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LEGISLAÇÃO DAS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS 
 
 
 
TAKESHY TACHIZAWA 
E 
 
AUTORES ASSOCIADOS 
 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2016 © Takeshy Tachizawa 
2016 © Editora FACCAMP. 
 
Direitos desta edição reservados a EDITORA FACCAMP 
Todos direitos autorais foram cedidos pelos autores e 
colaboradores à Editora. 
 
ISBN 978-85-60003-23-5 
 
 
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida 
sob qualquer forma ou através de qualquer meio sem prévia autorização por 
escrito da Editora. Além de gerar sanções civis, a violação de direitos autorais 
caracteriza crime descrito na legislação em vigor à Editora FACCAMP. Todos 
direitos autorais foram cedidos pelo autor, colaboradores e autores associados 
 
Primeira edição: dezembro de 2016 
Impressão: 5ª. 4ª. 3ª. 2ª. 1ª. 
Ano 16 15 14 13 12 
Dados Internacionais de Catalogação na 
Publicação (CIP) Câmara Brasileira 
do Livro, SP, Brasil 
 
 
 
 
Tachizawa, Takeshy 
 
LEGISLAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
Takeshy Tachizawa – 1ª. Edição – Campo Limpo Paulista: Editora Faccamp 
Campo Limpo Paulista, 2016. 
Bibliografia 
512 p.: 14 x 21 cm. 
 
ISBN 978-85-60003-23-5 
 
1.Legislação 2. Micro e pequenas empresas 3. Autor: Takeshy Tachizawa 
Colaboradores e autores associados. 
 
02-4185 CDD - 658 
 
 
Índice para catálogo sistemático: 
1. Legislação das micro e pequenas empresas : Administração 
658 
2. Legislação : Administração 658 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Especial agradecimento ao Prof. Dr. 
Osvaldo De Sordi pelo suporte 
metodológico prestado aos mestrandos 
em suas profícuas aulas. 
Ao Prof. Dr. Osvaldo de Oliveira pela 
viabilização do cenário acadêmico, 
propício à realização desta obra. Nossa 
gratidão às colaboradoras da Secretaria 
do Programa de Mestrado da 
FACCAMP pelo permanente apoio 
administrativo. 
Grato a Aline de Fátima Gonçalves pela 
dedicação e empenho no suporte 
editorial desta obra. 
 
Autores Associados 
Armando de Abreu 
Cassio Bardi 
Diogo Francisco Paulo da Rocha 
Djair Picchiai; 
Denilson da Silva Martins 
Edson Conceição Junior 
Elaine Moretti Silva Teixeira de Lima 
Eliseu B. S. Belê 
Émerson Watanabe Furlaneti 
Fabio Senigalia 
José Carlos Andrade Gomes 
José Luiz Contador 
Jose Marques Pereira Junior 
Juliana B. de Almeida 
Marize Kozloswki 
Michele Maria Silva Franco Poli 
Ranulfo Soares da Fonseca Junior 
Roberto Rocha 
Rubens Topal 
Sandro Pacheco 
Sonia Juvenal 
Ranulfo Soares da Fonseca Jr. 
Reginaldo Correia 
Sebastião de Oliveira 
Sueli de Sales Almeida 
Ulisses Tavares da Silva 
Wilson Roberto dos Santos Ribeiro 
Winston Aparecido Andrade 
 
Colaboradores 
Carlos Cardozo; Djalma Clariano ; Ederson Gobato Edison de Araujo ; Edson 
Ribeiro ; Emerson de Grandhi ; Francisco Lampreia ; José Pasotti ; Katia Terriaga ; 
Kleber Marsariolli ; Heider Ribeiro ; Isaías dos Santos ; José Carlos Felix ; 
Leandro M Garcia; Ludymila Ribeiro ; Maria Alice França; Marli Zavala ; Nelson 
Rogeri ; Rubens Leite ; Simone Leite ; Tarcizo Junior; Wellington dos Reis; Wellington 
Brunório. 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO DAS 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
PREFÁCIO ............................................................................................. 8 
APRESENTAÇÃO .................................................................................. 9 
PARTE I - REFLEXÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DAS MPE´s ............. 10 
CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NO CONTEXTO NACIONAL (Takeshy 
Tachizawa) ........................................................................................... 11 
CAPÍTULO 2 - BRASIL E O CENÁRIO INTERNACIONAL (Wilson 
Roberto dos Santos Ribeiro) .............................................................. 18 
ESTUDO DE CASO - VAREJO LOJA DE BVD (CARLOS MANOEL 
QUADRADO) ........................................................................................ 36 
PARTE II - LEI GERAL E O SIMPLES NACIONAL ............................. 50 
CAPÍTULO 3 - LEI GERAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
(Sueli de Sales Almeida e Edson Conceição Júnior) ....................... 51 
CAPÍTULO 4 - SIMPLES e as MPE´s (Elizeu B S Belê e Juliana B. de 
Almeida) ............................................................................................... 73 
CAPÍTULO 5 - O SINCRONISMO ENTRE O SIMPLES NACIONAL E A 
MPE (José Carlos Andrade Gomes e Winston Aparecido Andrade)
 .............................................................................................................. 91 
ESTUDO DE CASO: SIMPLES NO CONTEXTO DO SENAC (Ranulfo 
Soares da Fonseca Junior e Ulisses Tavares da Silva) ................... 98 
PARTE III - LOGÍSTICA REVERSA E EXPORTAÇÃO ...................... 111 
CAPÍTULO 6 - LEI DA LOGÍSTICA REVERSA: CASO DA NATURA 
(Cláudio Raimundo e Rubens Topal) ............................................... 112 
CAPÍTULO 7 - LEI DA EXPORTAÇÃO SIMPLIFICADA: FORMAÇÃO 
DE UMA CENTRAL DE SERVIÇOS (Marise Koslozwki) .................. 129 
CAPÍTULO 8 - LEI DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: RECICLAGEM NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL (Joelma Telesi Pacheco Conceição) ........... 160 
PARTE IV - TRIBUTAÇÃO E FORMAÇÃO DE PREÇOS .................. 172 
CAPÍTULO 9 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO (Michele M. S. Franco 
Poli; Sandro Pacheco) ...................................................................... 173 
CAPÍTULO 10 - TRIBUTAÇÃO NO COOPERATIVISMO (Denilson da 
Silva Martins) ..................................................................................... 188 
ESTUDO DE CASO - PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA. ................... 206 
PARTE V - SEGMENTO DE SERVIÇOS ............................................ 213 
CAPÍTULO 11 - MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL NO 
COMERCIO VAREJISTA (Reginaldo Aparecido de Oliveira) .......... 214 
CAPÍTULO 12 - ONGS E SEUS ASPECTOS LEGAIS (BARDI, C.; 
MARTINS, D.) ..................................................................................... 228 
CAPÍTULO 13 - ESTRATÉGIAS PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
SUPERIOR PELO MODELO DE CAMPOS E ARMAS DA 
COMPETIÇÃO: CASO DA FACULDADE ALFA (Sonia Juvenal, José 
Luiz Contador) ................................................................................... 247 
CAPÍTULO 14. HOTÉIS DE PEQUENO PORTE E SEUS ASPECTOS 
INSTITUCIONAIS (TAKESHY TACHIZAWA)..................................... 295 
ESTUDO DE CASO: MPE DA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO 
(ARMANDO DE ABREU) ................................................................... 327 
PARTE VI - TÓPICOS CONTEMPORÂNEOS 
(artigos da turma de 2017: Carlos Cardozo; Djalma Clariano ; 
Ederson Gobato Edison de Araujo ; Edson Ribeiro ; Emerson de 
Grandhi ; Francisco Lampreia ; José Pasotti ; Katia Terriaga ; 
 
Kleber Marsariolli ; Heider Ribeiro ; Isaías dos Santos ; José 
Carlos Felix ; Leandro M Garcia; Ludymila Ribeiro ; Maria Alice 
França; Marli Zavala ; Nelson Rogeri ; Rubens Leite ; Simone Leite 
; Tarcizo Junior; Wellington dos Reis; Wellington Brunório) 
POSFACIO ......................................................................................... 341 
BIBLIOGRAFIA GERAL ..................................................................... 344 
HISTÓRIAS EMPRESARIAIS VIVIDAS ............................................. 347 
O PROCESSO SUCESSÓRIO EM EMPRESAS FAMILIARES: um 
estudo de caso (Elaine Moretti de Lima e Djair Picchiai) ............... 395 
ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE 
PEQUENO PORTE ............................................................................. 461 
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 ....................................... 476 
FILMES CORPORATIVOS ................................................................. 492 
LISTA DE FILMES .............................................................................. 509 
SOBRE O AUTOR E ORGANIZADOR ............................................... 5118 
PREFÁCIO 
 
O Brasil tem diante de si oportunidade decisiva para responder 
positivamente aos desafios do crescimento econômico, principalmente 
na geração de empregos e na distribuição de renda. Com o modesto 
cenário tributário vigente, abrem-se alternativas para o fortalecimento 
das micro e pequenas empresas. A atual lei geral das micro e pequenas 
empresas, estabelece e regulamenta estímulos e incentivos, como a 
introdução de um sistema mais simples de pagamento de impostos e 
contribuições, redução da burocracia e maior acesso às compras 
governamentais. Prescreve, ainda, maior incentivo às exportações e às 
novas tecnologias. 
Esta obra, neste contexto, visa delinear uma caracterização legal 
das MPE no cenário nacional. Analisa, em um enfoque gerencial, seu 
tratamento fiscal e sistema tributário em suas esferas federal, estadual e 
municipal. Marcos legais, que proporcionam suporte às MPE, também, 
são genericamente avaliados. 
Procura estabelecer uma ampla reflexãodos princípios gerais da 
ordem econômica, assegurando a necessária compreensão do 
tratamento legal proporcionado a essas micro e pequenas empresas. 
Define uma orientação legal à tomada de decisões em nível estratégico 
e operacional no processo de gestão das MPE em busca de seu 
tratamento jurídico diferenciado em face de seu segmento econômico. 
Isso, visando conscientizá-las da potencial possibilidade de simplificação 
e de minimização das obrigações fiscais e tributárias, sob estrita 
observância da legislação vigente. 
Sinaliza os principais diplomas legais existentes nos contornos 
delineados pelos instrumentos de apoio às MPE, inclusive, pela Lei 
Geral da Micro e Pequena Empresa. 
Esta, formaliza o Projeto de Lei Complementar 123/04 que institui 
o sistema único de tributação, “Simples Nacional”, por meio de 
legislação infraconstitucional, como lei complementar e ordinária, 
decreto em todas as suas formas, resolução, instrução normativa e 
outros instrumentos legais. 
 
 
 
Boa leitura ! 
 
9 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Este livro foi concebido para ser lido em qualquer ordem pois cada 
capítulo foi desenvolvido modularmente, de forma integrada ao conteúdo 
programático do Mestrado da FACCAMP. 
Na Parte I, Reflexões sobre a legislação das MPE´s, procura-se 
estabelecer uma análise relativa aos aspectos legais no contexto geral 
das micro e pequenas empresas. 
A Parte II, Lei geral e o SIMPLES NACIONAL apresenta os 
preceitos legais inerentes as MPE´s. Estabelece o cenário legal vigente. 
Na Parte III ― TRIBUTAÇÃO E FORMAÇÃO DE PREÇOS, são 
abordados no contexto do planejamento tributário e formação de 
preços. 
A Parte IV – LOGÍSTICA REVERSA E EXPORTAÇÃO, é relativa à 
legislação dos resíduos sólidos, exportação simplificada e caso prático 
inerente ao tema. 
E, na Parte V e VI abordam-se aspectos legais aplicáveis ao 
segmento de prestação de serviços e tópicos contemporâneos, 
respectivamente.. 
Ao longo do desenvolvimento dos capítulos são apresentados 
casos práticos, inseridos no final de cada Parte em que os mesmos são 
agrupados por assuntos assemelhados. 
A obra encerra-se com o Posfácio e anexos, onde são explicitados 
tópicos inerentes à lei geral das micro e pequenas empresas, logística 
reversa, bem como de filmes corporativos, direta e indiretamente 
relacionados à temática tratada nesta obra. Referências de obras 
específica a cada capítulo são inseridas no final de cada um deles. E, 
como bibliografia geral, antecedendo os anexos, relacionam-se todas 
obras consultadas, com destaque para De Sordi (2013), cujo conteúdo 
metodológico permeia o livro como um todo. 
Como enfoque metodológico adotado no desenvolvimento de cada 
capítulo, foi observado o modo de desenvolvimento de análise teórica, 
teórico-empirica e de estudo de caso sugerido por Tachizawa (2015). 
Neste método do estudo de caso, que se limita à investigação de 
um mesmo fenômeno em um mesmo cenário, em um determinado 
período de tempo, foi utilizado intensamente ao longo desta obra. Nela, 
seus artigos, refletem um enfoque representativo de um estudo de caso, 
que foi desenvolvido a partir de uma análise detalhada de uma 
organização, sendo esta, segundo o autor, a situação mais comum. 
 
10 
 
 
 
 
 
PARTE I - REFLEXÕES SOBRE LEGISLAÇÃO DAS MPE´s 
 
 
CAPÍTULO 1. LEGISLAÇÃO 
NO CONTEXTO NACIONAL 
Takeshy Tachizawa 
 
CAPÍTULO 2. BRASIL E O 
CENÁRIO INTERNACIONAL 
Wilson Roberto dos Santos Ribeiro 
 
 
 
A presente Parte I apresenta uma análise do 
posicionamento do Brasil no cenário internacional. 
Aborda aspectos legais de abertura e encerramento 
de MPE‘s, e delineia oportunidades de melhoria para 
simplificação legal, na trilha do desenvolvimento da 
economia brasileira. 
 
 
 
11 
 
CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NO CONTEXTO 
NACIONAL (Takeshy Tachizawa) 
 
O Brasil se prepara para a elaboração da Lei Geral da Pequena 
Empresa, de acordo com o que foi fixado pela emenda constitucional 
conhecida como Reforma Tributária, votada e promulgada no final de 
2003. 
Assim, com o fortalecimento de suas atividades, os 
empreendedores dos pequenos negócios estarão dando uma grande 
contribuição para ajudar a resolver aspectos cruciais da atual agenda 
brasileira, entre os quais se destacam os seguintes: 
- Combate à pobreza pela geração de trabalho, emprego e 
melhor distribuição da renda; 
- Redução da informalidade na contratação de mão-de-obra e 
fortalecimento do tecido social e econômico do país; 
- Interiorização do desenvolvimento pela promoção da 
iniciativas locais e dos arranjos produtivos; 
- Incremento da atividade produtiva nacional, com consequente 
ampliação de oportunidades e da base de arrecadação de 
impostos; 
- Simplificação, desburocratização e justiça fiscal, os grandes 
eixos e objetivos visados pela proposta de reforma tributária. 
 
O segmento dos pequenos negócios é um dos principais pilares de 
sustentação da economia nacional, tanto pelo número de 
estabelecimentos e distribuição geográfica, quanto pela sua capacidade 
de gerar empregos. 
Ainda que reconhecida sua importância socioeconômica, o setor 
encontra sérios obstáculos ao seu crescimento, sustentabilidade e 
competitividade. 
Somente os empreendimentos de menor porte podem materializar 
a difícil meta de gerar 10 milhões de novos postos de trabalho na 
economia brasileira. 
A capacidade de geração de empregos no setor é amplamente 
conhecida. Estudos mostram que, entre 1995 e 2000, nada menos que 
96% dos novos empregos foram criados em empresas com até 100 
empregados. 
O saldo positivo entre as contratações e desligamentos no setor foi 
de mais de 1,4 milhão de novos postos de trabalho, um crescimento de 
26% no período. Nas grandes empresas, em oposição, esse saldo foi 
inferior a 30 mil novos empregos, um crescimento de apenas 0,3%. 
Não há, portanto, como cogitar de um novo modelo de 
desenvolvimento que não esteja baseado nos pequenos negócios. 
12 
Países como Itália e Espanha fizeram esse dever de casa e deram 
saltos espetaculares de desenvolvimento em três décadas. 
Não é mais possível conferir ao segmento o mesmo tratamento 
que se dá à grande empresa. É mais do que justificável usar, neste 
caso, dois pesos e duas medidas. É inadmissível que o mesmo 
arcabouço jurídico seja idêntico para uma companhia com milhares de 
empregados e um negócio que atende à comunidade de um bairro. 
Os argumentos a favor das organizações tendendo ao pequeno 
porte passam pela afirmação de que em muitos ramos de negócios a 
economia de escala está declinando e perdendo sua importância que 
até então era inquestionável. Produtos inteligentes estão sendo 
miniaturizados. Os mercados estão sendo fragmentados em nichos e 
segmentos de clientes. 
Esses clientes podem ser melhor conquistados através de Tv a 
cabo e pela mídia dirigida do que pela mídia de massa. Produção em 
larga escala e mídia padronizada estão sendo substituídas por produção 
personalizada, portais interativos, sites dirigidos edemais recursos da 
rede mundial – Internet. 
A força das micros e pequenas empresas para gerar empregos na 
economia nacional reforça esse argumento. Enquanto conglomerados e 
empresas de médio e grande porte reduzem suas participações no total 
de pessoas ocupadas nos diferentes setores econômicos, as MPE‘s 
tendem aumentar tal participação relativa onde, no Estado de São 
Paulo, cresceu de 64 % para 67 % do total das ocupações geradas no 
setor privado. 
Esta tendência no incremento na geração de novas ocupações 
pelas MPE‘s, conforme mencionado ao longo desta obra, está associada 
a transformações que ocorrem naquelas grandes organizações que: 
- Investem na automação e renovação tecnológica dos 
processos produtivos, outrora de uso intensivo de mão- de-
obra, abrindo oportunidades para o surgimento de novos 
negócios; 
- Adotam a terceirização subcontratando, externamente, 
atividades tradicionalmente executadas internamente; 
- Estabelecem estratégias de utilização de um núcleo 
permanente de pessoal especializado, complementado por 
grupo de pessoas que podem ser mobilizadas e 
descontratadas em função da flutuação da produção/demanda; 
- Induzem o incremento econômico dos setores de serviços e 
comércio, que se caracterizam por uso intensivo de mão-de-
obra. 
 
Além de ser mais rápida e de prestar serviço mais personalizado 
aos seus clientes, a micro e pequena empresa pode alcançar níveis 
13 
 
mais altos de motivação e envolvimento de seus colaboradores quando 
comparada com as grandes organizações. 
A pequenez significa que os colaboradores podem se identificar 
com a empresa, ver o resultado de seu trabalho, visualizar a 
organização como um todo e entender como seu trabalho está ligado 
aos resultados econômicos e sentir-se responsáveis pelo sucesso ou 
fracasso empresarial. Tal afirmação é particularmente evidente quando 
consideram-se aquelas MPE´s onde as pessoas que fazem parte da 
organização em termos de emprego formal, confundem-se com a figura 
do(s) proprietário(s). 
Aspectos relacionados ao registro de uma MPE junto ao Cartório 
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, Receita Federal, Prefeitura 
Municipal e demais repartições públicas podem ser consultados na 
literatura específica sobre o assunto (obras sobre direito comercial, 
legislação fiscal-tributária e demais instrumentos legais afins). 
Tal providência legal varia de acordo com a região onde irá se 
estabelecer e depende, ainda, do tipo de empresa que será constituída 
(sociedade civil; sociedade mercantil ou firma individual). Outros 
detalhes relacionados a forma de elaboração de planos de negócios 
para fins de obtenção de financiamento e obtenção de aporte de capitais 
podem ser obtidos em obras especializadas sobre o assunto. Em ambos 
os casos sugere-se, ainda, contratar os serviços especializados de um 
contador (ou escritório de contabilidade) não só pela especialização que 
o assunto requer como também pela natureza transitória deste tipo de 
providência. Ou seja, é uma atividade demandada apenas no início da 
constituição e operação da empresa. 
Se a contratação de serviços especializados em contabilidade é 
uma recomendação altamente desejável na fase inicial de 
funcionamento de uma MPE torna- se imprescindível na fase de 
operação normal do negócio dada a exigência operacional de lidar no 
dia-a- dia com questões relacionadas a INSS, IPI, IRRF, IRPJ, 
SIMPLES, REFIS, Contribuição Sindical. Contribuição Social sobre o 
Lucro-CSL, FINOR, FINAM e FUNRES, e demais questões 
legais/fiscais/tributárias rotineiras. 
Segundo pesquisa recente do SEBRAE, após tirar o CNPJ, 
empreendedores individuais (EIs) conseguiram ampliar vendas, 
principalmente para empresas, já que a possibilidade de emitir notas 
fiscais os inclui no mercado. Com a legalização, os negócios dos EIs 
com empresas aumentaram 78%, com o governo, 66%, e com pessoas 
físicas, 10%, segundo o levantamento. O tempo para a abertura de uma 
empresa é de 30 dias úteis, em geral, desde que não sejam necessárias 
licenças específicas. 
Dependendo do ramo de atuação, são exigidos outros 
documentos, como inscrição estadual para o comércio e registro no 
14 
SISCOMEX (Sistema integrado de Comércio Exterior) para atividades de 
importação e exportação. 
Há ainda atividades que precisam de alvarás da Vigilância 
Sanitária ou mesmo licenças de órgãos ambientais. E o empreendedor 
precisa estar atento às exigências em cada caso, que podem interferir 
na estrutura física do negócio. Na capital paulista, o processo deve ficar 
mais ágil. A prefeitura da capital paulista, por exemplo, aderiu ao SIL 
(Sistema Integrado de Licenciamento), o que encurta o processo no 
município de 120 dias para 15 dias. 
Com ele, licenças e alvarás para empresas com atividades de 
baixo risco, cerca de 95% dos casos podem ser concedidas pela 
internet. Os documentos e as vistorias prévias são substituídos por 
declarações em um certificado digital. 
De acordo com a sistemática vigente, e como primeiro passo para 
formalizar uma empresa, deve ser verificada na prefeitura se a atividade 
é permitida no endereço onde deseja atuar. Deve ser pesquisada na 
Junta Comercial estadual se o nome que pretende adotar já não foi 
registrado e, caso pretenda registrar uma marca ou patente, é 
necessário averiguar, também, no INPI (Instituto Nacional de 
Propriedade Industrial). Posteriormente, deve ser preparado um contrato 
social que formaliza a abertura do negócio. Tal instrumento jurídico deve 
ser assinado por um advogado, conter as informações da empresa, e 
ser registrado na Junta Comercial (que avalia as informações do 
contrato social e os documentos dos sócios, antes de gerar um número 
de identificação do registro de empresa). 
Já na fase final, tem-se a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional 
da Pessoa Jurídica), cujo pedido pode ser feito pela internet, junto ao 
site da Receita Federal. Ao fazer o cadastro, é necessário escolher o 
CNAE (Código Nacional de Atividade Empresarial), que depende da 
atividade que a empresa exercerá. Essa classificação será utilizada 
como parâmetro para determinação dos tributos e sobre as atividades 
da empresa. Isso, complementado pela obtenção do CCM (Cadastro de 
Contribuintes Mobiliários) junto à prefeitura. 
É necessário entregar cópia dos documentos anteriores (contrato 
social e CNPJ) e preencher um formulário próprio. Para obter o alvará 
de funcionamento, o imóvel que será sede da empresa precisa estar 
com a situação regularizada perante a prefeitura. De acordo com a 
complexidade e do ramo de atuação do negócio, há necessidade de 
outros registros. Por exemplo, corretoras de seguros devem procurar a 
SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), bares e restaurantes 
precisam de autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária) e assim por diante. 
A abertura é muito mais rápida quando comparada com o 
processo exigido no encerramento de uma empresa. Mas, geralmente, o 
15 
 
empreendedor está tão ansioso para começar suas atividades que tem a 
percepção de que o processo é demorado. Quem defende essa visão, 
está longe de lutar por uma causa meramente corporativista. 
Na verdade, defende uma estratégia para o País, reivindicando 
que se dê foco a uma política, assim como foi feito, por exemplo, na 
agropecuária e no agronegócio, com excelentes resultados. Os órgãos 
governamentais e a iniciativa privada, estão convencidos de que o 
modelo de desenvolvimento baseado na pequena empresa é a melhor 
opção para o Brasil tanto em termos econômicos como em seus 
aspectos sociais. 
A Lei Geral pode servir de base para futuros trabalhos 
direcionados a um processo de reforma tributária nacional, que tenha 
papel estruturante para o país e seja convergência entre o que a 
sociedade deseja e os avanços permitidos pela reforma recente na 
Constituição. Como a referida lei procura regulamentar as atividades das 
micro e pequenas empresas na economia nacional, e esta é composta 
de diferentessetores econômicos, recomenda-se abordagens 
diferenciadas na sua interpretação e aplicação no dia a dia empresarial. 
Ou seja, para cada segmento econômico pode-se inferir 
peculiaridades que devem ser observadas na aplicação dos aspectos 
legais, que são diferenciados, no âmbito das MPE`s. Os diferentes 
ramos de atividades da economia, portento, exigem enfoques distintos 
da legislação vigente. Isso torna-se mais evidente quando se analisa 
integração das empresas ao longo da cadeia econômica do país. 
Uma MPE, ao mesmo tempo em que pode ser fornecedora, pode 
ser cliente de outra empresa, independentemente de seu porte. A 
interdependência entre as empresas caracteriza-se pela ampliação de 
sua atuação através da identificação e formalização de parceria com 
fornecedores e clientes de empresas de grande porte (Figura1: 
Interdependência entre as empresas). É a constatação de que existe 
uma cadeia produtiva interna à MPE, e outra de maior abrangência, que 
interliga várias organizações e um mesmo ou de diferente setor 
econômico. Esta ampliação da atuação da MPE através da identificação 
e formalização de parceria com fornecedores e clientes de empresas de 
grande porte permite que seja visualizadas a influência das variáveis 
legais que incidem de forma diferenciada, a depender do segmento 
econômico a que ela pertença. 
Ou seja, via de regra, existe uma rede de micro, pequenos e 
médios (MPE) fornecedores e clientes de empresas como a NATURA, 
KRUPP e equivalentes. Essas MPE´s necessitam atuar de forma 
sustentável e, principalmente, observando a legislação vigente, para se 
manterem como fornecedor/cliente de uma grande empresa. É possível, 
inclusive, parceria com a grande empresa para fins de desenvolver 
parceria para capacitação (educação ambiental) para sua respectiva 
16 
rede de fornecedores e clientes. Analisando a cadeia produtiva do 
mercado-para-trás (logística reversa) nota-se que os clientes têm 
expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa 
imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente 
responsável (Figura 2: Rede de fornecedores e clientes). Tais mutações 
no mundo dos negócios são decorrentes da evolução das novas 
tecnologias que afetam diretamente as empresas e, indiretamente, as 
organizações sociais que podem a ela se associar na forma de 
parcerias. 
A tecnologia fornece a resposta mas, dentro dos contornos da 
legislação vigente, qual foi a pergunta que a motivou? 
Esta indagação se relaciona a necessidade da inserção do fator 
humano ao longo da cadeia produtiva das organizações que necessita 
conciliar os aspectos econômicos com aqueles sociais e ecológicos para 
ser verdadiramente sustentável. Essa postura faz com que as fronteiras 
da organização analisada se iniciem nas dependências dos 
fornecedores e terminel além dos seus limites físicos e funcionais, 
internamente, dentro das instalações dos clientes intermediários e finais. 
É o caso de uma grande empresa como a NATURA que tem uma 
rede de pequenos fornecedores ecologicamente responsáveis. E que, 
na obtenção de insumos produtivos se unem em torno de associações e 
cooperativas (novos arranjos produtivos na forma de organizações 
sociais). 
Esses micro e pequenos fornecedores necessitam de capacitação 
e assessoramento técnico da grande empresa- cliente (NATURA) e, 
inovadoramente, de outras organizações não-governamentais já 
instaladas no mercado. Na outra ponta, existem clientes intermediários 
da grande empresa (caso da NATURA que trabalha com milhares de 
empreendedores individuais que atuam na forma de representantes 
comerciais). 
Esta e outras características explicam o porque as empresas como 
a NATURA, recolhem 78,43% em impostos do valor que faturam com 
perfume. Isso representa o quinto lugar no ranking das empresas que 
mais recolhem impostos na economia nacional. Nesse ranking nacional, 
destaca-se a cachaça como ocupante do primeiro lugar, onde 81,87% 
do seu preço é imposto, seguido da vodca com nada menos que 81,52% 
do preço desse típico destilado corresponde a imposto. 
Em quarto lugar tem-se o cigarro com carga tributária equivalente 
a 80,42% do preço do produto. Por outro lado, combustíveis, 
eletrodomésticos, alimentação, vestuário, produtos de higiene e limpeza, 
diversão e lazer, medicamentos de uso animal e jornal, são os produtos 
que menos impostos pagam. Enfim, a depender do tipo de produto e, 
portanto, do ramo de negócios da empresa, existem carga tributária 
diferenciada. 
17 
 
Aspectos legais relacionados e o embasamento filosófico do 
estatuto da MPE são sintetizados nos capítulos que se seguem. 
 
18 
CAPÍTULO 2 - BRASIL E O CENÁRIO INTERNACIONAL 
(Wilson Roberto dos Santos Ribeiro) 
 
RESUMO: O capítulo trata dos aspectos legais de abertura e 
encerramento das MPE‘s do Brasil em comparação aos dados do 
mercado internacional. Tais dados são provenientes de pesquisa de 
indicadores internacionais e nacionais nos Estados Unidos do 
International Finance Corporation (IFC, 2012). Os dados se originam do 
Doing Business‖, na Alemanha do Internationales Arbeitsamt, Relatório 
da conferência Internacional de empregos de 2007. E, finalmente, no 
Brasil do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que lançam 
uma luz sobre quão fácil ou difícil é para um empresário local para abrir 
e gerir um negócio em cumprimento com os regulamentos relevantes. 
Possui indicadores quantitativos referentes às regulamentações de 
negócios e fatores de sustentabilidade que podem ser comparados entre 
diversas economias. Os indicadores são utilizados para identificar os 
principais aspectos de abertura e encerramento de MPE‘s, permite 
ampla visibilidade sobre o posicionamento do Brasil frente a estas 
economias. Abrange as 10 áreas do ciclo de vida de um negócio: 
abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, obtenção de 
energia elétrica, registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção 
aos investidores, pagamento de impostos, comércio internacional, 
cumprimento de contratos e resolução de insolvência e encerramento. 
 
Palavras-chave: indicadores internacionais; posicionamento do Brasil; 
abertura de empresas; encerramento de empresas. 
 
ABSTRACT: The present study deals with the legal aspects of opening 
and closing a small to medium-size business in Brazil compared the 
international market, drawn from surveys of international and national 
indicators, in the United States the International Finance Corporation 
2012 (IFC) and Doing Business, In Germany the Report of the 
International conference 2007 "Internationales Arbeitsamt Genf" and 
finally in Brazil the Brazilian service support small to medium-size 
business‖ SEBRAE and federal council of accounting (CFC), sheds light 
on how easy or difficult it is for a local entrepreneur to open, run and 
manage a business when complying with relevant regulations, presents 
quantitative indicators on business regulations and sustainability factors 
and that can be compared across various economies. The indicators are 
used to identify key aspects of opening and closing of small to medium–
size business, allows visibility into the position of Brazil compared to 
these economies, covers 10 areas in the life cycle of a business: starting 
a business, dealing with construction permits, getting electricity, 
19 
 
registering property, getting credit, protecting investors, paying taxes, 
trading across borders, enforcing contracts and resolving insolvency and 
closure. 
 
Keywords: international indicators; position of Brazil; opening 
businesses; business closures. 
 
2.1 Introdução 
A promoção de empresas sustentáveis inclui uma análise de longo 
alcance devido as diferentes formas em que uma empresa pode ser 
constituida não somente em condições de setor, tamanho, 
regulamentações de negócio as quais devem ser aderentes, 
infraestrutura do Pais ou região em que está inserida,mas também em 
relação ao modelo de gestão, estatuto jurídico e objetivos operacionais. 
Todas as empresas fazem parte da sociedade as quais estão inseridas, 
elas moldam as comunidades em que operam. 
A sociedade necessita de instituições fortes e eficazes para 
garantir o desenvolvimento social, humano, financeiro e naturais, 
combinados de forma equitativa para fomentar a inovação e aumentar a 
produtividade. Isto requer novas formas de cooperação entre governo, 
empresas e sociedade para garantir a qualidade de vida presente e 
futura. 
O conceito de "empreendedorismo sustentável" está relacionada 
com a abordagem ampla sobre as formas de progresso que atendam às 
necessidades do presente sem comprometer a capacidade futura, isto é, 
sem comprometer as gerações futuras . O desenvolvimento sustentável 
é mais do que a tratativa somente das questões ambientais, é 
necessário integrar os três pilares do desenvolvimento: económico; 
social; e o ambiental: 
A dimensão econômica aborda as políticas macroeconômicas 
(fiscal, monetária e Política cambial), em especial as relativas às 
condições de demanda e as políticas específicas a nível setorial - 
agricultura, indústria, Comércio e serviços, bem como as políticas 
geográficas ou regionais. 
A dimensão social do desenvolvimento sustentável envolve a 
promoção do compromisso de "inclusão social ― e a construção de 
sociedades estáveis, seguras não apenas para a promoção e Proteção 
dos direitos humanos como a não- discriminação, a tolerância, o respeito 
da igualdade, diversidade, solidariedade, segurança e participação de 
todas as pessoas, incluindo os grupos desfavorecidos e vulneráveis. 
O Pilar ambiental aborda as questões ecológicas regulatórias e 
legais referente aos recursos naturais e integração dos pilares de 
desenvolvimento. Há uma relação simbiótica entre empreendedorismo e 
desenvolvimento, qual seja, a economia prospera onde a sociedade se 
20 
desenvolve e o setor privado deve ajudar os países a alcançar os 
objetivos de Desenvolvimento. 
O presente estudo visa abordar uma análise comparativa do 
posicionamento do Brasil no cenário internacional sobre os Aspectos 
Legais de abertura e encerramento de MPE‘s, apresentação das 
oportunidades de melhoria para desburocratização legal e 
desenvolvimento da economia no Brasil. 
 
2.2 Fundamentação teórica 
Elaborado a partir de pesquisas de indicadores internacionais e 
nacionais, nos Estados Unidos o International Finance Corporation IFC 
2012 e Doing Business, na Alemanha do Internationales Arbeitsamt 
Genf Relatório da conferência Internacional de empregos de 2007 e 
finalmente no Brasil do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas SEBRAE e do Conselho federal de contabilidade CFC. 
O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os Brics 
(grupo formato por Brasil, Rússia, Índia e China). O total de impostos, 
tributos e contribuições recolhidos no País é de 34% do Produto Interno 
Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20% e 
na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, 
o total da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB. 
Os dados fazem parte do levantamento "Carga Tributária no 
Mundo - Um comparativo Brasil X Brics", apresentado pelo sócio do 
escritório de advocacia Machado- Meyer, Daniel Monteiro Peixoto, 
durante o seminário Reforma Tributária Possível, realizado na Câmara 
Americana de Comércio (AMCHAM). 
No entanto, quando o estudo do Doing Business avalia a 
simplicidade da estrutura tributária em diversos países, possibilita uma 
visibilidade sobre quão fácil ou difícil é para um empresário local para 
abrir e gerir um negócio em cumprimento com os regulamentos 
relevantes possui indicadores quantitativos referentes às 
regulamentações de negócios e fatores de sustentabilidade que podem 
ser comparados entre diversas economias. 
Os indicadores utilizados para identificar os principais aspectos de 
abertura e encerramento de MPE‘s, permite uma visibilidade sobre o 
posicionamento do Brasil frente a estas economias. Abrange as 10 
áreas que regem no ciclo de vida de um negócio: abertura de empresas, 
obtenção de alvarás de construção, obtenção de energia elétrica, 
registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção aos 
investidores, pagamento de impostos, comércio internacional, 
cumprimento de contratos e resolução de insolvência e encerramento. 
O levantamento aponta que o Brasil ocupa uma posição ao topo 
da lista em matéria de demora para a abertura de uma empresa. O 
tempo gasto nos trâmites burocráticos é o triplo da média mundial, que é 
21 
 
de 49 dias. 
Na Austrália, por exemplo, em 2 dias se abre um negócio, e nos 
Estados Unidos são necessários 5 dias. 
O estudo do Banco Mundial leva em conta a realidade dos 
principais centros financeiros de cada país. No caso do Brasil o cenário 
foi a cidade de São Paulo. 
A situação da capital paulista é emblemática e reflete muito do que 
acontece ao longo do território, embora em algumas capitais o problema 
esteja minimizado, como é o caso de São Luís, no Maranhão, onde é 
possível abrir um empreendimento em seis dias. 
O Brasil atingiu a classificação de número 120 em 2012 referente a 
dificuldade do processo de iniciar um negócio, contra a Nova Zelândia 
classificada em primeiro lugar, mesmo nesta classificação, o Brasil ainda 
ficou a frente de países como a Argentina classificada em 146, China em 
151 e Índia em 166. 
No que diz respeito ao número de procedimentos exigidos para 
abertura de um novo negócio, o Brasil possui 13 procedimentos contra 
apenas 1 procedimento no Canadá, 14 na Argentina, 12 na Índia, 07 no 
Chile e 06 no México. 
No Brasil é necessários um tempo médio em dias para abertura de 
um novo negócio de 119 dias contra 01 dia na Nova Zelândia, 38 dias 
para abertura de um novo negócio na China, 29 dias na Índia, 26 dias na 
Argentina, 7 dias no Chile e 23 dias no Japão. 
Para lidar com alvarás de construção o Brasil ficou classificado na 
127º posição, contra Hong Kong, na China classificado na primeira 
posição, Argentina em 169º, Chile em 90º, Índia em 18º, México em 43 º 
e Japão em 63 º. 
O número de procedimentos necessários para obtenção de alvarás 
e licenças no Brasil é de 17 contra apenas 05 procedimentos na 
Dinamarca, 10 no México, 34 na Índia, 25 na Argentina, 33 na China e 
14 no Japão. 
Já como tempo médio em dias para obtenção dos documentos 
necessários para a obtenção de alvará e licenças no Brasil é de 469 
dias, contra 26 dias em Singapura, 365 dias na Argentina, 311 dias na 
China, 155 dias no Chile, 227 dias na Índia e 81 dias no México. 
O Posicionamento do Brasil referente aos aspectos sobre 
resolução de insolvência e encerramento de um negócio frente ao 
cenário Internacional, também nos remete a uma análise para facilitação 
dos aspectos legais e burocráticos, o processo de encerramento de uma 
empresa Brasileira em média demora 4 anos e pode chegar a até 10 
anos, é o segundo processo mais lento do mundo, perde apenas para a 
Índia que pode chegar a 11,3 anos. 
Com referência ao tempo de insolvência, faz se necessário um 
22 
prévio esclarecimento sobre as principais diferenças entre Falência, 
Concordata e Insolvência, antes da apresentação dos indicadores 
internacionais: 
 
2.2.1 Falência 
É basicamente um processo de execução coletiva, ocorrendo 
arrecadação e venda judicial forçada de todos os bens do falido para 
posterior rateio proporcional aos credores, segundo a classificação 
estabelecida ela legislação. Na falência, normalmente a empresa 
encerra o funcionamento e uma pessoa é designada pelo juiz para 
arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos, liquidar os ativos 
e pagar o passivo em sistema de rateio. 
 
2.2.2 Concordata 
Nesse caso, o empresário obtém, em juízo, a possibilidade de 
prorrogar o pagamento de seus débitos quirografários, ou sem garantia 
real, e continua operando/funcionando. Porém, sob a supervisão deum 
comissário indicado pelo juiz, que pode ser um dos credores ou não. 
Em suma, é um benefício legal formando-se uma espécie de 
contrato entre devedor e credores, supervisionado pelo juiz, visando à 
reabilitação do devedor em estado temporário de insolvência, tendo 
como finalidade principal dar tempo ao devedor para negociar dívidas ou 
preparar a empresa para a falência (limpeza). 
Observação: Hoje não há mais o benefício da concordata, pois, o 
Decreto-Lei nº 7.661/45, antiga "Lei de Falência", foi revogado pela Lei 
nº 11.101 de fevereiro/2005, "Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a 
Falência do Empresário e da Sociedade Empresária". 
 
2.2.3 Insolvência Civil 
A pessoa física, ao contrair uma dívida, assume para si uma 
responsabilidade, devidamente respaldada pela potência patrimonial de 
seus bens móveis e imóveis. Enquanto a pessoa física possuir 
patrimônio para responder pelas obrigações assumidas, não há como se 
falar em insolvência civil. 
Há dois tipos de insolvência: a real e a presumida. 
Insolvência real: "dá-se a insolvência toda vez que as dívidas 
excederem à importância dos bens do devedor". 
Insolvência presumida: são previstos dois requisitos: 
1 o devedor não possuir outros bens livres e desembaraçados 
para nomear a penhora; 
2 quando forem apreendidos judicialmente os bens do 
devedor. 
23 
 
Efeitos da insolvência civil: 
1 o vencimento antecipado das dívidas do devedor; 
2 a arrecadação de todos os bens do devedor passíveis de 
penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do 
processo; 
3 a execução por todos os credores do devedor. 
 
2.2.4 Indicadores Internacionais 
Quanto ao posicionamento do Brasil no cenário Internacional, o 
Brasil atingiu a classificação de número 136 em 2012, referente à 
dificuldade no processo de resolução de insolvência, contra o Japão 
classificado em primeiro lugar, a Argentina em nº 85, China em nº75, 
India em nº128, Chile em nº110 e o México atingiu a classificação de nº 
24. 
O tempo médio para resolução de Insolvência no Brasil é de 4 
anos, no Japão em 0,6 anos, na Argentina é de 2,8 anos, na China de 
1,7 anos, na India de 7 anos, no Chile de 4,5 anos, no México 1,8 anos 
e o país com a melhor classificação foi a Islandia com 0,4 anos. 
 
2.3 Aspectos Legais de abertura de MPE‘s no Brasil 
O processo de abertura de MPE‘s no Brasil requer por parte do(s) 
interessado(s) os seguintes passos referentes ao cumprimento dos 
aspectos legais; 
Faça um levantamento de todos os fatores que influenciam na 
atuação da sua empresa. Coloque em um papel tudo o que será 
necessário para a operação local, instalações, maquinário, número de 
funcionários, material que será trabalhado, etc. 
A partir dos dados levantados, faça um estudo de acordo com a 
legislação da cidade em que a sua empresa irá operar, inicialmente, veja 
de que maneira ela se encaixa na lei de zoneamento, ou seja, em qual 
região ela pode atuar, se deixar isso para o fim, pode ter a desagradável 
surpresa de descobrir que o prédio que você alugou não pode ser 
utilizado para o que você pretende. 
Em seguida, leve em conta o tipo de operação e os materiais 
utilizados, isso é decisivo, uma vez que o impacto ambiental pode ser 
um sério entrave para a atuação da sua empresa, algumas atividades 
necessitam de autorização de funcionamento por parte do órgão 
ambiental competente. 
Se você já tem a definição de todos os itens anteriores, é hora de 
juntar seus documentos, mas é sempre bom lembrar-se de manter por 
perto todos os seus documentos pessoais (RG, CPF, Certidões, 
Atestados), com cópias autenticadas, aproveite e vá a um cartório de 
registro civil para abrir firma e registrar sua assinatura, esse 
24 
procedimento será fundamental nas etapas subsequentes. 
 
2.4 Registro de funcionamento 
O primeiro passo do registro legal deve ser dado na junta 
comercial do seu estado, ou no respectivo órgão de registro de 
empresas, que incluirá sua companhia no DNRC (Departamento 
Nacional de Registro do Comércio), esse passo tem a mesma 
importância que a obtenção da Certidão de nascimento no caso das 
pessoas físicas, a partir desse registro, a sua empresa existe 
oficialmente, o que NÃO SIGNIFICA que ela pode começar a operar, 
para fazer o registro na junta comercial, é preciso apresentar 
documentos conforme explicitado a seguir. 
O contrato social como peça importante do início da empresa, sem 
dúvida, o documento mais relevante no processo de abertura, nele, deve 
estar definido claramente os seguintes itens: interesse das partes; 
objetivo da empresa; descrição do aspecto societário e a maneira de 
integralização das cotas. Fique atento, pois, para ser válido, o 
documento deverá ter a chancela de um ADVOGADO, e não apenas de 
um contador. 
Com base em documentos pessoais de cada sócio, proceder o 
registro na junta comercial, o empresário irá obter o NIRE (Número de 
Identificação do Registro de Empresa), se o empresário for o único 
dono, ele pode fazer o registro diretamente no Cartório de Registro de 
Pessoas Jurídicas, ou então na Junta, os preços e prazos para abertura 
variam de estado para estado, para isso, o ideal é consultar o site da 
Junta Comercial do seu estado. 
Registrar na Junta Comercial "As Sociedades", as formalidades na 
Instrução Normativa DNRC nº 98, de 23 de Dezembro de 2003, bem 
como o registro na Junta Comercial "O Empresário" as formalidades na 
Instrução Normativa DNRC nº 97, de 23 de Dezembro de 2003. 
 
2.4.1 Busca de Nome Empresarial Idêntico ou Semelhante 
Por lei, não pode haver duas empresas com nomes idênticos no 
mesmo ramo de atividade dentro do Estado, sendo que, para a consulta 
prévia do nome, escolha até 03 (três) nomes alternativos e verifique no 
órgão competente (Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas) se você poderá utilizar o nome que deseja. 
É importante destacar que o registro de nome não garante o direito 
de uso da marca, a marca para ter amparo legal deverá ser registrada 
pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, conforme previsto na 
Instrução Normativa nº 104 de 2007. 
 
2.4.2 Registro da Empresa e Proteção ao Nome Empresarial 
25 
 
Com o nome da empresa e o endereço aprovados, procede-se à 
proteção ao nome empresarial, que decorre automaticamente do 
arquivamento dos atos constitutivos de firma empresário (antiga firma 
individual) e de sociedades, ou de suas alterações, tendo validade em 
todo o território do Estado, sem pagamento de taxa específica: 
- requerimento de empresário – antiga declaração de firma 
mercantil individual; 
- requerimento da junta comercial – Capa de Processo; 
- 04 vias requerimento de empresário; 
- CPF e Carteira de Identidade do titular, autenticada pelo 
cartório; 
- DARF em 02 vias. 
 
OBS.: Se for enquadrar como ME ou EPP, apresentar 03 vias da declaração de ME 
ou EPP, assinadas pelo titular, em capa processo separado. 
 
CNPJ 
Com o NIRE em mãos, é a hora de fazer o seu registro como 
contribuinte, ou seja, obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas 
Jurídicas), na prática, este registro serve para dizer ao poder público que 
sua empresa já está apta a pagar impostos, mais ou menos como o CPF 
para pessoas físicas. 
A inscrição, alteração de dados cadastrais e o cancelamento no 
CNPJ serão formalizados por meio do documento básico de Entrada do 
CNPJ, da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ), do Quadro de 
Sócios ou Administradores (QSA), e da Ficha Complementar (FC), os 
quais poderão ser preenchidos através de software fornecido pelo site 
da Secretaria da Receita Federal. 
A Ficha Complementar não deverá ser preenchida a não ser que o 
Estado ou Município jurisdicionante do seu domicílio fiscal for 
conveniado ao CNPJ; 
Porém é importante ressaltar que não será emitido cartão CNPJ 
nos seguintes casos: 
- Ausência do código da CNAE-Fiscal (Classificação Nacional 
de Atividades Econômicas Fiscal); 
- Sócios ou responsável da pessoa jurídica com inscrição 
canceladaou inexistente no CPF; 
- Sócio ou responsável de pessoa jurídica vinculados à empresa 
inapta ou suspensa no CNPJ; 
- Omissão de declarações DIPJ (Declaração de Informações da 
Pessoa Jurídica). 
 
Nota: A CNAE-Fiscal de 07 dígitos codifica todas as atividades 
classificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 
26 
substitui o CNAE de 05 dígitos. 
 
É de preenchimento obrigatório na FCPJ para os eventos de 
inscrição, também é obrigatória a atualização da informação da 
classificação, caso ainda não conste dos dados cadastrais da pessoa 
jurídica no CNPJ. 
A documentação necessária para que esta etapa seja completada 
com sucesso está explicitada a seguir; 
 
- O interessado deverá preencher o FCPJ e QSA (caso tenha 
sócios) disponível através do programa CNPJ e enviar a 
Receita Federal pela internet, neste momento será gravado um 
recibo que contém um número de identificação no qual o 
interessado deverá consultar periodicamente no site da 
Receita Federal e aguardar que a mesma libere (via Internet) o 
Documento Básico de Entrada no CNPJ; 
- Os documentos a serem entregues na Receita Federal para 
solicitação do CNPJ podem ser enviados por Sedex ou 
também podem ser entregue no prédio da Receita Federal em 
um envelope lacrado; documento Básico de Entrada no CNPJ 
em 1 via com firma reconhecida do responsável perante a 
Receita Federal; 
- Cópia autenticada do ato constitutivo (Contrato Social ou 
Requerimento de Empresário) registrado na Junta Comercial; 
cópia autenticada do Pedido de Enquadramento de ME ou 
EPP (só para Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte); 
- Após o envio por Sedex ou entrega pessoal no prédio da 
Receita Federal, fazer consultas periódicas no site da Receita 
Federal para verificar o deferimento do pedido e a emissão do 
Comprovante de Inscrição no CNPJ; e a formalização do 
CNPJ na Instrução Normativa 1.005 de 2010. 
 
Regime de Tributação 
Sobre o cadastro de contribuinte de sua empresa é importante 
fazer um adendo, fique atento (a) para adequar seu negócio a um 
determinado regime de tributação, faça os cálculos na ponta do lápis e 
opte por aquele que for menos oneroso para sua empresa, mas lembre-
se que nem todas as empresas podem optar pelo Simples, assim, ao 
fazer o cadastro no CNPJ, é preciso escolher a atividade que a empresa 
irá exercer, essa classificação será utilizada não apenas na tributação, 
mas também na fiscalização das atividades da empresa, portanto, 
ANTES de fazer sua inscrição no CNPJ, consulte os tipos de empresa 
que não se aplicam ao Simples. 
 
27 
 
Alvará de funcionamento 
Após o cadastro do CNPJ, é a vez de ir à prefeitura fazer o 
cadastro e receber o alvará de funcionamento, o Alvará é uma licença 
concedida pela Prefeitura, permitindo a localização e o funcionamento 
de estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de 
serviços, bem como de sociedades, instituições, e associações de 
qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. 
Para obtê-lo, o empresário deve se dirigir à secretaria de finanças 
do município, em algumas cidades, como Curitiba – PR, o serviço pode 
ser feito diretamente pela Internet, sem custo algum. 
Se o empresário tomou o cuidado de adequar sua empresa à 
legislação local, não terá problemas ao solicitar o seu alvará, se deixar 
para descobrir as surpresas da legislação só neste momento, com 
certeza irá esbarrar na lei. 
Muitos empresários ignoram o alvará de funcionamento e passam 
a operar a empresa após a obtenção do CNPJ, no entanto, a operação 
sem alvará caracteriza o estabelecimento como ilegal e pode acarretar 
seu fechamento e punição dos responsáveis como previsto em lei, para 
conhecer a legislação, bem como a documentação e formulários a 
serem apresentados, consulte a Prefeitura local. 
É uma consulta inicial às entidades envolvidas no processo de 
registro de empresa para verificar se existem pendências ou restrições 
que impeçam a constituição da empresa no endereço pretendido. 
Verifica-se se a atividade pretendida é compatível com a lei de 
zoneamento, o interessado deve fornecer endereço e a atividade 
empresarial para análise da administração regional ou prefeitura 
municipal, para isso, é preciso observar; 
- a Inscrição cadastral anterior do imóvel, constante no carnê do 
IPTU ou em outro documento municipal; 
- o endereço oficial completo, constante no carnê do IPTU ou 
em outro documento municipal; 
- a metragem aproximada da área a ser utilizada; 
- o nome da firma ou de um dos sócios ou do requerente, 
quando autônomo; 
- a descrição detalhada do ramo de atividade; o habite-se do 
imóvel. 
 
Obs.: No Distrito Federal não se faz necessário apresentar documento do imóvel, 
bastando apresentar o endereço do local pretendido. 
 
2.4.2.1 Alvará de Licença/Corpo de Bombeiros 
Normalmente, as prefeituras exigem, para funcionamento da 
empresa, a competente inspeção e vistoria técnica do Corpo de 
Bombeiros para a emissão do alvará. 
28 
O empresário deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiro 
do seu município, informar a metragem de área construída e efetuar o 
pagamento da taxa no banco indicado, depois, ele deve entregar o 
formulário no Corpo de Bombeiros devidamente preenchido e anexado 
ao comprovante de pagamento da taxa pertinente. 
 
Inspeções, Registros e Licenças Junto a outros Órgãos Públicos 
Em outros órgãos é exigido registro, conforme a atividade e 
dependendo das características da empresa, como Departamento de 
Vigilância Sanitária, Secretaria da Saúde, Secretaria de Meio Ambiente, 
entre outros. 
 
Cadastro na previdência 
Após a concessão do alvará de funcionamento, a empresa já está 
apta a entrar em operação. No entanto, ainda faltam duas etapas 
fundamentais para o seu funcionamento, a primeira é o cadastro na 
Previdência Social. 
Para contratar funcionários é preciso arcar com as obrigações 
trabalhistas sobre eles, ainda que seja um único funcionário ou apenas 
os sócios, inicialmente, a empresa precisa estar cadastrada na 
Previdência Social e pagar os respectivos tributos. 
Assim, estando de posse do CNPJ e do Contrato Social, o 
representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua 
jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus 
responsáveis legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após o 
início das atividades. 
Vale lembrar que as empresas que optam pelo Simples Nacional 
como regime de tributação já pagam o INSS incluso no imposto sobre o 
faturamento, não esta incluído as empresas optante pelo Simples 
Nacional enquadradas no Anexo IV continuarão sujeitas ao recolhimento 
das contribuições previdenciárias patronais em separado, exceto as 
devidas a outras entidades, através da Guia da Previdência Social 
(GPS). 
 
Aparato fiscal 
Agora falta pouco, uma vez cumpridas todas estas etapas, falta 
apenas preparar o aparato fiscal para entrar em operação, para iniciar 
suas atividades, será necessário solicitar a Impressão de Notas Fiscais 
e a Autenticação de Livros Fiscais. 
Para tanto, as empresas de prestação de serviços deverão dirigir-
se à Prefeitura local. As empresas que se dediquem às atividades de 
indústria e comércio deverão ir à Secretaria de Estado de Fazenda. 
Uma vez que o aparato fiscal está pronto e registrado, sua 
29 
 
empresa pode começar a operar, antes, no entanto, certifique-se que 
tudo ocorreu bem durante os procedimentos anteriores, se estiver tudo 
certo, basta tocar o seu negócio adiante. 
 
Nota: Se o seu negócio diz respeito a uma profissão 
regulamentada, precisa ter registro na agência ou órgão de controle da 
categoria, por exemplo, um escritório de engenharia precisa ter registro 
no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), um 
consultório médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) e assim 
por diante, sem esse registro, a empresa também não pode operar. 
 
2.5 Aspectos Legais de encerramento de MPE‘s no Brasil 
O processo para encerramento de MPE‘s noBrasil requer por 
parte do(s) interessado(s) os seguintes passos referentes ao 
cumprimento dos aspectos legais; 
 
Elaborar o distrato social 
Os membros da sociedade devem se reunir e assinar a ata de 
encerramento da empresa, nesta ata deve constar a nomeação de um 
liquidante, podendo ser até um dos sócios, que servirá para eliminar as 
pendências, como pagamentos ou recebimentos não realizados, tais 
contas devem ser aprovadas em assembleias dos sócios. 
Elabora-se então o Distrato Social, documento que informa por 
que a sociedade se desfez e divide os bens da empresa entre os sócios, 
o distrato deverá conter a importância repartida entre os sócios, o(s) 
motivo(s) de dissolução e a referência à pessoa ou pessoas que 
assumirem o ativo e a guarda dos livros e documentos contábeis e 
fiscais. 
 
Com a assinatura do Distrato Social, os sócios concordam com 
o fim da sociedade, caso os sócios estejam em conflitos, será 
necessário encontrar um mediador, que pode ser um advogado 
ou o contador da empresa, para buscar um acordo. Caso não 
consiga chegar a um acordo sobre o Distrato, será preciso 
entrar com uma ação de dissolução da sociedade na justiça 
comum, o que torna o fechamento da empresa caro, 
desgastante e demorado. 
 
Para obter um modelo acesse a página do Departamento Nacional 
de Registro de Comércio. 
 
Verificar se há débitos previdenciários, mesmo que a empresa não 
tenha empregados 
Caso a empresa tenha efetuado corretamente o recolhimento de 
http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html
http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html
http://www.portaltributario.com.br/guia/guardadocumentos.html
http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/modelo_basico_distrato.htm
http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/modelo_basico_distrato.htm
30 
todas as contribuições previdenciárias, poderá obter pela internet a 
Certidão Negativa de Débito, no site www.previdenciasocial.gov.br. A 
certidão é expedida gratuitamente, com validade de 180 dias. 
Caso existam divergências entre a Guia da Previdência Social 
(GPS) e a de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
e Informações à Previdência Social (GFIP), será necessário 
agendamento via internet no site da Receita Federal 
www.receita.fazenda.gov.br para o contribuinte comparecer ao órgão 
local da RFB e obter os detalhamentos da(s) pendência (s). 
 
Obter o certificado de regularidade do fundo de garantia do tempo 
de serviço (CRF) 
O CRF é um documento obrigatório para o encerramento das 
operações, tanto para as empresas com trabalhadores como para as 
sem trabalhadores registrados, a empresa que efetuou os depósitos do 
FGTS e está quite, pode imprimir o certificado no site da Caixa 
(www.caixa.gov.br). O comprovante tem validade por 30 dias. 
Se houver pendências em recolhimentos, os valores deverão ser 
quitados em uma agência da Caixa Econômica Federal. 
 
Efetuar baixa na prefeitura e no estado 
Para a empresa que paga impostos municipais, como o Imposto 
sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), será necessário pedir a 
baixa da empresa do banco de dados da prefeitura. Cada município 
estabelece a lista de documentos necessários, o tempo e as taxas 
devidas. Para obter essas informações, é necessário contatar a 
secretaria de finanças do município onde a empresa ou filial está 
instalada. 
Para o estabelecimento contribuinte do Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), é necessário procurar 
uma unidade da Secretaria da Fazenda, para dar baixa na inscrição 
estadual. 
 
Obter as certidões do ministério da fazenda 
A Receita Federal do Brasil verifica se a empresa recolheu 
corretamente todos os tributos de âmbito federal, como o Imposto de 
Renda de Pessoa Jurídica, o PIS, a COFINS e a CSLL – Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido. 
Para atestar a regularidade com o governo federal, é preciso que o 
contribuinte solicite a Certidão Negativa Conjunta, que une a Certidão 
Negativa de Inscrição de Dívida Ativa da União, emitida pela 
Procuradoria da Fazenda Nacional, e a Certidão de Quitação de 
Tributos e Contribuições Federais, concedida pela Receita Federal. 
http://www.previdenciasocial.gov.br/
http://www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/gfip.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/
http://www.caixa.gov.br/
http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
31 
 
As certidões podem ser obtidas pela internet, pelas empresas que 
estiverem em dia, nos sites da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
e da Receita Federal. A certidão conjunta da RFB e da PGFN é emitida 
gratuitamente e tem validade de 180 dias. Sobre a dispensa de 
exigências para micro empresa (ME) e empresa de Pequeno Porte 
(EPP); o registro da baixa de ME e EPP, referentes a empresários e 
pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro empresarial, 
dos três níveis de governo, ocorrerão independentemente da 
regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, 
principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos 
administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das 
responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por 
tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. 
 
Arquivar documentos na junta comercial 
Os pedidos de arquivamento de atos de extinção de empresário ou 
de sociedade empresária, devem ser protocolados na Junta Comercial 
com os seguintes comprovantes de quitação de tributos e contribuições 
sociais federais: Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a 
Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, emitida pela Secretaria da 
Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Certidão 
Negativa de Débito - CND, fornecida pela Secretaria da Receita 
Previdenciária; Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço - FGTS, fornecido pela Caixa Econômica Federal. 
Após o pagamento de taxa respectiva à Junta Comercial, o Distrato será 
arquivado. Cada estado estipula o valor da guia e o prazo para 
arquivamento. 
São dispensadas da apresentação dos documentos de quitação, 
regularidade ou inexistência de débito a que se referem as três 
Certidões acima listadas, a Certidão Negativa de Débitos relativos a 
Tributos Federais e à Dívida Ativa da União a Certidão Negativa de 
Débito e a Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo 
de Serviço; o empresário ou a sociedade empresária, enquadrada como 
microempresa ou empresa de pequeno porte; os pedidos de 
arquivamento de atos relativos ao encerramento de atividade de filiais, 
sucursais e outras dependências de sociedades empresárias 
nacionais e de empresários. 
Os detalhes sobre o arquivamento na Junta Comercial foram 
estipulados pela Instrução Normativa DNRC 105/2007, do 
Departamento Nacional de Registro do Comércio. 
 
Proceder a baixa no CNPJ 
O último passo a ser dado para o encerramento final da empresa é 
a baixa no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, para 
http://www.pgfn.fazenda.gov.br/
http://www.pgfn.fazenda.gov.br/
http://www.pgfn.fazenda.gov.br/
http://www.receita.fazenda.gov.br/
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/indnrc105_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/indnrc105_2007.htmhttp://www.portaltributario.com.br/tributario/cnpj.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributario/cnpj.htm
32 
realizar esse procedimento, deve-se baixar da internet o programa 
chamado PGD-CNPJ, o programa gera a solicitação de cancelamento 
do CNPJ e o Documento Básico de Entrada, o DBE deve ser assinado 
com firma reconhecida em cartório. 
Por fim, basta apresentar na Receita o Documento Básico de 
Entrada do CNPJ - DBE, em duas vias, emitidas pelo Programa Gerador 
de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ), ou protocolo de transmissão da 
FCPJ, no caso de DBE assinado por procurador, cópia da procuração, 
autenticada ou acompanhada da original, neste caso a FCPJ deverá ser 
preenchida com o CPF do responsável, original ou cópia autenticada do 
ato de extinção registrado no órgão competente e a cópia do recibo de 
entrega da declaração de encerramento, se for o caso. A baixa do CNPJ 
será dada em três dias, caso não haja nenhuma pendência. Para 
calcular o IRPJ - Imposto de Renda e a CSLL - Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido do ano do encerramento, a Receita Federal considera a 
data do Distrato, mais informações sobre a baixa do CNPJ poderão ser 
obtidas na página da Receita Federal. 
 
Conclusões 
A proposta do PROGRAMA ESTADUAL DE 
DESBUROCRATIZAÇÃO é desencadear uma grande revisão dos 
processos atuais de regulação, sempre com a visão da eliminação de 
etapas e unificação de procedimentos entre os diversos tipos de órgãos. 
A abertura ou regularização de empresas envolve uma série de 
procedimentos dispersos em vários órgãos nas três esferas 
governamentais (União, Estado e Município). 
Os órgãos de registro: são as Juntas Comerciais e os Cartórios de 
Registro de Pessoas Jurídicas, que são responsáveis pela constituição 
da personalidade jurídica das empresas comerciais e prestadoras de 
serviços, respectivamente; órgãos de fiscalização tributária: são a 
Receita Federal (para efeitos dos tributos federais), Secretarias de 
Fazenda Estaduais (para os tributos estaduais, notadamente o ICMS) e 
as Secretarias de Finanças Municipais (para os tributos municipais), que 
são responsáveis pelo cadastro e autorização de início de atividades 
das empresas, na visão da adequação das atividades e produtos ao 
tratamento tributário previsto pelas leis tributárias dos três níveis de 
governo. 
Como órgãos de licença podem ser federais, estaduais (meio 
ambiente) e municipais (sanitários e segurança), que são responsáveis 
pelo cadastro e autorização de início de atividades das empresas, na 
visão da adequação do local às normas de ocupação. 
Cada atividade econômica (indústria, comércio e serviços, com 
suas várias especialidades) possui vínculo com procedimentos e órgãos 
diferenciados de registro e licenciamento para o seu funcionamento. 
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.receita.fazenda.gov.br/
33 
 
Há necessidade de cumprimento da legislação de cada município 
sobre o zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices 
urbanísticos e demais limitações administrativas para a instalação de 
empresas. 
Em função dessa situação, as projeções do tempo medido para a 
abertura de empresas, apesar de divergentes, indicam prazos elevados 
e inadmissíveis para uma economia de mercado, que necessita 
incentivar o empreendedorismo. 
O objetivo final e imediato do projeto é reduzir o tempo de abertura 
de uma empresa, envolvendo todos os órgãos para até 15 (quinze) dias, 
com especial atenção para as microempresas e empresas de pequeno 
porte. 
 
2.6.1 Conclusões Específicas 
Desburocratizando o procedimento de abertura a fim de legalizar a 
situação jurídica de várias empresas, empresário e empreendedores que 
passarão a ser sujeitos de direitos e obrigações e a terem reconhecida a 
sua atividade profissional, poderão gozar de benefícios fiscais, 
tributários, creditícios e trabalhistas, tais como direito a contribuição e 
benefícios da previdência social. 
Realizar a inscrição simplificada com a desburocratização da 
abertura de empresas, por meio da criação de comitê com 
representantes das três esferas de governo, com poder deliberativo, 
para definir normas nacionais para a abertura de empresas, tais como 
critérios para vistorias prévias e registro da empresa e com a 
desburocratização dos aspectos legais, por meio da criação de comitê 
com representantes, com poder deliberativo, para definir normas 
nacionais para unificação dos processos de encerramento de empresas. 
Os processos de fechamento ou alteração das condições jurídicas 
são compostos por procedimentos formais que demandam um tempo 
médio de 4 anos podendo a chegar a 10 anos, grande parte desta 
demora deve-se a exigência de certidões negativas pelo Instituto 
Nacional de Seguridade Social (INSS), da Procuradoria Geral da 
Fazenda Nacional, da Receita Federal e do Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço (FGTS). Uma alternativa para resolver o problema 
seria a eliminação de todas essas certidões. O empresário daria baixa 
na Junta Comercial e avisaria aos órgãos envolvidos que cobrariam 
eventuais dívidas. 
A principal medida para acelerar o processo de encerramento de 
uma empresa é a unificação e informatização, algumas cidades como 
Curitiba já têm um sistema informatizado, mas não é regra no país, com 
foco em apenas esta questão, o tempo gasto para encerrar uma 
atividade poderia ser reduzido significativamente. 
Como explicitado acima, para encerrar uma companhia é preciso 
34 
elaborar o distrato social, que é a formalização do fim da empresa, 
verificar se há débitos previdenciários, obter um certificado de 
regularidade do fundo de garantia por tempo de serviço, efetuar a baixa 
da empresa no banco de dados da prefeitura para evitar a cobrança de 
impostos e conseguir certidões do Ministério da Fazenda informando 
que ela recolheu todos os tributos, ainda é necessário arquivar os 
documentos na junta comercial e proceder a baixa do Cadastro Nacional 
de Pessoas Jurídicas (CNPJ), por ser um processo trabalhoso, o 
profissional que normalmente executa este trabalho é o contador, que 
por sua vez, pela complexidade do trabalho não cobra pouco para 
realizar esta atividade. 
A redução do prazo de abertura e encerramento de empresas no 
Brasil ainda vai demorar. Contando com aprovações de projetos de lei 
no Congresso, investimentos em informatização e, sobretudo, uma 
cooperação entre os governos será preciso foco, investimento e 
principalmente muito trabalho para que o objetivo seja atingido em 
alguns anos. Mas questões complexas muitas vezes são resolvidas com 
soluções marcadas pela simplicidade, quase óbvias. Enquanto as 
mudanças estruturais não aparecem, foram criadas em dez cidades, 
com o apoio do SEBRAE, as Centrais Fáceis, que reúnem escritórios 
dos órgãos envolvidos no registro num único local. 
 
2.6.2 Sugestões para Futuros trabalhos 
O presente estudo abordou uma análise comparativa do 
posicionamento do Brasil no cenário internacional sobre os Aspectos 
Legais de abertura e encerramento de MPE‘s, apresentação das 
oportunidades de melhoria para desburocratização legal e 
desenvolvimento da economia no Brasil, porém fica registrado a 
oportunidade de aprofundar o estudo nos pilares econômico, social e 
ambiental, integrando-os de forma a estabelecer uma relação simbiótica, 
pois a economia prospera onde a sociedade se desenvolve e o setor 
privado deve ajudar os países a alcançar os Objetivos de 
Desenvolvimento. 
 
Referências 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10.719 - 
Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro. 1989. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10520: 
apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 6.023: 
Referências Bibliográficas. 5ª ed. Rio deJaneiro. 1989. 
35 
 
ALVES, R. Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e as Suas Regras. 
13ª. Edição. São Paulo: Editora Loyola. 2008 
APARECIDA PIRES C. - Legalização de empresas - MEI – 
Microempreendedor individual, aspectos societários e tributários. 
Andrade & Mendonça Contabilidade - 
www.andmend.com.br/site/noticias/?id=36, acessado em 22 de junho de 
2012. 
CFC - www.cfc.org.br, acessado em 28 de maio de 2012. Internationale 
Arbeitskonferenz, 96. Tagung 2007, Bericht VI. 
Doing Business - www.doingbusiness.org, acessado em 07 de junho de 
2012. 
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - 
www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com, acessado em 28 de 
maio de 2012. 
SEBRAE - www.sebrae.com.br, acessado em 01 de junho de 2012. 
TACHIZAWA, T. MENDES, Gildásio, Como Fazer Monografia na 
Prática. 12ª edição. Editora Fundação Getúlio Vargas. Rio. 2006. 
http://www.andmend.com.br/site/noticias/?id=36
http://www.cfc.org.br/
http://www.doingbusiness.org/
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com
http://www.sebrae.com.br/
36 
ESTUDO DE CASO - VAREJO LOJA DE BVD 
(CARLOS MANOEL QUADRADO) 
 
Descrição do Negócio 
A loja de tecidos e armarinhos em geral BVD começou como uma 
empresa do setor terciário, onde sua atividade principal era a revenda 
de tecidos, brinquedos, papelaria, cama, mesa, banho e armarinhos em 
geral. 
As primeiras dificuldades encontradas pela BVD foram: 
- Insuficiência de fundos para capital de giro; 
- Dificuldade maior para o financiamento de seus produtos; 
- A infra estrutura inexistente no local da empresa, falta de 
energia elétrica, asfalto, água, esgoto, transporte entre outros. 
 
Missão 
A missão do BVD é atender os clientes com competência, 
presteza, iniciativa, mostrar e direcionar os produtos adequados ao 
usuário, assim como compartilhar experiências com relação aos 
mesmos. 
 
Desenvolvimento da empresa 
A loja começou em um armazém de 14m2 em 21/10/50, passou 
para um espaço maior em 1956 em uma área de 90m2em 1984 na 
reforma do local passou a utilizar 750m2 e em 1989 passou também a 
industrializar roupas masculinas para obesos. 
Embora sem ter conhecimento científico os gestores (proprietários) 
tinham por finalidade que seus colaboradores participassem das 
decisões da empresa, praticavam a administração participativa, pois 
motivavam os funcionários e mostravam a esses os resultados que 
obtinham, parabenizando-os pela iniciativa ou por ter uma produtividade 
alta, pois na época era utilizado o empowerment, pois as funcionárias 
tinham autonomia para agir junto aos clientes. 
Ao ampliar a atividade encara-se com normalidade a ampliação de 
fronteiras, surgindo um relacionamento entre os fornecedores, empresas 
do ramo afins e clientes. 
Estes arrolamentos deverão habilitar as empresas a criarem 
perspectivas para obter vantagens competitivas no nicho de mercado 
previsto, partilhar informações exercer ação conjunta, crescer em 
empreendimentos. A tecnologia de informação nos traz a oportunidades 
de trabalhar com rede de suprimentos, possibilitando a melhoria em 
gestão de materiais, Tapscott (2000). 
As empresas tornar-se-ão mais próximas com a tecnologia da 
informação auxiliando nas parcerias e junções estratégicas, 
37 
 
possibilitando a redução da mão de obra, surgindo questões de extrema 
relevância sobre estratégia de negócios. 
Com as fronteiras das empresas sendo ampliadas graças à 
tecnologia da informação um quadro novo deverá se configurar com: 
- As informações das empresas estará disponíveis a todos; 
- O relacionamento virtual com os clientes das empresas trará 
benefícios para ambas as partes alicerçando a lealdade já 
existente; 
- Com as tecnologia de informação aberta, possibilitará a 
empresa do mesmo ramo saber da inovação introduzida pela 
sua concorrentes, modificando o mercado e alterar seu market 
share; 
- As empresas do mesmo ramos tem condições de ganhos e 
benefícios comuns entre as mesmas; 
- A informática permitindo a geração de novos produtos/serviços 
desde que haja parcerias entre empresas do mesmo 
segmento. Galbraith (1995) mostra que, a competição global 
levou ao usuário a discernir pelo poder de compra. Com o 
crescimento de ofertas no mundo virtual tornou o mercado 
mais competitivo dando maior poder ao comprador. O cliente 
tem a oportunidade de adentrar ao seio da empresa mostrando 
as necessidades, permitindo ao gestor direcionar suas 
decisões. 
 
A terceirização surge como alternativa para solução de 
adversidades administrativos. O gestor deverá estar atento ao aumento 
da capacidade de instalações produtivas da empresa, esta pode ser 
resolvida através do suporte dos fornecedores externos capacitando-os 
quanto ao processo de execução interna. 
A parte da industrialização começou com pouco maquinário, mas 
com a evolução da produção notou-se que não havia condições de 
manufaturar no local, aí apareceu a velha pergunta: fazer ou terceirizar? 
Após prós e contra a terceirização da mão de obra de costura foi a 
alternativa mais viável, o que continua até hoje. 
Na incorporação dessa nova atividade, surgiram algumas 
dificuldades: 
- Dificuldade em encontrar mão de obra para o segmento; 
- Adaptação ao novo segmento quanto a matéria prima a ser 
utilizada; 
- A dimensão de insumos que requer serviços fora do padrão 
normal. 
 
 
38 
Gama dos produtos e matéria-prima 
Com a preocupação das questões ambientais e responsabilidade 
social, nunca esquecendo do bem estar de nossos clientes (pessoas 
com excesso de peso) procuramos a adquirir a matéria prima de 
tecelagens que tem em seu programa de produção de algodão orgânico, 
promovem a inclusão social ao incentivar aos pequenos produtores 
rurais a se organizarem e associações e cooperativas afim de 
viabilizarem os processos de produção, logística e comercialização de 
cada safra. Ao participar do programa, o produtor orgânico agrega valor 
a sua produção e propriedade rural, tendo como consequência a 
melhoria de sua renda e de sua qualidade de vida. Ao atualizar o 
registro de sua propriedade e participar no beneficiamento de sua 
produção, o agricultor tem incentivos do PRONAF/Orgânico do Governo 
Federal. 
Com o plantio do Algodão orgânico e as plantas tintoriais, anileira 
(pigmento azul de origem vegetal), alfafa aveia e trigo (pigmento verde), 
açafrão da terra, o urucum completam a ação sustentável do algodão 
orgânico para a manufatura de tecidos coloridos. 
Para as coleções compramos produtos ecologicamente correto, 
como exemplo segue a nova coleção que aposta em um novo conceito 
para a moda jeans. Durante o processo de tingimento, os corantes, 
combinados à glicose biodegradável, otimizam a absorção e a fixação, 
resultando em 80% menos água do que no método tradicional. A marca 
ainda traz a linha de índigos e brins Essential (rígidos), Moove (com 
elastano), Super Power Stretch (com alta elasticidade, chegando a 
artigos com 67% de stretch) e as Carbolumen e Vintage Leather, que 
têm aspecto de couro sobre base de algodão. 
Os produtos comercializados são masculinos, do PP ao 4G (54 ao 
80), e os segmentos são: camisetas, bermudas, calças, blusões, 
jaquetas e pijamas. As camisetas, pijamas e blusões são trabalhados 
em malha com 100% de algodão, pois, a malha sintética, embora secam 
muito rápido, são super resistentes e quase não amassam (ótimos para 
viagens), mas não absorvem a transpiração, dão cheirinho e queimam 
com super facilidade na hora de passar. 
Para jaquetas e bermudas de tecido plano normalmente com 
100% de algodão,para algum tipo de calça utiliza-se tecido com uma 
pequena porcentagem de elastano, para dar maior mobilidade ao 
usuário, isto tudo, porque pessoas com excesso de peso suam mais. 
Transpirar pode incomodar além do limite, mas é uma das formas que 
encontramos para o bem estar do nosso público alvo. 
 
Política econômica nacional 
O cenário econômico em que a BVD esta inserida, tem um 
contexto de tecnologia heterogenia

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