes. 
d) O cálcio, o fósforo e o zinco, encontrados na lagarta mopane, são minerais, que participam 
de importantes funções do nosso corpo; os dois primeiros participam da formação e 
manutenção de ossos e dentes, enquanto o zinco atua no processo de cicatrização. 
e) As vitaminas do complexo B, encontradas na maria-fedida, são um complexo de vitaminas 
lipossolúveis, o qual regula várias funções do nosso corpo, por exemplo, a vitamina B9 ou 
riboflavina, que previne anemia. 
 
7. (UFSC/2018) Uma nova ferramenta de edição genética capaz de mudar 
completamente o mundo que conhecemos está deixando de ser uma possibilidade e 
tornando-se realidade. Ela reúne características que surpreendem até mesmo os 
biólogos mais experientes. Simplificadamente, é possível eliminar partes indesejadas do 
genoma e, se necessário, inserir novas sequências no local. Nessa técnica, uma 
nuclease corta as duas fitas da dupla hélice do DNA, abrindo espaço para a inserção, se 
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for o caso, de um novo trecho de DNA, sendo possível também a edição de uma única 
“letra” no genoma. 
 
Sobre os assuntos relacionados ao texto, é correto afirmar que: 
01. a “letra” mencionada no texto é uma referência ao tipo de açúcar (ribose ou desoxirribose) 
presente no DNA. 
02. as duas fitas do DNA mencionadas no texto são formadas por três sequências paralelas de 
nucleotídeos. 
04. os vírus podem atuar de maneira semelhante a uma etapa da técnica, pois a informação 
presente nos trechos de seu material genético pode ser inserida no DNA da célula hospedeira. 
08. para a síntese de proteínas, participam do processo apenas o DNA, o RNA mensageiro e o 
RNA transportador. 
16. alterações de apenas uma “letra” no gene não podem levar à inativação da proteína 
formada. 
32. os alelos são variações na sequência dos nucleotídeos de um gene. 
 
8. (UNEB BA/2018) A riqueza energética do hidrogênio deve-se à sua capacidade de 
transferir facilmente elétrons para outros compostos, como o oxigênio, e liberar energia. 
Esse processo é descrito, de modo um tanto confuso, como “redução química”. Os 
cientistas suspeitavam havia tempos que gases reduzidos desempenhavam papel 
importante na origem da vida na Terra. Na década de 20, o bioquímico russo Alexander 
Oparin e o evolucionista britânico J.B.S. Haldane sugeriram, isolada e 
independentemente, que a atmosfera primitiva da Terra pode ter sido muito rica em 
gases redutores, como metano, amônia e hidrogênio. E, nessas concentrações elevadas, 
os ingredientes químicos necessários para a vida podem ter-se formado 
espontaneamente. A ideia ganhou credibilidade décadas mais tarde, com o famoso 
experimento dos químicos Stanley Miller e Harold Urey, da University of Chicago, em 
1953. Ao aquecer e descarregar faíscas em uma mistura de gases redutores, os 
cientistas conseguiram criar uma gama de compostos orgânicos (a maioria contendo 
carbono e hidrogênio), inclusive aminoácidos, os blocos de construção das proteínas, 
vitais para todas as formas de vida terrestre. Entretanto, nos anos subsequentes ao 
experimento, geólogos concluíram que a atmosfera ancestral não era nem de longe tão 
redutora como a dupla havia pensado. Segundo eles, as condições que formaram 
aminoácidos e outros compostos orgânicos em sua experiência provavelmente nunca 
existiram na atmosfera. (BRADLEY, 2017). 
 
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Analisando-se o texto e com base nos conhecimentos sobre a origem da vida, é correto 
afirmar: 
01. Com o experimento de Miller e Urey, foi ratificada a teoria de Oparin e Haldane por conta 
da descoberta de seres vivos simples e sem histonas no interior da estrutura montada para 
simular a Terra primitiva. 
02. Independente dos eventos que precederam a origem do primeiro ser vivo, a presença de 
elementos, como carbono, oxigênio e nitrogênio na Terra primitiva, foi imprescindível. 
03. A elucidação dos eventos e dos processos que proporcionaram a origem do primeiro ser 
vivo foi decisiva para a construção dos conceitos que até hoje são aceitos como verdades 
imutáveis. 
04. Os gases presentes na atmosfera primitiva, segundo Oparin e Haldane, reagiram sob 
condições abióticas que viabilizaram, a todo instante, a origem e sobrevivência de qualquer ser 
vivo. 
05. Após a origem do primeiro ser vivo, foi possível a formação de uma membrana que 
proporcionou a existência de um citoplasma com uma composição bioquímica específica e 
distinta do meio externo. 
 
9. (FAMERP/2018) Analise a figura, que ilustra, de maneira esquemática, a disposição 
das moléculas de fosfolipídios presentes em alguns componentes celulares. 
 
 
 
Em células eucarióticas, tal disposição de fosfolipídios é encontrada 
a) no complexo golgiense e no retículo endoplasmático. 
b) no peroxissomo e no ribossomo. 
c) no citoesqueleto e na mitocôndria. 
d) nos centríolos e no lisossomo. 
e) no envoltório nuclear e no cromossomo. 
 
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10. (UFPR/2017) As moléculas mais utilizadas pela maioria das células para os 
processos de conversão de energia e produção de ATP (trifosfato de adenosina) são os 
carboidratos. Em média, um ser humano adulto tem uma reserva energética na forma de 
carboidratos que dura um dia. Já a reserva de lipídeos pode durar um mês. O 
armazenamento de lipídeos é vantajoso sobre o de carboidratos pelo fato de os 
primeiros terem a característica de serem: 
 
A) isolantes elétricos. 
B) pouco biodegradáveis. 
C) saturados de hidrogênios. 
D) majoritariamente hidrofóbicos. 
E) componentes das membranas. 
 
11. (ETEC SP/2017) O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de 
vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica 
e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um 
grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê. 
 
Nos primeiros dias após o nascimento, o leite materno é chamado de colostro. O leite de 
mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo. A 
principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de 
difícil digestão para a espécie humana. A tabela apresenta as diferenças entre o colostro 
e o leite maduro, entre o leite de mães de bebês a pré-termo e de bebês a termo e entre o 
leite materno e o leite de vaca. 
 
 
(1) Bebê a termo: gestação de 39 a 40 semanas. (2) Bebê a pré-termo: gestação de 37 a 38 semanas. <http://tinyurl.com/z2xs272> Acesso 
em: 01.09.2016. Adaptado.De acordo com o texto e a tabela, pode-se afirmar que 
a) um bebê a termo de 27 dias, ao ser amamentado, ingere 7,0 g/dL de lactose. 
b) a lactoalbumina, a principal proteína do leite de vaca, é de fácil digestão para o bebê. 
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c) o leite de vaca, por ter mais proteína que o colostro e que o leite maduro, é mais adequado 
para a criança. 
d) o leite maduro consumido pelo bebê a pré-termo contém mais lactose que o leite de vaca e 
menos proteína que o colostro. 
e) o colostro apresenta mais lipídios, menos proteína e menos lactose do que o leite maduro, 
independentemente dos dias de vida do bebê. 
 
12. (FPS PE/2017) Para Aristóteles, o conceito de vida estava relacionado às 
potencialidades da alma, de forma hierárquica, relacionadas às capacidades de nutrição 
(crescimento e desenvolvimento), percepção sensorial (dor, movimento) e pensamento. 
Tal conceito possivelmente não se aplica a todos os seres vivos. Considerando 
experimentos que foram realizados para demonstrar os princípios de origem da vida, 
analise a figura abaixo: 
 
 
É correto afirmar que a ausência de organismos no frasco após 6 meses: 
a) confirma que os seres procariontes surgiram por geração espontânea. 
b) demonstra que o ar atmosférico é vital para o surgimento de organismos eucariontes. 
c) refuta a hipótese da biogênese, uma vez que a presença de organismos no frasco 
independe da prévia existência de células vivas. 
d) refuta a hipótese da abiogênese, uma vez que a presença de nutrientes ou ar atmosférico 
não é suficiente para a produção de células vivas. 
e) confirma a hipótese da biogênese, uma vez que o surgimento de seres eucariontes depende 
da prévia existência de procariontes no frasco. 
 
13. (IFCE/2016) Sobre as proteínas e sua formação, é correto afirmar-se que 
 
a) leite, ovos e pão são reconhecidos como alimentos ricos em proteínas. 
b) as ligações peptídicas, que formam as proteínas, ocorrem entre os grupos carboxila de 
aminoácidos diferentes. 
c) são formadas pela união de vários aminoácidos por meio de ligações glicosídicas. 
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d) não apresentam função energética. 
e) apresentam função plástica, também conhecida como função construtora. 
 
14. (FATEC SP/2014) Assim como qualquer atleta, um jogador de futebol deve tomar 
muitos cuidados em relação à sua dieta e hábitos alimentares, pois o que ele ingere no 
dia a dia fará grande diferença para o rendimento nos treinos, para a recuperação do 
corpo e nos dias de jogo. Se o jogador não se organizar em relação à sua dieta e 
suplementação, poderá perder força, rendimento e velocidade dentro do campo. Uma 
alimentação balanceada deve apresentar alguns itens, como: 
 
I. Carboidratos II. Proteínas III. Gorduras IV. Vitaminas e Minerais 
 
Considerando os quatro itens mencionados no texto, assinale a alternativa que 
exemplifica cada um deles, respectivamente. 
 
 
 
 
 
15. (FUVEST/2014) Observe a figura abaixo, que representa o emparelhamento de 
duas bases nitrogenadas. 
 
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Indique a alternativa que relaciona corretamente a(s) molécula(s) que se encontra(m) 
parcialmente representada(s) e o tipo de ligação química apontada pela seta. 
 
 Molécula(s) Tipo de ligação química 
a) Exclusivamente 
DNA 
Ligação de hidrogênio 
b) Exclusivamente 
RNA 
Ligação covalente 
apolar 
c) DNA ou RNA Ligação de hidrogênio 
d) Exclusivamente 
DNA 
Ligação covalente 
apolar 
e) Exclusivamente 
RNA 
Ligação iônica 
 
16. (UFMG/2013) O arsênio (As) é um elemento amplamente distribuído na crosta 
terrestre. Sua liberação para o ambiente se dá por atividades vulcânicas e antrópicas, 
como a mineração. Em 2010, a agência espacial americana (NASA) divulgou a 
descoberta de uma bactéria que foi noticiada pela imprensa como extraterrestre (ET). 
Analise a figura que ilustra o DNA desta bactéria: 
 
 
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Com base nas informações da figura e em outros conhecimentos sobre o assunto, 
EXPLIQUE, do ponto de vista biológico, por que esta bactéria foi considerada ET. 
 
17. (MACKENZIE/2012) A restrição excessiva de ingestão de colesterol pode levar a 
uma redução da quantidade de testosterona no sangue de um homem. Isso se deve ao 
fato de que o colesterol 
 
a) é fonte de energia para as células que sintetizam esse hormônio. 
b) é um lipídio necessário para a maturação dos espermatozoides, células produtoras desse 
hormônio. 
c) é um esteroide e é a partir dele que a testosterona é sintetizada. 
d) é responsável pelo transporte da testosterona até o sangue. 
e) é necessário para a absorção das moléculas que compõem a testosterona. 
 
18. (UESC BA/2011) A origem das células a partir de compostos químicos espumosos 
pode ter ocorrido uma vez ou diversas vezes. Em qualquer caso, as primeiras células em 
nossa linhagem foram sistemas proteicos auto-sustentáveis fechados por membranas, 
baseados em RNA e DNA. Em termos de detalhes da estrutura celular do comportamento 
metabólico, elas eram muito semelhantes a nós. Seus componentes materiais estavam 
em constante intercâmbio com o ambiente externo. Elas se desfaziam dos resíduos 
enquanto obtinham alimentos e energia. Seus padrões perduravam enquanto elas 
reabasteciam as entranhas com compostos químicos trazidos do ambiente. 
(MARGULIS, 2001, p. 84). 
 
A respeito dos pré-requisitos necessários na geração dos primeiros seres vivos no 
planeta e as suas repercussões na determinação do padrão básico celular atual, pode-se 
afirmar que 
 
01. uma evolução química na atmosfera primitiva do planeta Terra permitiu forjar os elementos 
químicos essenciais na constituição dos primeiros seres vivos. 
02. os seres atuais se diferenciam dos protobiontes devido à ausência, nos sistemas vivos 
primordiais, de um metabolismo celular que controlasse as atividades biológicas. 
03. a membrana lipoproteica favoreceu o isolamento do protobionte em relação ao ambiente 
circundante presente nos oceanos primitivos. 
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04. a obtenção de energia e matéria a partir da utilização do seu próprio resíduo foi essencial 
no estabelecimento desses seres autotróficos originais. 
05. a presença de uma molécula para a informação genética capacitou os seres vivos 
primordiais na realização de uma reprodução associada à hereditariedade. 
 
19. (UEPG PR/2008) As proteínas, que são moléculas grandes, apresentam estrutura 
complexa, já que uma molécula de proteína é constituída por várias unidades menores, 
ligadas entre si, que são os aminoácidos. A respeito dos aminoácidos, assinale o que for 
correto. 
 
01. São exemplos de aminoácidos naturais: glicina, alanina, serina, cisteína, tirosina, 
fenilalanina, valina, lisina e leucina. 
02. Os seres vivos necessitam de 20 aminoácidos para promover a síntese de suas proteínas. 
Os vegetais são capazes de produzir todos eles, ao passo que os animais, tendo em vista que 
suas células só sintetizam 12 deles, obtêm os 8 restantes a partir dos alimentos. 
04. Toda molécula de aminoácido tem um grupo ácido carboxílico (–COOH) e um grupo amina 
(–NH2) ligado a um átomo de carbono. A esse mesmo carbono se liga ainda um átomo de 
hidrogênio e um radical (R), que pode ser um simples átomo de hidrogênio (na glicina), um –
CH3 (na alanina), ou grupos mais complexos (em outros aminoácidos). Assim, os aminoácidos 
existentes na natureza diferem entresi apenas quanto aos seus radicais. 
08. Na molécula de proteína, dois aminoácidos se unem por meio de uma ligação peptídica 
entre as suas carboxilas, com a perda de uma molécula de água, caracterizando uma síntese 
por desidratação. 
 
20. (ESCS DF/2008) O leite vendido comercialmente no Brasil deve passar 
obrigatoriamente pelo processo de pasteurização, que consiste, em resumo, na 
submissão do produto a temperaturas elevadas por breves períodos de tempo. Um dos 
testes da eficiência desse processo se baseia na medida, realizada no leite pasteurizado, 
da atividade de uma enzima normalmente presente no leite cru, a fosfatase alcalina. Esse 
teste indica que a pasteurização foi eficaz quando: 
 
a) há baixa atividade enzimática, pois a enzima não está em seu pH ótimo; 
b) há alta atividade enzimática, pois a enzima está em seu pH ótimo; 
c) há baixa atividade enzimática, pois a enzima foi desnaturada; 
d) há baixa atividade enzimática, pois a enzima não foi desnaturada; 
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e) há alta atividade enzimática, pois a enzima foi desnaturada. 
 
21. (ESCS DF/2008) Células em cultura foram mantidas em um meio contendo três 
tipos de precursores (moléculas relativamente pequenas) radioativas diferentes: 
aminoácidos, uracila e carboidratos. A medida da radioatividade nas células indica o 
quanto e quando cada um dos precursores foi incorporado em macromoléculas. O 
gráfico a seguir mostra a incorporação dos três precursores em função do tempo 
(ambos em unidades arbitrárias) durante a expressão do gene de uma glicoproteína. 
 
 
 
A opção a seguir que associa corretamente cada curva de incorporação ao precursor 
radioativo correspondente é: 
a) A – aminoácidos, B – uracila e C – carboidratos; 
b) A – aminoácidos, B – carboidratos e C – uracila; 
c) A – uracila, B – carboidratos e C- aminoácidos; 
d) A – uracila, B – aminoácidos e C – carboidratos; 
e) A – carboidratos, B – aminoácidos e C – uracila. 
 
22. (UEL PR/2008) As vitaminas são usualmente classificadas em dois grupos, com 
base em sua solubilidade, o que, para alguns graus determina sua estabilidade, 
ocorrência em alimentos, distribuição nos fluídos corpóreos e sua capacidade de 
armazenamento no tecidos. 
(MAHAN, L. K. & ESCOTT-STUMP, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia.9.ed. São Paulo: Roca, 1998. p. 78.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta. 
a) A vitamina E é lipossolúvel, age como um antioxidante, protege as hemácias da hemólise, 
atua na reprodução animal e na manutenção do tecido epitelial. 
b) A vitamina A é hidrossolúvel, auxilia na produção de protrombina – um composto necessário 
para a coagulação do sangue – e apresenta baixa toxicidade quando consumida em grande 
quantidade. 
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c) A vitamina D é hidrossolúvel, auxilia no crescimento normal, melhora a visão noturna, auxilia 
o desenvolvimento ósseo e influencia a formação normal dos dentes. 
d) A vitamina B6 é lipossolúvel, auxilia na resposta imunológica, na cicatrização de feridas e 
reações alérgicas, além de estar envolvida na glicólise, na síntese de gordura e na respiração 
tecidual. 
e) A vitamina C é lipossolúvel, auxilia na resposta imunológica, na cicatrização de feridas e 
reações alérgicas, na síntese e quebra de aminoácidos e na síntese de ácidos graxos 
insaturados. 
 
23. (UFPA/2008) Em 1953, Watson e Crick decifraram que a estrutura da molécula de 
DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma dupla hélice, responsável pelas características 
dos organismos. Com os conhecimentos atuais, julgue as afirmativas sobre a molécula 
de DNA: 
 
I. Na autoduplicação da molécula de DNA, cada filamento original serve de molde para a 
síntese de um novo filamento (duplicação semiconservativa). 
II. A base nitrogenada adenina emparelha-se com a citosina, enquanto a timina 
emparelha-se com a guanina. 
III. As bases nitrogenadas dos dois filamentos estão unidas por ligações denominadas 
pontes de hidrogênio. 
 
Está (ao) correta (a) a (a) afirmativa (a): 
a) I somente 
b) II somente 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
24. (PUC MG/2008) Para orientar o consumidor sobre o significado da classificação 
oficial dos alimentos em diet ou light, foi montado o esquema abaixo. 
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De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo diet pode 
ser usado em dois tipos de alimentos: 
 
1. Nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, 
proteínas, sódio); 
2. Nos alimentos para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de 
peso ou de açúcares). 
 
Os alimentos para dietas controladas não podem ter a adição de nutriente. Assim, em 
alimentos para dietas com ingestão controlada de açúcar, não pode haver inclusão 
desse nutriente, sendo permitida a existência do açúcar natural do alimento como, por 
exemplo, a geléia diet, que tem como açúcar natural a frutose. Os alimentos para dietas 
restritas em carboidratos (pão, chocolate, bala diet) ou gorduras (iogurte desnatado com 
0% de gordura) podem conter, no máximo, a adição de 0,5 gramas do nutriente por 100 
gramas ou 100 ml do produto. A definição de alimento light deve ser empregada nos 
produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias 
comparado com o alimento convencional. 
 
Analisando as informações acima com base em seus conhecimentos, é correto afirmar, 
EXCETO: 
a) Alimentos diet para colesterol são recomendados para quem procura uma dieta de baixas 
calorias para regime de emagrecimento. 
b) Alimentos diet para carboidratos não têm necessariamente baixos valores calóricos, mas 
podem ser recomendados para indivíduos com Diabetes mellitus. 
c) Em alimentos light, para que ocorra redução de calorias, é necessário que haja diminuição 
de nutrientes energéticos como carboidratos e gorduras. 
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d) Alimentos diet para sódio são destinados a indivíduos hipertensos que devem controlar a 
quantidade de sal na alimentação. 
 
25. (UNIFEI MG/2008) Os carboidratos, também conhecidos como glicídios ou 
açúcares, são as macromoléculas mais abundantes na natureza. As seguintes 
afirmativas se referem a alguns destes carboidratos. 
 
I. Os mais simples, chamados de monossacarídeos, podem ter de 3 a 7 átomos de 
carbono, e os mais conhecidos, glicose, frutose e galactose, têm 6. 
II. O amido e a celulose são polissacarídeos formados pelo mesmo número de moléculas 
de glicose, que se diferenciam pela presença de ramificações na estrutura do amido. 
III. A quitina é um importante polissacarídeo que constitui o exoesqueleto dos insetos e 
crustáceos. 
IV. A glicose é formada e armazenada nos tecidos vegetais através da fotossíntese. 
 
As seguintes afirmativas estão corretas: 
a) I, II e IV 
b) I, III e IV 
c) I e III 
d) I e IV 
 
26. (UTF PR/2008) O desenvolvimento saudável de uma pessoa depende de uma dieta 
equilibrada, aconselha-se que uma pessoa coma por dia entre 50 a 60% de carboidratos 
dos quais 15% sejam constituídos por açúcares simples; cerca de 30% de gorduras 
(triglicerídeos), dos quais menos de 10% deve ser gordura não saturada; e cerca de 12 a 
15% de proteínas. Com uma alimentação variada, rica em frutas e vegetais são supridas 
as necessidades diárias de vitaminas e sais minerais. Em relação aos componentes 
químicos da célula citados no texto, é INCORRETO afirmar que: 
 
a) os açúcares simples, chamados monossacarídeos, como a celulose, o amidoe o glicogênio, 
encontrados no mel, nas frutas e no leite, têm funções estruturais e enzimáticas. 
b) os triglicerídeos são representados pelos óleos e gorduras, presentes nos óleos de girassol, 
milho, canola e em óleos de peixes como o salmão e o bacalhau e são formados por um 
glicerol e três ácidos graxos. 
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c) as proteínas são encontradas em alimentos como carnes, ovos, peixes, leite, feijão, são 
constituídas por aminoácidos e apresentam funções biológicas diversas. 
d) os sais minerais apresentam-se principalmente na forma de íons, atuam em processos como 
a contração muscular e a manutenção do equilíbrio osmótico. 
e) as vitaminas, requeridas em pequenas doses, são alimentos reguladores. Sua falta pode 
acarretar doenças como a anemia, o escorbuto e o raquitismo. 
 
27. (UFTM MG/2007) No início da década de 1950, o químico americano Stanley L. 
Miller desenvolveu um experimento que ainda hoje é considerado um dos suportes da 
hipótese da origem da vida na Terra. Miller construiu um aparelho que simulava as 
condições da Terra primitiva. Nesse aparelho, submeteu uma mistura dos gases, dentre 
eles a amônia, a descargas elétricas. Ao final do experimento, obteve a formação de 
moléculas orgânicas, entre elas alguns aminoácidos. Os dados obtidos por Miller 
poderiam ser representados por uma das seguintes figuras: 
 
Dados: 
Eixo X = Concentração de amônia (unidade arbitrária) 
Eixo Y = Tempo (h) 
Eixo Z = Concentração de aminoácidos (unidade arbitrária em relação à concentração de 
amônia) 
 
 
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No que se refere à amônia e aos aminoácidos, dentre as figuras, aquela que melhor 
representa os resultados obtidos por Miller é a 
a) figura 1. 
b) figura 2. 
c) figura 3. 
d) figura 4. 
e) figura 5. 
 
28. (UEG GO/2006) Todos os seres vivos são formados por células, ou seja, 
compartimentos envolvidos por membranas, preenchidos com uma solução aquosa 
concentrada de substâncias químicas. As primeiras células vivas provavelmente 
surgiram na Terra por volta de 3,5 bilhões de anos atrás, por reações espontâneas entre 
moléculas que estavam longe do equilíbrio químico. Sobre a formação das moléculas 
biológicas em condições pré-bióticas, é INCORRETO afirmar: 
 
a) Moléculas orgânicas simples podem associar-se para a formação de polímeros. Um 
aminoácido pode juntar-se a outro pela formação de uma ligação fosfodiéster, e dois 
nucleotídeos podem associar-se por meio de uma ligação peptídica. 
b) No primeiro bilhão de anos da Terra, existia pouco ou nenhum oxigênio, com absoluta 
ausência de camada de ozônio para absorver a radiação ultravioleta do Sol. A ação 
fotoquímica da radiação ultravioleta pode ter ajudado a manter a atmosfera rica em moléculas 
reativas e também longe do equilíbrio químico. 
c) Se uma mistura de gases, como CO2, CH4, NH3, e H2, é aquecida com água e energizada 
por uma descarga elétrica ou por radiação ultravioleta, os elementos reagem entre si e formam 
pequenas moléculas orgânicas, tais como aminoácidos, açúcares, purinas e pirimidinas. 
d) Os polinucleotídeos possuem limitada capacidade catalítica, mas podem dirigir a formação 
de cópias exatas de suas próprias seqüências por pareamento complementar dos 
nucleotídeos. 
 
29. (UERJ/2005) Considere a hipótese de que o ambiente marinho primitivo, sem 
oxigênio molecular, onde viveram os primeiros organismos, contivesse moléculas 
orgânicas produzidas por síntese abiótica. Admita, ainda, que essas moléculas eram por 
eles decompostas para obtenção de energia. 
O tipo de nutrição e a forma de obtenção de energia desses organismos deveriam ser, 
respectivamente: 
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a) homeotrófica - oxidação 
b) autotrófica - fotossíntese 
c) isotrófica - quimiossíntese 
d) heterotrófica - fermentação 
 
30. (UEPB/2000) Na atualidade, a hipótese mais aceita para explicar a origem dos 
primeiros seres vivos assevera que as condições reinantes na terra primitiva 
possibilitaram a formação de seres vivos, a partir da matéria sem vida e isso, após 
milhões de anos. Com base nesta hipótese, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
a) A atmosfera da Terra primitiva era composta pelos gases metano (CH4), amoníaco (NH3), 
hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O). 
b) O oxigênio livre (O2) estava ausente da atmosfera primitiva. 
c) As fortes descargas elétricas provenientes das tempestades torrenciais e a alta incidência de 
raios ultravioleta representavam uma excelente fonte de energia que desencadearam variadas 
reações químicas nas condições da Terra primitiva. 
d) As moléculas orgânicas simples podem ter aparecido, a partir dos gases da atmosfera. 
e) Os primeiros seres vivos eram autotróficos que absorviam moléculas orgânicas simples dos 
mares primitivos, usando-as como energia. 
 
31. (UFRS/2000) Associe os elementos químicos da coluna superior com as funções 
orgânicas na coluna inferior: 
 
1. Magnésio 
2. Potássio 
3. Iodo 
4. Cálcio 
5. Sódio 
6. Ferro 
 
( ) formação do tecido ósseo 
( ) transporte de oxigênio 
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( ) assimilação de energia luminosa 
( ) equilíbrio de água no corpo 
( ) transmissão de impulso nervoso 
 
A sequência numérica correta, de cima para baixo, na coluna da direita é: 
a) 4 – 3 – 1 – 5 – 2 
b) 5 – 6 – 3 – 4 – 1 
c) 4 – 6 – 1 – 5 – 2 
d) 5 – 4 – 3 – 6 – 1 
e) 6 – 4 – 2 – 3 – 1 
 
 
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6. Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. B 11. D 21. D 31. C 41. 
2. B 12. D 22. A 32. 42. 
3. B 13. E 23. D 33. 43. 
4. B 14. E 24. A 34. 44. 
5. B 15. A 25. C 35. 45. 
6. D 16. discursiv
a 
26. A 36. 46. 
7. 36 17. C 27. B 37. 47. 
8. 02 18. 05 28. A 38. 48. 
9. A 19. 06 29. D 39. 49. 
10. D 20. C 30. E 40. 50. 
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7. Lista comentada de questões 
 
1. (UEG GO/2019) Em 1953, a natureza química do material genético foi descrita por 
dois pesquisadores, Watson e Crick. Eles propuseram que o DNA é formado pela união 
de nucleotídeos em duas fitas complementares enroladas sob um eixo e, assim, 
formando uma hélice. A fita dupla de DNA apresenta ligações de hidrogênio entre os 
nucleotídeos das fitas complementares: 
 
Sobre as propriedades químicas desse material genético, verifica-se que 
a) a fita dupla de DNA é duplicada de forma semiconservativa, sendo as fitas originais 
imediatamente renaturadas após a duplicação. 
b) as bases nitrogenadas (A, T, C e G) são moléculas apolares e, por isso, se localizam 
abrigadas no interior da fita dupla de DNA. 
c) o DNA, por ser uma fita dupla, apresenta estrutura bidimensional sem a possibilidade de 
assumir uma configuração tridimensional. 
d) proporcionalmente, quanto maior a quantidade de purinas na fita dupla de DNA, menor a 
quantidade de pirimidinas e vice-versa. 
e) o ácido fosfórico dos nucleotídeos se liga a duas moléculas de carboidrato, conferindo carga 
positiva à fita dupla de DNA. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque as fitas originais não são renaturadas após a duplicação, e 
sim passam a formar novas moléculas de DNA com as fitas complementares originadas no 
processo. 
A alternativa B está certa. 
A alternativa C está errada, porque o DNA, por ser uma dupla hélice, apresenta estrutura 
tridimensional. 
A alternativa D está errada,porque as quantidades de purinas e pirimidinas são equivalentes, 
já que essas bases são complementares. 
A alternativa E está errada, porque o fosfato dos nucleotídeos se liga aos açúcares 
(carboidratos) e confere à fita de DNA uma carga negativa. 
Gabarito: B. 
2. (UNESP/2019) A proteína transmembrana de um macrófago apresenta 
aminoácidos constituídos pelos radicais polares R1 e R2, presentes em dois dos 
aminoácidos indicados pelas fórmulas estruturais presentes na figura. 
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Um antígeno fora do macrófago liga-se a um dos radicais por interação dipolo 
permanente-dipolo permanente. Uma enzima produzida no citosol do macrófago interage 
com o outro radical por ligação de hidrogênio. 
 
Os radicais R1 e R2 constituem, respectivamente, os aminoácidos 
a) serina e alanina. 
b) aspartato e serina. 
c) alanina e serina. 
d) aspartato e alanina. 
e) serina e aspartato. 
 
Comentários 
A alanina apresenta um radical apolar (—CH3), logo não pode integrar a proteína 
transmembrana. Resta então descobrir que é R1 e que é R2. 
A porção intracelular da proteína interage com uma enzima pelo radical R2, formando uma 
ligação de hidrogênio. O aminoácido serina possui uma hidroxila em seu radical (—CH2—OH), 
portanto, é capaz de fazer essa ligação. Lembre-se que as ligações de hidrogênio são 
interações entre moléculas com o elemento hidrogênio ligado diretamente ao flúor, oxigênio ou 
nitrogênio (FON). 
A porção extracelular da proteína receptora liga-se ao antígeno pelo radical R1, formando uma 
interação dipolo permanente, ou seja, entre moléculas polares. Esse tipo de interação é a que 
ocorre entre moléculas polares, na qual a distribuição da carga elétrica sobre a molécula não é 
uniforme e, portanto, os dipolos elétricos são permanentes: o polo positivo de uma molécula 
atrai o polo negativo da molécula vizinha e vice-versa. O aspartato possui uma carboxila em 
seu radical e ela está ionizada (-COO), logo ele é o único com radical capaz de ligar-se por 
interação dipolo permanente. 
Gabarito: B. 
3. (CESVA/2019) As vitaminas lipossolúveis são absorvidas e transportadas com a 
gordura da dieta. Elas não são facilmente excretadas na urina e podem ser armazenadas 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 81 
no fígado e tecido adiposo. As vitaminas hidrossolúveis, de uma maneira geral, não são 
normalmente armazenadas em quantidades significativas no organismo, o que leva, 
muitas vezes, à necessidade de um suprimento diário dessas vitaminas. 
 
Um exemplo de vitamina liberada pela urina, em razão da sua solubilidade em água, é a 
a) vitamina A 
b) vitamina C 
c) vitamina D 
d) vitamina E 
e) vitamina K 
 
Comentários 
A alternativa B está certa. As vitaminas liberadas pela urina são as hidrossolúveis, que 
correspondem às vitaminas do complexo B e à vitamina C. 
Gabarito: B. 
4. (UFGD MS/2018) As proteínas são macromoléculas ou polímeros naturais 
responsáveis por inúmeras funções nos organismos vivos. As unidades fundamentais 
de todas as proteínas são os aminoácidos. Os aminoácidos são unidos entre si por 
ligações peptídicas para formar as proteínas. A estrutura seguinte representa uma 
porção de uma proteína constituída por três aminoácidos: alanina, glicina e serina. 
 
 
 
Marque a alternativa que indica o número do retângulo tracejado que corresponda a uma 
ligação peptídica. 
a) 1. 
b) 2. 
c) 3. 
d) 4. 
e) 5. 
 
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Comentários 
As proteínas, como dito no enunciado, são polímeros formados por unidades repetitivas 
(monômeros) chamadas aminoácidos. Um aminoácido possui a seguinte estrutura: um átomo 
de carbono central, também conhecido como carbono alfa (α), ligado a um grupo amino (NH2), 
a um grupo carboxila (COOH), um átomo de hidrogênio e um radical R (cadeia lateral), que 
determina a sua identidade. As ligações peptídicas acontecem entre o hidrogênio do grupo OH 
da carboxila e o H do grupo amino do próximo aminoácido. 
Assim, a alternativa B está certa, e o retângulo 2 exemplifica uma ligação peptídica. 
Gabarito: B. 
5. (UFPR/2018) A falta de vitaminas pode causar doenças chamadas avitaminoses, 
cujos sintomas dependem do tipo de vitamina que está deficiente. Em um estudo 
realizado em diferentes populações humanas, foram constatados os seguintes sintomas 
e doenças relacionados a avitaminoses: (1) raquitismo, (2) escorbuto, (3) hemorragias e 
(4) cegueira noturna. 
 
Assinale a alternativa com a dieta correta para o tratamento de cada uma das quatro 
avitaminoses acima identificadas. 
a) (1) cenoura, abóbora e fígado como fontes de vitamina D. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina C. – (3) peixe como fonte de vitamina A. – (4) vegetais com folhas verdes como fontes 
de vitamina K. 
b) (1) peixe, leite e gema de ovo como fontes de vitamina D. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina C. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina K. – (4) abóbora, fígado e 
cenoura como fontes de vitamina A. 
c) (1) peixe, leite e gema de ovo como fonte de vitamina K. – (2) frutas cítricas como fontes de 
vitamina A. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina D. – (4) cenoura, abóbora 
e fígado como fonte de vitamina C. 
d) (1) cenoura, abóbora e fígado como fontes de vitamina D. – (2) peixe, leite e gema de ovo 
como fontes de vitamina K. – (3) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina A. – (4) 
frutas cítricas como fontes de vitamina C. 
e) (1) vegetais com folhas verdes como fonte de vitamina D. – (2) cenoura, abóbora e fígado 
como fontes de vitamina C. – (3) frutas cítricas como fontes de vitamina K. – (4) peixe, leite e 
gema de ovo como fontes de vitamina A. 
 
Comentários 
O raquitismo é uma doença caracterizada pela deficiência na mineralização da cartilagem de 
crescimento, e manifesta-se na criança no retardo de seu crescimento, além de algumas 
deformações no seu esqueleto. Sua principal causa é a carência de vitamina D. 
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O escorbuto é uma doença relacionada à deficiência de vitamina C, que apresenta uma série 
de manifestações clínicas, sendo uma delas as hemorragias na gengiva. 
A vitamina K é necessária para a síntese das proteínas que ajudam a controlar o sangramento 
(fatores de coagulação) e, por isso, para a coagulação normal do sangue. O principal sintoma 
de sua deficiência é o sangramento (hemorragia) sob a pele (que causa manchas negras), 
nasal, de uma ferida, do estômago ou do intestino. Ela também é necessária para a saúde dos 
ossos e outros tecidos. 
A cegueira noturna, também conhecida como nictalopia, é uma condição que resulta na 
dificuldade ou impossibilidade de enxergar em ambientes escuros. Este problema é um sintoma 
de diferentes doenças que acomete o globo ocular. Pode ser congênita ou causada por alguma 
deficiência nutricional, como a falta de vitamina A. 
Gabarito: B. 
6. (UPE/2018) Os insetos são considerados o alimento do futuro por terem elementos 
nutritivos. Veja, a seguir, a descrição dos nutrientes neles encontrados. 
 
Lagarta mopane - estágio larval das mariposas imperador, Imbrasia belina - rica em 
potássio, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, zinco, manganês e cobre. 
Larvas da farinha - larvas do besouro Tenebrio molitor - ricas em cobre, sódio, potássio, 
ferro, zinco, selênio e gorduras poli-insaturadas. 
Percevejo Maria-fedida - Nezara viridula - rico em vitaminas do complexo B, proteínas, 
ferro, potássio e fósforo. 
Besouro escaravelho-vermelho - Rhynchophorus ferrugineus – rico em potássio, zinco, 
ferro, fósforo e também em vários aminoácidos,ácidos graxos monoinsaturados, poli-
insaturados e em quitina. 
 
Sobre os componentes químicos encontrados nesses animais e o seu valor nutricional, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) A quitina, encontrada no exoesqueleto de artrópodes, como o escaravelho-vermelho, é um 
polissacarídeo energético, solúvel em água, formado por várias moléculas de glicose e um 
grupo amina (NH2). 
b) As gorduras de origem animal, como aquelas encontradas nas larvas do besouro Tenebrio 
molitor, são formadas por ácidos graxos insaturados, em que todas as ligações disponíveis dos 
átomos de carbono são ocupadas por átomos de hidrogênio. 
c) O magnésio encontrado na lagarta mopane é um mineral importante na ativação de enzimas 
envolvidas na síntese de proteínas e na contração muscular. Sua carência pode provocar bócio 
e queda de dentes. 
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d) O cálcio, o fósforo e o zinco, encontrados na lagarta mopane, são minerais, que participam 
de importantes funções do nosso corpo; os dois primeiros participam da formação e 
manutenção de ossos e dentes, enquanto o zinco atua no processo de cicatrização. 
e) As vitaminas do complexo B, encontradas na maria-fedida, são um complexo de vitaminas 
lipossolúveis, o qual regula várias funções do nosso corpo, por exemplo, a vitamina B9 ou 
riboflavina, que previne anemia. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque a quitina é um polissacarídeo insolúvel em água, 
principal componente da parede celular dos fungos, do exoesqueleto dos artrópodes, na rádula 
dos moluscos, no bico dos cefalópodes e na concha dos foraminíferos, e não possui um grupo 
amina em sua composição. 
 A alternativa B está errada, porque as gorduras saturadas são encontradas, em sua 
maioria, nos alimentos de origem animal e seus derivados. Poucos alimentos de origem vegetal 
também têm gordura saturada como a gordura do coco e palmito. 
 A alternativa C está errada, porque o magnésio é necessário para a formação dos ossos 
e dentes e para o funcionamento normal dos nervos e dos músculos. Muitas enzimas do corpo 
dependem desse elemento para funcionar normalmente. Porém sua carência não provoca 
bócio ou queda de dentes, que são consequências devido aos problemas de absorção e 
fixação de iodo. 
 A alternativa D está certa. A respeito do zinco, este mineral é essencial para o sistema 
imunológico e processo de cicatrização. 
 A alternativa E está errada, porque as vitaminas do complexo B são hidrossolúveis. 
Gabarito: D. 
7. (UFSC/2018) Uma nova ferramenta de edição genética capaz de mudar 
completamente o mundo que conhecemos está deixando de ser uma possibilidade e 
tornando-se realidade. Ela reúne características que surpreendem até mesmo os 
biólogos mais experientes. Simplificadamente, é possível eliminar partes indesejadas do 
genoma e, se necessário, inserir novas sequências no local. Nessa técnica, uma 
nuclease corta as duas fitas da dupla hélice do DNA, abrindo espaço para a inserção, se 
for o caso, de um novo trecho de DNA, sendo possível também a edição de uma única 
“letra” no genoma. 
 
Sobre os assuntos relacionados ao texto, é correto afirmar que: 
01. a “letra” mencionada no texto é uma referência ao tipo de açúcar (ribose ou desoxirribose) 
presente no DNA. 
02. as duas fitas do DNA mencionadas no texto são formadas por três sequências paralelas de 
nucleotídeos. 
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04. os vírus podem atuar de maneira semelhante a uma etapa da técnica, pois a informação 
presente nos trechos de seu material genético pode ser inserida no DNA da célula hospedeira. 
08. para a síntese de proteínas, participam do processo apenas o DNA, o RNA mensageiro e o 
RNA transportador. 
16. alterações de apenas uma “letra” no gene não podem levar à inativação da proteína 
formada. 
32. os alelos são variações na sequência dos nucleotídeos de um gene. 
 
Comentários 
A afirmativa 01 está errada, porque a letra mencionada referencia uma das bases 
nitrogenadas: A, T, C, G. 
A afirmativa 02 está errada, porque as fitas de DNA são formadas por inúmeras sequências 
nucleotídicas, sendo que cada uma codifica um aminoácido diferente e a cada três 
aminoácidos, uma proteína é formada. 
A afirmativa 04 está certa. Veremos os mecanismos de replicação viral mais adiante no curso, 
porém, de forma sucinta, o vírus consegue se aderir e penetrar a célula hospedeira e inserir 
seu genoma no DNA dela. 
A afirmativa 08 está errada, porque a síntese proteica envolve os ribossomos, que são 
fundamentai para o processo. Veremos isso mais adiante no curso. 
A afirmativa 16 está errada, porque a alteração de apenas um aminoácido pode alterar a 
proteína sintetizada, inativando-a ou apenas modificando a proteína final. 
A afirmativa 32 está certa. 
Gabarito: 36. 
8. (UNEB BA/2018) A riqueza energética do hidrogênio deve-se à sua capacidade de 
transferir facilmente elétrons para outros compostos, como o oxigênio, e liberar energia. 
Esse processo é descrito, de modo um tanto confuso, como “redução química”. Os 
cientistas suspeitavam havia tempos que gases reduzidos desempenhavam papel 
importante na origem da vida na Terra. Na década de 20, o bioquímico russo Alexander 
Oparin e o evolucionista britânico J.B.S. Haldane sugeriram, isolada e 
independentemente, que a atmosfera primitiva da Terra pode ter sido muito rica em 
gases redutores, como metano, amônia e hidrogênio. E, nessas concentrações elevadas, 
os ingredientes químicos necessários para a vida podem ter-se formado 
espontaneamente. A ideia ganhou credibilidade décadas mais tarde, com o famoso 
experimento dos químicos Stanley Miller e Harold Urey, da University of Chicago, em 
1953. Ao aquecer e descarregar faíscas em uma mistura de gases redutores, os 
cientistas conseguiram criar uma gama de compostos orgânicos (a maioria contendo 
carbono e hidrogênio), inclusive aminoácidos, os blocos de construção das proteínas, 
vitais para todas as formas de vida terrestre. Entretanto, nos anos subsequentes ao 
experimento, geólogos concluíram que a atmosfera ancestral não era nem de longe tão 
redutora como a dupla havia pensado. Segundo eles, as condições que formaram 
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aminoácidos e outros compostos orgânicos em sua experiência provavelmente nunca 
existiram na atmosfera. (BRADLEY, 2017). 
 
Analisando-se o texto e com base nos conhecimentos sobre a origem da vida, é correto 
afirmar: 
01. Com o experimento de Miller e Urey, foi ratificada a teoria de Oparin e Haldane por conta 
da descoberta de seres vivos simples e sem histonas no interior da estrutura montada para 
simular a Terra primitiva. 
02. Independente dos eventos que precederam a origem do primeiro ser vivo, a presença de 
elementos, como carbono, oxigênio e nitrogênio na Terra primitiva, foi imprescindível. 
03. A elucidação dos eventos e dos processos que proporcionaram a origem do primeiro ser 
vivo foi decisiva para a construção dos conceitos que até hoje são aceitos como verdades 
imutáveis. 
04. Os gases presentes na atmosfera primitiva, segundo Oparin e Haldane, reagiram sob 
condições abióticas que viabilizaram, a todo instante, a origem e sobrevivência de qualquer ser 
vivo. 
05. Após a origem do primeiro ser vivo, foi possível a formação de uma membrana que 
proporcionou a existência de um citoplasma com uma composição bioquímica específica e 
distinta do meio externo. 
 
Comentários 
A alternativa 01 está errada, porque o experimento de Miller e Urey confirmou que moléculas 
orgânicas (como os aminoácidos alanina e glicina) poderiam ter surgido a partir de compostos 
inorgânicos presentes na atmosfera terrestre primitiva. 
A alternativa02 está certa. 
A alternativa 03 está errada, porque os eventos e processos acerca da origem da vida não 
foram elucidados. O que se existe são hipóteses bem corroboradas por evidências e 
experimentos. Além disso, a ciência não admite verdades imutáveis. Toda hipótese é passível 
de questionamento. 
A alternativa 04 está errada, porque os gases presentes na atmosfera primitiva viabilizaram, 
mediante a ação de descargas elétricas e radiações UV, a formação de pequenas moléculas 
orgânicas. 
A alternativa 05 está errada, porque após a origem do primeiro ser vivo, levaram-se milhares de 
anos para que uma célula com composição bioquímica específica surgisse. 
Gabarito: 02. 
9. (FAMERP/2018) Analise a figura, que ilustra, de maneira esquemática, a disposição 
das moléculas de fosfolipídios presentes em alguns componentes celulares. 
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Em células eucarióticas, tal disposição de fosfolipídios é encontrada 
a) no complexo golgiense e no retículo endoplasmático. 
b) no peroxissomo e no ribossomo. 
c) no citoesqueleto e na mitocôndria. 
d) nos centríolos e no lisossomo. 
e) no envoltório nuclear e no cromossomo. 
 
Comentários 
Os fosfolipídios são moléculas anfipáticas, isto é, possuem uma região apolar, hidrofóbica (as 
duas caudas), e uma região polar, hidrofílica (a cabeça). Essa constituição permite que eles se 
arranjem em solução aquosa de modo que as regiões apolares fiquem voltadas para dentro e 
as cabeças polares ficam voltadas para fora (em contato com a água), formando uma micela. 
Esse é o princípio básico do arranjo das membranas biológicas. Essas membranas são 
encontradas na membrana plasmática das células, no envoltório nuclear e nas organelas 
membranosas (retículo endoplasmático, complexo golgiense, lisossomos). 
Os ribossomos não são organelas membranosas. Eles são estruturas proteicas formadas 
exclusivamente por RNA e proteínas. O citoesqueleto e os centríolos, assim como os 
ribossomos, são formados por proteínas. Os cromossomos são constituídos por DNA. 
Gabarito: A. 
10. (UFPR/2017) As moléculas mais utilizadas pela maioria das células para os 
processos de conversão de energia e produção de ATP (trifosfato de adenosina) são os 
carboidratos. Em média, um ser humano adulto tem uma reserva energética na forma de 
carboidratos que dura um dia. Já a reserva de lipídeos pode durar um mês. O 
armazenamento de lipídeos é vantajoso sobre o de carboidratos pelo fato de os 
primeiros terem a característica de serem: 
 
A) isolantes elétricos. 
B) pouco biodegradáveis. 
C) saturados de hidrogênios. 
D) majoritariamente hidrofóbicos. 
E) componentes das membranas. 
 
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Comentários 
Pelo fato de serem majoritariamente hidrofóbicos, os lipídios acumulam-se no corpo do 
indivíduo não, sendo, portanto excretados com facilidade. 
Gabarito: D. 
11. (ETEC SP/2017) O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de 
vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica 
e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um 
grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê. Nos primeiros 
dias após o nascimento, o leite materno é chamado de colostro. O leite de mães de 
recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo. A principal 
proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil 
digestão para a espécie humana. A tabela apresenta as diferenças entre o colostro e o 
leite maduro, entre o leite de mães de bebês a pré-termo e de bebês a termo e entre o 
leite materno e o leite de vaca. 
 
 
(1) Bebê a termo: gestação de 39 a 40 semanas. (2) Bebê a pré-termo: gestação de 37 a 38 semanas. <http://tinyurl.com/z2xs272> Acesso 
em: 01.09.2016. Adaptado. 
 
De acordo com o texto e a tabela, pode-se afirmar que 
a) um bebê a termo de 27 dias, ao ser amamentado, ingere 7,0 g/dL de lactose. 
b) a lactoalbumina, a principal proteína do leite de vaca, é de fácil digestão para o bebê. 
c) o leite de vaca, por ter mais proteína que o colostro e que o leite maduro, é mais adequado 
para a criança. 
d) o leite maduro consumido pelo bebê a pré-termo contém mais lactose que o leite de vaca e 
menos proteína que o colostro. 
e) o colostro apresenta mais lipídios, menos proteína e menos lactose do que o leite maduro, 
independentemente dos dias de vida do bebê. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque, pela tabela, a quantidade da lactose é de 6,5 g/dL . 
A alternativa B está errada, porque a lactoalbumina é a proteína do leite humano. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 89 
A alternativa C está errada, porque apesar de ter mais proteína, não é dito ser indicado às 
crianças, pois não há referência no texto sobre a quantidade de proteína adequada à criança. 
Ademais, é dito, no texto, que o leite bovino é de difícil digestão humana. 
A alternativa D está certa. 
A alternativa E está errada, porque a tabela contradiz a informação. 
Gabarito: D. 
12. (FPS PE/2017) Para Aristóteles, o conceito de vida estava relacionado às 
potencialidades da alma, de forma hierárquica, relacionadas às capacidades de nutrição 
(crescimento e desenvolvimento), percepção sensorial (dor, movimento) e pensamento. 
Tal conceito possivelmente não se aplica a todos os seres vivos. Considerando 
experimentos que foram realizados para demonstrar os princípios de origem da vida, 
analise a figura abaixo: 
 
 
É correto afirmar que a ausência de organismos no frasco após 6 meses: 
a) confirma que os seres procariontes surgiram por geração espontânea. 
b) demonstra que o ar atmosférico é vital para o surgimento de organismos eucariontes. 
c) refuta a hipótese da biogênese, uma vez que a presença de organismos no frasco 
independe da prévia existência de células vivas. 
d) refuta a hipótese da abiogênese, uma vez que a presença de nutrientes ou ar atmosférico 
não é suficiente para a produção de células vivas. 
e) confirma a hipótese da biogênese, uma vez que o surgimento de seres eucariontes depende 
da prévia existência de procariontes no frasco. 
 
Comentários 
A ausência de micro-organismos nos caldos que estavam nos frascos cujos gargalos eram 
curvos e longos com a presença desses seres nos frascos cujos gargalos foram quebrados 
mostraram que o ar contém micro-organismos e que eles, ao entrarem em contato com o caldo 
nutritivo, desenvolvem-se. Nos frascos que apresentavam gargalo curvo e longo, os micro-
organismos não conseguiram chegar até o líquido porque ficaram retidos no “filtro” formado 
pelas gotículas de água que apareceram no pescoço do frasco durante o resfriamento. Nos 
frascos que tiveram seu pescoço quebrado, o “filtro” formado pelo vapor deixou de existir, 
deixando o líquido vulnerável aos micro-organismos, que, uma vez em contato com o líquido, 
encontraram condições adequadas para o seu desenvolvimento. 
A partir desse experimento, Pasteur mostrou que um líquido, ao ser fervido, não perde a “força 
vital”, como defendiam os adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do frasco é 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 90 
quebrado, após a fervura desse líquido, ainda aparecem seres vivos. Dessa forma, Pasteur 
sepultou de vez a teoria da abiogênese ou geração espontânea, que admitia que os seres 
vivos originavam-se a partir de matéria bruta. 
Gabarito: D. 
13. (IFCE/2016) Sobre as proteínas e sua formação, é correto afirmar-se que 
 
a) leite, ovos e pão são reconhecidos como alimentos ricos em proteínas. 
b) as ligações peptídicas, que formam as proteínas,ocorrem entre os grupos carboxila de 
aminoácidos diferentes. 
c) são formadas pela união de vários aminoácidos por meio de ligações glicosídicas. 
d) não apresentam função energética. 
e) apresentam função plástica, também conhecida como função construtora. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque somente o leite e os ovos são ricos em proteínas. O pão é 
um alimento rico em carboidratos. 
A alternativa B está errada, porque as ligações peptídicas entre os aminoácidos ocorrem entre 
o grupo amino de um aminoácido e o grupo carboxila do outro aminoácido vizinho. 
A alternativa C está errada, porque as ligações formadas entre os aminoácidos são ligações 
peptídicas, não glicosídicas. As ligações glicosídicas ocorrem entre os monossacarídeos 
(monômeros que formam os carboidratos). 
A alternativa D está errada, porque as proteínas possuem função energética, além de várias 
outras. 
Gabarito: E. 
14. (FATEC SP/2014) Assim como qualquer atleta, um jogador de futebol deve tomar 
muitos cuidados em relação à sua dieta e hábitos alimentares, pois o que ele ingere no 
dia a dia fará grande diferença para o rendimento nos treinos, para a recuperação do 
corpo e nos dias de jogo. Se o jogador não se organizar em relação à sua dieta e 
suplementação, poderá perder força, rendimento e velocidade dentro do campo. Uma 
alimentação balanceada deve apresentar alguns itens, como: 
 
I. Carboidratos II. Proteínas III. Gorduras IV. Vitaminas e Minerais 
 
Considerando os quatro itens mencionados no texto, assinale a alternativa que 
exemplifica cada um deles, respectivamente. 
 
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Comentários 
Os carboidratos são compostos orgânicos conhecidos como açúcares, constituídos 
principalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Quando estão em sua forma 
mais simples (monossacarídeos), possuem a fórmula geral (CH2O)n. A glicose é o carboidrato 
mais conhecido e consiste em um açúcar de seis carbonos, com fórmula C6H12O6. Dica da prof: 
memorize esta fórmula! 
As proteínas são as unidades fundamentais das células e desempenham a maior parte dos 
trabalhos celulares. Elas são constituídas por unidades menores chamadas aminoácidos. Os 
aminoácidos compartilham uma estrutura básica que consiste em um átomo de carbono 
central, ligado a um grupo amino (NH2), a um grupo carboxila (COOH) e a um átomo de 
hidrogênio. 
As gorduras têm como característica principal a insolubilidade em água. As mais comuns são 
os glicerídeos, compostos por moléculas de glicerol ligadas a uma, duas ou três moléculas de 
ácidos graxos. O glicerol é um álcool composto de três átomos de carbono, aos quais estão 
unidos átomos de hidrogênio e de oxigênio. Já os ácidos graxos apresentam longas cadeias 
compostas por átomos de hidrogênio e de carbono e com um grupo carboxila (COO-) em uma 
extremidade. 
Já os sais minerais são íons inorgânicos da célula. O Ferro, por exemplo, é o principal 
componente da hemoglobina. Já o sódio é importante para a transmissão nervosa, contração 
muscular e equilíbrio de fluidos no organismo. 
Gabarito: E. 
15. (FUVEST/2014) Observe a figura abaixo, que representa o emparelhamento de 
duas bases nitrogenadas. 
 
 
 
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Indique a alternativa que relaciona corretamente a(s) molécula(s) que se encontra(m) 
parcialmente representada(s) e o tipo de ligação química apontada pela seta. 
 
 Molécula(s) Tipo de ligação química 
a) Exclusivamente 
DNA 
Ligação de hidrogênio 
b) Exclusivamente 
RNA 
Ligação covalente 
apolar 
c) DNA ou RNA Ligação de hidrogênio 
d) Exclusivamente 
DNA 
Ligação covalente 
apolar 
e) Exclusivamente 
RNA 
Ligação iônica 
 
Comentários 
A figura representa a molécula de DNA e a seta aponta o emparelhamento das bases 
nitrogenadas, feito por ligações de hidrogênio para formação da dupla hélice de DNA. 
Sabemos que se trata de uma molécula de DNA pois a base nitrogenada pirimídica timina está 
representada. A timina não ocorre no RNA e é substituída pela uracila no RNA. Assim, não 
poderiam ser as alternativas B, C e E. 
As ligações características entre duas bases nitrogenadas são as ligações de hidrogênio. 
Ligações de hidrogênio acontecem entre o átomo de hidrogênio e outros três átomos possíveis: 
o fósforo, o oxigênio e o nitrogênio (FON). 
Gabarito: A. 
16. (UFMG/2013) O arsênio (As) é um elemento amplamente distribuído na crosta 
terrestre. Sua liberação para o ambiente se dá por atividades vulcânicas e antrópicas, 
como a mineração. Em 2010, a agência espacial americana (NASA) divulgou a 
descoberta de uma bactéria que foi noticiada pela imprensa como extraterrestre (ET). 
Analise a figura que ilustra o DNA desta bactéria: 
 
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Com base nas informações da figura e em outros conhecimentos sobre o assunto, 
EXPLIQUE, do ponto de vista biológico, por que esta bactéria foi considerada ET. 
 
Gabarito: 
 A bactéria foi considerada alien porque o DNA é considerado a molécula universal 
guardiã da informação genética (código genético), isto é, está presente em todos os seres 
vivos, e possui em sua composição um grupo fosfato ligado ao carbono 5 da pentose, 
diferentemente da bactéria em questão, que apresenta o arsênio. Logo, ela não compartilha a 
molécula de DNA com os demais organismos terrestres. 
 
17. (MACKENZIE/2012) A restrição excessiva de ingestão de colesterol pode levar a 
uma redução da quantidade de testosterona no sangue de um homem. Isso se deve ao 
fato de que o colesterol 
 
a) é fonte de energia para as células que sintetizam esse hormônio. 
b) é um lipídio necessário para a maturação dos espermatozoides, células produtoras desse 
hormônio. 
c) é um esteroide e é a partir dele que a testosterona é sintetizada. 
d) é responsável pelo transporte da testosterona até o sangue. 
e) é necessário para a absorção das moléculas que compõem a testosterona. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque o colesterol não é fonte de energia para formação dos 
hormônios e sim a molécula precursora de alguns, dentre os quais a testosterona. 
A alternativa B está errada, porque os espermatozoides não produzem testoresona, e sim 
célula específicas localizadas nos testículos (chamadas células de Leydig). 
A alternativa correta é a letra C e é o nosso gabarito. O colesterol é um lipídio esteroide e 
precursor dos hormônios sexuais. 
As alternativas D e E estão erradas, porque o colesterol não está relacionado com o transporte 
da testosterona e sim com a sua síntese. 
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Gabarito: C. 
18. (UESC BA/2011) A origem das células a partir de compostos químicos espumosos 
pode ter ocorrido uma vez ou diversas vezes. Em qualquer caso, as primeiras células em 
nossa linhagem foram sistemas proteicos auto-sustentáveis fechados por membranas, 
baseados em RNA e DNA. Em termos de detalhes da estrutura celular do comportamento 
metabólico, elas eram muito semelhantes a nós. Seus componentes materiais estavam 
em constante intercâmbio com o ambiente externo. Elas se desfaziam dos resíduos 
enquanto obtinham alimentos e energia. Seus padrões perduravam enquanto elas 
reabasteciam as entranhas com compostos químicos trazidos do ambiente. 
(MARGULIS, 2001, p. 84). 
 
A respeito dos pré-requisitos necessários na geração dos primeiros seres vivos no 
planeta e as suas repercussões na determinação do padrão básico celular atual, pode-se 
afirmar que 
 
01. uma evolução química na atmosfera primitiva do planeta Terra permitiu forjar os elementos 
químicos essenciaisna constituição dos primeiros seres vivos. 
02. os seres atuais se diferenciam dos protobiontes devido à ausência, nos sistemas vivos 
primordiais, de um metabolismo celular que controlasse as atividades biológicas. 
03. a membrana lipoproteica favoreceu o isolamento do protobionte em relação ao ambiente 
circundante presente nos oceanos primitivos. 
04. a obtenção de energia e matéria a partir da utilização do seu próprio resíduo foi essencial 
no estabelecimento desses seres autotróficos originais. 
05. a presença de uma molécula para a informação genética capacitou os seres vivos 
primordiais na realização de uma reprodução associada à hereditariedade. 
 
Comentários 
A alternativa 01 está errada, porque formou-se, no início, moléculas orgãnicas simples que 
origiinaram protocélulas. 
A alternativa 02 está errada, porque os sistemas primitivos eram fermentadores. 
A alternativa 03 está errada, porque a membrana biológica que surgiu na orgem da vida era 
apenas lipídica. 
A alternativa 04 está errada, porque autótrofos otiveram energia a partir da radiação solar e 
compostos simples atmosféricos como o CO2. 
A alternativa 05 está certa. 
Gabarito: 05. 
19. (UEPG PR/2008) As proteínas, que são moléculas grandes, apresentam estrutura 
complexa, já que uma molécula de proteína é constituída por várias unidades menores, 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 95 
ligadas entre si, que são os aminoácidos. A respeito dos aminoácidos, assinale o que for 
correto. 
 
01. São exemplos de aminoácidos naturais: glicina, alanina, serina, cisteína, tirosina, 
fenilalanina, valina, lisina e leucina. 
02. Os seres vivos necessitam de 20 aminoácidos para promover a síntese de suas proteínas. 
Os vegetais são capazes de produzir todos eles, ao passo que os animais, tendo em vista que 
suas células só sintetizam 12 deles, obtêm os 8 restantes a partir dos alimentos. 
04. Toda molécula de aminoácido tem um grupo ácido carboxílico (–COOH) e um grupo amina 
(–NH2) ligado a um átomo de carbono. A esse mesmo carbono se liga ainda um átomo de 
hidrogênio e um radical (R), que pode ser um simples átomo de hidrogênio (na glicina), um –
CH3 (na alanina), ou grupos mais complexos (em outros aminoácidos). Assim, os aminoácidos 
existentes na natureza diferem entre si apenas quanto aos seus radicais. 
08. Na molécula de proteína, dois aminoácidos se unem por meio de uma ligação peptídica 
entre as suas carboxilas, com a perda de uma molécula de água, caracterizando uma síntese 
por desidratação. 
 
Comentários 
A alternativa 01 está errada. Dos 20 aminoácidos, 11 são naturais (isto é, conseguimos 
fabricar) e 9 são essenciais (devem ser adquiridos pela alimentação: histidina, isoleucina, 
leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina). Assim, fenilalanina, valina, 
lisina e leucina são aminoácidos esseciais, não naturais. 
A alternativa 08 está errada, porquea ligação peptídica ocorre entre o grupo aminode um 
aminoácido e o grupo carboxila de outro. 
Gabarito: 06. 
20. (ESCS DF/2008) O leite vendido comercialmente no Brasil deve passar 
obrigatoriamente pelo processo de pasteurização, que consiste, em resumo, na 
submissão do produto a temperaturas elevadas por breves períodos de tempo. Um dos 
testes da eficiência desse processo se baseia na medida, realizada no leite pasteurizado, 
da atividade de uma enzima normalmente presente no leite cru, a fosfatase alcalina. Esse 
teste indica que a pasteurização foi eficaz quando: 
 
a) há baixa atividade enzimática, pois a enzima não está em seu pH ótimo; 
b) há alta atividade enzimática, pois a enzima está em seu pH ótimo; 
c) há baixa atividade enzimática, pois a enzima foi desnaturada; 
d) há baixa atividade enzimática, pois a enzima não foi desnaturada; 
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e) há alta atividade enzimática, pois a enzima foi desnaturada. 
 
Comentários 
O teste funciona evidenciando a temperatura desnatura as proteínas, e, por isso ocorre baixa 
atiividade enzimática. A alternativa D está certa. 
Gabarito: C. 
21. (ESCS DF/2008) Células em cultura foram mantidas em um meio contendo três 
tipos de precursores (moléculas relativamente pequenas) radioativas diferentes: 
aminoácidos, uracila e carboidratos. A medida da radioatividade nas células indica o 
quanto e quando cada um dos precursores foi incorporado em macromoléculas. O 
gráfico a seguir mostra a incorporação dos três precursores em função do tempo 
(ambos em unidades arbitrárias) durante a expressão do gene de uma glicoproteína. 
 
 
 
A opção a seguir que associa corretamente cada curva de incorporação ao precursor 
radioativo correspondente é: 
a) A – aminoácidos, B – uracila e C – carboidratos; 
b) A – aminoácidos, B – carboidratos e C – uracila; 
c) A – uracila, B – carboidratos e C- aminoácidos; 
d) A – uracila, B – aminoácidos e C – carboidratos; 
e) A – carboidratos, B – aminoácidos e C – uracila. 
 
Comentários 
A curva A deve ser da uracila, evidenciando que a transcrição do DNA está sendo feita, a curva 
B deve ser de aminoácidos, evidenciando o processo de tradução, e, por fim, a curva C deve 
ser de carboidratos, adicionados à proteína formada originando a glicoproteína. 
A alternativa D está certa. 
Gabarito: D. 
22. (UEL PR/2008) As vitaminas são usualmente classificadas em dois grupos, com 
base em sua solubilidade, o que, para alguns graus determina sua estabilidade, 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 97 
ocorrência em alimentos, distribuição nos fluídos corpóreos e sua capacidade de 
armazenamento no tecidos. 
(MAHAN, L. K. & ESCOTT-STUMP, S. Alimentos, nutrição e dietoterapia.9.ed. São Paulo: Roca, 1998. p. 78.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta. 
a) A vitamina E é lipossolúvel, age como um antioxidante, protege as hemácias da hemólise, 
atua na reprodução animal e na manutenção do tecido epitelial. 
b) A vitamina A é hidrossolúvel, auxilia na produção de protrombina – um composto necessário 
para a coagulação do sangue – e apresenta baixa toxicidade quando consumida em grande 
quantidade. 
c) A vitamina D é hidrossolúvel, auxilia no crescimento normal, melhora a visão noturna, auxilia 
o desenvolvimento ósseo e influencia a formação normal dos dentes. 
d) A vitamina B6 é lipossolúvel, auxilia na resposta imunológica, na cicatrização de feridas e 
reações alérgicas, além de estar envolvida na glicólise, na síntese de gordura e na respiração 
tecidual. 
e) A vitamina C é lipossolúvel, auxilia na resposta imunológica, na cicatrização de feridas e 
reações alérgicas, na síntese e quebra de aminoácidos e na síntese de ácidos graxos 
insaturados. 
 
Comentários 
A alternativa B está errada, porque a vitamina A é lipossolúvel. 
A alternativa C está errada, porque a vitamina D é lipossolúvel 
A alternativa D está errada, porque a vitamina B6 é hidrossolúvel 
A alternativa E está errada, porque a vitamina C é hidrossolúvel 
Gabarito: A. 
23. (UFPA/2008) Em 1953, Watson e Crick decifraram que a estrutura da molécula de 
DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma dupla hélice, responsável pelas características 
dos organismos. Com os conhecimentos atuais, julgue as afirmativas sobre a molécula 
de DNA: 
 
I. Na autoduplicação da molécula de DNA, cada filamento original serve de molde para a 
síntese de um novo filamento (duplicação semiconservativa). 
II. A base nitrogenada adenina emparelha-se com a citosina, enquanto a timina 
emparelha-se com a guanina. 
III. As bases nitrogenadas dos dois filamentos estão unidas por ligações denominadas 
pontes de hidrogênio. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 98 
 
Está (ao) correta (a) a (a) afirmativa (a): 
a) I somente 
b) II somente 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
Comentários 
A alternativa II é a únioca errada, porque adenina emparelha-se com timina e citosina 
emparelha-se com guanina. 
Gabarito: D. 
24. (PUC MG/2008) Para orientar o consumidor sobre o significado da classificação 
oficial dos alimentos em diet ou light, foi montado o esquema abaixo. 
 
 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo diet pode 
ser usado em dois tipos de alimentos: 
 
1. Nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, 
proteínas, sódio); 
2. Nos alimentos para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de 
peso ou de açúcares). 
 
Os alimentos para dietas controladas não podem ter a adição de nutriente. Assim, em 
alimentos para dietas com ingestão controlada de açúcar, não pode haver inclusão 
desse nutriente, sendo permitida a existência do açúcar natural do alimento como, por 
exemplo, a geléia diet, que tem como açúcar natural a frutose. Os alimentos para dietas 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 99 
restritas em carboidratos (pão, chocolate, bala diet) ou gorduras (iogurte desnatado com 
0% de gordura) podem conter, no máximo, a adição de 0,5 gramas do nutriente por 100 
gramas ou 100 ml do produto. A definição de alimento light deve ser empregada nos 
produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias 
comparado com o alimento convencional. 
 
Analisando as informações acima com base em seus conhecimentos, é correto afirmar, 
EXCETO: 
a) Alimentos diet para colesterol são recomendados para quem procura uma dieta de baixas 
calorias para regime de emagrecimento. 
b) Alimentos diet para carboidratos não têm necessariamente baixos valores calóricos, mas 
podem ser recomendados para indivíduos com Diabetes mellitus. 
c) Em alimentos light, para que ocorra redução de calorias, é necessário que haja diminuição 
de nutrientes energéticos como carboidratos e gorduras. 
d) Alimentos diet para sódio são destinados a indivíduos hipertensos que devem controlar a 
quantidade de sal na alimentação. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque alimentos diet para colesterol não terão apenas esse lipídio, 
mas poderão ter muitas calorias decorrentes de outros componentes, como açúcares. As 
demias alternativas estão certas. 
Gabarito: A. 
25. (UNIFEI MG/2008) Os carboidratos, também conhecidos como glicídios ou 
açúcares, são as macromoléculas mais abundantes na natureza. As seguintes 
afirmativas se referem a alguns destes carboidratos. 
 
I. Os mais simples, chamados de monossacarídeos, podem ter de 3 a 7 átomos de 
carbono, e os mais conhecidos, glicose, frutose e galactose, têm 6. 
II. O amido e a celulose são polissacarídeos formados pelo mesmo número de moléculas 
de glicose, que se diferenciam pela presença de ramificações na estrutura do amido. 
III. A quitina é um importante polissacarídeo que constitui o exoesqueleto dos insetos e 
crustáceos. 
IV. A glicose é formada e armazenada nos tecidos vegetais através da fotossíntese. 
 
As seguintes afirmativas estão corretas: 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 100 
a) I, II e IV 
b) I, III e IV 
c) I e III 
d) I e IV 
 
Comentários 
A alternativa I está certa. 
A alternativa II está errada. O amido é formado por dois polissacarídeos, amilose e 
amilopectina, que são constituídos de moléculas de α-glicose, mas são ligeiramente 
diferentes. A amilose corresponde a um polímero de cadeia normal com mais de 1000 
moléculas de α-glicose unidas, já a amilopectina é constituída por cadeias longas e muito 
ramificadas de unidades de α-glicose. A celulose é um polissacarídeo, pois cada molécula sua 
é formada por 10000 ou mais moléculas de β-glicose. 
A alternativa III está certa. 
A alternativa IV está errada, porque a glicose formada é utilizada pelo metabolismo da planta e 
o excedente é armazenado como amido, sua reserva energética. 
Gabarito: C. 
26. (UTF PR/2008) O desenvolvimento saudável de uma pessoa depende de uma dieta 
equilibrada, aconselha-se que uma pessoa coma por dia entre 50 a 60% de carboidratos 
dos quais 15% sejam constituídos por açúcares simples; cerca de 30% de gorduras 
(triglicerídeos), dos quais menos de 10% deve ser gordura não saturada; e cerca de 12 a 
15% de proteínas. Com uma alimentação variada, rica em frutas e vegetais são supridas 
as necessidades diárias de vitaminas e sais minerais. Em relação aos componentes 
químicos da célula citados no texto, é INCORRETO afirmar que: 
 
a) os açúcares simples, chamados monossacarídeos, como a celulose, o amido e o glicogênio, 
encontrados no mel, nas frutas e no leite, têm funções estruturais e enzimáticas. 
b) os triglicerídeos são representados pelos óleos e gorduras, presentes nos óleos de girassol, 
milho, canola e em óleos de peixes como o salmão e o bacalhau e são formados por um 
glicerol e três ácidos graxos. 
c) as proteínas são encontradas em alimentos como carnes, ovos, peixes, leite, feijão, são 
constituídas por aminoácidos e apresentam funções biológicas diversas. 
d) os sais minerais apresentam-se principalmente na forma de íons, atuam em processos como 
a contração muscular e a manutenção do equilíbrio osmótico. 
e) as vitaminas, requeridas em pequenas doses, são alimentos reguladores. Sua falta pode 
acarretar doenças como a anemia, o escorbuto e o raquitismo. 
 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 101 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque os açúcares citados são polissacarídeos, compostos por 
várias unidades monoméricas. As demais alternativas estão certas. 
Gabarito: A. 
27. (UFTM MG/2007) No início da década de 1950, o químico americano Stanley L. 
Miller desenvolveu um experimento que ainda hoje é considerado um dos suportes da 
hipótese da origem da vida na Terra. Miller construiu um aparelho que simulava as 
condições da Terra primitiva. Nesse aparelho, submeteu uma mistura dos gases, dentre 
eles a amônia, a descargas elétricas. Ao final do experimento, obteve a formação de 
moléculas orgânicas, entre elas alguns aminoácidos. Os dados obtidos por Miller 
poderiam ser representados por uma das seguintes figuras: 
 
Dados: 
Eixo X = Concentração de amônia (unidade arbitrária) 
Eixo Y = Tempo (h) 
Eixo Z = Concentração de aminoácidos (unidade arbitrária em relação à concentração de 
amônia) 
 
 
No que se refere à amônia e aos aminoácidos, dentre as figuras, aquela que melhor 
representa os resultados obtidos por Miller é a 
a) figura 1. 
b) figura 2. 
c) figura 3. 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 102 
d) figura 4. 
e) figura 5. 
 
Comentários 
A ideia do experimento de Miller é a ocorrência do consumo dos componentes presentes na 
atmosfera primitiva para formação de moléculas orgânicas simples. Assim, queremos a curva 
que mostra redução da amônia e aumento dos aminoácidos. A alternativa B está certa. 
Gabarito: B. 
28. (UEG GO/2006) Todos os seres vivos são formados por células, ou seja, 
compartimentos envolvidos por membranas, preenchidos com uma solução aquosa 
concentrada de substâncias químicas. As primeiras células vivas provavelmente 
surgiram na Terra por volta de 3,5 bilhões de anos atrás, por reações espontâneas entre 
moléculas que estavam longe do equilíbrio químico. Sobre a formação das moléculas 
biológicas em condições pré-bióticas, é INCORRETO afirmar: 
 
a) Moléculas orgânicas simples podem associar-se para a formação de polímeros. Umaminoácido pode juntar-se a outro pela formação de uma ligação fosfodiéster, e dois 
nucleotídeos podem associar-se por meio de uma ligação peptídica. 
b) No primeiro bilhão de anos da Terra, existia pouco ou nenhum oxigênio, com absoluta 
ausência de camada de ozônio para absorver a radiação ultravioleta do Sol. A ação 
fotoquímica da radiação ultravioleta pode ter ajudado a manter a atmosfera rica em moléculas 
reativas e também longe do equilíbrio químico. 
c) Se uma mistura de gases, como CO2, CH4, NH3, e H2, é aquecida com água e energizada 
por uma descarga elétrica ou por radiação ultravioleta, os elementos reagem entre si e formam 
pequenas moléculas orgânicas, tais como aminoácidos, açúcares, purinas e pirimidinas. 
d) Os polinucleotídeos possuem limitada capacidade catalítica, mas podem dirigir a formação 
de cópias exatas de suas próprias seqüências por pareamento complementar dos 
nucleotídeos. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque aminoácidos se ligam por ligações peptídicas. Nucleotídeos 
se ligam por ligações de fosfodiéster. As demais alternativas estão certas. 
Gabarito: A. 
29. (UERJ/2005) Considere a hipótese de que o ambiente marinho primitivo, sem 
oxigênio molecular, onde viveram os primeiros organismos, contivesse moléculas 
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AULA 00 – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA 103 
orgânicas produzidas por síntese abiótica. Admita, ainda, que essas moléculas eram por 
eles decompostas para obtenção de energia. 
 
O tipo de nutrição e a forma de obtenção de energia desses organismos deveriam ser, 
respectivamente: 
a) homeotrófica - oxidação 
b) autotrófica - fotossíntese 
c) isotrófica - quimiossíntese 
d) heterotrófica - fermentação 
 
Comentários 
Se as moléculas orgânicas que os primeiros organismos utilizam como fonte de energia tem 
origem abiótica, podemos excluir a presença de autótrofos do local, e, consequentemente, dos 
processos de fotossíntese e quimiossíntese. Logo, or organismos em questão eram 
heterótrofos e obtinham energia por fermentação. 
Gabarito: D. 
30. (UEPB/2000) Na atualidade, a hipótese mais aceita para explicar a origem dos 
primeiros seres vivos assevera que as condições reinantes na terra primitiva 
possibilitaram a formação de seres vivos, a partir da matéria sem vida e isso, após 
milhões de anos. Com base nesta hipótese, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
a) A atmosfera da Terra primitiva era composta pelos gases metano (CH4), amoníaco (NH3), 
hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O). 
b) O oxigênio livre (O2) estava ausente da atmosfera primitiva. 
c) As fortes descargas elétricas provenientes das tempestades torrenciais e a alta incidência de 
raios ultravioleta representavam uma excelente fonte de energia que desencadearam variadas 
reações químicas nas condições da Terra primitiva. 
d) As moléculas orgânicas simples podem ter aparecido, a partir dos gases da atmosfera. 
e) Os primeiros seres vivos eram autotróficos que absorviam moléculas orgânicas simples dos 
mares primitivos, usando-as como energia. 
 
Comentários 
As alternativas A-D estão certas. A alternativa E está errada, porque provavelmente os 
primeiros seres vivos eram heterótrofos e realizavam fermentação. 
Gabarito: E. 
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31. (UFRS/2000) Associe os elementos químicos da coluna superior com as funções 
orgânicas na coluna inferior: 
 
1. Magnésio 
2. Potássio 
3. Iodo 
4. Cálcio 
5. Sódio 
6. Ferro 
 
( ) formação do tecido ósseo 
( ) transporte de oxigênio 
( ) assimilação de energia luminosa 
( ) equilíbrio de água no corpo 
( ) transmissão de impulso nervoso 
 
A sequência numérica correta, de cima para baixo, na coluna da direita é: 
a) 4 – 3 – 1 – 5 – 2 
b) 5 – 6 – 3 – 4 – 1 
c) 4 – 6 – 1 – 5 – 2 
d) 5 – 4 – 3 – 6 – 1 
e) 6 – 4 – 2 – 3 – 1 
 
Comentários 
Magnésio= assimilação de energia luminosa 
Potássio=transmissão de impulso nervoso 
Cálcio= formação do tecido ósseo 
Sódio= equilíbrio de água no corpo 
Ferro= transporte de oxigênio 
Gabarito: C. 
 
 
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8. Versões das Aulas 
 
DATA VERSÃO ALTERAÇÃO 
18/11/2021 Arquivo original 
21/11/2021 Versão 1 Inclusão do glossário 
03/12/2021 Versão 2 Página 44. Ajuste da ilustração de célula 
03/12/2021 Versão 3 Página 52. Inclusão de nota sobre vírus no fim da página. 
 
 
 
9. Referências Bibliográficas 
 
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
 
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células: origem da vida, citologia e histologia, 
reprodução e desenvolvimento. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. 
 
CARVALHO, H. & RECCO-PIMENTEL, S.M. A célula. 3ª ed. Barueri: Manole, 2013. 
 
DAMINELI, A; DAMINELI, DSC. Origens da vida. Estudos avançados, 21 (59): 263 - 284. 
2007.ENCICLOPÉDIA 
 
BRITÂNICA. Disponível em http://britannica.com.br/ Acesso em: 18 de março de 2019. 
 
JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. 
 
LOPES, S. & ROSSO, S. Conecte Bio – volume único. 1ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. 
 
PAULINO, W.R. Biologia – volume único (Série Novo Ensino Médio), 8ª ed. São Paulo: Editora 
Ática, 2002. 
 
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. 7ª ed. São Paulo: Editora Ática. 2012 
 
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