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Anotações principios processo penal

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PRINCIPIOS DO PROCESSO PENAL 
Direito Processual Penal Principiológico 
• Principio da igualdade: em caráter formal, no âmbito processual, ou seja, significa 
também paridade de armas, igualdade intraprocessual. A acusação tem direito de 
apelar da sentença, a defesa também. A acusação e a defesa devem ter as mesmas 
oportunidades de apresentar testemunhas, em igual quantidade. Conceito de armas = 
noção de possibilidades processuais. Art. 593, inciso I CPP. 
o Tipos de igualdade: 
▪ Formal: todos são exatamente iguais, tratados da mesma forma. É uma 
igualdade matemática. Sua função é uniformar diferenças. 
▪ Material: desnivelamento conforme as vantagens de uma parte em 
relação à outra, há tratamento diferenciado. É uma igualdade 
compensatória. Seu pressuposto é aceitar as diferenças. Ex: 
defensoria pública, única instituição que trabalha no processo penal 
que tem direito ao prazo em dobro. (tem estrutura menor, trabalha 
com pessoas consideradas hipossuficientes) 
• Principio do favor rei: concessão de possibilidades dentro do processo penal ao 
acusado por sua posição processual. O MP não terá as mesmas armas. Só o réu tem 
esses benefícios. É uma desigualdade no processo, só se dá possibilidades ao réu, não 
se dá à acusação. 
o Garantias exclusivas do réu: 
▪ in dubio pro reo: presunção de inocência, quem tem o ônus da prova é 
a acusação. 
▪ direito de falar por último: decorrência do contraditória. Ex: Art. 400 
CPP. 
▪ Direito ao silêncio: direito exclusivo do acusado. 
▪ Proibição de reformatio in pejus: o réu não pode ter prejudicada a sua 
situação quando só ele recorre. Evita surpresas ao réu em segundo 
grau. Tribunal não pode piorar a situação do réu quando só ele recorre. 
▪ Permissão da reformatio in mellius: situação do réu pode ser 
melhorada, mesmo que somente a acusação tenha entrado com 
recurso. Aplicação do principio da legalidade. 
o Armas exclusivas do réu: 
▪ Uso de provas ilícitas 
▪ Principio ne bis idem: proibição de o réu voltar a ser acusado pelo 
mesmo fato, a não ser que seja para melhorar a sua condição. 
▪ Revisão criminal: quebra da coisa julgada apenas para beneficiar a 
situação do réu. Exceção: quando réu falsifica sua própria morte, 
nesse caso a revisão criminal é a favor da acusação. 
o Recursos exclusivos do réu 
▪ Embargos infringentes: quando no julgamento de uma apelação em 
que há três desembargadores julgando, há uma divergência em favor 
do réu, essa divergência autoriza embargos infringentes. A ideia é fazer 
prevalecer o voto divergente que favorece o réu. O oposto não ocorre! 
Nesse caso voto divergente contrário ao réu não autoriza embargos 
infringentes. Só se autoriza para o favorecimento do acusado. Por 
serem recursos exclusivos da defesa, só podem favorecer o réu. 
Portanto, nos embargos infringentes, não se pode NUNCA fazer a 
reformatio in pejus. 
• Principio do contraditório: direito das partes, tanto da acusação quanto da defesa. 
Consiste na possibilidade de se manifestar sobre o que a outra parte manifestou ou de 
produção de provas para afastar os argumentos da parte adversa. Também é chamada 
de audiência bilateral. 5º, inciso XL CF. Art. Ex1: após denúncia, defesa responde à 
acusação. Ex2: defesa apresenta documentos, MP pode analisar os documentos e 
oferecer uma contraprova. Observação: NÃO EXISTE CONTRADITÓRIO NO INQUÉRITO 
POLICIAL. O contraditório só se aplica no âmbito processual. Ninguém pode ser 
condenado pelo mero inquérito policial. Art. 155, caput CPP. Só pode ser considerada 
prova aquilo que se submete ao contraditório. 
o Conceitos: 
▪ Clássico (real): partes de manifestam para depois o juiz decidir. 
Acusação afirma uma coisa, a defesa afirma a outra e o juiz diz quem 
tem razão. Juiz decide DEPOIS da manifestação das partes. O 
contraditório é feito para que uma prova ou decisão seja realizada. A 
decisão vai acontecer. 
▪ Diferido: situações de urgência que põem em risco a eficácia de 
determinada medida. O contraditório precisa ser realizado depois. 
Ex1: caso de interceptação telemática, MP ou delegado de polícia faz 
solicitação ao juiz, juiz defere a interceptação, e DEPOIS do 
cumprimento a interceptação a defesa se manifesta. Primeiro juiz 
decide, depois a parte prejudicada (defesa) se manifesta. O 
contraditório é feito sobre prova ou decisão JÁ realizada. A decisão já 
aconteceu. Ex2 prisão cautelar: a) flagrante; b) preventiva; c) 
temporária. Ex3: prova irrepetível: a) perícia; b) fotografia Ex4: prova 
cautelar: interceptação telefônica; b) quebra de sigilo bancário; 
c)busca e apreensão;. 
▪ Atual: maior participação da acusação, da defesa e do juiz. Art. 10 CPP. 
Art. 156, I (prova antecipada) e II(prova para complementar aquilo que 
as partes apresentaram) CPP. Aumento da interlocução e participação 
judicial gera criticas: ativismo judicial. Questionamento: qual o limite 
da atuação de oficio pelo juiz? 
o Fundamentos: 
▪ Lógico: crítica ao sistema inquisitório. 
▪ Prático: o confronto de ideias gera uma melhor decisão. 
o Decisões surpresa: Art. 10 CPC, proibição de decisão surpresa. Problema: 
Reformatio in mellus sem que seja dada possibilidade de manifestação em 
grau de recurso. Art. 497, IX CPP 
o Limitações: 
▪ Balanceamento de bens: Art. 282 §3 CPC. 
▪ Restrição as medidas cautelares pessoais. 
• Principio acusatório: diferenciação entre quem quem acusa e quem julga. O processo 
inicia com acusação. Quem acusa não julga. 
• Principio inquisitório: processo pode iniciar com o juiz. Quem acusa pode julgar. 
• Principio da publicidade: Art. 5, inciso LX CF. Forma de fiscalização e controle da 
atividade exercida dentro dos processo, fiscaliza-se o MP, a policia, a defesa, etc. Art. 
93, inciso IX CF. A finalidade é dar legitimidade aos julgamentos. 
o Publicidade externa: julgamentos públicos. 
o Publicidade interna: limitada a presença em determinados atos. (Ex: proteção 
à vítima para que ela não esteja presente junto do acusado) Apenas as partes 
tem acesso. É inerente ao processo. Art. 20 CPP. 
▪ Fundamentos: 
• Defesa da intimidade ou interesse social (Art 5º inciso XL, 
• Preservação do direito a intimidade no interessado no sigilo 
(Art. 93, inciso IX CF) 
• Elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade (Art. 
20 CPP) 
• Garantia da celeridade e da eficácia das diligências 
investigatórias (art. 23 Lei nº 12.850/2012) 
▪ Quem assegura o sigilo? 
o Delegado de Policia: Art. 20 CPP. 
o Juiz: art. 23 Lei nº 12.850/2012 (crime organizado, somente autoridade judicial 
competente). Defesa não tem acesso às diligências que ainda não foram 
finalizadas. Art, 7º § 11, Estatuto da OAB. Sumula Vinculante 14 STF. 
o Caráter prescindível da publicidade: 
▪ Linguagem inacessível dos processos 
▪ A obrigatoriedade de fundamentação das decisões substitui o controle 
popular 
▪ Formas simplificadas de resolução de conflito: negociação de pena 
▪ Os recursos substituíram a fiscalização popular. 
• Principio da oralidade: Art. 98 , I CF. 
o Finalidade: 
▪ Estar a serviço do principio da publicidade. 
▪ Fiscalização da atividade julgadora. 
▪ Subprincipios 
• Identidade física do juiz Art. 399 § 2 CPP 
• Celeridade 
• Imediação 
• Concentração de atos 
• Principio da escritura: Analise posterior a partir do que está escrito, não do que foi 
falado. Quem faz a coleta de prova testemunhal não é o juiz do julgamento, é um 
outro juiz que vai tirar suas impressões para que outra pessoa decida. Uma pessoa 
declara, alguém registra na sua percepção o que foi declarado, para que um terceiro 
decida. 
o Incidência 
▪ Ações penais originárias: Lei 8038/90, ministros do STF nomeiam juízes 
instrutores, que ouvem quem tem que ouvir e passam o conteúdo da 
gravação para os registros do STF, são os juízes que realizam a 
instrução que ouvem as testemunhas. 
▪ Recursos: são baseados em provas que o juiz anteriormentecoletou. 
▪ Cartas rogatória (pessoa que precisa ser ouvida no processo mora no 
exterior), precatória (pessoa que precisa ser ouvida no processo mora 
fora da comarca onde o processo tramita) e de ordem (ordena que juiz 
de grau inferior cumpra oitiva Ex: Quem faz a coleta de prova 
testemunhal não é o juiz do julgamento, é um outro juiz que vai tirar 
suas impressões para que outra pessoa decida. Quem faz a coleta de 
prova testemunhal não é o juiz do julgamento, é um outro juiz que vai 
tirar suas impressões para que outra pessoa decida.) 
o Vantagens do principio da oralidade sobre o principio da escritura: 
▪ Incremento quantitativo: permite produção maior de atos. 
▪ Incremento qualitativo: não tem alguém no meio do caminho. 
• Principio do devido processo legal: respeito ao procedimento como ele está 
estabelecido na Consitituição e na legislação infraconstitucional. 
o Art. 5, inciso LIX, LIV CF 
o Protege tanto o acusado quanto a acusação 
o Em caráter 
▪ Formal: procedimento. (ex: não se pode, em regra, produzir prova 
ilícita) 
▪ Material: razoabilidade. (a prova ilícita não pode ser usada a favor da 
acusação, mas dependendo do caso, pode ser usada a favor do réu. 
• Principio do juiz natural 
o Art. 5, inciso LIII CF, diz respeito à estrutura do poder judiciário que determina 
quem são os juízes que atuarão nas comarcas e na movimentação entre elas. 
▪ Regra: 
▪ Juiz togado que sentenciará o feito será aquele que presidir a instrução 
▪ Jurado que presenciar interrogatório e testemunhas em plenário será 
quem julgará a causa 
▪ Exceções: férias, convocações, impedimento, etc. 
o Principio da identidade física do juiz 
▪ Art. 399 §2 CPP 
o Principio do promotor natural: Art. 5, inciso LIII. Dois promotores podem atuar 
mas o titular (quem está com a lotação naquele cargo naquele momento) atua 
acompanhado de outro. Existem regras de substituição. Não se coloca 
promotores conforme o caso concreto, a pessoa que exerce as funções 
naquela promotoria tem que estar lá, pode ser que alguém o acompanhe, mas 
o natural é quem é o titular. 
o Ampla defesa: Art, 5, inciso LV CF. soma da defesa pessoal e da defesa técnica. 
Defesa técnica é indisponível. 
• Principio da presunção de inocência 
o Art. 5, inciso LVII CF 
o O processo existe para derrubar essa presunção 
o Sumula 114 STJ 
o Maus antecedentes: decisões anteriores transitadas em julgado que NÃO 
justificam a antecedência. 
o Execução provisória da pena: réu pode dar cumprimento da pena antes do 
transito em julgado? Em regra, não, mas no caso do tribunal do júri resta 
discussão. 
• Principio obrigatoriedade de motivação 
o Art. 93, inciso IX CF 88 
o Fundamentos per relationem: decisão precisa fundamentar, ela vai ser 
submetida a controle. 
o Livre convencimento motivado/persuasão racional: toda prova é prova para o 
juiz decidir dessa ou daquela forma, o importante é a qualidade da prova, e 
não a quantidade da prova. 
• Principio do duplo grau de jurisdição 
o Possibilidade de que as decisões sejam revistas por instâncias recursais 
superiores. A medida que se avança nas instâncias, diminuem os recursos. 
o Comarca e TJ: Fato + Direito 
o STJ: direito infraconstitucional. Não julga matéria de fato. 
o STF: direito constitucional. Não julga matéria de fato. 
o Não impede decisões irrecorríveis: não existe recurdo contra decisão que 
decreta prisão preventiva de alguém. Nesse caso se fsz habeas corpus, que não 
é recurso, é formação de relação jurídica nova. Faz parte do grupo de ações 
autônomas de impugnação (Habeas corpus, mandado de segurança, correção 
parcial) 
• Principio da territorialidade: Art. 1 CPP

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