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Fibromialgia

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ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
Fibromialgia
Distúrbio Comum caracterizado por dor musculoesquelética
generalizada crônica, queimação, rigidez, parestesia,
perturbação do sono e fatigabilidade fácil junto com
múltiplos pontos dolorosos. Mais comum em mulheres do que
em homens. O diagnóstico é feito clinicamente;a avaliação
revela pontos dolorosos nos tecidos moles, porém nenhuma
anormalidade articular objetiva pelos exames físico,
laboratorial e radiográfico.
● Acomete 6 vezes mais mulheres, principalmente na
faixa etária de 20 a 55 anos, do que homens,
apresentando prevalência mundial em
aproximadamente 5% da população.
FISIOPATOLOGIA
Existem muitas controvérsias relacionadas a patogênese da
FM, pois não há substrato anatômico na sua fisiopatologia e
seus sintomas que se confundem com um processo
depressivo patológico e com a síndrome da fadiga crônica.
Por esse motivo, alguns especialista consideram a
fibromialgia como uma síndrome de somatização.
ilidade crônica do sistema nervoso central e periférico.
A fibromialgia é uma doença que promove uma
sensibilização central, isto é, há uma hiperexcitabilidade dos
neurônios a estímulos periféricos. Há fortes indícios de que
haja uma predisposição genética para esse fato, visto que
há maior risco relativo de desenvolver fibromialgia quando
se tem familiares de primeiro grau com a doença.
MANIFESTAÇÕES
Os principais sintomas da fibromialgia podem ser vistos
como uma tríade que inclui:
● Dor difusa crônica (bilateral, acima e abaixo do
tronco e no esqueleto axial, com duração maior
que 3 meses);
● Fadiga;
● Distúrbios do sono
Dor crônica generalizada há mais de 3 meses, com
predominância musculoesquelética, que pode iniciar-se de
forma localizada e posteriormente tornar-se generalizada,
correlacionada muitas vezes a um evento estressante, com
padrão variável de intensidade, de moderada a forte, e
migratória ao longo dos dias, relatada tanto em repouso
quanto em movimento, potencialmente incapacitante
associada a fadiga, sono não reparador e transtornos do
humor, destacando-se a ansiedade, a depressão, a síndrome
do pânico e o transtornos obsessivo-compulsivos.
DIAGNÓSTICO:
De modo geral o paciente não apresenta alterações no
exame físico musculoesquelético e neurológico que
justifiquem a sintomatologia referida. Muitas vezes os
pacientes irão relatar a presença subjetiva de edema em
extremidades, principalmente nas mãos, e parestesia, sem
distribuição em dermátomos, a qual piora com alterações na
temperatura. Destaca-se a presença de sensibilidade
dolorosa, de caráter variável, nos chamados “tender points”.
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
Critérios ACR 2010: somatória dos scores obtidos no Índice
de Dor Generalizada (IDG) e na Escala de Gravidade dos
Sintomas (EGS), sendo relevantes resultados maiores e
iguais a 7 no IDG e maiores ou iguais a 5 no EGS nos
últimos 3 meses.
Classifica-se como fibromialgia se as 3 condições
estiverem presentes:
• IDG ≥ 7 e EGS ≥ 5, ou IDG 3-6 e EGS ≥ 9;
• Sintomas estáveis e presentes por pelo menos 3
meses;
• Não haver outra causa que explique os sintomas.
EXAME LABORATORIAIS
Os exames para avaliar outras causas para os sintomas do
paciente devem ser velocidade de hemossedimentação
(velocidade de hemossedimentação) ou proteína C reativa,
creatinoquinase (CK) e, provavelmente, história de
hipotireoidismo e hepatite C (que pode causar fadiga e
mialgia generalizada). Em geral, a fibromialgia não causa
anormalidades nesses testes. Outros exames (p. ex.,
sorologias para doenças reumáticas) devem ser feitos
somente se indicados por achados na história e/ou exame
físico.
Os reagentes de fase aguda estão geralmente ausentes na
fibromialgia e aumentados em condições inflamatórias, como
polimialgia reumática, miopatias inflamatórias e doenças
articulares inflamatórias (artrite reumatoide e
espondiloartrites). Lembre-se que a fibromialgia não é uma
condição inflamatória, logo, provas inflamatória não estão
tipicamente alteradas.
Exames de autoanticorpos, como fator anti-nuclear (FAN) e
fator reumatoide (FR), podem ajudar a excluir lúpus
eritematoso sistêmico e artrite reumatoide – pois o
FAN e o FR estão presentes na maioria dos casos dessas
doenças, respectivamente, ao passo que sua positividade
não é característica ou fala a favor da fibromialgia.
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Como diagnósticos diferenciais da fibromialgia estão o
hipotiroidismo, o LES, a AR precoce, polimiosite e
espondiloartrites, osteoartrite,, deficiência de vitamina
D/osteomalácia, polimialgia reumática, miopatias
inflamatórias, distrofias musculares, parkinsonismo,
hipopotassemia, uso de certos medicamentos (estatinas,
bloqueadores de H2) ou drogas ilícitas (cocaína, cannabis).
TRATAMENTO
Tratamento não farmacológico
● Educação do paciente: explicar ao paciente o que é a
doença, os fatores precipitantes de dor, prognóstico e
importância da adesão ao tratamento.
● Atividade física: é fundamental combater o
sedentarismo, orientar realização de atividades
aeróbicas, alongamento e fortalecimento muscular,
por no mínimo 30 min, 3 vezes na semana, como por
exemplo: caminhadas, yoga, pilates, hidroterapia.
● Orientações sobre higiene do sono e terapia cognitiva
comportamental.
Tratamento farmacológico
● Dor leve a moderada: analgésicos (paracetamol ou
dipirona).
● Dor intensa: duloxetina (30 a 60mg/dia), pregabalina
(75mg a 450 mg/dia) e tramadol.
● Sono muito comprometido: amitriptilina (10 a
25mg/dia), pregabalina e ciclobenzaprina (5 a 30
mg/dia).
Analgésicos não opióides (p. ex., paracetamol, AINEs)
podem ajudar certos pacientes. Os opióides devem ser
evitados. Pregabalina, duloxetina e milnaciprana estão
disponíveis para o tratamento da fibromialgia, mas devem
ser utilizadas em conjunto com exercícios; as medidas para
melhorar o sono e o monitoramento do estresse podem
ajudar um pouco a diminuir a dor.
ʕ ´•̥̥̥ ᴥ•̥̥̥`ʔ Brenda Bosquê

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