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Dermatologia Doenças cutâneas fúngicas Criptococose Cryptococcus neoformans. Fungo saprófito. É uma doença fúngica causada por diferentes variedades do complexo Cryptococcus neoformans. Trata-se de um microrganismo oportunista que acomete, majoritariamente, indivíduos imunocomprometidos. A patologia é multissistêmica e, por isso, os sinais clínicos são variados sendo, o trato tegumentar, pouco relatado. Estabelecem uma infecção na cavidade nasal, nos seios paranasais ou nos pulmões. A seguir, pode haver disseminação para a pele, olhos, SNC e outros órgãos. É incomum em gatos e rara em cães, com incidências maiores relatadas em adultos jovens. Sinais clínicos: Gatos: trato respiratório superior é mais comumente acometido, com espirros, obstrução nasal por secreção, rinorreia (corrimento nasal excessivo), massa nasal ou aumento de volume subcutâneo firme na ponta nasal. Múltiplas pápulas e nódulos não dolorosos que podem ulcerar na pele. Linfadenomegalia é comum. Sinais neurológicos variáveis e doença ocular (pupilas fixas e dilatadas; cegueira). Cães: a doença é principalmente neurológica ou oftálmica. Acometimento o trato respiratório superior também é frequente. Ocasionalmente há úlceras cutâneas, principalmente no focinho e nos lábios, na cavidade oral ou ao redor dos leitos ungueais. Diagnóstico/Abordagem clínica: Citologia (exsudato, aspirados de tecido): inflamação(pio)granulomatosa com leveduras delgadas, com brotamento e paredes finas cercadas por cápsulas transparentes, refringentes e tamanho variável. Criptococose revelado em felinos. (A) Numerosas "células filhas" (células menores) próximas de uma "célula mãe" (células maiores) (hematoxilina e eosina). (B) A cápsula e a parede das células filhas e das células mães coraram-se fortemente na coloração de azul Alciano. Barra = 20µm. Dermato-histopatologia: dermatite e paniculite pio(granulomatosa) nodular a difusa. ELISA ou aglutinação em látex: Detecção sérica de antígeno capsular criptococóccico. Cultura fúngica. PCR Tratamento e prognóstico: Lesões cutâneas devem ser, se possível, submetidas à excisão curúrgica. Administração de terapia antifúngica sistêmica prolongada e deve ser continuada por pelo menos 1 mês após a resolução clínica completa. O tratamento deve ser mantido até que os títulos séricos de antígeno criptococóccico sejam negativos. Fármacos: Itraconazol (Sporanox cápsulas) 5 a 10mg/kg, Via Oral administrado com alimento a cada 12 a 24H Fluconazol 5a 10mg/kg Via Oral a cada 12 a 24H Cetoconazol 5 a 10mg/kg Via Oral com alimento a cada 12 a 24H Terbinafina 30 a 40mg/kg Via Oral a cada 12 a 24H Anfotericina B 0,5 a 0,8mg/kg por via subcutanea, duas a tres vezes por semana, até a dose cumulativa de 8 a 26mg/kg. Concentrações acima de 20mg/L podem causar irritação locaç. Em gatos, o prognóstico é moderado a bom, exceto na presença de acometimento do SNC. O prognóstico em gatos com acometimento do SNC e em cães é mau. Os animais infectados e as culturas não são considerados contagiosos a outros animais ou seres humanos.
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