Buscar

9 Panorama Epidemiológico - Causas Externas

Prévia do material em texto

Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa
Profª Laise
17 de nov. de 2023
Introdução
- A mortalidade relacionada a causas externas se caracteriza como um problema de saúde pública.
Uma vez que, as causas externas têm levado milhares de indivíduos a hospitalizações, atendimentos
ambulatoriais e de emergência, ou até ao óbito.
OBS! Verificar a discrepancia de mortes de causas externas entre sexo masculino e feminino
Violência contra mulher: mortalidade por agressão
● A violência contra a mulher constitui um importante problema de saúde pública no Brasil e no
mundo
● O risco de morte por agressão nas mulheres notificadas por violência foi maior do que na
população feminina geral, revelando assim uma situação de vulnerabilidade
○ Essas mulheres estavam posição de maior vulnerabilidade
○ Pegaram dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e cruzaram com
dados do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificações)
● O elevado número de mulheres mortas por agressão e a violência de repetição revelaram a
fragilidade das redes de atenção e proteção no atendimento integral, qualificado e oportuno às
vítimas.
○ Sem essas redes ativas, funcionantes e fortalecidas, o risco da mulher morrer será maior
○ Com isso, é necessário dar apoio às mulheres que sofrem violência precocemente, para
que esta violência não chega ao feminicídio
- Observou-se que as mulheres com notificação de violência física foram as que apresentaram um
risco maior para a morte por agressão, em todas as idades.
- Entre crianças vítimas de violência física, o risco de mortalidade por agressão foi 523,7 vezes maior;
em adolescentes foi 116,7 vezes; em adultas foi de 112,2 vezes; e em idosas 326,3 vezes
- Feminicídio: assassinato de mulher ou jovem do sexo feminino motivado por violência doméstica,
ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
● O fato dela ser mulher, foi o fator decisivo para ela ter morrido
1
OBS! Estratificação por grupos de acordo com as idades
- O primeiro tópico é o geral, depois tem subtópicos/subdivisões
- Negligência entra como violência
● O número é maior em criança, seguido por idosos e adolescentes
● Existemmuitos casos de negligências que não são notificados e consequentemente não
contabilizados
- Na população em geral o numerador é a média de óbitos por agressão registrado no SIM
● Ex: 348.567 foi o número de notificações, dessas, 1.891 morreram
- Denominador é o número de notificações de violência
(*) As taxas foram calculadas por 100.000 mulheres.
(**) Inclui: mortalidade por agressão (CIDX85-Y09).
a. Excluiu-se outros tipos de violência sexual, como exploração sexual e assédio sexual.
b. Numerador: para população geral é a média dos óbitos por agressão registrados no SIM e
para as vítimas de violência é a média dos óbitos por agressão registrados no SIM e que tinham
notificação de violência.
c. Denominador: para população geral é a média da população e para às vítimas de violência é
a média do número de notificações. Razão de Taxas: Risco de expostos com relação a
população geral de referência.
OBS! Indicação de fragilidade nos setores de atenção quando há violência por repetição
- Razão da taxa: das pessoas que estão expostas por violência, dividido pelas pessoas que morreram
→ mostra quanto de chance que as pessoas que sofreram violência têm risco de morrer
2
Mortes por homicídio, batida no trânsito
OBS! Os autores optaram por utilizar o termo “batida” no trânsito em vez de “acidente” de transporte
terrestre (ATT), pois a maior parte das batidas no trânsito que levam a lesões e mortes não é acidente,
mas sim decorrente de imprudência
Homicídios
- A maior variação em taxas de homicídio, geográfica ou temporal, foi encontrada em homens jovens.
● Esse dado está comparado com as mulheres na mesma faixa etária
Mortes por batida de trânsito
- A maior parte das mortes de crianças, mulheres e idosos, incluindo pedestres e passageiros, é
causada por homens jovens ao volante
- Assim como nos homicídios, homens jovens são muito mais frequentemente vítimas e causadores
de mortes por batidas no trânsito do que qualquer outro grupo demográfico.
- Grande similaridade entre os grupos demográficos envolvidos em homicídio e morte no trânsito =
consequências da síndrome do macho jovem.
● Síndrome do Macho Jovem → autor faz resgate histórico do ponto de vista biológico, o que traz
que os homens morremmais porque se expõemmais.
● Isso devido o ponto de vista que historicamente, o macho para perpetuar linhagem boa tem
que impressionar a fêmea
● Ou seja, tem exposição maior e também pela imprudência
3
- No Brasil, os marcos recentes de leis para segurança no trânsito foram os seguintes:
● Implementação do Código de Trânsito Brasileiro (1998)
● Implementação da Lei Seca (2008)
● Em 2012 a Lei Seca tornou-se mais aplicável e rígida.
○ Antes tinha uma tolerância, agora não existe mais essa tolerância → não pode tomar
nada
○ Quando ela fica mais rígida começa a cair os números
○ Existe jeitos de burlar a lei, mas com o gráfico e dados registrados conseguimos ver que
a lei foi efetiva
- A OMS preconiza que todos os países devem criar leis específicas para enfrentar os cinco fatores que
contribuem para a redução das mortes: velocidade, bebida alcoólica, capacete, cinto de segurança e
cadeirinha de criança.
- O Brasil tem leis específicas para os cinco fatores de risco e também proibindo o uso de telefone
celular.
- A OMS, entretanto, chama a atenção para o fato de que ter as leis não é suficiente, sendo necessário
assegurar que elas sejam respeitadas, por meio de fiscalização e policiamento.
● Ou seja, não adianta ter apenas a lei se não tiver as fiscalizações (controle e punição)
Suicídio
- Os dois picos de suicídio nos homens são quando eles estão mais intensamente competindo por
status social.
4
- Principais fatores de risco para o suicídio:
● Desordens neuropsiquiátricas (depressão, bipolaridade, esquizofrenia, traumatismo craniano,
desordens de uso de substâncias, epilepsia)
● História familiar de comportamento suicida
● Tentativa prévia de suicídio
● Experiências adversas na infância (abuso sexual, perda de pai ou mãe por suicídio na pequena
infância)
● Mau uso de drogas e bebida alcoólica
● Acesso aos meios letais (fazendeiros, enfermeiros, veterinários, médicos e policiais)
● Eventos traumáticos (separação ou divórcio, morte de companheiro, suicídio de pessoa
próxima – especialmente de um filho adulto)
○ Enforcamento é o meio mais usado para suicídio
● Diagnóstico recente de doença terminal ou de doença física crônica
OBS! Quando fala em acidentes, a tendência é uma queda, já quando fala em suicídio a tendência é a
subir os números
- Desemprego não é fator de risco direto para, e sim indireto para suicídio. Porém não quer dizer que
todo desempregado vai cometer suicidio
● Desemprego gera distúrbio neuropsiquiátrico (exposição de risco) e assim pode relacionar com
suidiocio → ou seja, ele não é o fator direto, mas sim indiretamente (leva a depressão)
5

Continue navegando

Outros materiais