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Revisão 5 - Aulas 16, 17, 18, 19 e 20 - FILOSOFIA MODERNA


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1 
LISTA DE EXERCÍCIOS: REVISÃO 5 – FILOSOFIA MODERNA 
 
TEMA ABORDADO 
AULA 16 – Filosofia Moderna: Política - Nicolau Maquiavel. 
AULA 17 – Filosofia Moderna: Política - Thomas Hobbes. 
AULA 18 – Filosofia Moderna: Política - John Locke. 
AULA 19 – Filosofia Moderna: Política - Jean-Jacques Rousseau. 
AULA 20 – Filosofia Moderna: Política - Charles Montesquieu. 
 
1. (Unioeste 2010) “Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, 
devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este 
um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as suas posses e 
as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei da natureza, sem 
pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. [...] Estado também 
de igualdade, no qual é recíproco qualquer poder e jurisdição, ninguém tendo mais do que 
qualquer outro […]. Contudo, embora seja um estado de liberdade, não o é de 
licenciosidade; apesar de ter o homem naquele estado liberdade incontrolável de dispor 
da própria pessoa e posses, não tem a de destruir-se a si mesmo ou a qualquer criatura 
que esteja em sua posse, senão quando uso mais nobre do que a simples conservação o 
exija. O estado de natureza tem uma lei de natureza para governá-lo, que a todos obriga. 
[...] E para impedir a todos os homens que invadam os direitos dos outros e que 
mutuamente se molestem, e para que se observe a lei da natureza, que importa na paz e 
na preservação de toda a Humanidade, põe-se, naquele estado, a execução da lei da 
natureza nas mãos de todos os homens, mediante a qual qualquer um tem o direito de 
castigar os transgressores dessa lei em tal grau que lhe impeça a violação, pois a lei da 
natureza seria vã, como quaisquer outras leis que digam respeito ao homem neste mundo, 
se não houvesse alguém nesse estado de natureza que não tivesse poder para pôr em 
execução aquela lei e, por esse modo, preservasse o inocente e restringisse os ofensores.” 
(Locke) 
Considerando o texto citado, é correto afirmar, segundo a teoria política de Locke, que 
 
A) o estado de natureza é um estado de perfeita concórdia e absoluta paz, tendo cada 
indivíduo poder ilimitado para realizar suas ações como bem lhe convier, sem nenhuma 
restrição de qualquer lei, seja ela natural ou civil. 
B) concebido como um estado de perfeita liberdade e de igualdade, o estado de natureza 
é um estado de absoluta licenciosidade, dado que, nele, o homem tem a liberdade 
incontrolável para dispor, a seu belprazer, de sua própria pessoa e de suas posses. 
C) pela ausência de um juiz imparcial, no estado de natureza todos têm igual direito de 
serem executores, a seu modo, da lei da natureza, o que o caracteriza como um estado 
de guerra generalizada e de violência permanente. 
D) no estado de natureza, pela ausência de um juiz imparcial, todos e qualquer um, 
julgando em causa própria, têm o “direito de castigar os transgressores” da lei da 
natureza, de modo que este estado seja de relativa paz, concórdia e harmonia entre 
todos. 
E) no estado de natureza, todos os homens permanentemente se agridem e transgridem os 
direitos civis dos outros. 
 
 
 
 
 
 
2 
2. (Uel 2010) Leia o seguinte texto de Locke: 
 
Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das maçãs 
que retirou das árvores na floresta, certamente se apropriou deles para si. Ninguém pode 
negar que a alimentação é sua. Pergunto então: Quando começaram a lhe pertencer? 
Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou? 
Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? 
(LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 98) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, é correto 
afirmar que a propriedade: 
 
I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez que ao acrescentar algo que é seu 
aos objetos da natureza o homem os transforma em sua propriedade. 
II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos da terra, a exemplo das maçãs, 
confere a ele um direito sobre eles que gera a possibilidade de acúmulo ilimitado. 
III. Animais e frutos, quando disponíveis na natureza e sem a intervenção humana, 
pertencem a um direito comum de todos. 
IV. Nasce da sociedade como consequência da ação coletiva e solidária das comunidades 
organizadas com o propósito de formar e dar sustentação ao Estado. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
3. (Unioeste 2010) “Se os que nos querem persuadir que há princípios inatos não os 
tivessem compreendido em conjunto, mas considerado separadamente os elementos a 
partir dos quais estas proposições são formuladas, não estariam, talvez, tão dispostos a 
acreditar que elas eram inatas. Visto que, se as ideias das quais são formadas essas 
verdades não fossem inatas, seria impossível que as proposições formadas delas 
pudessem ser inatas, ou nosso conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois, as ideias 
não são inatas, houve um tempo quando a mente estava sem esses princípios e, desse 
modo, não seriam inatos, mas derivados de alguma outra origem. Pois, se as próprias 
ideias não o são, não pode haver conhecimento, assentimento, nem proposições mentais 
ou verbais a respeito delas. […] De onde apreende a mente todos os materiais da razão e 
do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso 
conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio 
conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações 
internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa 
observação supre nossos entendimentos com todos os materiais do pensamento.” 
(Locke) 
 
Tendo presente o texto acima, é correto afirmar, segundo Locke, que 
 
 
 
 
 
3 
A) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a reflexão, de modo que tudo o que é 
objeto de nossa mente, por ser ela como que um papel em branco, é adquirido por meio 
de uma ou de outra dessas duas fontes. 
B) contrariamente ao que afirma o texto, o autor admite excepcionalmente como inatos 
alguns princípios fundamentais e algumas ideias simples. 
C) chama-se experiência a forma de conhecimento que, produzido por meio das diferentes 
sensações, nos permite saber o que as coisas são em sua essência e na medida em que 
são independentes de nós. 
D) a ideia de substância é uma ideia simples formada diretamente a partir de nossa 
experiência das coisas e da capacidade que elas têm de subsistirem. 
E) todas as nossas percepções ou ideias provém das sensações externas e de nosso contato 
com o que existe fora de nós. 
 
4. (Uff 2010) De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), em seu 
estado natural, os seres humanos são livres, competem e lutam entre si. Mas como têm 
em geral a mesma força, o conflito se perpetua através das gerações, criando um ambiente 
de tensão e medo permanentes. Para Hobbes, criar uma sociedade submetida à lei e na 
qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos 
os homens renunciem a sua liberdade original e deleguem a um só deles (o soberano) o 
poder completo e inquestionável. 
 
Assinale a modalidade de governo que desempenhou importante papel na Filosofia 
Política Moderna e que é associada à teoria política de Hobbes. 
 
A) Monarquia censitária. 
B) Monarquia absoluta. 
C) Sistema parlamentar. 
D) Despotismo esclarecido. 
E) Sistema republicano. 
 
5. (Ufsj 2010) Em Hobbes, é CORRETO afirmar que derivação dos direitos do soberano 
por instituição, é 
 
A) do poder dasassembleias democráticas de caráter participativo popular que nasce o 
poder do soberano, dado que seus participantes são obrigados pelo pacto a reconhecer 
a legitimidade do Estado absolutista. 
B) por meio da instituição do Parlamento, que deriva todo o poder do soberano, bem 
como todas as funções daqueles que com ele administram o pacto, criado e mantido 
pelo consentimento. 
C) da criação de magistraturas que nascem os direitos e os deveres do soberano, 
sustentados pelo pacto alcançado por uma vontade geral. 
D) da instituição do Estado que derivam todos os direitos e faculdades daquele ou 
daquelas a quem o poder soberano é conferido mediante o consentimento do povo 
reunido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
6. (Unioeste 2010) Na concepção política de Hobbes, o “acordo vigente” entre homens 
se dá através de um pacto, isto é, artificialmente, acordo que para “tornar-se constante e 
duradouro” exige, além do pacto, a instituição de “[...] um poder comum que os mantenha 
em respeito, e que dirija suas ações no sentido comum. [...] A única maneira de instituir 
um tal poder comum, capaz de defendê-los [...], garantindo-lhes assim uma segurança 
suficiente para que, mediante seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam 
alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda a sua força e poder a um homem, ou a uma 
assembleia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de 
votos, a uma só vontade. O que equivale a dizer: designar um homem ou uma assembleia 
de homens como representante de suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada 
um como autor de todos os atos que aquele que representa sua pessoa praticar ou levar a 
praticar, em tudo o que disser respeito à paz e segurança comuns; todos submetendo assim 
suas vontades à vontade do representante, e suas decisões a sua decisão. Isto é mais do 
que consentimento, ou concórdia, é uma verdadeira unidade de todos eles, numa só e 
mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo 
que é como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro meu direito de 
governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a 
condição de transferires a ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as 
suas ações. Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado […]. 
Graças a esta autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido o 
uso de tamanho poder e força que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as 
vontades de todos eles, no sentido da paz no próprio país, e ajuda mútua contra os 
inimigos estrangeiros. É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim 
definida: Uma pessoa de cujos atos uma multidão, mediante pactos recíprocos uns com 
os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os 
recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a 
defesa comum. [...] Àquele que é portador dessa pessoa se chama soberano, e dele se diz 
que possui poder soberano. Todos os restantes são súditos.” 
(Hobbes) 
 
A partir deste texto, que trata da concepção política hobbesiana, seguem as seguintes 
proposições: 
 
I. O poder comum é originário de um pacto recíproco e consensual entre o Soberano a ser 
instituído e uma multidão de indivíduos que pactuam, reciprocamente, cada um com 
cada um, a Transferência de direitos naturais e deveres civis, com a finalidade de 
garantir a paz e segurança de todos no Estado. 
II. Na instituição do poder soberano, os pactuantes autorizam todos os atos e decisões 
tomadas pelo Soberano instituído, como se fossem seus próprios atos e suas próprias 
decisões, com a finalidade de, no Estado, viverem em paz, concórdia e segurança. 
III. A essência do Estado consiste na transferência, por parte de uma grande multidão, 
mediante pactos recíprocos, cada um com cada um, de direitos e liberdades naturais, 
para um Soberano, com poder absoluto, intransferível e ilimitado. 
IV. A instituição do poder soberano tem sua origem e fundamento no simples 
consentimento estabelecido entre uma multidão de indivíduos que pactuam, cada um 
com cada um, na transferência de uma parcela de seus direitos e liberdades civis. 
V. A saída do estado de natureza se dá através de um pacto, ou seja, artificialmente; para 
tornar-se constante e duradouro, é necessário a instituição de um poder comum que 
mantenha a todos em respeito e dirija as suas ações no sentido do benefício comum. 
 
 
 
 
5 
Das afirmações feitas acima 
 
A) apenas a afirmativa I está correta. 
B) apenas a afirmativa II está correta. 
C) apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
D) apenas as afirmativas III e IV estão corretas. 
E) apenas as afirmativas II, III e V estão corretas. 
 
7. (Unicentro 2010) “[...] Todos correram ao encontro de seus grilhões, crendo assegurar 
sua liberdade [...] Tal foi ou deveu ser a origem da sociedade e das leis, que deram novos 
entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a vontade natural, 
fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma usurpação 
sagaz, um direito irrevogável e, para proveito de alguns ambiciosos, sujeitaram doravante 
todo o gênero humano, à servidão e à miséria”. 
(ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem da desigualdade. In: WEFFORT, F. C. Os Clássicos da 
Política. São Paulo: Editora Ática: 1989-pg. 195). 
 
Todas as alternativas abaixo caracterizam o pensamento de Jean-Jacques Rousseau 
(1712-1778), exceto uma. Assinale-a. 
 
A) Rousseau parece demonstrar extrema nostalgia do estado feliz em que vive o bom 
selvagem, quando é introduzida a desigualdade entre os homens, a diferenciação entre 
rico e pobre, o poderoso e o fraco e a predominância da lei do mais forte. 
B) O soberano é, para Rousseau, um representante eleito pelo povo que expressa a 
vontade geral. A democracia rousseauísta considera que é esse representante do povo 
que ratifica as leis, sendo a obediência às leis que caracteriza a liberdade. 
C) Para Rousseau, o contrato social, para ser legítimo, deve se originar do consentimento 
necessariamente unânime. Pelo pacto, o homem abdica de sua liberdade, mas sendo ele 
próprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei obedece a si mesmo e, 
portanto, é livre. 
D) Para Rousseau, a soberania do povo, manifesta pelo legislativo é inalienável, ou seja, 
não pode ser representada. A democracia rousseauísta considera que toda lei não 
ratificada pelo povo em pessoa é nula. 
E) Rousseau preconiza a democracia direta e participativa, mantida por meio de 
assembleias frequentes de todos os cidadãos. O mesmo homem enquanto faz a lei é um 
cidadão e, enquanto a obedece e se submete, é um súdito. 
 
8. (Ufu 2010) Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza é caracterizado pela “guerra 
de todos contra todos”, porque, não havendo nenhuma regra ou limite, todos têm direito 
a tudo o que significa que ninguém terá segurança de seus bens e de sua vida. A saída 
desta situação é o pacto ou contrato social, “uma transferência mútua de direitos”. 
HOBBES, T. Leviatã. Coleção Os Pensadores. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: 
Nova Cultural, 1988, p. 78-80. 
 
Com base nestas informações e nos seus conhecimentos sobre a obra de Hobbes, assinale 
a alternativa que caracteriza o pacto social. 
 
 
 
 
 
 
6 
A) Pelo pacto social, cria-se o Estado, que continua sendo uma mera reunião de 
indivíduos somente com laços de sangue. 
B) Pelo pacto social, a multidão de indivíduos passa a constituir um corpo político, uma 
pessoa artificial: o Estado. 
C) Pelo pacto social, cria-se o Estado, mas os indivíduos que o compõem continuam 
senhores de sua liberdade e de suas propriedades. 
D) O pacto social pressupõe que o Estado deverá garantir asegurança dos cidadãos, mas 
em nenhum momento fará uso da força pública para isso. 
 
9. (Uel 2010) Leia os textos de Hobbes a seguir e responda à questão. 
 
[...] Os homens não podem esperar uma conservação duradoura se continuarem 
no estado de natureza, ou seja, de guerra, e isso devido à igualdade de poder que entre 
eles há, e a outras faculdades com que estão dotados. A lei da natureza primeira, e 
fundamental, é que devemos procurar a paz, quando possa ser encontrada [...]. Uma das 
leis naturais inferidas desta primeira e fundamental é a seguinte: que os homens não 
devem conservar o direito que têm, todos, a todas as coisas. 
(HOBBES, T. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 1992, pp. 40 - 41; 45 - 46). 
 
[...] aquele que submete sua vontade à vontade outrem transfere a este último o 
direito sobre sua força e suas faculdades - de tal modo que, quando todos os outros tiverem 
feito o mesmo, aquele a quem se submeteram terá tanto poder que, pelo terror que este 
suscita, poderá conformar as vontades particulares à unidade e à concórdia. [...] A união 
assim feita diz-se uma cidade, ou uma sociedade civil. 
(HOBBES, T. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes, p. 1992, p. 109). 
 
Para os jusnaturalistas o problema da legitimidade do poder político comporta uma 
questão de fato e uma questão de direito, isto é, o problema da instituição da sociedade 
civil e o problema do fundamento da autoridade política. 
 
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento jusnaturalista de Hobbes, 
considere as afirmativas a seguir: 
 
I. A instituição da sociedade civil fundamenta-se na sociabilidade natural do ser humano, 
pela qual os indivíduos hipoteticamente livres e iguais decidem submeter-se à 
autoridade comum de um só homem ou de uma assembleia. 
II. Além do pacto de associação para união de todos em um só corpo, é preciso que ao 
mesmo tempo se estabeleça o pacto de submissão de todos a um poder comum para a 
preservação da segurança e da paz civil. 
III. A soberania do povo encontra sua origem e seus princípios fundamentais no ato do 
contrato social constituído pelas vontades particulares dos indivíduos a fim de edificar 
uma vontade geral indivisível e inalienável. 
IV. O estado de guerra decorre em última instância da necessidade fundamental dos 
homens, naturalmente iguais entre si, por sua preservação que faz com que cada um 
tenha direito a tudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
B) Somente as afirmativas II e III são corretas. 
C) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
E) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
 
10. (Ufpa 2010) Em O Contrato Social, após reconhecer as vantagens da instituição do 
estado civil, Rousseau afirma a necessidade de se acrescentar à aquisição deste estado a 
liberdade moral, pois só assim o homem torna-se senhor de si mesmo. 
 
Com base nessa concepção, é correto afirmar: 
 
A) O estado civil é o único em que o homem pode viver em liberdade. 
B) No estado de natureza, todos os homens viviam em situação de escravidão moral. 
C) Na vida civil, os impulsos imorais do homem se acomodam incondicionalmente às 
regras do Estado de Direito. 
D) Não devemos situar em um mesmo plano civilidade e moralidade. 
E) Estado, lei e liberdade são uma só e mesma coisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
RESOLUÇÕES 
 
Resposta da questão 1: [D] 
 
O texto nos oferece alguns, mas não todos os elementos para respondermos à 
questão. O Estado de Natureza não é um estado de absoluta licenciosidade, nem de 
perfeita concórdia ou perfeita paz, mas nem por isso é um estado de guerra e de 
transgressões. Ele é caracterizado pela ausência de um juiz parcial e, por isso, está nas 
mãos de todos os homens a execução das leis de toda natureza para a garantia da relativa 
paz e harmonia. Sendo assim, somente a alternativa [D] está correta. 
 
Resposta da questão 2: [B] 
 
Propriedade na visão de Locke argumenta que, quando os homens se 
multiplicaram a terra se tornou escassa, fizeram-se necessárias leis além da lei moral ou 
lei da natureza. Isto o leva a querer unir-se em sociedade com outros que tanto quanto ele 
tenha a intenção de preservar suas vidas, sua liberdade e suas posses, e a tudo isso Locke 
chama de "propriedade". Mas não é esta a causa imediata da constituição do governo. O 
direito à propriedade seria natural e anterior à sociedade civil, mas não inato. Sua origem 
residiria na relação concreta entre o homem e as coisas, através do processo do trabalho. 
O trabalho é a origem e justificação da propriedade. Se, graças a este o homem transforma 
as coisas, pensa Locke, o homem adquire o direito de propriedade. Locke considera que, 
no seu estado natural, o homem é senhor de sua própria pessoa, e de suas coisas, e não 
está subordinado a ninguém. 
O resultado que está sujeito constantemente à incerteza e à ameaça dos demais, 
pois no estado natural um é rei tanto quanto os demais, e como a maior parte dos homens 
não observa estritamente a equidade e a justiça, o desfrute da propriedade que um homem 
tem em uma situação dessas é sumamente inseguro. 
 
Resposta da questão 3: [A] 
 
A alternativa [A] é a única correta. Locke considera que as ideias provêm ou da 
sensação ou da reflexão. Ainda que o conhecimento advenha da experiência, esta não está 
relacionada somente às sensações externas, mas é “empregada tanto nos objetos sensíveis 
externos como nas operações internas de nossas mentes”. 
 
Resposta da questão 4: [B] 
 
O poder do soberano para Hobbes deve ser absoluto, isto é, ilimitado. A 
transmissão do poder dos indivíduos ao soberano deve ser total, caso contrário, um pouco 
que seja conservado liberdade natural do homem, instaura-se de novo a guerra. E se não 
há limites para ação do governante, não é sequer possível ao súdito julgar se o soberano 
é justo ou injusto, tirano ou não, pois é contraditório dizer que o governante abusa do 
poder: não há abuso quando o poder é ilimitado, assim, uma vez instituído o Estado não 
pode ser contestado, portanto, uma Monarquia absoluta que segundo Hobbes pode ser 
tanto constituída por um governante ou formado por muitos, por uma assembleia. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Resposta da questão 5: [D] 
 
Somente a alternativa [D] está correta. Segundo Hobbes, os direitos do soberano 
constituído por instituição é fruto do consentimento do povo que, através de um pacto, 
constitui um Estado. Em oposição a esse Estado por instituição está o Estado por 
aquisição. 
 
Resposta da questão 6: [E] 
 
Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. Os pactos recíprocos entre todos 
os membros de uma multidão marcam a saída do Estado de Natureza e a instituição do 
poder soberano. Os homens entregam a este o uso legítimo da força em troca de 
segurança. Entretanto, não se pode dizer que o pacto implica na transferência de somente 
uma parcela dos direitos e liberdades civis ao soberano, inclusive porque não existiam 
liberdades civis antes do pacto social. 
 
Resposta da questão 7: [B] 
 
A alternativa [B] é a única incorreta. Rousseau é muitas vezes tido como um dos 
teóricos da democracia participativa. Isso porque, segundo ele, a soberania corresponde 
ao exercício da vontade geral do povo, não podendo ser transferida para a mão de um 
único homem. 
 
Resposta da questão 8: [B] 
 
Hobbes parte da concepção de que os homens isolados no estado de natureza se 
uniriam mediante contrato social para constituir a sociedade civil, tornando pelo pacto a 
legitimidade do poder do Estado. 
 
Resposta da questão 9: [C] 
 
Configurada nos séculos XVII e XVIII, tendo como seus representantes Hugo 
Grócio, Pufendorf e Hobbes, Jusnaturalismoé a doutrina que serviu de fundamento à 
reivindicação das duas conquistas fundamentais do mundo moderno no campo da 
política: o princípio da tolerância religiosa e o da limitação dos poderes do Estado dando 
autonomia a razão. 
Hobbes concebe a natureza humana como naturalmente agressiva e beligerante, 
assim, o homem se encontra na “guerra de todos contra todos”, e nas palavras de Hobbes, 
sendo “o homem lobo do homem”, é movido pelas paixões e desejos o que não o faz 
hesitar de matar e destruir seu semelhante. A liberdade do homem nada mais é do que a 
ausência de impedimento para sua ação. 
O poder soberano existe para impedir que o “estado de natureza” acorde e não 
coexista com os homens evitando que se exterminem entre si. 
As afirmativas II e IV pressupõe que os indivíduos cedam uma parte de seus 
direitos e os transfiram a um soberano que consiste num contrato social, por meio da qual 
a sociedade civil organizada evita a guerra de todos contra todos que pode ser tanto 
exercido por uma assembleia, um parlamento ou mesmo um rei. 
 
 
 
 
 
 
10 
Resposta da questão 10: [D] 
 
Aquilo que faz reconhecer o homem como um ser superior capaz de autonomia e 
liberdade é a superação a toda arbitrariedade submetendo-se a uma lei que ele se erga 
acima de si mesmo. O homem é livre na medida em que dá consentimento à lei por 
considerá-la válida e necessária.