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1 
LISTA DE EXERCÍCIOS: HUMANIZANDO 15 – SOCIOLOGIA BRASILEIRA 
 
TEMA ABORDADO 
AULA 16 – Sociologia Brasileira: Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. 
 
1. (Ufsc 2018) Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não 
na alma e no corpo – há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil –, a 
sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro. No litoral, do Maranhão ao Rio 
Grande do Sul, e em Minas Gerais, principalmente do negro. A influência direta, ou vaga 
e remota, do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se 
deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, 
em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência 
negra. Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de 
comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. 
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala, 2005 [1933], p. 367. 
 
Em suma, a expansão urbana, a revolução industrial e a modernização ainda não 
produziram efeitos bastante profundos para modificar a extrema desigualdade racial que 
herdamos do passado. Embora “indivíduos de cor” participem (em algumas regiões 
segundo proporções aparentemente consideráveis) das “conquistas do progresso”, não se 
pode afirmar, objetivamente, que eles compartilhem, coletivamente, das correntes de 
mobilidade social vertical vinculadas à estrutura, ao funcionamento e ao desenvolvimento 
da sociedade de classes. 
FERNANDES, Florestan, O negro no mundo dos brancos, 2006 [1972], p. 67. [Adaptado]. 
 
Acerca do debate sobre relações raciais no Brasil e com base na leitura dos textos acima, 
é correto afirmar que: 
 
01) a chamada “democracia racial” é uma expressão normalmente atribuída a Florestan 
Fernandes, que defendia essa ideia sobre o Brasil. 
02) para o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, o Brasil seria um país miscigenado 
não apenas no plano biológico, mas também no cultural. 
04) há diferentes interpretações sociológicas e antropológicas sobre como se dão as 
relações raciais no Brasil, inclusive correlacionando as desigualdades raciais com 
outros fatores, como gênero e classe social. 
08) segundo as ideias de Florestan Fernandes, no Brasil foi necessária a realização de 
medidas formais para separar negros de brancos. 
16) segundo Gilberto Freyre, era necessário distinguir raça de cultura, pois algumas 
diferenças existentes entre brancos e negros seriam de ordem cultural, e não racial, 
como defendiam algumas teorias. 
 
2. (Uem 2018) “Conforme propôs Sérgio Buarque de Holanda, o país foi sempre marcado 
pela precedência dos afetos e do imediatismo emocional sobre a rigorosa impessoalidade 
dos princípios, que organizam usualmente a vida dos cidadãos nas mais diversas nações. 
‘Daremos ao mundo o homem cordial’, dizia Holanda, não como forma de celebração, 
antes lamentando a nossa difícil entrada na modernidade refletindo criticamente sobre 
ela”. 
(SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 
2015, p. 17). 
 
 
 
 
 
 
2 
Ao pensar a sociedade brasileira nos anos 1930, Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) 
indicou ser a cordialidade uma característica fundamental da sociedade local. Acerca do 
conceito de homem cordial, conforme construído por Sérgio Buarque de Holanda, é 
correto afirmar que 
 
01) indica o desapreço da sociedade brasileira pelo uso da violência. 
02) versa sobre a adesão da sociedade brasileira ao cumprimento das leis e sobre o 
desprezo pelo “jeitinho”. 
04) as relações pessoais extrapolam as relações privadas e organizam também a vida 
pública. 
08) a cordialidade seria algo transmitido no processo de socialização presente, de certa 
forma, na maioria dos brasileiros. 
16) indica a superação do passado colonial e a possibilidade de estruturação de uma 
democracia no Brasil baseada nos princípios de ordem e de progresso. 
 
3. (Uerj simulado 2018) 
 
GOL ANULADO 
 
Quando você gritou mengo 
No segundo gol do Zico 
Tirei sem pensar o cinto 
E bati até cansar 
 
(João Bosco e Aldir Blanc , 1976) 
 
FAIXA AMARELA 
 
Mas se ela vacilar, vou dar um castigo nela 
Vou lhe dar uma banda de frente 
Quebrar cinco dentes e quatro costelas 
Vou pegar a tal faixa amarela 
Gravada com o nome dela 
E mandar incendiar 
Na entrada da favela 
 
(Zeca Pagodinho e outros, 1997) 
 
NA SUBIDA DO MORRO 
 
Na subida do morro me contaram 
Que você bateu na minha nega 
Isso não é direito 
Bater numa mulher que não é sua 
 
(Moreira da Silva e Ribeiro da Cunha, 1958) 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
TREPADEIRA 
 
E tu vem, 
Meu coração parte e grita assim 
“Arrasa biscate!” 
Merece era uma surra, de espada de São Jorge 
 
(Emicida, 2013) 
 
A comparação das letras das canções revela uma característica marcante que perpassa 
diferentes grupos e classes na sociedade brasileira. 
 
Tal característica está indicada em: 
 
A) valorização da família tradicional. 
B) banalização da violência doméstica. 
C) enaltecimento da cultura do estupro. 
D) enfrentamento do radicalismo feminista. 
 
4. (Ebmsp 2018) Patrimonialismo é um modelo de administração, típico dos estados 
absolutistas europeus, e tinha como principal característica a não distinção entre o que era 
bem público e o que era bem privado. Em outras palavras, não havia distinção entre o que 
pertencia ao Estado e o que pertencia ao detentor do poder, no caso de Portugal, o rei 
Dom Manuel I. Se esse modelo estivesse vigorando, hoje, no Brasil, seria o mesmo que 
dizer que o presidente da república seria dono de todos os bens do Estado brasileiro: 
móveis, imóveis, utensílios, acessórios, enfim, tudo seria dele porque, no Estado 
Patrimonialista, prevalece a seguinte mentalidade: tudo o que pertence ao Estado 
pertence, também, ao detentor do poder. 
Disponível em: <http://www.politize.com.br/patrimonialismo-administracao-publica-brasil/>. Acesso em: 
set. 2017. Adaptado. 
 
A sobrevivência de práticas patrimonialistas na administração pública brasileira pode ser 
observada no 
 
A) nepotismo — emprego, em cargos administrativos das esferas federal, estadual ou 
municipal, de familiares de agentes públicos como extensão do poder pessoal desse 
agente empregador, sem passarem pelo crivo do concurso público. 
B) patriarcalismo — controle do governo de um estado pelo patriarca mais graduado entre 
as famílias da elite econômica local. 
C) clientelismo — uso do poder carismático de um agente público como forma de garantir 
o controle sobre projetos e programas urbanísticos de setores públicos. 
D) municipalismo — expansão do poder das lideranças locais que gerenciam as rendas 
públicas em parceria com os sindicatos rurais. 
E) federalismo — divisão geográfica e territorial do país, ficando cada unidade sob a 
liderança e controle de uma oligarquia partidária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
5. (Ufu 2017) Ao investigar a situação dos migrantes, o sociólogo Willians de Jesus 
Santos afirma que: 
 
A construção da identidade nacional brasileira através da ideologia do sincretismo 
criminalizou as populações africanas escravizadas e seus descendentes, bem como, por 
certo tempo, as asiáticas. E hoje influenciam políticas de governança que priorizam a 
securitização, criminalizam protagonistas específicos – sejam eles migrantes 
indocumentados, inclusive solicitantes de refúgio, assim como prostitutas que estão no 
mercado internacional de trabalho –, ou, ainda, moradores de favelas e da periferia, além 
de que os imigrantes são tratados como raças perigosas. 
Disponível em: <http://diplomatique.org.br/intimidacao-racismo-e-violencia-contra-imigrantes-e-
refugiados-no-brasil>. Acesso em: 20 abr. 2017. 
 
De acordo com o trecho, é possível concluir que: 
 
A) O Estado brasileiro semprerespeitou as diferenças culturais da população migrante, 
garantindo o acolhimento e o direito desta população. 
B) A ideologia da democracia racial tem garantido a integração de migrantes e pobres no 
Brasil, dando continuidade a uma tradição do Estado brasileiro. 
C) Os fluxos migratórios atuais no Brasil são tratados como um problema de segurança 
pública, o que explicita a influência do racismo científico. 
D) A criminalização de determinados tipos raciais no Brasil fundamenta-se no princípio 
do respeito à diversidade cultural. 
 
6. (Uem-pas 2017) A nação, a nacionalidade e a identidade nacional são construções 
sócio-históricas, portanto, são resultado da ação de vários agentes sociais. O intelectual é 
um dos agentes sociais envolvidos na construção das ideias de nação, de nacionalidade e 
de identidade nacional. Para o caso brasileiro, no que diz respeito à criação da identidade 
nacional, um intelectual central foi Gilberto Freyre (1900-1987). Em suas obras, Freyre 
sistematizou, divulgou e ajudou a sedimentar a ideia do Brasil como país mestiço, 
atrelando a identidade nacional brasileira à miscigenação, à mestiçagem. 
 
Sobre a identidade nacional brasileira assentada na miscigenação e na mestiçagem, é 
correto afirmar: 
 
01) A identidade nacional brasileira assentada nos ideais da mestiçagem e da 
miscigenação busca conciliar discursivamente uma sociedade altamente estratificada 
onde o racismo é um operador social importante. 
02) A construção da identidade nacional brasileira favoreceu a expropriação do 
patrimônio cultural da população negra, uma vez que elementos da cultura negra 
foram transformados em cultura nacional, situação que colaborou para fortalecer a 
ideia da ausência de uma cultura da população negra no Brasil. 
04) A identidade nacional alicerçada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem é algo 
que foi e ainda é utilizado para encobrir o racismo existente no Brasil. 
08) A construção da identidade nacional em torno do ideal da miscigenação e da 
mestiçagem favoreceu o desenvolvimento do mito da democracia racial e da ausência 
de racismo no Brasil. 
16) A identidade nacional calcada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem favoreceu 
o surgimento de conflito racial explícito no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
5 
7. (Uem 2017) “(...) o que fica no centro das preocupações, das apreensões e, mesmo, das 
obsessões é o ‘preconceito de não ter preconceitos’. Através de processos de mudanças 
psicossocial e sociocultural reais sob certos aspectos profundos e irreversíveis, subsiste 
uma larga herança cultural, como se o brasileiro se condenasse, na esfera das relações 
raciais, a repetir o passado no presente.” 
FERNANDES, F. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Global, 2007, p. 42. 
 
Com base na citação acima e em estudos realizados acerca das relações raciais no Brasil, 
assinale o que for correto. 
 
01) A sociedade brasileira tende a condenar publicamente o racismo, todavia ele é 
considerado relativamente aceito em diversos espaços, momentos e relações sociais 
de caráter privado ou coletivo. 
02) No Brasil, a democracia racial é uma realidade. O racismo, portanto, não existe. 
04) A herança cultural da escravidão foi irrelevante para a sociedade brasileira após a 
abolição. 
08) O mito da democracia racial foi e é uma construção que colabora para a dissimulação 
do racismo no Brasil. 
16) Dentre as marcas culturais da escravidão no Brasil está a tendência a associar pessoas 
negras a profissões de menor status social. 
 
8. (Unigranrio - Medicina 2017) 
 
‘Todos precisam ser expostos às diferenças’ 
Vishakha N. Desai, cientista política e consultora 
 
Eleita uma das cem mulheres mais poderosas do mundo em cargo de liderança, indiana 
veio ao Rio para congresso da AFS, entidade dos EUA que promove intercâmbios 
 
Estou na casa dos 60 anos, mas não quero revelar a idade real. Sou consultora da 
Universidade de Columbia e pesquisadora na Faculdade de Relações Públicas e 
Internacionais. Atuo como consultora no Museu Guggenheim, em Nova York, e presido 
o conselho da American Field Service (AFS). 
 
ENTREVISTA A: 
DANIELA KALICHESKl 
daniela.kalicheski.rpa@oglobo.com.br 
 
- Conte algo que não sei. 
Até o ano 2050, 50% do PIB do mundo virão da Índia e da China, como era em 1800. 
 
- Por que isso vai acontecer! 
Nos últimos 250 anos, tivemos uma dominação europeia e americana, e isso vai mudar. 
Cerca de metade da população estará localizada na China e na Índia, e a curva de 
crescimento populacional sugere essa mudança, que já aconteceu antes e voltará a 
ocorrer. O importante é que todos devem ter consciência desse movimento. No mundo 
ocidental, boa parte das pessoas não entende como as culturas orientais funcionam. Essa 
falta de entendimento é um grande risco e uma desvantagem. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
- Isso poderia ser visto como um retrocesso! 
Depende de quem responde à pergunta. Um líder chinês dirá que os últimos 250 anos 
não são nada em relação aos milênios em que a China esteve em seu auge. Então, os 
chineses diriam que isso é uma retomada. Mas é importante frisar que, em um mundo 
globalizado, nunca se pode voltar a um momento anterior, por isso essa mudança é vista 
como um movimento em espiral. 
 
- Como estar preparado para essas mudanças! 
Existem dois segredos. O primeiro é estar ciente das tendências do mundo e buscar 
entendê-las. A compreensão é fundamental para ser um cidadão do mundo. O segundo 
segredo é entender as diferenças. Se você não souber lidar com isso, será impossível se 
ver dentro do contexto mundial. 
 
- Qual a melhor forma de preparar as pessoas para um mundo multicultural? 
Ser parte de um sistema de educação que promova a curiosidade sobre o diferente. É 
preciso aprender a pluralidade e fugir do ponto comum e dominante do conhecimento. 
Também é preciso entender que existem diversos pontos de vista e que todos devem ser 
respeitados. Todos precisam ser expostos às diferenças. 
 
- Você observa um movimento de intolerância no Brasil! 
Há um movimento retroativo nesse sentido no mundo, uma onda contra as diferenças, 
contra a evolução global. Em geral, essas pessoas intolerantes acreditam estar se 
esforçando para defender ideologias, quando, na verdade, essas ideologias já estão 
quebradas. Intolerância está associada à insegurança. No Brasil, não é diferente, a 
intolerância é o medo de perder algo. Países com muita diversidade interna deveriam ter 
um papel importante para demonstrar como é conviver com as diferenças, não o 
contrário. 
 
- O que acha da reforma da educação brasileira, que prevê tomar opcionais matérias 
relacionadas a esse entendimento, como a sociologia! 
Penso que isso é um grande problema. As matérias da humanidade são extremamente 
importantes para nos ajudar a entender o que é ser humano. Quando perdemos essa 
aprendizagem nas escolas, deixamos de ensinar aos jovens o que é ter uma postura 
cidadã. É uma grande fraqueza para o país. 
 
- Acredita num mundo com igualdade de gênero! 
Há duas formas de mudar a desigualdade de gêneros. Uma delas é fazer política, criando 
leis de proteção e de igualdade. A segunda é com atitudes, e essas não mudarão só porque 
as leis mudaram. É importante entender que as atitudes levam tempo para se modificar. 
É preciso entrar na briga pela igualdade e não desistir. 
 
Que opinião a entrevistada tem em relação ao Brasil em se tratando de intolerância? 
 
A) Para o brasileiro intolerância é apenas o medo de se tornar um perdedor. 
B) É perceptível um movimento de intolerância. O Brasil se iguala a outros países. 
C) Ela não se comprometeu ao ser indagada, esquivou-se de abordar o tema. 
D) O problema deixa de ter amplitude em virtude da pouca disposição de se sair em defesa 
de determinada ideologia. 
E) O problema deixa de ser observado, no Brasil,por ser este um país com muita 
diversidade interna. 
 
 
 
 
7 
9. (Unimontes 2016) No Brasil, o problema das desigualdades sociais ocupa a agenda de 
pesquisa e reflexão dos principais cientistas sociais do país. Jessé Souza, um dos mais 
destacados sociólogos da atualidade, enxerga, na fragmentação do conhecimento e na 
fragmentação da percepção da realidade, os principais obstáculos para o enfrentamento 
do problema. 
 
Considerando esse ponto de vista do sociólogo, pode-se afirmar: 
 
A) Desigualdade social é um problema exclusivamente de conjuntura econômica, 
podendo ser superado com o crescimento econômico. 
B) O aumento da renda e o acesso ao emprego resolvem o problema das desigualdades 
sociais no Brasil. 
C) No Brasil, com o surgimento de “uma nova classe média” (como se difunde em jornais 
e televisão), o problema das desigualdades sociais desaparece por causa, 
principalmente, do acesso generalizado aos bens de consumo. 
D) A reprodução de classes marginalizadas envolve a produção e a reprodução das 
condições morais, culturais e políticas da marginalidade, que vão para além do 
problema da renda per capita. 
 
10. (Uema 2016) Nunca o Brasil recolheu tanto imposto. Creio que a corrupção nunca 
foi tão alta. Alguma relação? Claro que sim! Os impostos financiam a corrupção. 
Esmagamos o nosso corpo, retorcemos a nossa estrutura para financiar a mordomia de 
poucos sortudos. 
Isso sempre existiu em toda parte do mundo. No Brasil, então, é condição 
essencial para o convívio entre os agentes sociais. Entretanto, somos obrigados a conviver 
com um elemento muito particular nosso: o respeito às autoridades. 
Além de pagar imposto, o brasileiro sabe respeitar alguém que usa terno. Além do terno, 
tem a farda, a beca e o avental. O brasileiro sabe respeitar. Aí está o seu erro: a adulação 
às autoridades. Dizem que a autoridade só é autoridade para servir ao coletivo. Não existe 
autoridade sem função de serviçal. 
http:congressoemfoco.uol.com.br/autor/rodolfo. 
 
Com relação ao significado do respeito às autoridades, conforme o texto afirma, 
identificamos que a formação do povo brasileiro foi-se construindo por meio de práticas 
silenciosas com base no respeito. Decorre dessas práticas a intenção de formar cidadãos, 
caracterizando-os como 
 
A) críticos. 
B) atentos. 
C) atuantes. 
D) submissos. 
E) politizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
11. (Unioeste 2016) Para Gilberto Freire, a família, não o indivíduo, nem tampouco o 
Estado nem nenhuma companhia de comércio, é, desde o século XVI, o grande fator 
colonizador no Brasil, a unidade produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as 
fazendas, compra escravos, bois, ferramentas, a força social que se desdobra em política, 
constituindo-se na aristocracia colonial mais poderosa da América. Sobre ela, o rei de 
Portugal quase reina sem governar. Os senados de Câmara, expressões desse familismo 
político, cedo limitam o poder dos reis e mais tarde o próprio imperialismo ou, antes, 
parasitismo econômico, que procura estender do reino às colônias os seus tentáculos 
absorventes 
(Gilberto Freire. Casa Grande & Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio. 1994, p. 19). 
 
Assinale a afirmativa CORRETA. 
 
A) Para Freire, o Estado Brasileiro foi o grande impulsionador do desenvolvimento 
brasileiro. 
B) Para Freire, o rei de Portugal mantinha o total controle sobre o processo de colonização 
no Brasil. 
C) Para Freire, a família não pode ser considerada o agente colonizador do Brasil. 
D) Para Freire, a família foi predominante no desenvolvimento da sociedade brasileira, 
sua existência relacionou-se, desde o início, ao domínio das grandes propriedades, tanto 
na zona rural como posteriormente no meio urbano. 
E) Para Freire, a família manteve-se longe da aristocracia colonial brasileira. 
 
12. (Enem PPL 2015) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da 
ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a 
música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, 
sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até 
recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa 
igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos 
privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de 
muitos. 
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 
(adaptado). 
 
Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor 
demonstra que 
 
A) essa ideologia equipara a nação a outros países modernos. 
B) esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação. 
C) essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros. 
D) esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes. 
E) essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
13. (Upe 2015) Observe a tabela a seguir: 
 
Diferença entre as populações de brancos e negros no Brasil (em médias) 
 
 
Analfabetismo 
Proporção de 
pobres 
(família) 
Proporção de 
crianças 
pobres 
Domicílios 
com banheiros 
e água 
encanada 
BRASIL 12,9 32,8 46,0 77,0 
Brancos 8,3 22,2 20,2 87,0 
Negros 18,7 45,5 43,1 65,1 
 
 (Fonte: ESCÓSSIA, Fernanda. Raças ocupam posições, e negro sofre mais. Folha de São Paulo, 2, out. 
2003. Caderno Especial Qualidade de Vida, p. A-4. Adaptado) 
 
Ela apresenta as principais dimensões que caracterizam a desigualdade racial no Brasil. 
 
Com base nas médias nela apresentadas, é CORRETO afirmar que 
 
A) a proporção de negros analfabetos é menor que a média nacional. 
B) os domicílios com banheiro e água encanada representam a dimensão mais desigual, 
mostrando a proximidade do negro em relação ao branco. 
C) a desigualdade social no Brasil aumentou significativamente, pois a proporção de 
pobres negros foi maior que a de brancos e a da média nacional juntas. 
D) as formas de perseguição étnica e racial no Brasil são relações sociais, que refletem a 
desigualdade existente, apresentada na tabela. 
E) há uma desigualdade forte no país entre brancos e negros, e os dados são insuficientes 
para perceber todas as dimensões sociais que tornam os indivíduos desiguais. 
 
14. (Ufu 2015) O discurso sobre a formação da identidade nacional brasileira tem como 
uma de suas vertentes o estudo das consequências do encontro de três matrizes étnicas: o 
negro, o europeu (branco) e o indígena. Em meio a este debate, e contrariando as teorias 
raciais, elaborou-se uma tese conhecida como “democracia racial”, caracterizada por 
 
A) defender o direito de participação de representantes de todas as raças no processo 
político. 
B) pressupor a miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos que formaram 
a nação brasileira. 
C) denunciar os conflitos raciais e a desvalorização dos afrodescendentes no Brasil. 
D) culpar os grupos dominantes pela marginalização dos afrodescendentes e da população 
indígena brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
15. (Uema 2015) Leia o fragmento abaixo. 
 
“[...] Se a supressão do nexo colonial não se refletiu na condição de escravo nem afetou 
a natureza da escravidão mercantil, ela alterou a situação econômica do senhor que deixou 
de sofrer o peso da ‘espoliação colonial‘ e passou a contar, por conseguinte, com todas as 
vantagens da ‘espoliação escravista‘ que não fossem absorvidas diretamente pelos 
mecanismos secularizados do comércio internacional”. 
Fonte: FERNANDES, Florestan. Circuito Fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”. São 
Paulo: Globo, 2010. 
 
Baseando-se no fragmento de FlorestanFernandes, pode-se afirmar que a independência 
do Brasil 
 
A) dificultou o fortalecimento da economia nacional. 
B) fortaleceu o setor econômico escravista nacional. 
C) extinguiu o tráfico de pessoas escravizadas ao país. 
D) rompeu com a estrutura econômica baseada na escravidão. 
E) aumentou a dependência brasileira aos interesses portugueses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
RESOLUÇÕES 
 
Resposta da questão 1: 02 + 04 + 16 = 22. 
 
As afirmativas [01] e [08] estão incorretas. A ideia de democracia racial foi desenvolvida 
por Gilberto Freyre, e não por Florestan Fernandes. Florestan Fernandes foi importante 
para que pudéssemos compreender a estrutura social brasileira vinculada ao racismo. Ele 
demonstrou que, em nosso país, a questão racial associa-se também a outros fatores 
sociais, como as desigualdades de classe. 
 
Resposta da questão 2: 04 + 08 = 12. 
 
As afirmativas [04] e [08] são as únicas corretas. A cordialidade diz respeito à confusão 
entre o público e o privado nas relações sociais na sociedade brasileira. Já presente no 
período colonial, essas relações de cordialidade fazem com que ainda hoje existam formas 
de tratamento baseadas no “jeitinho” e no tratamento personalista das questões coletivas. 
 
Resposta da questão 3: [B] 
 
As três canções possuem em comum o fato de apresentarem relatos de violência no 
cotidiano das pessoas. Por nenhuma delas ser uma forma de violência estatal, podemos 
dizer que são casos de violência doméstica. Vale ressaltar que a violência é um dos 
elementos fundantes da cultura brasileira, por mais que muitas vezes nos consideremos 
um povo pacífico. 
 
Resposta da questão 4: [A] 
 
As práticas patrimonialistas podem ser vistas tanto no nepotismo, no patriarcalismo e no 
clientelismo. No entanto, somente a alternativa [A] explica, de forma correta, o conceito 
que está apresentando, pois o patriarcalismo não corresponde ao governo de um patriarca 
mais graduado, nem o clientelismo corresponde ao uso do poder carismático. 
 
Resposta da questão 5: [C] 
 
A única alternativa possível de estar correta é a [C]. O texto deixa claro que diversos 
grupos no Brasil (entre eles os imigrantes) são criminalizados, sendo tratados através de 
forças de segurança, como a polícia. Tal política é bastante similar àquelas que ocorriam 
no início do século XX, quando imperava o racismo científico nas políticas públicas do 
país. 
 
Resposta da questão 6: 01 + 02 + 04 + 08 = 15. 
 
A afirmativa [16] é a única incorreta. As ideias de miscigenação acabaram por ocultar os 
conflitos raciais que já existiam no Brasil e que perduram até hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Resposta da questão 7: 01 + 08 + 16 = 25. 
 
A sociedade brasileira até hoje sofre a influência de seu período escravocrata. Assim 
sendo, o racismo persiste e os negros não têm acesso pleno a bens materiais e simbólicos 
que o colocariam no mesmo status que os brancos. Nesse contexto, afirmar que a 
democracia racial é uma realidade significa não querer ver esse tipo de desigualdade em 
nosso país. 
 
Resposta da questão 8: [B] 
 
Não somente no Brasil existe um movimento de intolerância. Outros países, como os 
Estados Unidos, têm demonstrado que momentos xenofóbicos e separatistas têm tido 
grande relevância política. 
 
Resposta da questão 9: [D] 
 
A desigualdade social não é um fenômeno puramente econômico, devendo ser 
compreendida também a partir de outros fatores, como aspectos morais, culturais e 
políticos. Assim, somente a alternativa [D] está correta. 
 
Resposta da questão 10: [D] 
 
O respeito irrestrito às autoridades, na forma como o texto analisa, conduz à submissão 
da população a agentes estatais corruptos, tal como mostra a alternativa [D]. 
 
Resposta da questão 11: [D] 
 
A resposta da questão está na primeira frase do texto. De fato, a análise de Gilberto Freyre 
em Casa-Grande e Senzala tem na família o seu enfoque principal. Tal análise de Freyre 
foi importantíssima para a constituição de um pensamento sociológico brasileiro. 
 
Resposta da questão 12: [D] 
 
A noção de “democracia racial” foi utilizada para camuflar a violência e a exclusão ainda 
vivida pelos negros no Brasil. O argumento do texto serve justamente para contrapor o 
chamado “mito da democracia racial”. 
 
Resposta da questão 13: [E] 
 
Ainda que seja um diagnóstico da desigualdade racial no Brasil, os dados apresentados 
na tabela não abarcam todas as dimensões dessa desigualdade, que vai muito além das 
quatro variáveis apresentadas. É por esse mesmo motivo que a alternativa [D] está 
incorreta, pois os dados são insuficientes para explicar qualquer forma de perseguição 
étnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Resposta da questão 14: [B] 
 
O “mito da democracia racial” se caracteriza pelo argumento de que, no Brasil, as 
diferentes raças se miscigenaram e passaram a se relacionar de forma harmoniosa. Isso 
serviu para ocultar as relações de conflito e dominação existentes entre essas matrizes 
étnicas. 
 
Resposta da questão 15: [B] 
 
Ainda que tenha adquirido sua independência em 1822, o Brasil manteve-se escravista. 
Assim, não se pode dizer que houve um rompimento da sua estrutura societária, mas 
somente a abertura da possiblidade de os senhores lucrarem, também eles, com o tráfico 
negreiro.

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