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CASO CLÍNICO 1 Paciente: Ana Silva Idade: 26 anos Sexo: Feminino Profissão: Secretária Queixa Principal: Dor no pescoço e no braço direito com irradiação para o polegar e dedos indicador e médio da mão direita, dificuldades em realizar movimentos de coluna cervical. História da Doença Atual: Ana relata que há aproximadamente 3 meses começou a sentir uma dor incômoda na região do pescoço, que foi se intensificando gradualmente. Ela descreve a dor como uma sensação de queimação que se estende ao longo do braço direito até os dedos. A dor tende a piorar ao movimentar o pescoço para os lados ou para baixo, além de ser agravada por atividades que exigem uso repetitivo do braço direito, como digitar no teclado do computador. História Médica Pregressa: Hipertensão arterial controlada com medicamentos. Não possui histórico de lesões traumáticas no pescoço ou na coluna cervical. Não tem histórico de cirurgias anteriores. História Social: Ana é secretária em uma empresa de médio porte, onde passa a maior parte do tempo sentada em frente ao computador. Ela não pratica atividade física regularmente, mas tenta fazer pequenas caminhadas durante os finais de semana. Observações complementares: Presença de trigger points em região de cintura escapular direita, protrusão de cabeça, rotação interna de ombros e tilt escapular bilateral. 1) QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? POR QUÊ? Hipótese Diagnóstica: Dor cervicobraquial de origem musculoesquelética, com provável compressão nervosa. Justificativa: Dor no pescoço e no braço direito: Sintoma clássico de dor cervicobraquial. Irradiação para polegar, indicador e médio: Sugere possível compressão da raiz C6 do nervo plexo braquial. Dificuldades em movimentar a coluna cervical: Indica rigidez e/ou dor ao movimento. Piora com movimentos específicos: Sinal de possível compressão nervosa. Presença de trigger points: Pontos de gatilho musculares podem gerar dor referida no trajeto do nervo. Postura inadequada: Protrusão de cabeça, rotação interna de ombros e tilt escapular podem sobrecarregar a coluna cervical e os nervos. 2) QUAL(IS) TESTE(S) CLÍNICO(S) DEVEMOS EXPOR A PACIENTE PARA CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA? COMO SÃO/É FEITO(S) O(S) TESTE(S) E QUAL(IS) MECANISMO(S) O FARÁ(ÃO) POSITIVO(S)? Teste de Spurling: Objetivo: Avaliar compressão radicular em nível cervical. Execução: Flexão lateral da cabeça para direita, fisioterapeuta se posiciona atrás do paciente, com os dedos entrelaçados faz uma pressão (compressão) axial sobre a cabeça. Resultado positivo: Aumento da dor no pescoço e/ou irradiação para o membro superior. 3) QUAL(IS) EXAME(S) DE IMAGEM PODERIAM SER(EM) SOLICITADO(S) E POR QUÊ? Radiografia da coluna cervical: Avaliar alterações ósseas, como osteófitos e artrose. Ressonância magnética da coluna cervical: Avaliar tecidos moles, como músculos, ligamentos, nervos e discos intervertebrais. 4) QUAL DIGNÓSTICO CLÍNICO O(S) EXAME(S) DE IMAGEM DESCARTARIA(M)? POR QUÊ? Exames de imagem podem descartar: Hérnia de disco cervical: Protrusão do disco intervertebral que comprime a raiz nervosa. Estenose foraminal: Estreitamento do canal por onde passa a raiz nervosa. Doença degenerativa discal: Desgaste dos discos intervertebrais. Artrose: Degeneração das articulações facetárias. 5) O QUE MAIS DEVE CONSTAR NA AVALIAÇÃO DA PACIENTE? POR QUÊ? Avaliar postura global: Identificar outros pontos de desequilíbrio muscular ou postural. Palpação muscular: Buscar outros triggers points e avaliar tônus muscular. Avaliar força muscular: Identificar fraqueza muscular específica. Avaliar amplitude de movimento: Identificar restrições de movimento na coluna cervical. Avaliar sensibilidade: Testar sensibilidade superficial e profunda no membro superior. 6) ELABORE UM PLANO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO. (OBJETIVOS E CONDUTAS). Objetivos: Reduzir a dor e a inflamação. Melhorar a mobilidade da coluna cervical. Fortalecer os músculos do pescoço e dos ombros. Corrigir a postura. Melhorar a qualidade de vida da paciente. Condutas: Terapia manual:Massagem, técnicas de liberação miofascial, mobilização articular. Exercícios cinesioterapêuticos: Alongamentos, exercícios de fortalecimento e propriocepção. Eletroterapia: TENS, FES, ultrassom terapêutico. Orientação postural: Ensinar a paciente a manter uma postura adequada no trabalho e em casa. Ergonomia: Adaptar o ambiente de trabalho para evitar sobrecarga na coluna cervical. 7) QUAL O PROGNÓSTICO PARA A PACIENTE ANA? O prognóstico para a paciente Ana é bom. A maioria dos casos de dor cervicobraquial responde bem ao tratamento fisioterapêutico. Com o tratamento adequado, a paciente deve sentir melhora da dor e da função do membro superior em poucas semanas.
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