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psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead

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(https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-
g02363-dez-2023-grad-ead/)
Seja bem-vindo(a)!
Durante o estudo de , você terá acesso a diversos
conteúdos que possibilitarão iniciar sua jornada nesta área tão importante da
Saúde.
Em 1978, surgiu o campo da Psicologia da Saúde e se iniciaram muitas pesqui-
sas, tendo em vista identi�car fatores de risco e de proteção à saúde do ho-
mem, por exemplo, tipos de comportamento que podem ser de risco, ou méto-
dos de prevenção de diversas doenças.
É importante que você compreenda que a Psicologia da Saúde tem heranças
históricas de origens teóricas diferentes. Historicamente, surgiu a partir da
necessidade de os pro�ssionais da Psicologia atuarem na área da Saúde.
Desse modo, podemos dizer que a Psicologia aplicada à Saúde é uma área no-
va. As pesquisas têm apontado, principalmente, que o comportamento e o esti-
lo de vida do ser humano podem in�uenciar no desenvolvimento ou aumento
de doenças, e se sabe que muitos dos comportamentos que promovem e preju-
dicam manutenção à saúde são desenvolvidos na infância e adolescência.
Portanto, uma abordagem psicológica rende grandes frutos, de modo a refor-
çar comportamentos positivos e inibir os negativos.
Este conteúdo segue o modelo biopsicossocial como base para o estudo de co-
nhecimentos voltados à saúde. Com base nele, será possível observar que tan-
to os comportamentos, quanto as formas de sentir e pensar vão interferir de
maneira negativa ou positiva na saúde em geral.
1. Introdução
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
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https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
Iniciaremos o com os aspectos históricos dos conceitos de saúde e do-
ença, e conheceremos a visão de saúde e doença no passado. Além disso, estu-
daremos a perspectiva biopsicossocial.
No , vamos abordar as variáveis psicológicas e de comportamento que
podem in�uenciar a saúde. Com embasamento cientí�co, será possível com-
preender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais in�uenciam a
saúde e a doença. Também, de forma mais especí�ca, abordaremos as variá-
veis que in�uenciam na dor.
No , trataremos de um tema bem atual, o estresse. Estudaremos seu
efeito no nosso organismo, e como usar estratégias de enfrentamento diante
de situações de estresse. Além disso, abordaremos o comportamento saudável
e o comportamento alimentar.
No , o foco serão as doenças crônicas e fatais, e as intervenções psicos-
sociais. Nesse contexto, estudaremos doenças como as cardiovasculares, dia-
betes, câncer, e HIV/Aids serão abordadas no . Por �m, no , trata-
remos de relações de equipes, tipos de equipes, relacionamento entre paciente
e pro�ssional da saúde.
Com o estudo desta disciplina, pretendemos que você se familiarize com os
principais conceitos da Psicologia aplicada à Saúde, possibilitando a constru-
ção do conhecimento e o desenvolvimento de estratégias assertivas no con-
texto da evolução humana, visando ao bem-estar e à saúde de todos. É impor-
tante que você tenha em mente que todos os temas que estudaremos não se
esgotam aqui; pelo contrário, eles abrem a oportunidade de você pesquisar e
se aprofundar nesse conhecimento. Aproveite as indicações nas referências
bibliográ�cas!
Vamos começar? Antes de mais nada, assista ao vídeo de abertura da discipli-
na.
2. Informações da Disciplina
Ementa
A disciplina busca compreender como fatores bi-
ológicos, comportamentais e sociais in�uenciam a saúde e a doença. Inicia
com os fundamentos da Psicologia da Saúde, abordando também as bases bio-
lógicas da saúde e da doença; as variáveis biopsicossociais frente a sofrimen-
to, doença, e dor; aspectos de estresse e saúde; comportamento saudável e
comportamento alimentar; doenças crônicas e fatais e intervenções psicosso-
ciais; fatores que contribuem ou interferem no tratamento; relação de equipe
interdisciplinar na saúde e outros modelos.
Objetivo Geral
Os alunos da disciplina serão capazes de compre-
ender a Saúde em uma perspectiva biopsicossocial. Terão condições de anali-
sar os fundamentos da Psicologia da Saúde, compreender o processo saúde-
doença e as variáveis psicológicas e comportamentais que in�uenciam saúde,
sofrimento e dor. Além disso, estudarão aspectos sobre estresse, doenças crô-
nicas e fatais. Finalizarão seus estudos conhecendo os diferentes tipos de
equipes de saúde.
Ao �nal desta disciplina, de acordo com a proposta orientada pelo professor
responsável e pelo tutor a distância, terão condições de entender os fatores
que in�uenciam a saúde e aqueles prejudiciais que in�uenciam o desenvolvi-
mento de doenças. Para esse �m, levarão em consideração as ideias debatidas
na Sala de Aula Virtual, por meio de suas ferramentas, bem como o que produ-
ziram durante o estudo.
Objetivos Especí�cos
• Conhecer os fundamentos que embasam a Psicologia Aplicada à Saúde.
• Compreender os fatores que in�uenciam a saúde, e as variáveis psicoló-
gicas e de comportamento que in�uenciam sofrimento e dor.
• Analisar o estresse e sua in�uência nas doenças.
• Re�etir sobre como se dão as doenças crônicas e fatais.
• Entender e avaliar o trabalho das equipes de saúde e o relacionamento
entre pro�ssional-paciente.
 (https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-
g02363-dez-2023-grad-ead/)
Ciclo 1 – Fundamentos da Psicologia da Saúde 
Objetivos
• Conhecer os principais conceitos de Psicologia aplicada à Saúde.
• Compreender como se deu a compreensão da saúde e da doença ao longo
do tempo.
• Analisar a perspectiva biopsicossocial e os determinantes de saúde e do-
ença.
• Entender as principais teorias psicológicas.
Conteúdos
• História da Psicologia da Saúde.
• Visão da saúde e da doença no passado.
• Perspectiva biopsicossocial.
• As principais teorias psicológicas.
Problematização
O que é o estudo da Psicologia? Quais os conceitos necessários para compre-
ender melhor esse estudo? Quais as principais teorias que fundamentaram a
Psicologia da Saúde? Qual é a perspectiva da saúde atualmente?
Orientações para o estudo
Durante o estudo deste ciclo, você deverá acessar os links indicados, pois ne-
les você terá acesso a vídeos imprescindíveis para o seu aprendizado. Lembre-
se de que adquirir conhecimentos é algo que só depende de você!
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
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Vamos lá? Bom estudo!
1. Introdução
Durante o estudo deste ciclo, você terá a oportunidade de conhecer os funda-
mentos da Psicologia da Saúde como área de estudos. Nesta disciplina, acres-
centamos o termo “aplicada” à denominação da área, ou seja, “Psicologia
Aplicada à Saúde”, com o intuito de indicar diligência, zelo, ato de colocar em
prática a teoria. Em outras palavras, aqui, entenderemos a Psicologia da Saúde
como uma ciência aplicada.
2. A ciência psicológica e os conceitos de
Psicologia Aplicada à Saúde
Antes de iniciarmos nossos estudos em Psicologia Aplicada à Saúde, é impor-
tante conhecermos e estudarmos um pouco sobre o que é Psicologia e qual a
sua importância para as áreas de Saúde.
A Psicologia é a ciência que estuda os fenômenos psíquicos e o comportamen-
to do ser humano por meio da observação e análise de seu comportamento,
suas emoções e processos psicológicos básicos, como percepção, aprendiza-
gem, linguagem, pensamento, atenção, memória e motivação.
A Psicologia Aplicada à Saúde, por sua vez, oferece a perspectiva de que o
comportamento e/ou o estilo de vida do indivíduo podem contribuir para o de-
senvolvimento ou piora das doenças, e de que é na infância e na adolescência
que há o estabelecimento de bons hábitos e comportamentos que ajudam na
promoção e manutenção da saúde. Tais comportamentos, como hábitos ali-
mentares saudáveis, jogos e atividades físicas, são aprendidos nessas fases da
vida.
Na área da Psicologia Aplicada à Saúde, desenvolvem-se muitas pesquisas,
buscando melhorar a frequência de comportamentos saudáveis pelos indiví-
duos.
Observe o que a�rma Straub em relação ao termo “saúde”:
O termo saúde vem de uma antiga palavra da língua alemã que é representada, em
inglês, pelos vocábulos hale e whole, os quais se referem a um estado de “integrida-
de do corpo”. Os linguistas observam que essas palavras derivam dos campos de
batalha medievais, em que a perda de haleness, ou saúde, em geral resultava de um
grave ferimento corporal (STRAUB, 2014, p. 3).
A Psicologia Aplicada à Saúde foi desenvolvida a partir dos anos 1970. É uma
área recente, que não se interessa especi�camente pela situação, mas sim pe-
la vivência do sujeito com seu estado de saúde ou de doença, por como esse
sujeito participa da tríade de relações: ele com ele mesmo, ele com os outros, e
ele com o mundo. Busca desenvolver, nas pessoas, atitudes e comportamentos
proativos que promovam a saúde e realizem a prevenção de doenças.
Além disso, é importante pensar no ser humano diante do enfrentamento de
seu adoecer – com essa perspectiva, é possível ajudar o indivíduo a desenvol-
ver técnicas de enfrentamento e manejo no processo do adoecimento, consi-
derando a própria doença e suas sequelas (ALMEIDA; MALAGRIS, 2011).
Dessa forma, a Psicologia Aplicada à Saúde contribui não somente para o tra-
balho dos pro�ssionais da área da Psicologia no campo da Saúde, como tam-
bém para o dos pro�ssionais da área da Saúde em geral, no tocante à assistên-
cia, à pesquisa e ao ensino. O conteúdo abordado na Psicologia Aplicada à
Saúde inclui a saúde física e mental, além de abranger conteúdo do campo da
Medicina, buscando fatores sociais, culturais e ambientais em sua ligação
com a Saúde.
Vamos voltar um pouco no tempo e retomar os conceitos que deram origem à
Psicologia da Saúde? Na década de 1960, os estudos estavam voltados para a
área da Economia; a visão era mais materialista, e o conceito de bem-estar
material estava relacionado ao rendimento �nanceiro do indivíduo, ou seja, a
tudo aquilo que o dinheiro podia comprar. Porém, esse conceito foi ampliado,
resultando no de bem-estar global, que pressupõe uma dimensão maior da vi-
da do indivíduo, incluindo a qualidade de vida.
Esse conceito passou por pesquisas diversas e caminhou para a década de
1970 como uma segunda revolução da Saúde. Nesse momento histórico, ainda
havia o modelo biomédico de Saúde, em que se buscava a prevenção de infec-
ções. Nesse contexto, buscou-se um outro desa�o: tratar de comportamentos
como fumar, consumir álcool e drogas, colocar-se em risco. Acreditava-se que
esses hábitos estavam na origem das principais causas de mortalidade da po-
pulação da época (GALINHA; PAIS RIBEIRO, 2005). A Medicina
Comportamental começou, assim, a explorar a ação dos comportamentos
aprendidos na saúde e na doença.
Segundo Almeida e Malagris (2011, p. 186), historicamente:
[...] a Psicologia da Saúde começou com um grupo de trabalho em 1970, na
American Psychological Association (APA), e, em 1978 foi criada a divisão 38, cha-
mada Health Psychology, em resposta a uma crescente área de prática e pesquisa.
Os objetivos básicos da divisão são avançar no estudo da Psicologia como discipli-
na que compreende a saúde e a doença através da pesquisa e encorajar a integra-
ção da informação biomédica com o conhecimento psicológico, fomentando e di-
fundindo a área. Apesar de ser uma disciplina nova, a Psicologia da Saúde tem
crescido rapidamente. A APA publica, desde 1982, a revista Health Psychology, a
primeira o�cial da área. Seguindo a tendência, em 1986, formou-se, na Europa, a
European Health Psychology Society (EHPS, 2003), uma organização pro�ssional
que visa a promover a pesquisa teórica e empírica e suas aplicações para a
Psicologia da Saúde europeia. Cada país-membro possui, ainda, sua associação de
Psicologia da Saúde, que realiza atividades como congressos, simpósios, pesquisas,
dentre outras atividades.
Já nos anos 1980, o conceito de bem-estar foi subdividido em bem-estar subje-
tivo e bem-estar psicológico, com este último se referindo à autoaceitação, à
autonomia, a relações positivas, ao propósito de vida e ao desenvolvimento
pessoal.
Na década de 1990, como consequência dos estudos sobre a subjetividade hu-
mana, um grupo de pesquisadores se organizou para a Primeira Conferência
sobre Psicologia Positiva. Um desses pesquisadores, Martin Seligman, preocu-
pado com a saúde mental, defendia que esta deveria ser vista como um estado
vibrante de tonicidade muscular da mente e do espírito humanos. Os aspectos
envolvidos nesse processo seriam felicidade, otimismo, emoções positivas e
traços de personalidade mais saudáveis (GALINHA; PAIS RIBEIRO, 2005).
A subjetividade, por sua vez, é o processo, ou forma de organização mental,
necessário para a construção do psiquismo, caracterizado pelas experiências,
histórias e singularidade do indivíduo (SOUZA; TORRES, 2019).
De acordo com o modelo biomédico que fundamentava pesquisas e a prática
da Medicina na época, o indivíduo era visto como “máquina”, e a doença seria
produzida pelo próprio corpo humano. No entanto, com o surgimento de ten-
dências na Saúde, como aumento da expectativa de vida, crescimento de no-
vas patologias relacionadas ao estilo de vida (câncer, AVE etc.), passou-se a re-
conhecer a ação de forças biológicas, psicológicas e socioculturais, surgindo,
assim, a nova perspectiva biopsicossocial, que pensa a mente e o corpo em
conjunto.
Agora, para veri�car se compreendeu os conteúdos abordados neste tópico,
responda à questão a seguir.
Neste tópico, conhecemos um pouco sobre o histórico da Psicologia Aplicada
à Saúde; a seguir, veremos como, no passado, os homens lidavam com as do-
enças.
3. Visão da saúde e da doença no passado
De forma sucinta, exporemos como se formou, na história, o conceito de saú-
de. Algumas questões podem ajudar a nos nortear nesse processo: como os
homens lidavam com as doenças? Como entendiam a saúde?
No período pré-histórico (10.000 a.C.), entendia-se que as doenças eram causa-
das por espíritos do mal, tratadas com trepanação. Para a cultura do Antigo
Egito,demônios e punições dos deuses causavam doenças, as quais eram tra-
tadas com magia e formas primitivas de cirurgias.
Na Antiguidade Clássica, Galeno dividiu a saúde em estado neutro e má-
saúde. Além disso, acreditava-se que as doenças poderiam ser causadas por
elementos naturais e sobrenaturais. Hipócrates, nesse período, propôs a pri-
meira explicação racional para a doença: a teoria humoral, baseada nos hu-
mores ou líquidos corporais – bile amarela, bile negra, sangue e �euma
(STRAUB, 2014). Dessa forma, sedimentou as primeiras bases para uma abor-
dagem cientí�ca de cura.
Na Idade Média (470-1450 d.C.), houve uma retomada do caráter religioso, e, no
�nal desse período, com a ocorrência de epidemias, as explicações para as do-
enças passaram a ser ligadas a elementos como “a conjugação dos astros, o
envenenamento das águas pelos leprosos, judeus ou por bruxarias” (BACKES
et al., 2009, p. 3). Na Renascença (1600), a doença passou a ser vista como uma
condição física do corpo, algo separado da mente. Surgiu, nessa época, a teoria
miasmática, que, posteriormente, foi substituída pela teoria microbiana.
Já em 1800, com as novas descobertas da Medicina, uma vez que as células se
tornaram visíveis, abriu-se o caminho para a teoria celular. E, assim, a causa
das doenças passou a ser a ação de organismos microscópicos, e o tratamento
envolvia cirurgia ou imunização (STRAUB, 2014, p. 8).
Desse modo, o empirismo passou a in�uenciar a Medicina, e, no século 19,
com o fortalecimento da Biologia, houve in�uência da patologia celular, da �-
siologia, da bacteriologia e de outras pesquisas nas áreas biológicas. A
Medicina, assim, passou do modelo empírico para o da ciência experimental
(BACKES et al., 2009, p. 3).
No tocante à contemporaneidade, Backes et al. (2009, p. 3) sugerem que:
A promoção da saúde envolve escolhas relacionadas a valores e processos que não
se expressam por conceitos precisos e mensuráveis. Nesse sentido, termos novos
vêm sendo desenvolvidos atualmente, tais como: empowerment e vulnerabilidade,
permitindo abordagens transdiciplinares, envolvendo outras áreas do conhecimen-
to e muitos signi�cados que se originam da consideração da diferença, da subjetivi-
dade e da singularidade do que acontece na esfera individual e coletiva.
Com isso, no século 20, aproximadamente na década de 1970, o modelo biomé-
dico de saúde, considerado reducionista, foi repensado em favor da perspecti-
va biopsicossocial.
 Saiba mais!
No vídeo O que é a análise do comportamento? (https://www.youtu-
be.com/watch?v=lWAz28vKw4E), você conhecerá a prática do analista
do comportamento na Psicologia da Saúde, apresentada pela psicóloga
clínica Amanda Mendes.
Neste tópico, vimos como os homens, ao longo dos tempos, entenderam as
causas das doenças. No próximo tópico, trataremos da perspectiva biopsicos-
social.
4. Perspectiva biopsicossocial
De acordo com a perspectiva biopsicossocial, a saúde é determinada pela inte-
ração entre mecanismos biológicos, psicológicos e sociais ou culturais. E co-
mo eles interferem na saúde?
Para melhor compreender os determinantes ou fatores que in�uenciam na
saúde ou doença, podemos, com base na literatura abordada, agrupá-los nas
seguintes categorias:
Os determinantes �xos ou biológicos, de que são exemplo a idade, sexo e fatores ge-
néticos; os determinantes económicos e sociais, de que são exemplo a posição, o
estrato social, o emprego, a pobreza, a exclusão social; os ambientais, tais como a
qualidade do ar e da água, ambiente social; os de estilos de vida, sendo a alimenta-
ção, atividade física, tabagismo, álcool e comportamento sexual alguns exemplos.
Incluem-se ainda o acesso aos serviços, como educação, saúde, serviços sociais,
transportes e lazer (CARRAPATO; CORREA; GARCIA, 2017, p. 677).
No tocante aos determinantes biológicos, podemos dizer que elementos como
pensamentos, estado de humor e expectativas são considerados eventos bioló-
gicos, visto que foram promovidos pela ação do corpo humano, levando em
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
https://www.youtube.com/watch?v=lWAz28vKw4E
consideração toda a conformação genética, incluindo os diversos sistemas,
como imune, nervoso e endócrino (STRAUB, 2014).
Além disso, sabemos que a saúde é um processo dinâmico; genes predispõem
indivíduos a apresentar, ao longo da vida, certos comportamentos, que podem
ser saudáveis ou nocivos. Com isso, aspectos biológicos e psicológicos passam
a interagir de forma ininterrupta. Para a OMS:
O conceito de saúde mental [...] também re�ete a impossibilidade de separação de
ambas [saúdes física e mental], pois ressalta que a saúde mental equivale a um "es-
tado de bem-estar, no qual o indivíduo percebe as próprias habilidades, pode lidar
com os estresses normais da vida, é capaz de trabalhar produtivamente e está apto
a contribuir com sua comunidade (OMS, 2001, p. 25 apud BECKER; ROCHA, 2017, p.
342).
Como exemplo desse fenômeno, podemos citar como pessoas que apresentam
uma vulnerabilidade genética à ansiedade, sendo naturalmente ansiosas, em
conjunto com um sistema nervoso reativo, podem apresentar maior sensibili-
dade ao estresse, di�culdades no enfrentamento e maior cobrança pessoal.
Assim, a ação dos mecanismos biológicos, em interação com os processos �-
siológicos, pode acarretar problemas para um indivíduo no contexto social,
como falta de apoio e nível excessivo de responsabilidade no trabalho. Esses
fatores, interagindo entre si, podem levar o indivíduo a apresentar “gatilhos”
provocados pelo ambiente, que poderão acionar reações �siológicas, como fal-
ta de ar, coração acelerado, angústia ou dor no peito, dor de cabeça, insônia
etc.
Além disso, o contexto psicológico pode atuar sobre o indivíduo, levando-o a
avaliar e interpretar a realidade de acordo com seu funcionamento mental.
Principalmente em situações de estresse, evidências sugerem que algumas
pessoas podem ser cronicamente depressivas, tendo maior tendência a desen-
volver problemas de saúde em virtude de permanecer por muito tempo “rumi-
nando pensamentos”, isto é, elas revivem em pensamento a situação por mui-
to tempo, colocando seu organismo em constante estresse.
Nesses cenários, intervenções psicológicas podem ajudar o paciente a criar
estratégias e aprender a lidar com situações de estresse. De acordo com
Straub (2014), o estresse tem um efeito cumulativo no organismo, principal-
mente sobre o sistema autoimune.
A ação do estresse no contexto social inclui condições de vida caóticas, po-
dendo re�etir em características como gênero, dinâmicas de famílias, comu-
nidades, sociedade, classe econômica, identidade racial, cultural e étnica. E
vale dizer que os indivíduos são todos afetados pelos mesmos fatores históri-
cos e sociais de seu tempo.
Um exemplo recente desse fenômeno que podemos destacar é a pandemia de
Covid–19, que acometeu o mundo entre os anos de 2019 e 2020. As experiênci-
as vivenciadas pelas pessoas nesse período contribuíram para as crenças dos
indivíduos e para comportamentos relacionados à saúde.
As crenças são estados mentais pautados por acreditar que algo é verdadeiro
ou provável. Podem ter in�uência nos comportamentos adotados pelas pesso-
as no que se refere à saúde. Por exemplo, as crenças familiares são socializa-
das e vivenciadas no contexto familiar, e são repassadas ao longo das gera-
ções.
Outras características ligadas a crenças também podem in�uenciar o cuidado
com a saúde, como é o caso, por exemplo, de pessoas que são adeptas de uma
determinada religião e que se negam a receber sangue em cirurgias. Com isso,
nota-se o quão fundamental éa conscientização dos cuidados necessários e
da prevenção de doenças.
A seguir, na Figura 1, é possível conhecer o modelo de determinantes sociais
proposto por Dahlgen e Whitehead.
: adaptado de Buss e Pellegrini Filho (2007, p. 84).
Figura 1 Determinantes sociais: modelo de Dahlgen e Whitehead.
Ao analisarmos o modelo de determinantes sociais de saúde proposto por
Dahlgen e Whitehead, podemos notar como, na base, temos os indivíduos,
com suas diferentes características, como idade, sexo, fatores genéticos; na
camada superior, aparece o estilo de vida dos indivíduos; em seguida, temos
as redes sociais e comunitárias, caracterizadas pela ação das informações,
propagandas etc.; na camada acima, ou seja, a que está em destaque amarelo,
há a ação dos fatores relacionados a condições de vida e trabalho, que pode
contribuir para a saúde ou prejudicá-la (por exemplo, com a exposição a con-
dições perigosas ou estressantes de trabalho, e condições sub-humanas de vi-
da); na última camada estão os macrodeterminantes relacionados à condição
�nanceira, cultural e ambiental da sociedade (BUSS; PELLEGRINI FILHO,
2007).
Assista, agora, ao vídeo a seguir, dedicado aos determinantes de saúde no ido-
so. Sabemos que o envelhecimento da população mundial é um fenômeno no-
vo e que a qualidade de vida está associada, em geral, à saúde. Pensando na
saúde mental da população idosa, esta deverá ter como objetivo melhorar sua
qualidade de vida por meio de hábitos e estilo de vida saudáveis, da integração
à família e ao entorno em que vive. Con�ra o vídeo:
Para veri�car se compreendeu os conteúdos abordados neste tópico, responda
à questão a seguir.
Neste tópico, estudamos como os fatores psicossociais podem ser impactantes
na prevenção de doenças; a seguir, veremos as principais teorias psicológicas:
psicanálise, behaviorismo e Gestalt.
5. As principais teorias psicológicas
Quando falamos em Psicologia, logo pensamos nas teorias que a compõem, as
quais buscam compreender o homem, seu comportamento e sua mente, da
melhor maneira possível.
Neste material, trataremos da psicanálise, do behaviorismo e da Gestalt, bus-
cando ter a melhor compreensão do homem sobre o olhar de teorias diferen-
tes. As três teorias formam a base da Psicologia, tendo sido construídas sob
in�uência �losó�ca e de movimentos cientí�cos que direcionaram o pensa-
mento da época.
Vamos iniciar com a psicanálise.
Psicanálise
A psicanálise, fundada pelo médico vienense Sigmund Freud (1856-1939), é ca-
racterizada por um conjunto de conhecimentos sistematizados que abordam o
funcionamento da vida psíquica. O método utilizado é o interpretativo, e a prá-
tica pro�ssional é realizada por meio da análise (BOCK; TEIXEIRA; FURTADO,
2018).
Ao descobrir o inconsciente, Freud fez uma contribuição para o mundo e apre-
sentou a da estrutura do aparelho psíquico, dividida em: cons-
ciente, pré-consciente e inconsciente.
Com relação ao , este foi apresentado como um sistema do apare-
lho mental regido por leis próprias e atemporal, não existindo nele a noção de
passado ou presente. No inconsciente, tudo ocorre no aqui e agora.
O está relacionado ao conteúdo acessível à consciência, como
memória, atenção etc. Já o é o momento do aqui e agora, um siste-
ma que recebe as informações do mundo exterior e interior. No consciente,
ocorre a percepção.
Logo depois, Freud apresentou a do aparelho psíquico diante
das descobertas sobre a sexualidade no centro da vida psíquica. Nessa teoria,
destacam-se os conceitos de Id, ego e superego.
Para compor essa teoria, Freud estudou a , buscou embasa-
mento na Filoso�a e em todo o conhecimento da Medicina da época, além de
ter tido in�uência de Darwin.
O é o reservatório da energia psíquica, no qual “se localizam as pulsões de
vida e de morte”. É regido pelo princípio do prazer.
Já o é originado do complexo de Édipo, a partir da interiorização das
regras, proibições, leis. A moral e os ideais são funções do superego, que é o
gerador do sentimento de culpa.
Por �m, o é a parte do aparelho psíquico que equilibra toda a pulsão que
vem do Id, as exigências advindas da realidade e as regras que vêm do supere-
go. O ego é regido pelo princípio da realidade (BOCK; TEIXEIRA; FURTADO,
2018, p. 43).
Após a constituição do superego, ao longo do desenvolvimento, espera-se que
uma mudança importante possa ocorrer, quando a autoridade externa passa a
ser internalizada pelo ser humano em desenvolvimento. Dessa forma, pode-se
observar que:
Ninguém mais precisa lhe dizer “não”. É como se ele “ouvisse” essa proibição den-
tro dele mesmo. Agora, não importa mais a ação para sentir-se culpado: o pensa-
mento, o desejo de fazer algo mau se encarrega disso. E não há como esconder de si
mesmo esse desejo pelo proibido. Com isso, o mal-estar instala-se de�nitivamente
no interior do indivíduo (BOCK; TEIXEIRA; FURTADO, 2018, p. 43).
Além de contribuir com esse conhecimento, Freud levou a uma maior com-
preensão da psiquê no tocante àquilo que ele chamou de mecanismos de defe-
sa. Diante de um sofrimento, ou de um acontecimento (tanto do mundo exteri-
or quanto do interior) que o indivíduo entende, geralmente, como doloroso,
constrangedor ou desorganizador, ele tenta evitar a realidade e passa a
“deformá-la” ou “suprimi-la”, afastando esses conteúdos psíquicos de si. Para
isso, utiliza os mecanismos de defesa (BOCK; TEIXEIRA; FURTADO, 2018, p.
43).
São muitos os mecanismos de defesa e todos são inconscientes, ou seja, o in-
divíduo não percebe sua existência na forma de ser e agir no contexto. Bock,
Teixeira e Furtado (2018, p. 43) destacam alguns:
No , o indivíduo não percebe o sentido do todo, considera apenas uma par-
te. Por exemplo, o indivíduo entende a proibição como permissão, pois não “ouviu”
ou não “leu” o que estava escrito, o “não”. Na , o indivíduo regride a eta-
pas anteriores de seu desenvolvimento. Exemplo, quando o indivíduo �ca doente,
passa a apetecer comidas mais leves, “sopinhas”, “caldos”. A é a con�uên-
cia de distorções do mundo externo e interno. Exemplo, um jovem que critica os co-
legas por serem competitivos, e não se dá conta que também o é. Na
o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convin-
cente e aceitável que justi�ca as deformações. Exemplo, o pudor excessivo (forma-
ção reativa), justi�cado com argumentos morais, ou as justi�cativas ideológicas pa-
ra a destrutividade presente na guerra, no preconceito e na defesa da pena de mor-
te.
En�m, a psicanálise tenta decifrar o inconsciente e ajudar o indivíduo a integrá-lo com
seus conteúdos à consciência. O método utilizado pela psicanálise para compreender o sin-
toma tanto individual quanto social é o interpretativo.
 Saiba mais!
Para �nalizar nossa discussão sobre a psicanálise, assista ao vídeo
A�nal, o que é a psicanálise? (https://www.youtube.com/watch?v=p-
aZn6KyOwM). Nele, Lucas Nápoli explica o que é a psicanálise e como
ela contribui para o sujeito, tornando consciente/visível aquilo que esta-
va obscuro.
Behaviorismo
O termo “behaviorismo” foi cunhado por John B. Watson em 1913, em um arti-
go intitulado A Psicologia como o behaviorista a vê. Esse termo está ligado a
“comportamento”, podendo ser usadas, para indicá-lo, as expressões “compor-
tamentalismo”, “análise comportamental”, “Psicologia Comportamental”, “aná-
lise experimental do comportamento”.
O behaviorismo se originou com Pavlov, médico russo que investigava a sali-
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
https://www.youtube.com/watch?v=p-aZn6KyOwM
vação de cães. Em um de seus experimentos, Pavlov detectou que o cão passa-
va a salivar não mais com a alimentação emsi, mas antecipadamente, diante
da escuta dos passos do tratador, o que foi denominado de teoria dos re�exos
condicionados. Nesse momento, ele compreendeu que os cães haviam apren-
dido um comportamento novo, estavam condicionados diante da possibilida-
de de serem alimentados.
Skinner, considerado neobehaviorista, sucedeu Watson, adotando o behavio-
rismo radical, e defendia que o comportamento está em constante mudança.
Apresentou a ideia de comportamento operante, a qual entende que todo com-
portamento opera sobre a natureza, incluindo todos os movimentos de um or-
ganismo. Além disso, considera que a natureza interfere no comportamento
humano. Por exemplo, a ação que você está realizando neste momento é um
comportamento operante.
Também existe o comportamento respondente ou re�exo, que ocorre de forma
não voluntária, a partir de estímulos antecedentes do ambiente. Esse compor-
tamento foi necessário para a sobrevivência do organismo. Como exemplos,
imagine gotas de limão pingadas sobre a língua, que produzem o re�exo de sa-
livação, o “ar frio na pele provocando um arrepio” (BOCK; TEIXEIRA;
FURTADO, 2018, p. 52).
 Sintetizando o conteúdo de behaviorismo!
Clique aqui (https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M) e as-
sista ao vídeo Skinner – origens do behaviorismo. Nele, você terá uma
explicação sintética sobre os fundamentos do behaviorismo.
Gestalt
Agora veremos a Gestalt, outra escola importante. A palavra “Gestalt” é de ori-
gem alemã e não tem tradução para o português. O signi�cado mais próximo é
“a boa forma” ou “con�guração”. Essa teoria foi iniciada com as pesquisas de-
senvolvidas por Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
https://www.youtube.com/watch?v=VW7_24SwG7M
Kurt Koffka (1886-1941), tendo como fundamento a psicofísica. Esses teóricos
se apoiaram nas ilusões de ótica, em que fenômenos podem ser vistos, mas
não existem. Foi a partir desse estudo que se iniciaram as investigações sobre
a percepção humana e a sensação do movimento (CARRASCO, 2023).
Nessa teoria, o pressuposto é que o organismo e o meio constituem partes de
um todo e que tanto uma parte quanto a outra se in�uenciam de modo cons-
tante. Dessa forma, ainda se tem o organismo como unidade integrada, que se
relaciona com o meio por meio do que é de�nido como fronteira de contato.
A Gestalt buscou compreender a relação entre o sujeito e o meio, com a �nali-
dade de conhecer o funcionamento psíquico do primeiro.
O con�ito gerado entre organismo e o meio pode causar a neurose, após sua
internalização pelo indivíduo. Para os gestaltistas, “a neurose é, então, o resul-
tado da tentativa desesperada do indivíduo para evitar o con�ito e recuperar o
equilíbrio na sua relação com o meio” (TENÓRIO, 2003, p. 240).
Algumas imagens são utilizadas na Gestalt, como as �guras-fundo a seguir:
Figura 2 Moça ou velha (https://super.abril.com.br
/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-
imagem-pode-indicar-sua-idade).                                     
Figura 3 Faces ou vasos (https://psicoativo.com/2017/01
/percepcao-�gura-fundo-psicologia-da-gestalt.html).
 
Uma �gura-fundo é aquela cuja percepção por meio do sistema visual se dá,
inicialmente, pelo todo e, posteriormente, pelas partes. Na Figura 3, por exem-
plo, é possível notar a clássica ilusão de “faces e vasos”, conhecida como o
“vaso de Rubin”. Tanto a percepção do branco ou da cor escura se alternam.
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://super.abril.com.br/comportamento/moca-ou-velha-o-que-voce-ve-nesta-imagem-pode-indicar-sua-idade
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
https://psicoativo.com/2017/01/percepcao-figura-fundo-psicologia-da-gestalt.html
 
 Sintetizando a Gestalt!
A Gestalt é bastante usada no design, tendo base no conhecimento da
Psicologia. Para sintetizar o conteúdo sobre a Gestalt, assista ao vídeo O
que é Gestalt? Descomplicando a psicologia da forma (https://www.you-
tube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw).
Para �nalizar o estudo deste ciclo, re�ita sobre sua aprendizagem e responda à
questão a seguir.
6. Considerações
Neste ciclo, estudamos os conceitos de Psicologia Aplicada à Saúde, seus as-
pectos históricos, a perspectiva da saúde e as abordagens psicológicas de ba-
se. No próximo ciclo, vamos abordar as variáveis psicossociais em situações
de tratamento: saúde, sofrimento e dor.
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
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https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
https://www.youtube.com/watch?v=8kQfT9k1Fuw
 (https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-
g02363-dez-2023-grad-ead/)
Ciclo 2 – Variáveis Psicossociais em Situações de
Tratamento: Saúde, Sofrimento e Dor 
Objetivos
• Compreender como a história de vida pode in�uenciar na determinação
da saúde e da doença.
• Analisar algumas variáveis psicossociais em situações de tratamento.
Conteúdos
• Aspectos da história de vida na determinação de saúde e doença.
• Variáveis psicológicas na promoção da saúde.
• Variáveis que in�uenciam a dor.
Problematização
Quais aspectos da história de vida do indivíduo podem determinar se ele po-
derá ter saúde ou doença? Quais as variáveis psicológicas na promoção da
saúde? Quais variáveis in�uenciam a dor?
Orientações para o estudo
Neste ciclo, você conhecerá alguns aspectos históricos da determinação de
doenças, importante base para os conhecimentos atuais. Além disso, estuda-
remos a dor, como avaliá-la e o seu mecanismo, importante tema para as áre-
as relacionadas à saúde. Lembre-se de acessar os links indicados, para apro-
fundar seus conhecimentos.
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2074&action=edit
Vamos lá, bons estudos!
1. Introdução
No ciclo anterior, estudamos os conceitos de Psicologia aplicada à Saúde, seus
aspectos históricos, bem como a perspectiva da saúde, e as principais teorias
psicológicas. Neste segundo ciclo, vamos abordar alguns aspectos importan-
tes das variáveis que estão relacionadas à saúde, principalmente, aquelas rela-
cionadas à doença.
É fundamental que você compreenda como o comportamento humano pode
ser um fator prejudicial à saúde ou de proteção dela. Para tanto, estudaremos
os fatores biológicos (história pregressa do paciente), psicológicos (a forma co-
mo a pessoa pensa) e sociais (como o indivíduo lida com os outros).
Além disso, o pro�ssional da Saúde precisa conhecer como se dá o funciona-
mento cognitivo do paciente, a forma como ele pensa, quais são as in�uências
familiares, as crenças, os hábitos que ajudam ou prejudicam sua saúde.
2. Aspectos da história de vida na determina-
ção de saúde e doença
No modelo biopsicossocial, compreendemos que o corpo humano é formado
por muitos subsistemas, que eles sofrem in�uência da interação com o ambi-
ente social, e que o sujeito é afetado pelo funcionamento do corpo. Por exem-
plo, pensemos numa pessoa que sofre de �bromialgia: como ela lida com isso
ao longo do tempo? Como se sente?
Compreender o funcionamento dos sistemas físicos contribui para entender-
mos o quanto são necessários hábitos saudáveis. Sendo assim, estudaremos
os processos biológicos que são regulados pelo sistema nervoso.
Sistema nervoso
O sistema nervoso é considerado a parte mais importante do nosso organis-
mo. É como se ele fosse a nossa central de comandos, responsável por receber
e transmitir as informações para todo o corpo.
 Que tal descobrir como funciona o sistema nervoso?
Clique aqui (https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY) e assista
ao vídeo Como funciona o Sistema Nervoso Central?.
Ao re�etirmos sobre a consciência, logo pensamos em qualidade da mente ou
percepção de si e do mundo, em linguagem, ideias, sentido, signi�cados, esco-
lhas, pensamento, todas essas capacidades que fazem parte da consciência.
Sobre a formação e evolução do sistema nervoso, Campos, Santos e Xavier
a�rmam que:
Do ponto de vista teórico, quando um dado ambiente possui simplicidade e regula-
ridade, portanto previsibilidade, a seleção natural pode favorecer a evolução de um
sistema adaptado e otimizado para aquele ambiente. Seria essa a�rmação "�nalis-
ta" e, portanto, a evolução pré-direcionada? A resposta é obviamente não. A regula-
ridade do ambiente oferece diversas oportunidades de seleção para mutações que
levam o organismo a exibir uma resposta antecipatória ao ambiente. Embora possa
parecer que o sistema faz uma "previsão" de que o ambiente é de uma dada manei-
ra, deve-se ter em mente que o processo evolutivo (que o produziu) não é pré-
determinado; apenas selecionou o organismo mais apto (CAMPOS; SANTOS;
XAVIER, 1997, p. 181).
Então, ao abordarmos a consciência, nos referimos ao sistema nervoso, o qual
se divide em dois: o sistema nervoso central (SNC), que é composto pelo cére-
bro e medula cerebral, e o sistema nervoso periférico (SNP), que contém os
gânglios e nervos do corpo. Con�ra a Figura 1.
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
https://www.youtube.com/watch?v=xz-xEKz6AUY
: Educa Mais Brasil (https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico).
Figura 1 Sistema nervoso periférico.
Por sua vez, o SNP é subdividido em dois:
• (que controla as ações voluntárias do organis-
mo), o qual envia mensagens vindas do sistema sensorial para o SNC e,
em seguida, para os músculos e glândulas, tudo isso por meio da percep-
ção captada pelos órgãos do sentido (STRAUB, 2014, p. 50).
• (involuntário, que controla as glândulas, os
músculos lisos e cardíacos), o qual liga, por meio dos nervos, o SNC a co-
ração, pulmão, intestino, entre outros órgãos internos. A percepção do in-
divíduo, ao observar a ação dos eventos ocorridos no ambiente, pode esti-
mular seu organismo a reagir, e desencadear respostas do sistema nervo-
so autônomo – por exemplo, a reatividade frente ao estresse pode ocasio-
nar a síndrome do intestino irritável.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico
O Sistema Nervoso Autônomo, por sua vez, se divide em duas partes: sistema
nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
O sistema nervoso simpático é formado pelos nervos espinhais originados da
região torácica lombar da medula e compostos por gânglios distribuídos por
toda medula espinal. Uma das ações do sistema nervoso simpático é colocar
em alerta o organismo para “luta”, “fuga” ou “congelamento” diante de situa-
ções de estresse.
Já o sistema nervoso parassimpático atua em um movimento inverso, ou seja,
busca normalizar, acalmar o corpo, reduzindo os batimentos cardíacos e ou-
tras atividades restauradoras.
Vamos a um exemplo:
Em uma situação de estresse, um indivíduo se depara com um animal peçonhento; ele pre-
cisa agir rápido para salvar sua vida, então quem vai agir de forma rápida é o sistema sim-
pático, que libera adrenalina para a ação.
Cérebro e medula espinhal
O cérebro é um órgão seleto do organismo; no homem, representa 2% do peso
corporal e consome 18% da energia corporal, o que o torna distinto e mais
complexo (DALGALARRONDO, 2011).
A estrutura cerebral é formada células nervosas, os neurônios, que processam
as informações que chegam, para que o cérebro execute as ações necessárias.
O cérebro é dividido em duas metades, hemisfério esquerdo e hemisfério direi-
to. Apresenta, ainda, o córtex cerebral, o cerebelo, o tronco encefálico e o hipo-
campo. Cada uma dessas partes é responsável por uma função.
O córtex é responsável pela capacidade de pensar, pela linguagem, julgamento
e percepção; o cerebelo tem a função de manter o equilíbrio do corpo e coorde-
nar os movimentos voluntários dos músculos; o tronco encefálico, primeira
estrutura cerebral a evoluir, é responsável pelas funções involuntárias, como
respiração, batimentos cardíacos,pressão arterial; o hipocampo tem a função
de memória e aprendizado (FIOCRUZ, s. d.).
A medula espinal, por sua vez, controla re�exos vitais como respiração, bati-
mento cardíaco, salivação, respiração, tosse e espirros.
 Saiba mais!
Aprofunde seus conhecimentos sobre o cérebro clicando aqui
(http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso) e lendo Os efeitos da
música no cérebro humano, de Carolina Octaviano (2010).
Teste seu conhecimento sobre o cérebro respondendo à questão a seguir:
Sistema límbico
Localizado na parte central do cérebro, logo abaixo do córtex, o sistema límbi-
co é responsável pelas emoções que acompanham nossos pensamentos, sen-
do muito sensível aos estímulos ambientais. É constituído por “amígdala cere-
bral, hipocampo, hipotálamo e a área septal”. Acredita-se que o sistema límbi-
co esteja relacionado a excitação sexual, agressão e dor (STRAUB, 2014, p. 53).
O ser humano vai desenvolvendo ideias e passa a ser capaz de se comunicar
por meio dos símbolos da fala e da escrita. Essa capacidade cognitiva está di-
retamente relacionada à emoção.
Sobre a relação entre sistema límbico e emoções, a�rmam Barreto e Ponte e
Silva (2010, p. 387):
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
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http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
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http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000200005&lng=e&nrm=iso
A partir do desenvolvimento de novas técnicas especializadas de pesquisa em neu-
ro�siologia e em neuroimagem, mais recentemente, vem-se ampliando o interesse
pelo estudo das bases neurais dos processos envolvidos nas emoções, a partir da
caracterização e das investigações sobre o SL. Com base em diferentes resultados,
sabe-se que há uma profunda integração entre os processos emocionais, os cogniti-
vos e os homeostáticos, de modo que sua identi�cação será de grande valia para a
melhor compreensão das respostas �siológicas do organismo ante as mais varia-
das situações enfrentadas pelo indivíduo.
Sabemos que as emoções são estudadas desde a Filoso�a e, atualmente, com o
avanço das neurociências, pesquisas cientí�cas são realizadas nessa área e
acredita-se que a emoção está relacionada aos circuitos cerebrais distintos.
Vale lembrar que “[...] as emoções estão geralmente acompanhadas por res-
postas autonômicas, endócrinas e motoras esqueléticas, que dependem de
áreas subcorticais do Sistema Nervoso, as quais preparam o corpo para a
ação” (BARRETO; PONTE E SILVA, 2010, p. 387).
A anatomia do sistema límbico é composta por uma rede de neurônios ao re-
dor do núcleo central do cérebro, e pode ser considerada a “chave da porteira”,
pois está associada às memórias de medo e agressividade.
 Saiba mais sobre sistema límbico!
Você já parou para pensar sobre como o nosso cérebro reage a determi-
nadas situações que nos deparamos diariamente? Assista ao vídeo
Sistema límbico - Anatomia e funções (https://www.youtube.com/wat-
ch?v=rocMKyP0qOk) e veja como isso acontece!
Cientistas acreditam que alguns dos comportamentos associados ao autismo,
como a di�culdade de fazer contato visual e outros dé�cits no funcionamento
social, estão relacionados ao tamanho e funcionamento anormal da amígdala
(STRAUB, 2014).
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
https://www.youtube.com/watch?v=rocMKyP0qOk
Por sua vez, o hipocampo, envolvido no circuito límbico, parece estar relacio-
nado a orientação espacial, aprendizagem e memória.
Já o hipotálamo, localizado logo abaixo do tálamo, contém alguns núcleos que
podem estar relacionados a fome, sede, temperatura do organismo e compor-
tamento sexual, ou seja, acredita-se que tem relação com o sistema de recom-
pensas. Isso indica que certos vícios (álcool, alimentação e outras substânci-
as) podem surgir de uma síndrome de de�ciência de recompensas genética,
na qual há baixo funcionamento e aumento do desejo (STRAUB, 2014). Con�ra,
na Figura 2, um esquema do sistema límbico.
: Maestrovirtuale.com (https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/).
Figura 2 Sistema límbico.
Ainda sobre o cérebro, vamos mencionar o telencéfalo, conforme observado
por Straub (2014, p. 54):
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
https://maestrovirtuale.com/sistema-limbico-partes-e-funcoes-com-imagens/
O telencéfalo composto por 80% do peso do cérebro, formado pelo hemisfério direito
e hemisfério esquerdo, mantém conexões sinápticas. A �na camada super�cial do
cérebro, chamada de córtex cerebral, é o que faz dos seres humanos o que eles são.
Dentro dessa camada de 3 milímetros de espessura, composta por aproximada-
mente 20 bilhões de células nervosas, são encontrados centros neurais que propor-
cionam nossas capacidades sensoriais, respostas motoras hábeis, habilidades lin-
guísticas e capacidade de raciocínio.
Após estudarmos sobre o cérebro e sua comunicação por neurotransmissores,
passaremos para o sistema endócrino. Antes, porém, responda à questão a se-
guir.
Sistema endócrino
O sistema endócrino está conectado ao sistema nervoso, tendo diversas fun-
ções no corpo. Mantém uma comunicação por mensageiros químicos chama-
dos hormônios.
Os hormônios são substâncias químicas, produzidas pelas glândulas endócri-
nas, que percorrem todo o corpo, através da corrente sanguínea, até chegar ao
órgão-alvo.
No corpo humano, temos as glândulas exócrinas e endócrinas. As primeiras
possuem dutos, e secretam secreções para cavidades ou superfície do corpo.
Como exemplos, temos as glândulas sudoríparas, sebáceas, mucosas. Já as úl-
timas não têm dutos, e produzem hormônios no espaço extracelular no entor-
no das células secretoras, que passam para os capilares sanguíneos, e são
transportados pelo sangue para todas as partes do corpo.
 Saiba mais sobre o sistema endócrino!
Clique aqui (https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago
/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdf) e apro-
funde seus conhecimentos sobre o mecanismo de ação hormonal, com a
leitura de Sistema Endócrino, de José Aderval Aragão (2007).
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdf
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdf
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdfhttps://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdf
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https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16212515102012Elementos_de_Anatomia_Humana_Aula_9.pdf
Na sequência, estudaremos o sistema respiratório, que funciona por meio da
célula, que produz reações químicas, gerando energia e buscando oxigênio.
Sistema respiratório
O ser humano, ao inspirar oxigênio, ajuda a expelir o CO do organismo. O pul-
mão é o principal órgão responsável pela respiração, é nele que ocorre a troca
gasosa. Ao respirar, o ar entra pela boca ou nariz, passa por faringe, laringe,
traqueia, brônquios, até chegar aos bronquíolos. Cada bronquíolo tem, no seu
�nal, pequenos sacos chamados de alvéolos (STRAUB, 2014), nos quais ocor-
rem as trocas gasosas.
As vias aéreas conduzem o ar, sendo divididas em vias aéreas anteriores e
posteriores. O ar inalado pelas duas narinas passa a ser aquecido e umidi�ca-
do, indo para a laringe e, depois, para os brônquios e bronquíolos. Con�ra um
esquema do sistema respiratório na Figura 3:
2
Fonte: Diana (https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/) (2023).
Figura 3 Órgãos do sistema respiratório.
Os mecanismos de proteção do trato respiratório são variados e têm como fun-
ção a inativação de partículas e microrganismos inalados. Partículas grandes,
em aerossol, são �ltradas nas cavidades nasais, e somente as menores são ca-
pazes de atingir os pulmões. Gases, vapores e partículas menores não são �l-
tradas nas vias aéreas, alcançam os alvéolos e podem voltar a ser eliminadas
pelo ar expirado (STRAUB, 2014).
Existem doenças crônicas relacionadas ao sistema pulmonar, como asma ou
outras doenças crônicas não infecciosas. Conhecer o funcionamento do orga-
nismo e o comportamento do indivíduo contribui para a melhor orientação e
prevenção contra elas.
A seguir, estudaremos o sistema digestório, e sua relação com as ações do in-
divíduo e do ambiente.
Sistema digestório
Sabemos que a digestão se inicia na boca, onde ocorre a quebra do alimento
em moléculas. Em seguida, há a deglutição através da faringe e do esôfago, até
o estômago. Ao chegar neste, o bolo alimentar passa por uma estocagem gás-
trica, havendo a ação da saliva e do suco gástrico, gerando o quino, o qual se-
gue para o duodeno-intestinal (ROCHA et al., 2013).
No duodeno-intestinal, ocorrem as transformações digestórias principais,
com a absorção dos alimentos. É a partir do duodeno que o estômago é esvazi-
ado, e ocorrem a absorção e o envio dos nutrientes para o corpo.
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/
Em seguida, o intestino grosso recebe os elementos que não foram absorvidos,
sendo “transformados em fezes compostas de 30% dos alimentos não digeri-
dos, 30% de massa bacteriana sapró�ta, 30% de células descamativas intesti-
nais e 10% de muco e água” (ROCHA et al., 2013, p. 100).
Atenção!
É importante observar que o alimento passa por um processo dentro do organismo.
Por �m, temos o processo defecatório, englobando intestino grosso, cólon e re-
to. O cólon absorve muita água, a qual é proveniente da própria ingestão de lí-
quidos e de secreções gastrointestinais. Algumas doenças são relacionadas ao
aparelho digestório, como gastrite, úlceras, doenças hepáticas que podem che-
gar a atingir o cérebro, ocorrendo a encefalopatia hepática, que pode levar a al-
teração de comportamento, confusão acentuada e esturpor, podendo chegar a
morte (ROCHA et al., 2013).
Após nossa abordagem sobre os processos biológicos do corpo e seus diversos
sistemas, no próximo tópico, vamos falar de dor.
3. Dor
Shakespeare a�rma que "A dor enerva a alma, deixa-a temerosa, degenera-a; a
dor é o veneno da beleza" (apud NEUBARTH, 2011). A dor é um importante si-
nal de que algo não vai bem no organismo.
Sente-se dor a partir do momento em que os sinais nervosos carregados de in-
formações são enviados ao cérebro e se inicia o sofrimento de acordo com a
singularidade do indivíduo. Sabe-se que a dor é um fenômeno “sensorial e
emocional”, e a Psicologia se soma às áreas da saúde nas práticas clínicas de
controle da dor (PORTNOI, 2014).
Pro�ssionais e pesquisadores que atuam na assistência à saúde precisam co-
nhecer a �siologia da dor. Então, o que é dor?
A dor se dá de diferentes maneiras: uma sensação física como de um arra-
nhão; a dor emocional de perder um ente querido, ou de �nalização de um re-
lacionamento, até considerada como estresse severo; a dor de fadiga muscu-
lar; e aquela considerada dor clínica, que necessita de atendimento médico.
Como já mencionamos, a dor é importante para os pro�ssionais da área da
Saúde. Além disso, os familiares de pacientes com dor, o sistema de saúde e a
sociedade sentem o impacto da dor do paciente, particularmente quando esta
é persistente, refratária a tratamentos ou crônica.
Nesse sentido, a dor se torna um importante problema de Saúde Pública e ilus-
tra de forma clara o modelo biopsicossocial – sendo importante lembrar que
esse modelo abrange os mecanismos biológicos, psicológicos e sociais que
ajudam a moldar a resposta à dor.
Como exemplo, imagine um indivíduo que martela seu dedo. São observados
estímulos dolorosos que são processados pelo corpo, a sensação de �sgada.
Em conjunto, ocorre uma resposta emocional que a pessoa pode expressar ou
inibir. Podem ser apresentados também fatores comportamentais, como fra-
queza, em conjunto com fatores sociais, como um pedido de ajuda.
Você sabia que não sentir dor é perigoso para a saúde? E que podemos catego-
rizar a dor?
Straub (2014) classi�ca a dor em três categorias de acordo com sua duração:
aguda, recorrente e crônica.
A é a�itiva e pungente, se localiza em uma área ferida do corpo.
Essa dor é biologicamente bené�ca, pois alerta, avisa, leva à procura por trata-
mento. Dores desse tipo são, por exemplo, as advindas de queimaduras, fratu-
ras, fadiga muscular ou dores do pós-cirúrgico.
A , por sua vez, abrange episódios de desconforto intercalados
com períodos nos quais a pessoa está relativamente sem dor, e que se repetem
por mais de três meses.
Já a é de�nida como aquela que dura seis meses ou mais, ou seja,
abrange muito mais do que o período de cura normal, podendo ocorrer de for-
ma contínua ou intermitente, com intensidade moderada ou grave, e ser senti-
da em quase todos os tecidos do corpo (STRAUB, 2014).
Cabe destacar que a dor crônica está presente em todas as doenças que ma-
tam, ou seja, compreende-se que a dor é a dimensão silenciosa dos doentes
que sofrem dessas doenças, pois, a despeito do controle da doença sistêmica, a
dor é que lhes causa, além de sofrimento, grande perda na qualidade de vida.
Em termos psicológicos, a dor crônica aumenta a vulnerabilidade à infecção e
tem um custo psicológico devastador, pois abala a autoestima e a pessoa pode
apresentar insônia, raiva, sensação de abandono e outras perturbações.
Tomemos um exemplo: indivíduos com dor lombar crônica também tendem a
apresentar taxas mais elevadas de depressão e transtornos da personalidade e
maior probabilidade de beber e usar outras substâncias.
Assista, ao vídeo a seguir que aponta como equipes de saúde podem criar es-
tratégias práticas para lidar com a dor. Ajudar o paciente a buscar alívio para
a dor crônica é importante papel da Saúde Pública.
Dor em câncer
Casos de câncer sãooutro exemplo em que a dor ocorre em todas as fases da
doença e pode ser o primeiro e único sintoma dela. A dor no câncer é talvez o
modelo mais completo e complexo de dor, pois comporta diferentes origens
para a dor total: a doença, suas complicações, o tratamento e as morbidades
associadas podem contribuir.
Em alguns tipos de câncer, como o de cabeça e pescoço, a dor é muito frequen-
te
No tocante ao tratamento da dor em casos oncológicos, Portnoi (2014, p. 79)
a�rma que:
Saunders ouvia os pacientes em seus contextos cultural e relacional, observava a
maneira como se expressavam, registrava e monitorava os resultados de desenvol-
vimento da dor e o controle dos sintomas na tentativa de não somente entender o
mundo da dor, mas também de mudá-lo. Com tantas novas ferramentas para o alí-
vio do sofrimento do paciente oncológico, Saunders 
, , sendo a mor�na o medicamento mais
adequado nesses casos.
Ainda hoje os médicos têm uma formação no modelo biomédico, uma visão
biológica da doença, cuja técnica é voltada para a cura, e não para o cuidado.
Há di�culdades em lidar com as emoções do paciente e com suas próprias
emoções elicitadas na relação com o paciente (PORTNOI, 2014).
O paciente com câncer, com dor crônica, pode não receber a atenção e o trata-
mento adequados pelo médico, podendo ser considerado como paciente-
problema. Sempre é importante considerar fatores como ansiedade, depres-
são, suporte social, e preferências do paciente em termos de plano de trata-
mento.
Mensuração da dor
A mensuração da dor pode ocorrer por meio da observação sistemática do
comportamento, atentando-se a elementos como: tempo que o indivíduo passa
na cama, número de queixas verbais e pedidos de analgésicos.
As escalas de avaliação da dor podem se basear em relatos verbais, nos quais
a pessoa escolhe, a partir de uma lista, a palavra que descreva a dor de forma
mais precisa.
A seguir (Figura 4), veremos um exemplo de escala de faces de dor, que pode
ser apontada pela criança ou adolescentes no próprio leito. A Faces Pain
Scale-Revised (FPS-R) é amplamente utilizada em indivíduos dos 4 aos 16
anos de acordo com Silva e Thuler (2008, p. 345).
: Silva e Thuler (2008, p. 345).
Figura 4 Escala de faces de dor (FPS-R).
Você sabia que existem outras escalas que possibilitam avaliar a dor de um
paciente? Apresentamos apenas um exemplo e sugerimos que você pesquise
sobre as escalas que podem ser usadas para a veri�cação do nível de dor.
A �siologia da dor
Pensemos num exemplo de uma pessoa que sofre uma queda. No momento
desta, ocorrem intensamente reações elétricas e bioquímicas. A dor começa
quando os receptores sensoriais próximos à superfície do corpo, convertendo
um estímulo físico em impulsos neurais.
Ao cair e bater o cotovelo no chão, ocorre uma pressão que ativa os receptores
da pele que recobre o cotovelo, os quais estimulam os neurônios do sistema
nervoso periférico, que transmitem a mensagem ao cérebro. Somente quando
o cérebro registra e interpreta esse impulso neural, sente-se dor. O que ocorre
entre a estimulação dos receptores sensoriais e a interpretação pelo cérebro é
ainda objeto de pesquisas (STRAUB, 2014).
Os terminais nervosos livres contribuem para a experiência de dor. Fatores
psicológicos, como prestar atenção à dor, o estado emocional e a maneira co-
mo se interpreta uma situação, podem determinar se o indivíduo sente dor ou
não.
A percepção de dor é auto-observada, adquirida por meio de processos de
aprendizagem, sendo o relato verbal (oral ou escrito) uma das formas de des-
crever e comunicar essa percepção.
Em todas as culturas, a dor é um tipo de sensação descrita como algo desagra-
dável, independentemente da sua duração (aguda, crônica, episódica) ou da
sua origem (provocada por nocicepção ou desaferentação, mista ou psicogêni-
ca).
A dor nociceptiva é causada pela estimulação dos receptores de dor, como as
terminações nervosas da pele; já a dor por desaferentação é causada pela per-
da ou interrupção das vias sensoriais aferentes. A ausência de inibição causa
uma hipersensibilidade com ativação espontânea das vias dolorosas
(STRAUB, 2014).
En�m, os conhecimentos atuais sobre a �siopatologia da dor permitem me-
lhor compreensão de seus aspectos biopsíquicos, favorecendo a evolução de
novas formas de tratamento para as diversas síndromes e condições doloro-
sas existentes (ROCHA, 2015).
Desejamos que os conteúdos abordados tenham possibilitado a sua aprendiza-
gem e solicitamos que responda à questão a seguir para testar o seu aprendi-
zado.
4. Considerações
Chegamos ao �nal de mais um ciclo e esperamos que você tenha aproveitado
para aprofundar seu conhecimento com as leituras indicadas, pois os temas
abordados neste ciclo são importantes para sua formação. No próximo ciclo,
estudaremos o estresse e seus efeitos.
É fundamental que você saiba que este conteúdo não se completa aqui; pelo
contrário, é importante que você pesquise a bibliogra�a citada ou outras fon-
tes de pesquisa para ampliar seu conhecimento sobre os temas abordados.
 (https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-
g02363-dez-2023-grad-ead/)
Ciclo 3 – Enfrentamento do Estresse, Comportamento
Saudável e Comportamento Alimentar 
Objetivos
• Compreender as fases do estresse e seu enfrentamento.
• Re�etir sobre o comportamento saudável.
• Analisar o comportamento alimentar.
Conteúdos
• Fases do estresse e seu enfrentamento.
• Comportamento saudável.
• Comportamento alimentar.
Problematização
Quais as fases do estresse? Quais os tipos de estresse e doenças relacionadas a
eles? Quais os comportamentos saudáveis? O que é um comportamento ali-
mentar? Quais os principais riscos da obesidade?
Orientações para o estudo
Neste ciclo, você vai conhecer os mecanismos do estresse e as melhores for-
mas para lidar com ele, bem como a importância de ter um comportamento
saudável para a qualidade de vida. Acesse os links indicados, pois eles são
fundamentais para o seu conhecimento.
Vamos lá, boas leituras!
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/
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https://md.claretiano.edu.br/psiaplsau-g02363-dez-2023-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2084&action=edit
1. Introdução
No ciclo anterior, estudamos fatores determinantes da nossa vida que podem
afetar a saúde, tais como o funcionamento dos sistemas físicos, dentre os
quais destacamos os sistemas nervoso (especialmente o cérebro), límbico, en-
dócrino, respiratório e digestório. Além disso, vimos como a dor pode ser um
alerta de que algo não está bem e de que o indivíduo deve procurar um médi-
co, e conhecemos também a categorização da dor em aguda, recorrente e crô-nica.
Neste terceiro ciclo de estudos, vamos tratar das fases e tipos de estresse, os
quais podem afetar a saúde. Além disso, abordaremos mecanismos para lidar
com o estresse, que podem fazer diferença na percepção do mesmo. Por �m,
iremos analisar os comportamentos saudáveis e também o comportamento
alimentar.
2. Fases do estresse
Segundo Shor (apud BRAGA et al., 1999, n. p.):
O homem primitivo trabalhava apenas vinte horas por semana, caçando animais
nas proximidades e colhendo frutos das árvores. Embora também estivesse sujeito
ao estresse pelo medo dos predadores, tempestades e tribos inimigas, o número de
agressões que sofria diariamente era bem mais reduzido.
Algumas situações contribuíram para o aumento do estresse, tais como o en-
frentamento do calor e do frio, a fome, a sede, a presença de doenças etc.
Vejamos, a seguir, algumas de�nições da palavra “estresse”:
Nas ciências físicas, a de�nição do estresse [...] designava um estado de tensão
num sistema induzido por uma força externa que tenderia a deformá-lo. A dilata-
ção de um �o metálico que se observa mediante a colocação de um peso em uma
de suas pontas serviria como exemplo [...] o estresse era facilmente explicado em
termos dos agentes causais, do processo e das consequências observadas (FARIAS,
1985, p. 98-99).
O estresse é, ainda, de�nido como:
[...] um desequilíbrio substancial entre demanda (física e/ou psicológica) e a capaci-
dade de resposta, sob condições em que a falha em satisfazer aquela demanda tem
importantes consequências (WEINBERG; GOULD, 2017, p. 75).
Em 1934, começou a �car famoso o húngaro Hans Selye (1907-1982), jovem en-
docrinologista na McGill University em Montreal pela identi�cação de um no-
vo hormônio (ZUARDI, 2010, p. 1).
Hans administrava uma injeção diária do extrato de ovário bovino nos ratos.
Quando ia inserir a agulha, o rato se mexia, levando-o a errar o local da inje-
ção. Passou a segurar o rato com mais força, o que levava o rato a morder o
pesquisador, que derrubava o animal no chão e precisava correr atrás dele pe-
lo laboratório antes de conseguir concluir a injeção.
Depois de vários meses, ocorreu uma descoberta: a maioria dos ratos havia de-
senvolvido úlceras hemorrágicas, atro�as do timo (que produz linfócitos que
combatem doenças) e aumento das glândulas adrenais.
Para Selye (apud FIGUEIRAS; HIPPERT, 1999, p. 41, grifo nosso):
O estresse é o estado que se manifesta através da Síndrome Geral de Adaptação
(SGA). Esta compreende: dilatação do córtex da supra-renal, atro�a dos órgãos lin-
fáticos e úlceras gastro-intestinais, além de perda de peso e outras alterações. A
SGA é um conjunto de respostas não especí�cas a uma lesão e desenvolve-se em
três fases: 1) , caracterizada por manifestações agudas; 2) 
, quando as manifestações agudas desaparecem e; 3) ,
quando há a volta das reações da primeira fase e pode haver o colapso do organis-
mo. Selye a�rma que o estresse pode ser encontrado em qualquer das fases, embora
suas manifestações sejam diferentes ao longo do tempo. Além disso, não é neces-
sário que as três fases se desenvolvam para haver o registro da síndrome, uma vez
que somente o estresse mais grave leva à fase de exaustão e à morte.
Para Selye, duas ideias importantes foram criadas a partir dessa análise. Uma
é de que “o corpo tem uma resposta notavelmente semelhante para muitos es-
tressores diferentes”, e a outra é de que “os estressores, às vezes, podem deixar
as pessoas doentes”. Apesar disso, adotando-se o comportamento correto,
pode-se converter o estresse negativo em algo positivo (STRAUB, 2014, p. 75).
Sabemos que os psicólogos da saúde apontam como estressores os eventos ou
situações adversas que desencadeiam a necessidade de adaptações no en-
frentamento das pessoas, e que o estresse, por sua vez, é um processo por
meio do qual o indivíduo realização a percepção desses eventos que pode con-
siderar como ameaçadores ou desa�adores, e responde (STRAUB, 2014, p. 77).
É importante saber, então, que esse processo envolve a percepção da pessoa,
ou seja, um evento pode ser visto como adverso por uma pessoa, e por outra,
não.
O estresse faz parte da vida. Porém, ao sobrecarregar nossa capacidade de en-
frentamento, pode haver prejuízos à nossa saúde. Às vezes, ele persiste por um
longo período, como quando a pessoa perde um ente querido ou é forçada a se
aposentar.
Vamos re�etir por um momento, para tentar responder a esta pergunta: de on-
de vem o estresse?
Sabemos que ele pode vir de muitas direções, por exemplo, de trabalho, escola,
família, amigos, situações ao acaso, interações com terceiros etc.
Ele, ainda, ocorre em tempo real, quando a pessoa é forçada a lidar com situa-
ções adversas de sua vida, e também pode ocorrer apenas por meio de um
pensamento, por exemplo, quando um indivíduo pensa por diversas vezes em
um fato ocorrido, ocasionando novas descargas emocionais – chamamos esse
movimento de “ruminação mental”.
Os processos biológicos que ocorrem quando sentimos estresse podem diferir
um pouco conforme a �siologia singular e os níveis de reatividade �siológica
de cada indivíduo, mas os mesmos processos básicos afetam todos nós.
Na abordagem biopsicossocial, podemos observar o impacto do estresse em
nossa saúde. Diante dele, processos biológicos passam a ocorrer, de forma bá-
sica, em todas as pessoas. Já os processos psicológicos variam de acordo com
a personalidade e as experiências de vida de cada indivíduo, e a avaliação po-
de considerar uma situação como controlável ou incontrolável (STRAUB,
2014).
Se analisarmos a condição sociocultural de cada um, a avaliação do estresse
pode ter níveis diferentes diante de condições ambientais adversas, como en-
chentes, catástrofes, problemas cotidianos, trabalho e família.
De forma aguda, o estresse provoca uma resposta adaptativa e equipa o orga-
nismo para enfrentar o desa�o. Prepara para uma resposta de luta ou fuga,
distribuindo energia nos locais necessários para essa ação. No corpo, as pupi-
las dilatam, os hormônios do estresse são secretados e a digestão é reduzida.
Essas respostas buscam diminuir o risco para o organismo.
É fundamental observar que, quando os estressores não têm importância e
são percebidos como desa�os em vez de ameaças, eles podem ter efeitos posi-
tivos. E como é isso?
Con�ra um exemplo: se o indivíduo está cansado, voltando para casa do traba-
lho e encontra o trânsito parado ou lento, ele pode se irritar, pensar no 
 do seu cansaço e da necessidade de enfrentar o trânsito, buzinas etc. Essa
forma de pensar tende a aumentar o estresse.
Agora, se a pessoa pensar que, embora esteja cansada e o trânsito, intenso,
quer chegar bem em casa, e vê esse momento como um , ela pode apro-
veitar esse tempo para escutar a música de que gosta, pensar nas coisas boas
que ocorreram em seu dia e não se incomodar com o trânsito.
A forma como o indivíduo percebe o fenômeno, assim, dá signi�cado a ele e
permite buscar a solução do problema e contribuir para minimizar os níveis
de estresse.
3. Enfrentamento do estresse
As experiências estressantes podem levar o indivíduo a atuar utilizando es-
tratégias de coping (resolução de problemas). “Coping” é uma palavra anglo-
saxônica sem tradução para o português, que representa “formas de lidar
com”, “estratégias de confronto” ou “mecanismos de lidar com os agentes in-
dutores”. Segundo Dias e Pais-Ribeiro (2019, p. 55):
Coping pode ser de�nido como um conjunto de estratégias cognitivas e comporta-
mentais desenvolvidas pelas pessoas para lidar com as exigências internas e ex-
ternas da relação entre o indivíduo e o ambiente.
Assim, podemos dizer que as estratégias de coping estão voltadas à saúde
mental do indivíduo. Elas ajudam as pessoas a lidar com situações estressan-
tes, crônicas ou agudas.
Modelos de coping
As pessoas que realizam coping apresentam sentimentos de con�ança e espe-
rança de que os obstáculos podem ser superados. As in�uências psicológicas
afetam a maneira como avaliamos

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