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Anatomia e fisiologia do sistema reprodutivo masculino

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PROVA REPRODUÇÃO I – G1 
Anatomia e fisiologia do sistema reprodutivo masculino 
- Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal no macho: 
Hipotálamo libera GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), esse GnRH estimula a hipófise anterior 
(adenohipófise) a liberar FSH e LH (gonadotrofinas), essas gonadotrofinas atuam em diferentes locais. E2 (estrógeno) 
nos testículos (gônodas) pede pro hipotálamo liberar + quando está faltando/precisando e a testosterona junto da 
inibina criada pelas células de sertoli fazem um feedback negativo para bloquear o hipotálamo, regulando. 
- Caracterização da fertilidade: 
• Férteis: capacidade de fecundação 
• Inférteis: não tem capacidade de fecundação, produz espermatozoides mas mortos 
• Subférteis: capacidade de fertilização reduzida em decorrência de alguma patologia que pode ou não ser 
tratada/reversível 
• Estéreis: não produz espermatozoides 
O animal fértil pode ser apto ou inapto. Inapto por ter uma DST sem cura, ou um problema locomotor por não 
conseguir montar no manequim/animal. 
 
- Comprometimento da fertilidade: 
• Impotentia Coeundi: tem dificuldade em realizar a cópula, como não expor o pênis ou não conseguir montar 
na fêmea ou manequim 
• Falhas na manut. da gestação (contaminação) 
 
 
- CARACTERÍSTICAS: os órgãos do sistema reprodutor masculino são responsáveis pela produção de hormônios 
androgênicos (testosterona), espermatozoides (células germinativas) e líquido seminal (pelas glândulas acessórias), 
bem como pelo transporte de sêmen durante a ejaculação. 
1. BOLSA TESTICULAR - termorregulação 
2. TESTÍCULOS - produção 
3. EPIDÍDIMOS - maturação e armazenagem 
4. DUCTOS DEFERENTES - transporte 
5. CORDÕES ESPERMÁTICOS 
6. GLÂNDULAS PROSTÁTICAS, VESICULARES E BULBOURETRAIS 
7. PREPÚCIO E PÊNIS 
 
PECULIARIDADES: ruminantes: flexura sigmóide 
caninos: osso peniano 
felinos: espículas penianas 
 
1. BOLSA TESTICULAR 
- Presente em todos os animais domésticos, é uma evaginação do períneo composta basicamente por pele, 
fáscia escrotal e uma camada fibroelástica subcutânea e muscular (túnica dartos). A túnica dartos é fundida 
ao folheto parietal da túnica vaginal (mais interna), a pele tem uma epiderme fina e alguns poucos pelos. 
- A bolsa testicular regula a temperatura testicular (-4 a -7 graus da temperatura corporal) por meio de dois 
mecanismos especializados: 
• Resfriamento do sangue arterial antes de entrar no testículo, através da troca de calor com o sangue 
venoso no plexo pampiniforme, localizado no cordão espermático. 
• Movimentação dos testículos pela contração do músculo cremastérico externo e túnica dartos, 
retraindo-os para próximo do corpo, quando a temperatura externa estiver baixa, quando a 
temperatura estiver elevada, matém afastado do corpo. 
 
- Descida do testículo para a bolsa testicular: a descida é guiada e causada pela contração de um cordão 
fibromuscular, o gubernaculum testis, conectando o testículo à parede escrotal. O testículo inicialmente 
caudal ao rim, migra através do abdome, passa através do canal inguinal e move-se subcutaneamente (no cão 
lateralmente ao pênis) até o escroto. 
• BOVINA: 3,5 A 4 MESES DE GESTAÇÃO 
• OVINA: 2 MESES E 20 DIAS DE GESTAÇÃO 
• SUÍNA: 3 MESES DE GESTAÇÃO 
• EQUINA: POUCO ANTES/APÓS O NASCIMENTO, FECHAMENTO ANEL INGUINAL AOS 24 ANOS (PODE 
DESCER ATÉ OS 2 ANOS) 
• CANINA: AO REDOR DE 5 DIAS APÓS O NASCIMENTO 
• CRIPTORQUIDA: Uni ou bilateral, na parte inguinal ou no abdômen 
• MONORQUIDIA: Um dos testículos não existe 
• GARANHÃO tem pênis músculo-cavernoso, precisa de sangue para aumentar o tamanho 
• VARRÃO/CACHAÇO: glândulas acessórias muito desenvolvidas, volume seminal altíssimo e presença 
de S peniano 
• CÃO E GATO não têm vesículas seminais 
 
2. ESCROTO 
Aloja os testículos, epidídimos e parte dos cordões espermáticos, tem como função a proteção e a termo 
regulação. A circunferência escrotal pode ser mensurada em ruminantes a fim de imaginar a quantidade de 
túbulos seminíferos e devem ter medidas normais após a puberdade. Em equinos se usa o paquímetro para 
conseguir medir lateral e comprimento do testículo. 
 
3. TESTÍCULOS - gônadas masculinas com função endócrina (testosterona) e exócrina (prod. de sptz). Fazem a 
produção e trajeto espermático 
- Estruturas: 
I. Túbulos seminíferos onde tem tipos celulares, espaço intersticial e barreiras 
II. Túbulos retos 
III. Rede testicular 
IV. Ducto eferente 
V. Cabeça do epidídimo 
VI. Corpo do epidídimo 
VII. Cauda do epidídimo 
VIII. Ducto deferente 
IX. Gl. Acessórias 
X. Uretra pélvica 
XI. Uretra peniana 
 
- Posições 
Touro, bode e carneiro: posição inguinal 
Gato e suíno: posição perineal 
Cão e equino: posição intermediária 
 
- Constituição dos túbulos seminíferos 
Lâmina basal com células mióides 
Epitélio seminífero com células de Sertoli (sustentação) e células germinativas (espermatogônias, 
espermatócitos, espermátides, espermatozoides) 
GF: fatores de crescimento (TGFa, TGFB, FGF, EGF, etc) 
 
- As células germinativas não possuem receptores para T e FSH, quem os possui são as células de sertoli que, 
sob influências desses hormônios, propiciam a espermatogênese. Em todos os estágios de diferenciação, as 
células espermatogênicas estão em íntimo contato com aas células de sertoli que provêem a estas: 
• Regulação do meio interno dos túbulos seminíferos (formam a barreira hemato-testicular, fagocitose) 
• Secretam proteínas: transportadora de nutrientes (Fe, Cu e Vit. A), ABP (ptn ligante de andrógenos, 
transporte de testosterona), dentre outras. 
• As células de Sertoli também são endócrinas: AMH (diferenciação testicular) e inibina B e ativina 
(regulação da secreção de FSH) 
 
- Barreira hemato-testicular: junções firmes ou do tipo tight, comunicação entre várias células de sertoli, proteção 
para as células em desenvolvimento contra a resposta auto-imune e isola as células germinativas do resto do 
organismo. 
 
- Interações entre gonadotrofinas, células de sertoli, de leydig e germinativas: 
• As células de Sertoli respondem ao FSH sintetizando fatores de crescimento (GF) que modulam a mitose, 
meiose e diferenciação dos diversos tipos de células germinativas nos túbulos seminíferos. 
• As células de Leydig secretam testosterona em resposta ao LH. Este esteróide é fundamental para a 
espermatogênese mas sua ação ocorre "via" células de Sertoli. 
• Fatores de crescimento sintetizados pelas células germinativas também modulam diversas funções das células 
de Sertoli. 
 
- CÉLULAS DE SERTOLI 
• Responsáveis pela estrutura e funcionalidade da barreira hematotesticular. 
• Secretam o fluído dos túbulos seminíferos 
• Função de "nutrir" as células germinativas: mediam o transporte de nutrientes, íons e hormônios para as 
células germinativas 
• Produzem a proteína carreadora da testosterona (ABP = adrogen-binding protein) 
• Respondem ao FSH e sintetizam estradiol, inibina, ativina e fatores de crescimento 
• Possuem receptores para andrógenos. Portanto, mediam a ação da testosterona sobre a espermatogênese 
• A função das células de Sertoli também é influenciada pela testosterona (produzida pelas células de Leydig) e 
fatores de crescimento sintetizados pelas células germinativas 
• A mitose das células de Sertoli ocorre durante a fase fetal e, em certos casos, até a pré-puberdade, mas não 
após os animais tornarem-se púberes 
• A multiplicação das células de Sertoli ocorre devido a ação do FSH, entre outros fatores. A diferenciação das 
mesmas é modulada pela ação da testosterona e, em algumas espécies, dos hormônios da tireóide 
• Em animais adultos, a população de células de Sertoli/testículo esta associada ao tamanho e peso testicular e 
produção espermática diária 
• A população de células de Sertoli delimita, em última instância, a capacidade potencial de produção de células 
germinativas de um reprodutor adulto• Alterações no número ou funcionalidade das células de Sertoli tem consequências diretas sobre a 
espermatogênese e produção de células germinativas 
 
- ESPERMATOGÊNESE 
• Produção de espermatozoides (células haplóides = 1 cromossomo = 1n) nos túbulos seminíferos a partir de 
"espermatogônias" 
• Envolve processos de mitose, meiose e diferenciação celular 
• Os eventos de espermatogênese dependem da funcionalidade das células de Sertoli e Leydig e suporte 
hormonal (gonadotrofinas, testosterona e fatores de crescimento) 
 
- Espermiogênese 
As mudanças durante a espermiogênese envolvem trasnformações da espermátide esférica a espermatozoide 
maduro: (1) formação do acrossoma, (2) mudanças nucleares, (3) desenvolvimento do flagelo, (4) reorganização do 
citoplasma e organelas celulares e (5) o processo de liberação da célula de Sertoli (espermiação). 
 
 
- Evolução da espermatogênese 
1. Células tronco (espermatogônia) dividem-se por mitose, formando duas células "filhas": 
2. uma permanece como espermatogônia de "reserva"; 
3. outra divide-se em gerações de espermatogônias (tipo A, intermediária e B) e diferenciam-se em 
espermatócitos. 
4. Espermatócitos primários: iniciam meiose e formam espermatócitos secundários. 
5. Espermatócitos secundários diferenciam-se em espermátides arredondadas. 
6. Espermátides arredondadas diferenciamse em espermatozoides 
7. Espermatozoides perdem contato com o epitélio seminífero e são carreados no lúmen dos túbulos. 
 
Se chegar na puberdade e não tem desenvolvimento é anormal e tem que saber quando entre na puberdade para 
fazer o primeiro exame andrológico. 
 
- Epidídimo - Maturação e armazenamento dos espermatozóides: 
• Envolve mudanças bioquímicas e morfológicas nos espermatozóides 
• Reabsorção de fluídos e solutos 
• Permite ao espermatozoide adquirir motilidade e capacidade de penetrar e fecundar oócitos 
• Armazenar (estocagem) os espermatozoides (cabeça do epidídimo, reserva extragonadal) 
• Proteger os espermatozoides contra processos oxidativos, capacitação prematura e reação do sistema 
imunológico 
• Reabsorção de formas anormais (seletiva) 
 
- Capacitação espermática - capacidade de encontrar o oviduto, receptores indicam o local (proteínas/secreções no 
trato reprodutivo da égua). 
 
- Secreções das glândulas sexuais acessórias (GSA): prover os espermatozoides de meio para sobrevivência e 
motilidade no trato reprodutivo da fêmea. GSA secretam proteínas que viabilizam: capacitação espermática, proteção 
contra processos oxidativos e contra reação do sistema imunológico da fêmea, motilidade, reação acrossômica (+ 
força) e interação com o oviduto. 
 
- Capacitação espermática: ocorre no trato reprodutivo da fêmea, processo mediado por proteínas das glândulas 
sexuais acessórias e por componentes do fluído do oviduto; envolve alterações na estrutura e composição da 
membrana dos espermatozoides, ativação de mecanismos intracelulares de fosforilação e hiperativação espermática. 
 
- Espermatozoide no oviduto: ligam-se ao epitélio do oviduto, mediados por proteínas da membrana dos 
espermatozoides, ocorre formação de um reservatório de espermatozoides no oviduto, liberação de espermatozoides 
gradualmente do reservatório oviduto permite que células espermáticas atinjam o local de fertilização em momentos 
diferentes (maior chance de encontrar o óvulo) 
 
- Funções da testosterona 
• Feedback negativo (bloqueia) no hipotálamo (GnRH) e hipófise anterior (FSH e LH) 
• Modulação das funções das células de Sertoli e das células germinativas 
• Ação sobre as funções do epidídimo e glândulas sexuais acessórias 
• Desenvolvimento dos órgãos sexuais e caracteres sexuais secundários 
• Modulação da libído e comportamento (animal + brabo quando tem +) 
• Ação anabólica sobre células musculares 
• Estimula a retenção de Ca e deposição nos ossos 
• Estimula a divisão de células do tecido ósseo durante a pré-puberdade e puberdade 
• Participa na formação de eritrócitos (células vermelhas) 
 
- Sêmen: secreção (ampolas, vesículas seminais, próstata, bulbouretrais e proteínas) + espermatozoides 
- Prepúcio: parte externa e interna; glândulas que auxiliam na lubrificação. 
- Pênis 
• Ruminantes e suínos: flexura sigmóide (1/3 do comprimento), tipo fibroelástico 
• Garanhão: músculo-cavernoso, ereção aumenta seu tamanho em 50% (deve ocorrer retração, deixar garanhão 
calmo) 
• Cães: osso peniano, bulbo 
• Gatos: espículos (para a gata ovular, coelha também ovula somente na cópula)

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