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LEGISLAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS TAKESHY TACHIZAWA E AUTORES ASSOCIADOS 2017 2016 © Takeshy Tachizawa 2016 © Editora FACCAMP. Direitos desta edição reservados a EDITORA FACCAMP Todos direitos autorais foram cedidos pelos autores e colaboradores à Editora. ISBN 978-85-60003-23-5 Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida sob qualquer forma ou através de qualquer meio sem prévia autorização por escrito da Editora. Além de gerar sanções civis, a violação de direitos autorais caracteriza crime descrito na legislação em vigor à Editora FACCAMP. Todos direitos autorais foram cedidos pelo autor, colaboradores e autores associados Primeira edição: dezembro de 2016 Impressão: 5ª. 4ª. 3ª. 2ª. 1ª. Ano 16 15 14 13 12 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil Tachizawa, Takeshy LEGISLAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Takeshy Tachizawa – 1ª. Edição – Campo Limpo Paulista: Editora Faccamp Campo Limpo Paulista, 2016. Bibliografia 512 p.: 14 x 21 cm. ISBN 978-85-60003-23-5 1.Legislação 2. Micro e pequenas empresas 3. Autor: Takeshy Tachizawa Colaboradores e autores associados. 02-4185 CDD - 658 Índice para catálogo sistemático: 1. Legislação das micro e pequenas empresas : Administração 658 2. Legislação : Administração 658 Agradecimentos Especial agradecimento ao Prof. Dr. Osvaldo De Sordi pelo suporte metodológico prestado aos mestrandos em suas profícuas aulas. Ao Prof. Dr. Osvaldo de Oliveira pela viabilização do cenário acadêmico, propício à realização desta obra. Nossa gratidão às colaboradoras da Secretaria do Programa de Mestrado da FACCAMP pelo permanente apoio administrativo. Grato a Aline de Fátima Gonçalves pela dedicação e empenho no suporte editorial desta obra. Autores Associados Armando de Abreu Cassio Bardi Diogo Francisco Paulo da Rocha Djair Picchiai; Denilson da Silva Martins Edson Conceição Junior Elaine Moretti Silva Teixeira de Lima Eliseu B. S. Belê Émerson Watanabe Furlaneti Fabio Senigalia José Carlos Andrade Gomes José Luiz Contador Jose Marques Pereira Junior Juliana B. de Almeida Marize Kozloswki Michele Maria Silva Franco Poli Ranulfo Soares da Fonseca Junior Roberto Rocha Rubens Topal Sandro Pacheco Sonia Juvenal Ranulfo Soares da Fonseca Jr. Reginaldo Correia Sebastião de Oliveira Sueli de Sales Almeida Ulisses Tavares da Silva Wilson Roberto dos Santos Ribeiro Winston Aparecido Andrade Colaboradores Carlos Cardozo; Djalma Clariano ; Ederson Gobato Edison de Araujo ; Edson Ribeiro ; Emerson de Grandhi ; Francisco Lampreia ; José Pasotti ; Katia Terriaga ; Kleber Marsariolli ; Heider Ribeiro ; Isaías dos Santos ; José Carlos Felix ; Leandro M Garcia; Ludymila Ribeiro ; Maria Alice França; Marli Zavala ; Nelson Rogeri ; Rubens Leite ; Simone Leite ; Tarcizo Junior; Wellington dos Reis; Wellington Brunório. LEGISLAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SUMÁRIO PREFÁCIO ............................................................................................. 8 APRESENTAÇÃO .................................................................................. 9 PARTE I - REFLEXÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DAS MPE´s ............. 10 CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NO CONTEXTO NACIONAL (Takeshy Tachizawa) ........................................................................................... 11 CAPÍTULO 2 - BRASIL E O CENÁRIO INTERNACIONAL (Wilson Roberto dos Santos Ribeiro) .............................................................. 18 ESTUDO DE CASO - VAREJO LOJA DE BVD (CARLOS MANOEL QUADRADO) ........................................................................................ 36 PARTE II - LEI GERAL E O SIMPLES NACIONAL ............................. 50 CAPÍTULO 3 - LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (Sueli de Sales Almeida e Edson Conceição Júnior) ....................... 51 CAPÍTULO 4 - SIMPLES e as MPE´s (Elizeu B S Belê e Juliana B. de Almeida) ............................................................................................... 73 CAPÍTULO 5 - O SINCRONISMO ENTRE O SIMPLES NACIONAL E A MPE (José Carlos Andrade Gomes e Winston Aparecido Andrade) .............................................................................................................. 91 ESTUDO DE CASO: SIMPLES NO CONTEXTO DO SENAC (Ranulfo Soares da Fonseca Junior e Ulisses Tavares da Silva) ................... 98 PARTE III - LOGÍSTICA REVERSA E EXPORTAÇÃO ...................... 111 CAPÍTULO 6 - LEI DA LOGÍSTICA REVERSA: CASO DA NATURA (Cláudio Raimundo e Rubens Topal) ............................................... 112 CAPÍTULO 7 - LEI DA EXPORTAÇÃO SIMPLIFICADA: FORMAÇÃO DE UMA CENTRAL DE SERVIÇOS (Marise Koslozwki) .................. 129 CAPÍTULO 8 - LEI DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: RECICLAGEM NA CONSTRUÇÃO CIVIL (Joelma Telesi Pacheco Conceição) ........... 160 PARTE IV - TRIBUTAÇÃO E FORMAÇÃO DE PREÇOS .................. 172 CAPÍTULO 9 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO (Michele M. S. Franco Poli; Sandro Pacheco) ...................................................................... 173 CAPÍTULO 10 - TRIBUTAÇÃO NO COOPERATIVISMO (Denilson da Silva Martins) ..................................................................................... 188 ESTUDO DE CASO - PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA. ................... 206 PARTE V - SEGMENTO DE SERVIÇOS ............................................ 213 CAPÍTULO 11 - MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL NO COMERCIO VAREJISTA (Reginaldo Aparecido de Oliveira) .......... 214 CAPÍTULO 12 - ONGS E SEUS ASPECTOS LEGAIS (BARDI, C.; MARTINS, D.) ..................................................................................... 228 CAPÍTULO 13 - ESTRATÉGIAS PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PELO MODELO DE CAMPOS E ARMAS DA COMPETIÇÃO: CASO DA FACULDADE ALFA (Sonia Juvenal, José Luiz Contador) ................................................................................... 247 CAPÍTULO 14. HOTÉIS DE PEQUENO PORTE E SEUS ASPECTOS INSTITUCIONAIS (TAKESHY TACHIZAWA)..................................... 295 ESTUDO DE CASO: MPE DA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO (ARMANDO DE ABREU) ................................................................... 327 PARTE VI - TÓPICOS CONTEMPORÂNEOS (artigos da turma de 2017: Carlos Cardozo; Djalma Clariano ; Ederson Gobato Edison de Araujo ; Edson Ribeiro ; Emerson de Grandhi ; Francisco Lampreia ; José Pasotti ; Katia Terriaga ; Kleber Marsariolli ; Heider Ribeiro ; Isaías dos Santos ; José Carlos Felix ; Leandro M Garcia; Ludymila Ribeiro ; Maria Alice França; Marli Zavala ; Nelson Rogeri ; Rubens Leite ; Simone Leite ; Tarcizo Junior; Wellington dos Reis; Wellington Brunório) POSFACIO ......................................................................................... 341 BIBLIOGRAFIA GERAL ..................................................................... 344 HISTÓRIAS EMPRESARIAIS VIVIDAS ............................................. 347 O PROCESSO SUCESSÓRIO EM EMPRESAS FAMILIARES: um estudo de caso (Elaine Moretti de Lima e Djair Picchiai) ............... 395 ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE ............................................................................. 461 LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 ....................................... 476 FILMES CORPORATIVOS ................................................................. 492 LISTA DE FILMES .............................................................................. 509 SOBRE O AUTOR E ORGANIZADOR ............................................... 5118 PREFÁCIO O Brasil tem diante de si oportunidade decisiva para responder positivamente aos desafios do crescimento econômico, principalmente na geração de empregos e na distribuição de renda. Com o modesto cenário tributário vigente, abrem-se alternativas para o fortalecimento das micro e pequenas empresas. A atual lei geral das micro e pequenas empresas, estabelece e regulamenta estímulos e incentivos, como a introdução de um sistema mais simples de pagamento de impostos e contribuições, redução da burocracia e maior acesso às compras governamentais. Prescreve, ainda, maior incentivo às exportações e às novas tecnologias. Esta obra, neste contexto, visa delinear uma caracterização legal das MPE no cenário nacional. Analisa, em um enfoque gerencial, seu tratamento fiscal e sistema tributário em suas esferas federal, estadual e municipal. Marcos legais, que proporcionam suporte às MPE, também, são genericamente avaliados. Procura estabelecer uma ampla reflexãodos princípios gerais da ordem econômica, assegurando a necessária compreensão do tratamento legal proporcionado a essas micro e pequenas empresas. Define uma orientação legal à tomada de decisões em nível estratégico e operacional no processo de gestão das MPE em busca de seu tratamento jurídico diferenciado em face de seu segmento econômico. Isso, visando conscientizá-las da potencial possibilidade de simplificação e de minimização das obrigações fiscais e tributárias, sob estrita observância da legislação vigente. Sinaliza os principais diplomas legais existentes nos contornos delineados pelos instrumentos de apoio às MPE, inclusive, pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Esta, formaliza o Projeto de Lei Complementar 123/04 que institui o sistema único de tributação, “Simples Nacional”, por meio de legislação infraconstitucional, como lei complementar e ordinária, decreto em todas as suas formas, resolução, instrução normativa e outros instrumentos legais. Boa leitura ! 9 APRESENTAÇÃO Este livro foi concebido para ser lido em qualquer ordem pois cada capítulo foi desenvolvido modularmente, de forma integrada ao conteúdo programático do Mestrado da FACCAMP. Na Parte I, Reflexões sobre a legislação das MPE´s, procura-se estabelecer uma análise relativa aos aspectos legais no contexto geral das micro e pequenas empresas. A Parte II, Lei geral e o SIMPLES NACIONAL apresenta os preceitos legais inerentes as MPE´s. Estabelece o cenário legal vigente. Na Parte III ― TRIBUTAÇÃO E FORMAÇÃO DE PREÇOS, são abordados no contexto do planejamento tributário e formação de preços. A Parte IV – LOGÍSTICA REVERSA E EXPORTAÇÃO, é relativa à legislação dos resíduos sólidos, exportação simplificada e caso prático inerente ao tema. E, na Parte V e VI abordam-se aspectos legais aplicáveis ao segmento de prestação de serviços e tópicos contemporâneos, respectivamente.. Ao longo do desenvolvimento dos capítulos são apresentados casos práticos, inseridos no final de cada Parte em que os mesmos são agrupados por assuntos assemelhados. A obra encerra-se com o Posfácio e anexos, onde são explicitados tópicos inerentes à lei geral das micro e pequenas empresas, logística reversa, bem como de filmes corporativos, direta e indiretamente relacionados à temática tratada nesta obra. Referências de obras específica a cada capítulo são inseridas no final de cada um deles. E, como bibliografia geral, antecedendo os anexos, relacionam-se todas obras consultadas, com destaque para De Sordi (2013), cujo conteúdo metodológico permeia o livro como um todo. Como enfoque metodológico adotado no desenvolvimento de cada capítulo, foi observado o modo de desenvolvimento de análise teórica, teórico-empirica e de estudo de caso sugerido por Tachizawa (2015). Neste método do estudo de caso, que se limita à investigação de um mesmo fenômeno em um mesmo cenário, em um determinado período de tempo, foi utilizado intensamente ao longo desta obra. Nela, seus artigos, refletem um enfoque representativo de um estudo de caso, que foi desenvolvido a partir de uma análise detalhada de uma organização, sendo esta, segundo o autor, a situação mais comum. 10 PARTE I - REFLEXÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DAS MPE´s CAPÍTULO 1. LEGISLAÇÃO NO CONTEXTO NACIONAL Takeshy Tachizawa CAPÍTULO 2. BRASIL E O CENÁRIO INTERNACIONAL Wilson Roberto dos Santos Ribeiro A presente Parte I apresenta uma análise do posicionamento do Brasil no cenário internacional. Aborda aspectos legais de abertura e encerramento de MPE‘s, e delineia oportunidades de melhoria para simplificação legal, na trilha do desenvolvimento da economia brasileira. 11 CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NO CONTEXTO NACIONAL (Takeshy Tachizawa) O Brasil se prepara para a elaboração da Lei Geral da Pequena Empresa, de acordo com o que foi fixado pela emenda constitucional conhecida como Reforma Tributária, votada e promulgada no final de 2003. Assim, com o fortalecimento de suas atividades, os empreendedores dos pequenos negócios estarão dando uma grande contribuição para ajudar a resolver aspectos cruciais da atual agenda brasileira, entre os quais se destacam os seguintes: - Combate à pobreza pela geração de trabalho, emprego e melhor distribuição da renda; - Redução da informalidade na contratação de mão-de-obra e fortalecimento do tecido social e econômico do país; - Interiorização do desenvolvimento pela promoção da iniciativas locais e dos arranjos produtivos; - Incremento da atividade produtiva nacional, com consequente ampliação de oportunidades e da base de arrecadação de impostos; - Simplificação, desburocratização e justiça fiscal, os grandes eixos e objetivos visados pela proposta de reforma tributária. O segmento dos pequenos negócios é um dos principais pilares de sustentação da economia nacional, tanto pelo número de estabelecimentos e distribuição geográfica, quanto pela sua capacidade de gerar empregos. Ainda que reconhecida sua importância socioeconômica, o setor encontra sérios obstáculos ao seu crescimento, sustentabilidade e competitividade. Somente os empreendimentos de menor porte podem materializar a difícil meta de gerar 10 milhões de novos postos de trabalho na economia brasileira. A capacidade de geração de empregos no setor é amplamente conhecida. Estudos mostram que, entre 1995 e 2000, nada menos que 96% dos novos empregos foram criados em empresas com até 100 empregados. O saldo positivo entre as contratações e desligamentos no setor foi de mais de 1,4 milhão de novos postos de trabalho, um crescimento de 26% no período. Nas grandes empresas, em oposição, esse saldo foi inferior a 30 mil novos empregos, um crescimento de apenas 0,3%. Não há, portanto, como cogitar de um novo modelo de desenvolvimento que não esteja baseado nos pequenos negócios. 12 Países como Itália e Espanha fizeram esse dever de casa e deram saltos espetaculares de desenvolvimento em três décadas. Não é mais possível conferir ao segmento o mesmo tratamento que se dá à grande empresa. É mais do que justificável usar, neste caso, dois pesos e duas medidas. É inadmissível que o mesmo arcabouço jurídico seja idêntico para uma companhia com milhares de empregados e um negócio que atende à comunidade de um bairro. Os argumentos a favor das organizações tendendo ao pequeno porte passam pela afirmação de que em muitos ramos de negócios a economia de escala está declinando e perdendo sua importância que até então era inquestionável. Produtos inteligentes estão sendo miniaturizados. Os mercados estão sendo fragmentados em nichos e segmentos de clientes. Esses clientes podem ser melhor conquistados através de Tv a cabo e pela mídia dirigida do que pela mídia de massa. Produção em larga escala e mídia padronizada estão sendo substituídas por produção personalizada, portais interativos, sites dirigidos edemais recursos da rede mundial – Internet. A força das micros e pequenas empresas para gerar empregos na economia nacional reforça esse argumento. Enquanto conglomerados e empresas de médio e grande porte reduzem suas participações no total de pessoas ocupadas nos diferentes setores econômicos, as MPE‘s tendem aumentar tal participação relativa onde, no Estado de São Paulo, cresceu de 64 % para 67 % do total das ocupações geradas no setor privado. Esta tendência no incremento na geração de novas ocupações pelas MPE‘s, conforme mencionado ao longo desta obra, está associada a transformações que ocorrem naquelas grandes organizações que: - Investem na automação e renovação tecnológica dos processos produtivos, outrora de uso intensivo de mão- de- obra, abrindo oportunidades para o surgimento de novos negócios; - Adotam a terceirização subcontratando, externamente, atividades tradicionalmente executadas internamente; - Estabelecem estratégias de utilização de um núcleo permanente de pessoal especializado, complementado por grupo de pessoas que podem ser mobilizadas e descontratadas em função da flutuação da produção/demanda; - Induzem o incremento econômico dos setores de serviços e comércio, que se caracterizam por uso intensivo de mão-de- obra. Além de ser mais rápida e de prestar serviço mais personalizado aos seus clientes, a micro e pequena empresa pode alcançar níveis 13 mais altos de motivação e envolvimento de seus colaboradores quando comparada com as grandes organizações. A pequenez significa que os colaboradores podem se identificar com a empresa, ver o resultado de seu trabalho, visualizar a organização como um todo e entender como seu trabalho está ligado aos resultados econômicos e sentir-se responsáveis pelo sucesso ou fracasso empresarial. Tal afirmação é particularmente evidente quando consideram-se aquelas MPE´s onde as pessoas que fazem parte da organização em termos de emprego formal, confundem-se com a figura do(s) proprietário(s). Aspectos relacionados ao registro de uma MPE junto ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, Receita Federal, Prefeitura Municipal e demais repartições públicas podem ser consultados na literatura específica sobre o assunto (obras sobre direito comercial, legislação fiscal-tributária e demais instrumentos legais afins). Tal providência legal varia de acordo com a região onde irá se estabelecer e depende, ainda, do tipo de empresa que será constituída (sociedade civil; sociedade mercantil ou firma individual). Outros detalhes relacionados a forma de elaboração de planos de negócios para fins de obtenção de financiamento e obtenção de aporte de capitais podem ser obtidos em obras especializadas sobre o assunto. Em ambos os casos sugere-se, ainda, contratar os serviços especializados de um contador (ou escritório de contabilidade) não só pela especialização que o assunto requer como também pela natureza transitória deste tipo de providência. Ou seja, é uma atividade demandada apenas no início da constituição e operação da empresa. Se a contratação de serviços especializados em contabilidade é uma recomendação altamente desejável na fase inicial de funcionamento de uma MPE torna- se imprescindível na fase de operação normal do negócio dada a exigência operacional de lidar no dia-a- dia com questões relacionadas a INSS, IPI, IRRF, IRPJ, SIMPLES, REFIS, Contribuição Sindical. Contribuição Social sobre o Lucro-CSL, FINOR, FINAM e FUNRES, e demais questões legais/fiscais/tributárias rotineiras. Segundo pesquisa recente do SEBRAE, após tirar o CNPJ, empreendedores individuais (EIs) conseguiram ampliar vendas, principalmente para empresas, já que a possibilidade de emitir notas fiscais os inclui no mercado. Com a legalização, os negócios dos EIs com empresas aumentaram 78%, com o governo, 66%, e com pessoas físicas, 10%, segundo o levantamento. O tempo para a abertura de uma empresa é de 30 dias úteis, em geral, desde que não sejam necessárias licenças específicas. Dependendo do ramo de atuação, são exigidos outros documentos, como inscrição estadual para o comércio e registro no 14 SISCOMEX (Sistema integrado de Comércio Exterior) para atividades de importação e exportação. Há ainda atividades que precisam de alvarás da Vigilância Sanitária ou mesmo licenças de órgãos ambientais. E o empreendedor precisa estar atento às exigências em cada caso, que podem interferir na estrutura física do negócio. Na capital paulista, o processo deve ficar mais ágil. A prefeitura da capital paulista, por exemplo, aderiu ao SIL (Sistema Integrado de Licenciamento), o que encurta o processo no município de 120 dias para 15 dias. Com ele, licenças e alvarás para empresas com atividades de baixo risco, cerca de 95% dos casos podem ser concedidas pela internet. Os documentos e as vistorias prévias são substituídos por declarações em um certificado digital. De acordo com a sistemática vigente, e como primeiro passo para formalizar uma empresa, deve ser verificada na prefeitura se a atividade é permitida no endereço onde deseja atuar. Deve ser pesquisada na Junta Comercial estadual se o nome que pretende adotar já não foi registrado e, caso pretenda registrar uma marca ou patente, é necessário averiguar, também, no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Posteriormente, deve ser preparado um contrato social que formaliza a abertura do negócio. Tal instrumento jurídico deve ser assinado por um advogado, conter as informações da empresa, e ser registrado na Junta Comercial (que avalia as informações do contrato social e os documentos dos sócios, antes de gerar um número de identificação do registro de empresa). Já na fase final, tem-se a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), cujo pedido pode ser feito pela internet, junto ao site da Receita Federal. Ao fazer o cadastro, é necessário escolher o CNAE (Código Nacional de Atividade Empresarial), que depende da atividade que a empresa exercerá. Essa classificação será utilizada como parâmetro para determinação dos tributos e sobre as atividades da empresa. Isso, complementado pela obtenção do CCM (Cadastro de Contribuintes Mobiliários) junto à prefeitura. É necessário entregar cópia dos documentos anteriores (contrato social e CNPJ) e preencher um formulário próprio. Para obter o alvará de funcionamento, o imóvel que será sede da empresa precisa estar com a situação regularizada perante a prefeitura. De acordo com a complexidade e do ramo de atuação do negócio, há necessidade de outros registros. Por exemplo, corretoras de seguros devem procurar a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), bares e restaurantes precisam de autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e assim por diante. A abertura é muito mais rápida quando comparada com o processo exigido no encerramento de uma empresa. Mas, geralmente, o 15 empreendedor está tão ansioso para começar suas atividades que tem a percepção de que o processo é demorado. Quem defende essa visão, está longe de lutar por uma causa meramente corporativista. Na verdade, defende uma estratégia para o País, reivindicando que se dê foco a uma política, assim como foi feito, por exemplo, na agropecuária e no agronegócio, com excelentes resultados. Os órgãos governamentais e a iniciativa privada, estão convencidos de que o modelo de desenvolvimento baseado na pequena empresa é a melhor opção para o Brasil tanto em termos econômicos como em seus aspectos sociais. A Lei Geral pode servir de base para futuros trabalhos direcionados a um processo de reforma tributária nacional, que tenha papel estruturante para o país e seja convergência entre o que a sociedade deseja e os avanços permitidos pela reforma recente na Constituição. Como a referida lei procura regulamentar as atividades das micro e pequenas empresas na economia nacional, e esta é composta de diferentessetores econômicos, recomenda-se abordagens diferenciadas na sua interpretação e aplicação no dia a dia empresarial. Ou seja, para cada segmento econômico pode-se inferir peculiaridades que devem ser observadas na aplicação dos aspectos legais, que são diferenciados, no âmbito das MPE`s. Os diferentes ramos de atividades da economia, portento, exigem enfoques distintos da legislação vigente. Isso torna-se mais evidente quando se analisa integração das empresas ao longo da cadeia econômica do país. Uma MPE, ao mesmo tempo em que pode ser fornecedora, pode ser cliente de outra empresa, independentemente de seu porte. A interdependência entre as empresas caracteriza-se pela ampliação de sua atuação através da identificação e formalização de parceria com fornecedores e clientes de empresas de grande porte (Figura1: Interdependência entre as empresas). É a constatação de que existe uma cadeia produtiva interna à MPE, e outra de maior abrangência, que interliga várias organizações e um mesmo ou de diferente setor econômico. Esta ampliação da atuação da MPE através da identificação e formalização de parceria com fornecedores e clientes de empresas de grande porte permite que seja visualizadas a influência das variáveis legais que incidem de forma diferenciada, a depender do segmento econômico a que ela pertença. Ou seja, via de regra, existe uma rede de micro, pequenos e médios (MPE) fornecedores e clientes de empresas como a NATURA, KRUPP e equivalentes. Essas MPE´s necessitam atuar de forma sustentável e, principalmente, observando a legislação vigente, para se manterem como fornecedor/cliente de uma grande empresa. É possível, inclusive, parceria com a grande empresa para fins de desenvolver parceria para capacitação (educação ambiental) para sua respectiva 16 rede de fornecedores e clientes. Analisando a cadeia produtiva do mercado-para-trás (logística reversa) nota-se que os clientes têm expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável (Figura 2: Rede de fornecedores e clientes). Tais mutações no mundo dos negócios são decorrentes da evolução das novas tecnologias que afetam diretamente as empresas e, indiretamente, as organizações sociais que podem a ela se associar na forma de parcerias. A tecnologia fornece a resposta mas, dentro dos contornos da legislação vigente, qual foi a pergunta que a motivou? Esta indagação se relaciona a necessidade da inserção do fator humano ao longo da cadeia produtiva das organizações que necessita conciliar os aspectos econômicos com aqueles sociais e ecológicos para ser verdadiramente sustentável. Essa postura faz com que as fronteiras da organização analisada se iniciem nas dependências dos fornecedores e terminel além dos seus limites físicos e funcionais, internamente, dentro das instalações dos clientes intermediários e finais. É o caso de uma grande empresa como a NATURA que tem uma rede de pequenos fornecedores ecologicamente responsáveis. E que, na obtenção de insumos produtivos se unem em torno de associações e cooperativas (novos arranjos produtivos na forma de organizações sociais). Esses micro e pequenos fornecedores necessitam de capacitação e assessoramento técnico da grande empresa- cliente (NATURA) e, inovadoramente, de outras organizações não-governamentais já instaladas no mercado. Na outra ponta, existem clientes intermediários da grande empresa (caso da NATURA que trabalha com milhares de empreendedores individuais que atuam na forma de representantes comerciais). Esta e outras características explicam o porque as empresas como a NATURA, recolhem 78,43% em impostos do valor que faturam com perfume. Isso representa o quinto lugar no ranking das empresas que mais recolhem impostos na economia nacional. Nesse ranking nacional, destaca-se a cachaça como ocupante do primeiro lugar, onde 81,87% do seu preço é imposto, seguido da vodca com nada menos que 81,52% do preço desse típico destilado corresponde a imposto. Em quarto lugar tem-se o cigarro com carga tributária equivalente a 80,42% do preço do produto. Por outro lado, combustíveis, eletrodomésticos, alimentação, vestuário, produtos de higiene e limpeza, diversão e lazer, medicamentos de uso animal e jornal, são os produtos que menos impostos pagam. Enfim, a depender do tipo de produto e, portanto, do ramo de negócios da empresa, existem carga tributária diferenciada. 17 Aspectos legais relacionados e o embasamento filosófico do estatuto da MPE são sintetizados nos capítulos que se seguem. 18 CAPÍTULO 2 - BRASIL E O CENÁRIO INTERNACIONAL (Wilson Roberto dos Santos Ribeiro) RESUMO: O capítulo trata dos aspectos legais de abertura e encerramento das MPE‘s do Brasil em comparação aos dados do mercado internacional. Tais dados são provenientes de pesquisa de indicadores internacionais e nacionais nos Estados Unidos do International Finance Corporation (IFC, 2012). Os dados se originam do Doing Business‖, na Alemanha do Internationales Arbeitsamt, Relatório da conferência Internacional de empregos de 2007. E, finalmente, no Brasil do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que lançam uma luz sobre quão fácil ou difícil é para um empresário local para abrir e gerir um negócio em cumprimento com os regulamentos relevantes. Possui indicadores quantitativos referentes às regulamentações de negócios e fatores de sustentabilidade que podem ser comparados entre diversas economias. Os indicadores são utilizados para identificar os principais aspectos de abertura e encerramento de MPE‘s, permite ampla visibilidade sobre o posicionamento do Brasil frente a estas economias. Abrange as 10 áreas do ciclo de vida de um negócio: abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, obtenção de energia elétrica, registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção aos investidores, pagamento de impostos, comércio internacional, cumprimento de contratos e resolução de insolvência e encerramento. Palavras-chave: indicadores internacionais; posicionamento do Brasil; abertura de empresas; encerramento de empresas. ABSTRACT: The present study deals with the legal aspects of opening and closing a small to medium-size business in Brazil compared the international market, drawn from surveys of international and national indicators, in the United States the International Finance Corporation 2012 (IFC) and Doing Business, In Germany the Report of the International conference 2007 "Internationales Arbeitsamt Genf" and finally in Brazil the Brazilian service support small to medium-size business‖ SEBRAE and federal council of accounting (CFC), sheds light on how easy or difficult it is for a local entrepreneur to open, run and manage a business when complying with relevant regulations, presents quantitative indicators on business regulations and sustainability factors and that can be compared across various economies. The indicators are used to identify key aspects of opening and closing of small to medium– size business, allows visibility into the position of Brazil compared to these economies, covers 10 areas in the life cycle of a business: starting a business, dealing with construction permits, getting electricity, 19 registering property, getting credit, protecting investors, paying taxes, trading across borders, enforcing contracts and resolving insolvency and closure. Keywords: international indicators; position of Brazil; opening businesses; business closures. 2.1 Introdução A promoção de empresas sustentáveis inclui uma análise de longo alcance devido as diferentes formas em que uma empresa pode ser constituida não somente em condições de setor, tamanho, regulamentações de negócio as quais devem ser aderentes, infraestrutura do Pais ou região em que está inserida,mas também em relação ao modelo de gestão, estatuto jurídico e objetivos operacionais. Todas as empresas fazem parte da sociedade as quais estão inseridas, elas moldam as comunidades em que operam. A sociedade necessita de instituições fortes e eficazes para garantir o desenvolvimento social, humano, financeiro e naturais, combinados de forma equitativa para fomentar a inovação e aumentar a produtividade. Isto requer novas formas de cooperação entre governo, empresas e sociedade para garantir a qualidade de vida presente e futura. O conceito de "empreendedorismo sustentável" está relacionada com a abordagem ampla sobre as formas de progresso que atendam às necessidades do presente sem comprometer a capacidade futura, isto é, sem comprometer as gerações futuras . O desenvolvimento sustentável é mais do que a tratativa somente das questões ambientais, é necessário integrar os três pilares do desenvolvimento: económico; social; e o ambiental: A dimensão econômica aborda as políticas macroeconômicas (fiscal, monetária e Política cambial), em especial as relativas às condições de demanda e as políticas específicas a nível setorial - agricultura, indústria, Comércio e serviços, bem como as políticas geográficas ou regionais. A dimensão social do desenvolvimento sustentável envolve a promoção do compromisso de "inclusão social ― e a construção de sociedades estáveis, seguras não apenas para a promoção e Proteção dos direitos humanos como a não- discriminação, a tolerância, o respeito da igualdade, diversidade, solidariedade, segurança e participação de todas as pessoas, incluindo os grupos desfavorecidos e vulneráveis. O Pilar ambiental aborda as questões ecológicas regulatórias e legais referente aos recursos naturais e integração dos pilares de desenvolvimento. Há uma relação simbiótica entre empreendedorismo e desenvolvimento, qual seja, a economia prospera onde a sociedade se 20 desenvolve e o setor privado deve ajudar os países a alcançar os objetivos de Desenvolvimento. O presente estudo visa abordar uma análise comparativa do posicionamento do Brasil no cenário internacional sobre os Aspectos Legais de abertura e encerramento de MPE‘s, apresentação das oportunidades de melhoria para desburocratização legal e desenvolvimento da economia no Brasil. 2.2 Fundamentação teórica Elaborado a partir de pesquisas de indicadores internacionais e nacionais, nos Estados Unidos o International Finance Corporation IFC 2012 e Doing Business, na Alemanha do Internationales Arbeitsamt Genf Relatório da conferência Internacional de empregos de 2007 e finalmente no Brasil do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE e do Conselho federal de contabilidade CFC. O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os Brics (grupo formato por Brasil, Rússia, Índia e China). O total de impostos, tributos e contribuições recolhidos no País é de 34% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20% e na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB. Os dados fazem parte do levantamento "Carga Tributária no Mundo - Um comparativo Brasil X Brics", apresentado pelo sócio do escritório de advocacia Machado- Meyer, Daniel Monteiro Peixoto, durante o seminário Reforma Tributária Possível, realizado na Câmara Americana de Comércio (AMCHAM). No entanto, quando o estudo do Doing Business avalia a simplicidade da estrutura tributária em diversos países, possibilita uma visibilidade sobre quão fácil ou difícil é para um empresário local para abrir e gerir um negócio em cumprimento com os regulamentos relevantes possui indicadores quantitativos referentes às regulamentações de negócios e fatores de sustentabilidade que podem ser comparados entre diversas economias. Os indicadores utilizados para identificar os principais aspectos de abertura e encerramento de MPE‘s, permite uma visibilidade sobre o posicionamento do Brasil frente a estas economias. Abrange as 10 áreas que regem no ciclo de vida de um negócio: abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, obtenção de energia elétrica, registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção aos investidores, pagamento de impostos, comércio internacional, cumprimento de contratos e resolução de insolvência e encerramento. O levantamento aponta que o Brasil ocupa uma posição ao topo da lista em matéria de demora para a abertura de uma empresa. O tempo gasto nos trâmites burocráticos é o triplo da média mundial, que é 21 de 49 dias. Na Austrália, por exemplo, em 2 dias se abre um negócio, e nos Estados Unidos são necessários 5 dias. O estudo do Banco Mundial leva em conta a realidade dos principais centros financeiros de cada país. No caso do Brasil o cenário foi a cidade de São Paulo. A situação da capital paulista é emblemática e reflete muito do que acontece ao longo do território, embora em algumas capitais o problema esteja minimizado, como é o caso de São Luís, no Maranhão, onde é possível abrir um empreendimento em seis dias. O Brasil atingiu a classificação de número 120 em 2012 referente a dificuldade do processo de iniciar um negócio, contra a Nova Zelândia classificada em primeiro lugar, mesmo nesta classificação, o Brasil ainda ficou a frente de países como a Argentina classificada em 146, China em 151 e Índia em 166. No que diz respeito ao número de procedimentos exigidos para abertura de um novo negócio, o Brasil possui 13 procedimentos contra apenas 1 procedimento no Canadá, 14 na Argentina, 12 na Índia, 07 no Chile e 06 no México. No Brasil é necessários um tempo médio em dias para abertura de um novo negócio de 119 dias contra 01 dia na Nova Zelândia, 38 dias para abertura de um novo negócio na China, 29 dias na Índia, 26 dias na Argentina, 7 dias no Chile e 23 dias no Japão. Para lidar com alvarás de construção o Brasil ficou classificado na 127º posição, contra Hong Kong, na China classificado na primeira posição, Argentina em 169º, Chile em 90º, Índia em 18º, México em 43 º e Japão em 63 º. O número de procedimentos necessários para obtenção de alvarás e licenças no Brasil é de 17 contra apenas 05 procedimentos na Dinamarca, 10 no México, 34 na Índia, 25 na Argentina, 33 na China e 14 no Japão. Já como tempo médio em dias para obtenção dos documentos necessários para a obtenção de alvará e licenças no Brasil é de 469 dias, contra 26 dias em Singapura, 365 dias na Argentina, 311 dias na China, 155 dias no Chile, 227 dias na Índia e 81 dias no México. O Posicionamento do Brasil referente aos aspectos sobre resolução de insolvência e encerramento de um negócio frente ao cenário Internacional, também nos remete a uma análise para facilitação dos aspectos legais e burocráticos, o processo de encerramento de uma empresa Brasileira em média demora 4 anos e pode chegar a até 10 anos, é o segundo processo mais lento do mundo, perde apenas para a Índia que pode chegar a 11,3 anos. Com referência ao tempo de insolvência, faz se necessário um 22 prévio esclarecimento sobre as principais diferenças entre Falência, Concordata e Insolvência, antes da apresentação dos indicadores internacionais: 2.2.1 Falência É basicamente um processo de execução coletiva, ocorrendo arrecadação e venda judicial forçada de todos os bens do falido para posterior rateio proporcional aos credores, segundo a classificação estabelecida ela legislação. Na falência, normalmente a empresa encerra o funcionamento e uma pessoa é designada pelo juiz para arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos, liquidar os ativos e pagar o passivo em sistema de rateio. 2.2.2 Concordata Nesse caso, o empresário obtém, em juízo, a possibilidade de prorrogar o pagamento de seus débitos quirografários, ou sem garantia real, e continua operando/funcionando. Porém, sob a supervisão deum comissário indicado pelo juiz, que pode ser um dos credores ou não. Em suma, é um benefício legal formando-se uma espécie de contrato entre devedor e credores, supervisionado pelo juiz, visando à reabilitação do devedor em estado temporário de insolvência, tendo como finalidade principal dar tempo ao devedor para negociar dívidas ou preparar a empresa para a falência (limpeza). Observação: Hoje não há mais o benefício da concordata, pois, o Decreto-Lei nº 7.661/45, antiga "Lei de Falência", foi revogado pela Lei nº 11.101 de fevereiro/2005, "Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a Falência do Empresário e da Sociedade Empresária". 2.2.3 Insolvência Civil A pessoa física, ao contrair uma dívida, assume para si uma responsabilidade, devidamente respaldada pela potência patrimonial de seus bens móveis e imóveis. Enquanto a pessoa física possuir patrimônio para responder pelas obrigações assumidas, não há como se falar em insolvência civil. Há dois tipos de insolvência: a real e a presumida. Insolvência real: "dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor". Insolvência presumida: são previstos dois requisitos: 1 o devedor não possuir outros bens livres e desembaraçados para nomear a penhora; 2 quando forem apreendidos judicialmente os bens do devedor. 23 Efeitos da insolvência civil: 1 o vencimento antecipado das dívidas do devedor; 2 a arrecadação de todos os bens do devedor passíveis de penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo; 3 a execução por todos os credores do devedor. 2.2.4 Indicadores Internacionais Quanto ao posicionamento do Brasil no cenário Internacional, o Brasil atingiu a classificação de número 136 em 2012, referente à dificuldade no processo de resolução de insolvência, contra o Japão classificado em primeiro lugar, a Argentina em nº 85, China em nº75, India em nº128, Chile em nº110 e o México atingiu a classificação de nº 24. O tempo médio para resolução de Insolvência no Brasil é de 4 anos, no Japão em 0,6 anos, na Argentina é de 2,8 anos, na China de 1,7 anos, na India de 7 anos, no Chile de 4,5 anos, no México 1,8 anos e o país com a melhor classificação foi a Islandia com 0,4 anos. 2.3 Aspectos Legais de abertura de MPE‘s no Brasil O processo de abertura de MPE‘s no Brasil requer por parte do(s) interessado(s) os seguintes passos referentes ao cumprimento dos aspectos legais; Faça um levantamento de todos os fatores que influenciam na atuação da sua empresa. Coloque em um papel tudo o que será necessário para a operação local, instalações, maquinário, número de funcionários, material que será trabalhado, etc. A partir dos dados levantados, faça um estudo de acordo com a legislação da cidade em que a sua empresa irá operar, inicialmente, veja de que maneira ela se encaixa na lei de zoneamento, ou seja, em qual região ela pode atuar, se deixar isso para o fim, pode ter a desagradável surpresa de descobrir que o prédio que você alugou não pode ser utilizado para o que você pretende. Em seguida, leve em conta o tipo de operação e os materiais utilizados, isso é decisivo, uma vez que o impacto ambiental pode ser um sério entrave para a atuação da sua empresa, algumas atividades necessitam de autorização de funcionamento por parte do órgão ambiental competente. Se você já tem a definição de todos os itens anteriores, é hora de juntar seus documentos, mas é sempre bom lembrar-se de manter por perto todos os seus documentos pessoais (RG, CPF, Certidões, Atestados), com cópias autenticadas, aproveite e vá a um cartório de registro civil para abrir firma e registrar sua assinatura, esse 24 procedimento será fundamental nas etapas subsequentes. 2.4 Registro de funcionamento O primeiro passo do registro legal deve ser dado na junta comercial do seu estado, ou no respectivo órgão de registro de empresas, que incluirá sua companhia no DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio), esse passo tem a mesma importância que a obtenção da Certidão de nascimento no caso das pessoas físicas, a partir desse registro, a sua empresa existe oficialmente, o que NÃO SIGNIFICA que ela pode começar a operar, para fazer o registro na junta comercial, é preciso apresentar documentos conforme explicitado a seguir. O contrato social como peça importante do início da empresa, sem dúvida, o documento mais relevante no processo de abertura, nele, deve estar definido claramente os seguintes itens: interesse das partes; objetivo da empresa; descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas. Fique atento, pois, para ser válido, o documento deverá ter a chancela de um ADVOGADO, e não apenas de um contador. Com base em documentos pessoais de cada sócio, proceder o registro na junta comercial, o empresário irá obter o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa), se o empresário for o único dono, ele pode fazer o registro diretamente no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, ou então na Junta, os preços e prazos para abertura variam de estado para estado, para isso, o ideal é consultar o site da Junta Comercial do seu estado. Registrar na Junta Comercial "As Sociedades", as formalidades na Instrução Normativa DNRC nº 98, de 23 de Dezembro de 2003, bem como o registro na Junta Comercial "O Empresário" as formalidades na Instrução Normativa DNRC nº 97, de 23 de Dezembro de 2003. 2.4.1 Busca de Nome Empresarial Idêntico ou Semelhante Por lei, não pode haver duas empresas com nomes idênticos no mesmo ramo de atividade dentro do Estado, sendo que, para a consulta prévia do nome, escolha até 03 (três) nomes alternativos e verifique no órgão competente (Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas) se você poderá utilizar o nome que deseja. É importante destacar que o registro de nome não garante o direito de uso da marca, a marca para ter amparo legal deverá ser registrada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, conforme previsto na Instrução Normativa nº 104 de 2007. 2.4.2 Registro da Empresa e Proteção ao Nome Empresarial 25 Com o nome da empresa e o endereço aprovados, procede-se à proteção ao nome empresarial, que decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma empresário (antiga firma individual) e de sociedades, ou de suas alterações, tendo validade em todo o território do Estado, sem pagamento de taxa específica: - requerimento de empresário – antiga declaração de firma mercantil individual; - requerimento da junta comercial – Capa de Processo; - 04 vias requerimento de empresário; - CPF e Carteira de Identidade do titular, autenticada pelo cartório; - DARF em 02 vias. OBS.: Se for enquadrar como ME ou EPP, apresentar 03 vias da declaração de ME ou EPP, assinadas pelo titular, em capa processo separado. CNPJ Com o NIRE em mãos, é a hora de fazer o seu registro como contribuinte, ou seja, obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), na prática, este registro serve para dizer ao poder público que sua empresa já está apta a pagar impostos, mais ou menos como o CPF para pessoas físicas. A inscrição, alteração de dados cadastrais e o cancelamento no CNPJ serão formalizados por meio do documento básico de Entrada do CNPJ, da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ), do Quadro de Sócios ou Administradores (QSA), e da Ficha Complementar (FC), os quais poderão ser preenchidos através de software fornecido pelo site da Secretaria da Receita Federal. A Ficha Complementar não deverá ser preenchida a não ser que o Estado ou Município jurisdicionante do seu domicílio fiscal for conveniado ao CNPJ; Porém é importante ressaltar que não será emitido cartão CNPJ nos seguintes casos: - Ausência do código da CNAE-Fiscal (Classificação Nacional de Atividades Econômicas Fiscal); - Sócios ou responsável da pessoa jurídica com inscrição canceladaou inexistente no CPF; - Sócio ou responsável de pessoa jurídica vinculados à empresa inapta ou suspensa no CNPJ; - Omissão de declarações DIPJ (Declaração de Informações da Pessoa Jurídica). Nota: A CNAE-Fiscal de 07 dígitos codifica todas as atividades classificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 26 substitui o CNAE de 05 dígitos. É de preenchimento obrigatório na FCPJ para os eventos de inscrição, também é obrigatória a atualização da informação da classificação, caso ainda não conste dos dados cadastrais da pessoa jurídica no CNPJ. A documentação necessária para que esta etapa seja completada com sucesso está explicitada a seguir; - O interessado deverá preencher o FCPJ e QSA (caso tenha sócios) disponível através do programa CNPJ e enviar a Receita Federal pela internet, neste momento será gravado um recibo que contém um número de identificação no qual o interessado deverá consultar periodicamente no site da Receita Federal e aguardar que a mesma libere (via Internet) o Documento Básico de Entrada no CNPJ; - Os documentos a serem entregues na Receita Federal para solicitação do CNPJ podem ser enviados por Sedex ou também podem ser entregue no prédio da Receita Federal em um envelope lacrado; documento Básico de Entrada no CNPJ em 1 via com firma reconhecida do responsável perante a Receita Federal; - Cópia autenticada do ato constitutivo (Contrato Social ou Requerimento de Empresário) registrado na Junta Comercial; cópia autenticada do Pedido de Enquadramento de ME ou EPP (só para Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte); - Após o envio por Sedex ou entrega pessoal no prédio da Receita Federal, fazer consultas periódicas no site da Receita Federal para verificar o deferimento do pedido e a emissão do Comprovante de Inscrição no CNPJ; e a formalização do CNPJ na Instrução Normativa 1.005 de 2010. Regime de Tributação Sobre o cadastro de contribuinte de sua empresa é importante fazer um adendo, fique atento (a) para adequar seu negócio a um determinado regime de tributação, faça os cálculos na ponta do lápis e opte por aquele que for menos oneroso para sua empresa, mas lembre- se que nem todas as empresas podem optar pelo Simples, assim, ao fazer o cadastro no CNPJ, é preciso escolher a atividade que a empresa irá exercer, essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também na fiscalização das atividades da empresa, portanto, ANTES de fazer sua inscrição no CNPJ, consulte os tipos de empresa que não se aplicam ao Simples. 27 Alvará de funcionamento Após o cadastro do CNPJ, é a vez de ir à prefeitura fazer o cadastro e receber o alvará de funcionamento, o Alvará é uma licença concedida pela Prefeitura, permitindo a localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de sociedades, instituições, e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. Para obtê-lo, o empresário deve se dirigir à secretaria de finanças do município, em algumas cidades, como Curitiba – PR, o serviço pode ser feito diretamente pela Internet, sem custo algum. Se o empresário tomou o cuidado de adequar sua empresa à legislação local, não terá problemas ao solicitar o seu alvará, se deixar para descobrir as surpresas da legislação só neste momento, com certeza irá esbarrar na lei. Muitos empresários ignoram o alvará de funcionamento e passam a operar a empresa após a obtenção do CNPJ, no entanto, a operação sem alvará caracteriza o estabelecimento como ilegal e pode acarretar seu fechamento e punição dos responsáveis como previsto em lei, para conhecer a legislação, bem como a documentação e formulários a serem apresentados, consulte a Prefeitura local. É uma consulta inicial às entidades envolvidas no processo de registro de empresa para verificar se existem pendências ou restrições que impeçam a constituição da empresa no endereço pretendido. Verifica-se se a atividade pretendida é compatível com a lei de zoneamento, o interessado deve fornecer endereço e a atividade empresarial para análise da administração regional ou prefeitura municipal, para isso, é preciso observar; - a Inscrição cadastral anterior do imóvel, constante no carnê do IPTU ou em outro documento municipal; - o endereço oficial completo, constante no carnê do IPTU ou em outro documento municipal; - a metragem aproximada da área a ser utilizada; - o nome da firma ou de um dos sócios ou do requerente, quando autônomo; - a descrição detalhada do ramo de atividade; o habite-se do imóvel. Obs.: No Distrito Federal não se faz necessário apresentar documento do imóvel, bastando apresentar o endereço do local pretendido. 2.4.2.1 Alvará de Licença/Corpo de Bombeiros Normalmente, as prefeituras exigem, para funcionamento da empresa, a competente inspeção e vistoria técnica do Corpo de Bombeiros para a emissão do alvará. 28 O empresário deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiro do seu município, informar a metragem de área construída e efetuar o pagamento da taxa no banco indicado, depois, ele deve entregar o formulário no Corpo de Bombeiros devidamente preenchido e anexado ao comprovante de pagamento da taxa pertinente. Inspeções, Registros e Licenças Junto a outros Órgãos Públicos Em outros órgãos é exigido registro, conforme a atividade e dependendo das características da empresa, como Departamento de Vigilância Sanitária, Secretaria da Saúde, Secretaria de Meio Ambiente, entre outros. Cadastro na previdência Após a concessão do alvará de funcionamento, a empresa já está apta a entrar em operação. No entanto, ainda faltam duas etapas fundamentais para o seu funcionamento, a primeira é o cadastro na Previdência Social. Para contratar funcionários é preciso arcar com as obrigações trabalhistas sobre eles, ainda que seja um único funcionário ou apenas os sócios, inicialmente, a empresa precisa estar cadastrada na Previdência Social e pagar os respectivos tributos. Assim, estando de posse do CNPJ e do Contrato Social, o representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus responsáveis legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após o início das atividades. Vale lembrar que as empresas que optam pelo Simples Nacional como regime de tributação já pagam o INSS incluso no imposto sobre o faturamento, não esta incluído as empresas optante pelo Simples Nacional enquadradas no Anexo IV continuarão sujeitas ao recolhimento das contribuições previdenciárias patronais em separado, exceto as devidas a outras entidades, através da Guia da Previdência Social (GPS). Aparato fiscal Agora falta pouco, uma vez cumpridas todas estas etapas, falta apenas preparar o aparato fiscal para entrar em operação, para iniciar suas atividades, será necessário solicitar a Impressão de Notas Fiscais e a Autenticação de Livros Fiscais. Para tanto, as empresas de prestação de serviços deverão dirigir- se à Prefeitura local. As empresas que se dediquem às atividades de indústria e comércio deverão ir à Secretaria de Estado de Fazenda. Uma vez que o aparato fiscal está pronto e registrado, sua 29 empresa pode começar a operar, antes, no entanto, certifique-se que tudo ocorreu bem durante os procedimentos anteriores, se estiver tudo certo, basta tocar o seu negócio adiante. Nota: Se o seu negócio diz respeito a uma profissão regulamentada, precisa ter registro na agência ou órgão de controle da categoria, por exemplo, um escritório de engenharia precisa ter registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), um consultório médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) e assim por diante, sem esse registro, a empresa também não pode operar. 2.5 Aspectos Legais de encerramento de MPE‘s no Brasil O processo para encerramento de MPE‘s noBrasil requer por parte do(s) interessado(s) os seguintes passos referentes ao cumprimento dos aspectos legais; Elaborar o distrato social Os membros da sociedade devem se reunir e assinar a ata de encerramento da empresa, nesta ata deve constar a nomeação de um liquidante, podendo ser até um dos sócios, que servirá para eliminar as pendências, como pagamentos ou recebimentos não realizados, tais contas devem ser aprovadas em assembleias dos sócios. Elabora-se então o Distrato Social, documento que informa por que a sociedade se desfez e divide os bens da empresa entre os sócios, o distrato deverá conter a importância repartida entre os sócios, o(s) motivo(s) de dissolução e a referência à pessoa ou pessoas que assumirem o ativo e a guarda dos livros e documentos contábeis e fiscais. Com a assinatura do Distrato Social, os sócios concordam com o fim da sociedade, caso os sócios estejam em conflitos, será necessário encontrar um mediador, que pode ser um advogado ou o contador da empresa, para buscar um acordo. Caso não consiga chegar a um acordo sobre o Distrato, será preciso entrar com uma ação de dissolução da sociedade na justiça comum, o que torna o fechamento da empresa caro, desgastante e demorado. Para obter um modelo acesse a página do Departamento Nacional de Registro de Comércio. Verificar se há débitos previdenciários, mesmo que a empresa não tenha empregados Caso a empresa tenha efetuado corretamente o recolhimento de http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/modelo_basico_distrato.htm http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/modelo_basico_distrato.htm 30 todas as contribuições previdenciárias, poderá obter pela internet a Certidão Negativa de Débito, no site www.previdenciasocial.gov.br. A certidão é expedida gratuitamente, com validade de 180 dias. Caso existam divergências entre a Guia da Previdência Social (GPS) e a de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), será necessário agendamento via internet no site da Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br para o contribuinte comparecer ao órgão local da RFB e obter os detalhamentos da(s) pendência (s). Obter o certificado de regularidade do fundo de garantia do tempo de serviço (CRF) O CRF é um documento obrigatório para o encerramento das operações, tanto para as empresas com trabalhadores como para as sem trabalhadores registrados, a empresa que efetuou os depósitos do FGTS e está quite, pode imprimir o certificado no site da Caixa (www.caixa.gov.br). O comprovante tem validade por 30 dias. Se houver pendências em recolhimentos, os valores deverão ser quitados em uma agência da Caixa Econômica Federal. Efetuar baixa na prefeitura e no estado Para a empresa que paga impostos municipais, como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), será necessário pedir a baixa da empresa do banco de dados da prefeitura. Cada município estabelece a lista de documentos necessários, o tempo e as taxas devidas. Para obter essas informações, é necessário contatar a secretaria de finanças do município onde a empresa ou filial está instalada. Para o estabelecimento contribuinte do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), é necessário procurar uma unidade da Secretaria da Fazenda, para dar baixa na inscrição estadual. Obter as certidões do ministério da fazenda A Receita Federal do Brasil verifica se a empresa recolheu corretamente todos os tributos de âmbito federal, como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, o PIS, a COFINS e a CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Para atestar a regularidade com o governo federal, é preciso que o contribuinte solicite a Certidão Negativa Conjunta, que une a Certidão Negativa de Inscrição de Dívida Ativa da União, emitida pela Procuradoria da Fazenda Nacional, e a Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais, concedida pela Receita Federal. http://www.previdenciasocial.gov.br/ http://www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/gfip.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/ http://www.caixa.gov.br/ http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html 31 As certidões podem ser obtidas pela internet, pelas empresas que estiverem em dia, nos sites da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e da Receita Federal. A certidão conjunta da RFB e da PGFN é emitida gratuitamente e tem validade de 180 dias. Sobre a dispensa de exigências para micro empresa (ME) e empresa de Pequeno Porte (EPP); o registro da baixa de ME e EPP, referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro empresarial, dos três níveis de governo, ocorrerão independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. Arquivar documentos na junta comercial Os pedidos de arquivamento de atos de extinção de empresário ou de sociedade empresária, devem ser protocolados na Junta Comercial com os seguintes comprovantes de quitação de tributos e contribuições sociais federais: Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, emitida pela Secretaria da Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Certidão Negativa de Débito - CND, fornecida pela Secretaria da Receita Previdenciária; Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, fornecido pela Caixa Econômica Federal. Após o pagamento de taxa respectiva à Junta Comercial, o Distrato será arquivado. Cada estado estipula o valor da guia e o prazo para arquivamento. São dispensadas da apresentação dos documentos de quitação, regularidade ou inexistência de débito a que se referem as três Certidões acima listadas, a Certidão Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União a Certidão Negativa de Débito e a Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; o empresário ou a sociedade empresária, enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte; os pedidos de arquivamento de atos relativos ao encerramento de atividade de filiais, sucursais e outras dependências de sociedades empresárias nacionais e de empresários. Os detalhes sobre o arquivamento na Junta Comercial foram estipulados pela Instrução Normativa DNRC 105/2007, do Departamento Nacional de Registro do Comércio. Proceder a baixa no CNPJ O último passo a ser dado para o encerramento final da empresa é a baixa no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, para http://www.pgfn.fazenda.gov.br/ http://www.pgfn.fazenda.gov.br/ http://www.pgfn.fazenda.gov.br/ http://www.receita.fazenda.gov.br/ http://www.normaslegais.com.br/legislacao/indnrc105_2007.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/indnrc105_2007.htmhttp://www.portaltributario.com.br/tributario/cnpj.htm http://www.portaltributario.com.br/tributario/cnpj.htm 32 realizar esse procedimento, deve-se baixar da internet o programa chamado PGD-CNPJ, o programa gera a solicitação de cancelamento do CNPJ e o Documento Básico de Entrada, o DBE deve ser assinado com firma reconhecida em cartório. Por fim, basta apresentar na Receita o Documento Básico de Entrada do CNPJ - DBE, em duas vias, emitidas pelo Programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ), ou protocolo de transmissão da FCPJ, no caso de DBE assinado por procurador, cópia da procuração, autenticada ou acompanhada da original, neste caso a FCPJ deverá ser preenchida com o CPF do responsável, original ou cópia autenticada do ato de extinção registrado no órgão competente e a cópia do recibo de entrega da declaração de encerramento, se for o caso. A baixa do CNPJ será dada em três dias, caso não haja nenhuma pendência. Para calcular o IRPJ - Imposto de Renda e a CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do ano do encerramento, a Receita Federal considera a data do Distrato, mais informações sobre a baixa do CNPJ poderão ser obtidas na página da Receita Federal. Conclusões A proposta do PROGRAMA ESTADUAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO é desencadear uma grande revisão dos processos atuais de regulação, sempre com a visão da eliminação de etapas e unificação de procedimentos entre os diversos tipos de órgãos. A abertura ou regularização de empresas envolve uma série de procedimentos dispersos em vários órgãos nas três esferas governamentais (União, Estado e Município). Os órgãos de registro: são as Juntas Comerciais e os Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas, que são responsáveis pela constituição da personalidade jurídica das empresas comerciais e prestadoras de serviços, respectivamente; órgãos de fiscalização tributária: são a Receita Federal (para efeitos dos tributos federais), Secretarias de Fazenda Estaduais (para os tributos estaduais, notadamente o ICMS) e as Secretarias de Finanças Municipais (para os tributos municipais), que são responsáveis pelo cadastro e autorização de início de atividades das empresas, na visão da adequação das atividades e produtos ao tratamento tributário previsto pelas leis tributárias dos três níveis de governo. Como órgãos de licença podem ser federais, estaduais (meio ambiente) e municipais (sanitários e segurança), que são responsáveis pelo cadastro e autorização de início de atividades das empresas, na visão da adequação do local às normas de ocupação. Cada atividade econômica (indústria, comércio e serviços, com suas várias especialidades) possui vínculo com procedimentos e órgãos diferenciados de registro e licenciamento para o seu funcionamento. http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.receita.fazenda.gov.br/ 33 Há necessidade de cumprimento da legislação de cada município sobre o zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices urbanísticos e demais limitações administrativas para a instalação de empresas. Em função dessa situação, as projeções do tempo medido para a abertura de empresas, apesar de divergentes, indicam prazos elevados e inadmissíveis para uma economia de mercado, que necessita incentivar o empreendedorismo. O objetivo final e imediato do projeto é reduzir o tempo de abertura de uma empresa, envolvendo todos os órgãos para até 15 (quinze) dias, com especial atenção para as microempresas e empresas de pequeno porte. 2.6.1 Conclusões Específicas Desburocratizando o procedimento de abertura a fim de legalizar a situação jurídica de várias empresas, empresário e empreendedores que passarão a ser sujeitos de direitos e obrigações e a terem reconhecida a sua atividade profissional, poderão gozar de benefícios fiscais, tributários, creditícios e trabalhistas, tais como direito a contribuição e benefícios da previdência social. Realizar a inscrição simplificada com a desburocratização da abertura de empresas, por meio da criação de comitê com representantes das três esferas de governo, com poder deliberativo, para definir normas nacionais para a abertura de empresas, tais como critérios para vistorias prévias e registro da empresa e com a desburocratização dos aspectos legais, por meio da criação de comitê com representantes, com poder deliberativo, para definir normas nacionais para unificação dos processos de encerramento de empresas. Os processos de fechamento ou alteração das condições jurídicas são compostos por procedimentos formais que demandam um tempo médio de 4 anos podendo a chegar a 10 anos, grande parte desta demora deve-se a exigência de certidões negativas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, da Receita Federal e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Uma alternativa para resolver o problema seria a eliminação de todas essas certidões. O empresário daria baixa na Junta Comercial e avisaria aos órgãos envolvidos que cobrariam eventuais dívidas. A principal medida para acelerar o processo de encerramento de uma empresa é a unificação e informatização, algumas cidades como Curitiba já têm um sistema informatizado, mas não é regra no país, com foco em apenas esta questão, o tempo gasto para encerrar uma atividade poderia ser reduzido significativamente. Como explicitado acima, para encerrar uma companhia é preciso 34 elaborar o distrato social, que é a formalização do fim da empresa, verificar se há débitos previdenciários, obter um certificado de regularidade do fundo de garantia por tempo de serviço, efetuar a baixa da empresa no banco de dados da prefeitura para evitar a cobrança de impostos e conseguir certidões do Ministério da Fazenda informando que ela recolheu todos os tributos, ainda é necessário arquivar os documentos na junta comercial e proceder a baixa do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), por ser um processo trabalhoso, o profissional que normalmente executa este trabalho é o contador, que por sua vez, pela complexidade do trabalho não cobra pouco para realizar esta atividade. A redução do prazo de abertura e encerramento de empresas no Brasil ainda vai demorar. Contando com aprovações de projetos de lei no Congresso, investimentos em informatização e, sobretudo, uma cooperação entre os governos será preciso foco, investimento e principalmente muito trabalho para que o objetivo seja atingido em alguns anos. Mas questões complexas muitas vezes são resolvidas com soluções marcadas pela simplicidade, quase óbvias. Enquanto as mudanças estruturais não aparecem, foram criadas em dez cidades, com o apoio do SEBRAE, as Centrais Fáceis, que reúnem escritórios dos órgãos envolvidos no registro num único local. 2.6.2 Sugestões para Futuros trabalhos O presente estudo abordou uma análise comparativa do posicionamento do Brasil no cenário internacional sobre os Aspectos Legais de abertura e encerramento de MPE‘s, apresentação das oportunidades de melhoria para desburocratização legal e desenvolvimento da economia no Brasil, porém fica registrado a oportunidade de aprofundar o estudo nos pilares econômico, social e ambiental, integrando-os de forma a estabelecer uma relação simbiótica, pois a economia prospera onde a sociedade se desenvolve e o setor privado deve ajudar os países a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento. Referências ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10.719 - Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro. 1989. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 6.023: Referências Bibliográficas. 5ª ed. Rio deJaneiro. 1989. 35 ALVES, R. Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e as Suas Regras. 13ª. Edição. São Paulo: Editora Loyola. 2008 APARECIDA PIRES C. - Legalização de empresas - MEI – Microempreendedor individual, aspectos societários e tributários. Andrade & Mendonça Contabilidade - www.andmend.com.br/site/noticias/?id=36, acessado em 22 de junho de 2012. CFC - www.cfc.org.br, acessado em 28 de maio de 2012. Internationale Arbeitskonferenz, 96. Tagung 2007, Bericht VI. Doing Business - www.doingbusiness.org, acessado em 07 de junho de 2012. IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com, acessado em 28 de maio de 2012. SEBRAE - www.sebrae.com.br, acessado em 01 de junho de 2012. TACHIZAWA, T. MENDES, Gildásio, Como Fazer Monografia na Prática. 12ª edição. Editora Fundação Getúlio Vargas. Rio. 2006. http://www.andmend.com.br/site/noticias/?id=36 http://www.cfc.org.br/ http://www.doingbusiness.org/ http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com http://www.sebrae.com.br/ 36 ESTUDO DE CASO - VAREJO LOJA DE BVD (CARLOS MANOEL QUADRADO) Descrição do Negócio A loja de tecidos e armarinhos em geral BVD começou como uma empresa do setor terciário, onde sua atividade principal era a revenda de tecidos, brinquedos, papelaria, cama, mesa, banho e armarinhos em geral. As primeiras dificuldades encontradas pela BVD foram: - Insuficiência de fundos para capital de giro; - Dificuldade maior para o financiamento de seus produtos; - A infra estrutura inexistente no local da empresa, falta de energia elétrica, asfalto, água, esgoto, transporte entre outros. Missão A missão do BVD é atender os clientes com competência, presteza, iniciativa, mostrar e direcionar os produtos adequados ao usuário, assim como compartilhar experiências com relação aos mesmos. Desenvolvimento da empresa A loja começou em um armazém de 14m2 em 21/10/50, passou para um espaço maior em 1956 em uma área de 90m2em 1984 na reforma do local passou a utilizar 750m2 e em 1989 passou também a industrializar roupas masculinas para obesos. Embora sem ter conhecimento científico os gestores (proprietários) tinham por finalidade que seus colaboradores participassem das decisões da empresa, praticavam a administração participativa, pois motivavam os funcionários e mostravam a esses os resultados que obtinham, parabenizando-os pela iniciativa ou por ter uma produtividade alta, pois na época era utilizado o empowerment, pois as funcionárias tinham autonomia para agir junto aos clientes. Ao ampliar a atividade encara-se com normalidade a ampliação de fronteiras, surgindo um relacionamento entre os fornecedores, empresas do ramo afins e clientes. Estes arrolamentos deverão habilitar as empresas a criarem perspectivas para obter vantagens competitivas no nicho de mercado previsto, partilhar informações exercer ação conjunta, crescer em empreendimentos. A tecnologia de informação nos traz a oportunidades de trabalhar com rede de suprimentos, possibilitando a melhoria em gestão de materiais, Tapscott (2000). As empresas tornar-se-ão mais próximas com a tecnologia da informação auxiliando nas parcerias e junções estratégicas, 37 possibilitando a redução da mão de obra, surgindo questões de extrema relevância sobre estratégia de negócios. Com as fronteiras das empresas sendo ampliadas graças à tecnologia da informação um quadro novo deverá se configurar com: - As informações das empresas estará disponíveis a todos; - O relacionamento virtual com os clientes das empresas trará benefícios para ambas as partes alicerçando a lealdade já existente; - Com as tecnologia de informação aberta, possibilitará a empresa do mesmo ramo saber da inovação introduzida pela sua concorrentes, modificando o mercado e alterar seu market share; - As empresas do mesmo ramos tem condições de ganhos e benefícios comuns entre as mesmas; - A informática permitindo a geração de novos produtos/serviços desde que haja parcerias entre empresas do mesmo segmento. Galbraith (1995) mostra que, a competição global levou ao usuário a discernir pelo poder de compra. Com o crescimento de ofertas no mundo virtual tornou o mercado mais competitivo dando maior poder ao comprador. O cliente tem a oportunidade de adentrar ao seio da empresa mostrando as necessidades, permitindo ao gestor direcionar suas decisões. A terceirização surge como alternativa para solução de adversidades administrativos. O gestor deverá estar atento ao aumento da capacidade de instalações produtivas da empresa, esta pode ser resolvida através do suporte dos fornecedores externos capacitando-os quanto ao processo de execução interna. A parte da industrialização começou com pouco maquinário, mas com a evolução da produção notou-se que não havia condições de manufaturar no local, aí apareceu a velha pergunta: fazer ou terceirizar? Após prós e contra a terceirização da mão de obra de costura foi a alternativa mais viável, o que continua até hoje. Na incorporação dessa nova atividade, surgiram algumas dificuldades: - Dificuldade em encontrar mão de obra para o segmento; - Adaptação ao novo segmento quanto a matéria prima a ser utilizada; - A dimensão de insumos que requer serviços fora do padrão normal. 38 Gama dos produtos e matéria-prima Com a preocupação das questões ambientais e responsabilidade social, nunca esquecendo do bem estar de nossos clientes (pessoas com excesso de peso) procuramos a adquirir a matéria prima de tecelagens que tem em seu programa de produção de algodão orgânico, promovem a inclusão social ao incentivar aos pequenos produtores rurais a se organizarem e associações e cooperativas afim de viabilizarem os processos de produção, logística e comercialização de cada safra. Ao participar do programa, o produtor orgânico agrega valor a sua produção e propriedade rural, tendo como consequência a melhoria de sua renda e de sua qualidade de vida. Ao atualizar o registro de sua propriedade e participar no beneficiamento de sua produção, o agricultor tem incentivos do PRONAF/Orgânico do Governo Federal. Com o plantio do Algodão orgânico e as plantas tintoriais, anileira (pigmento azul de origem vegetal), alfafa aveia e trigo (pigmento verde), açafrão da terra, o urucum completam a ação sustentável do algodão orgânico para a manufatura de tecidos coloridos. Para as coleções compramos produtos ecologicamente correto, como exemplo segue a nova coleção que aposta em um novo conceito para a moda jeans. Durante o processo de tingimento, os corantes, combinados à glicose biodegradável, otimizam a absorção e a fixação, resultando em 80% menos água do que no método tradicional. A marca ainda traz a linha de índigos e brins Essential (rígidos), Moove (com elastano), Super Power Stretch (com alta elasticidade, chegando a artigos com 67% de stretch) e as Carbolumen e Vintage Leather, que têm aspecto de couro sobre base de algodão. Os produtos comercializados são masculinos, do PP ao 4G (54 ao 80), e os segmentos são: camisetas, bermudas, calças, blusões, jaquetas e pijamas. As camisetas, pijamas e blusões são trabalhados em malha com 100% de algodão, pois, a malha sintética, embora secam muito rápido, são super resistentes e quase não amassam (ótimos para viagens), mas não absorvem a transpiração, dão cheirinho e queimam com super facilidade na hora de passar. Para jaquetas e bermudas de tecido plano normalmente com 100% de algodão,para algum tipo de calça utiliza-se tecido com uma pequena porcentagem de elastano, para dar maior mobilidade ao usuário, isto tudo, porque pessoas com excesso de peso suam mais. Transpirar pode incomodar além do limite, mas é uma das formas que encontramos para o bem estar do nosso público alvo. Política econômica nacional O cenário econômico em que a BVD esta inserida, tem um contexto de tecnologia heterogenia
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