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ATIVIDADESDE ACADEMIA

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Prévia do material em texto

PROFESSOR
Me. Adriano Ruy Matsuo
Me. Fábio Luiz Iba
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
ATIVIDADES 
DE ACADEMIA
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2 
 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação 
Cep 87050-900 - Maringá - Paraná - Brasil
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor 
Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio 
Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon, Diretoria de Graduação Kátia Coelho, Diretoria 
de Cursos Híbridos Fabricio R. Lazilha, Diretoria de Pós-Graduação Bruno do Val Jorge, Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine, Diretoria de Design Educacional Débora Leite, Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima, Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira, Gerência de Curadoria Carolina Abdalla 
Normann de Freitas, Gerência de Contratos e Operações Jislaine Cristina da Silva, Gerência de Produção de Conteúdo 
Diogo Ribeiro Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey, Supervisora de Projetos Especiais Yasminn 
Talyta Tavares Zagonel Supervisora de Produção de Conteúdo Daniele C. Correia
Coordenador(a) de Conteúdo Mara Cecília Rafael Lopes, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração 
Sabrina Novaes Designer Educacional Patrícia Ramos Peteck, Revisão Textual Meyre A. P. Barbosa, 
Ilustração André Azevedo, Bruno Pardinho, Welington Vainer Satin de Oliveira Fotos Shutterstock.
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
MATSUO, Adriano Ruy ; IBA, Fábio Luiz.
 Atividades de Academia. Adriano Ruy Matsuo; Fábio Luiz Iba.
 Maringá - PR.:Unicesumar, 2020. Reimpressão 2021.
 210 p.
 “Graduação em Educação Física - EaD”.
 1.Atividade . 2.Academia . 3.Educação Física EaD. I. Título.
ISBN 978-65-5615-039-0 CDD - 22ª Ed. 796
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha Catalográfica Elaborada pelo Bibliotecário
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por: 
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não somente 
para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima 
de tudo, para gerar uma conversão integral das 
pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: 
intelectual, profissional, emocional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e 
Londrina) e em mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil e, também, 
no exterior, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de 
excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos 
entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduaçãoLeonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Me. Adriano Ruy Matsuo
Natural de Maringá, Paraná, Brasil. Possui Mestrado em Educação Física pelo 
Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física - UEM/UEL (CAPES 
4), na área de Desempenho Humano e Atividade Física; linha de pesquisa em 
Atividade Física e Saúde (2018). Especialização em Fisiologia Humana: Fun-
cionamento do Organismo Humano no Contexto Interdisciplinar (2013), pela 
Universidade Estadual de Maringá (UEM) e graduação em Bacharelado em 
Educação Física (2011), também pela UEM. Tem experiência na área de acade-
mia, atuando como personal trainer, professor na musculação e em diferentes 
modalidades de ginásticas de academia. Atualmente é professor do curso de 
Educação Física EAD da UniCesumar.
http://lattes.cnpq.br/2456149959756244
Me. Fábio Luiz Iba
Possui Mestrado em Administração pelo programa de pós-graduação oferecido pela 
Universidade Estadual de Maringá na linha de Organização e Mercado (2018). MBA em 
Gestão Empresarial (2011) e MBA em Gerenciamento de Projetos (2014), ambos pela 
mesma Universidade e graduação em Administração também pela Universidade Estadual 
de Maringá (2005). Atualmente é professor dos cursos de graduação e pós-graduação 
EAD, na área de administração e gestão de projetos.
http://lattes.cnpq.br/6939160957684922
apresentação do material
ATIVIDADES DE ACADEMIA 
Adriano Ruy Matsuo e Fábio Luiz Iba
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao estudo das Atividades de Academia!
Quando falamos: “atividades de academia”, os primeiros pensamentos que nos vêm à mente são ativida-
des como a musculação e as ginásticas de academia. Isso é normal, visto que estas foram e são atividades 
que legitimam os espaços conhecidos como academias de ginástica. Contudo, é importante destacar que, 
atualmente, muitas outras práticas corporais são oferecidas nesses ambientes.
Nesse contexto, esta obra busca reunir e apresentar as principais atividades físicas ofertadas nas aca-
demias nos dias de hoje, com uma especial ênfase nas ginásticas de academia. A escolha em destacar o 
conteúdo relativo às ginásticas é devido à sua importância histórica e da possibilidade de transpor seus 
conhecimentos para as demais atividades físicas da academia.
Desta forma, o objetivo aqui é proporcionar bases teóricas e metodológicas para dar suporte à sua 
atuação nos estágios, no mercado de trabalho, bem como em diversos outros espaços. Para isso, num 
primeiro momento, será tratado o conteúdo geral das atividades de academia. Faremos um breve resgate 
da construção histórica desse ambiente de exercícios físicos, discutiremos os termos fitness e wellness, 
tão comuns em nossa área, e para encerrar essa primeira parte, apresentaremos as principais atividades 
ofertadas em uma academia de ginástica.
Num segundo momento, abordaremos os conteúdos pertinentes à ginástica de academia. Começare-
mos esse estudo através da sua história, falando sobre a sua origem no movimento ginástico europeu até 
o seu apogeu enquanto atividade de academia. Na sequência, discutiremos seus aspectos fisiológicos em 
termos de sistemas de transferência de energia, monitoramento e modulação da intensidade das aulas, 
e, brevemente, da recuperação dos substratos energéticos. Em seguida, serão tratados alguns elementos 
da música, essenciais para a elaboração coreográfica e andamento de uma aula.
Ainda neste contexto, apresentaremos algumas das principais modalidades de ginástica de academia, 
que fazem uso ou não de equipamentos específicos, e de seus movimentos básicos. Vamos finalizar o 
conteúdo da ginástica, abordando os aspectos do treinamento esportivo, métodos de treinamento, assim 
como a apresentação de pontos essenciais para se ministrar uma aula com excelência.
O último momento desta obra é destinado ao estudo dos conteúdos da administração, visto que, ao 
concluírem a sua formação, muitos profissionais da educação física abrem o próprio negócio. Assim, serão 
trabalhados componentes importantes para o exercício das atividades de gestão e empreendedorismo.
Esperamos que este livro ajude a qualificar sua carreira profissional e acadêmica!
Ótima leitura e bons estudos!
sumário
UNIDADE I
A ACADEMIA DE ATIVIDADES FÍSICAS
14 História da Academia de Ginástica
20 Fitness e Wellness
24 Atividades ofertadas em uma Academia de 
Ginástica
50 Gabarito
UNIDADE II
INTRODUÇÃO À GINÁSTICA DE ACADEMIA
56 Aspectos Históricos da Ginástica de Academia
70 Ginástica de Academia e a Fisiologia do Exercício
84 Elementos Musicais na Ginástica de Academia
97 Gabarito
UNIDADE III
MODALIDADES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA
104 Modalidades que não fazem o uso de equipamentos
116 Modalidades que fazem o uso de equipamentos
128 Modalidades Aquáticas de ginástica de academia
139 Gabarito
UNIDADE IV
PLANEJAMENTO DA AULA DE GINÁSTICA DE ACADEMIA
144 Treinamento Esportivo e a ginástica de academia
150 Planejamento e Organização de uma aula de 
ginástica de academia
156 Elementos para um coaching de excelência
170 Gabarito
UNIDADE V
GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
176 Administração e seus principais conceitos
180 Processo administrativo
184 Estrutura organizacional
188 Empreendedorismo e plano de negócios
198 Gabarito
199 REFERÊNCIAS
Me. Adriano Ruy Matsuo
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• História da Academia de Ginástica
• Fitness e Wellness
• Atividades Ofertadas em uma Academia de Ginástica
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar, brevemente, a trajetória histórica da academia 
de ginástica.
• Discutir sobre os termos fitness e o wellness no contexto da 
academia.
• Apresentar as atividades comumente praticadas e 
oferecidas na academia.
A ACADEMIA DE ATIVIDADES FÍSICAS
unidade 
I
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a), para iniciarmos o estudo das atividades de acade-mia, nesta primeira unidade trataremos deste nosso ambiente de trabalho, que é a academia de ginástica. Além disso, serão apresentadas as principais atividades que, atualmente, são de-
senvolvidas nela.
Desta forma, primeiramente, faremos um sucinto resgate da história 
da academia de ginástica para que possamos compreender como ela se 
consolidou enquanto local de prática de exercícios físicos. Nesse sentido, 
veremos quem foram os pioneiros e quais foram as práticas que origina-
ram e impulsionaram a globalização das academias de ginásticas.
Na sequência, discutiremos sobre dois temas muito comuns no contexto 
das academias de ginástica, o Fitness e o Wellness. Veremos que o fitness está 
ligado a muitos outros aspectos para além da condição física apenas. Nesse 
contexto, trataremos das dimensões do fitness, em especial da dimensão fí-
sica, onde encontramos os componentes da aptidão física. Veremos também 
que o termo wellness surgirá como conceito paralelo à ideia de academia, 
meramente, com finalidade de desenvolvimento da aptidão física.
Para encerrar a unidade, abordaremos as principais atividades ofer-
tadas nas academias de ginástica. Partindo do entendimento de que estas 
vão além dos exercícios físicos desenvolvidos, categorizaremos, didatica-
mente, as atividades ofertadas em dois tipos: modalidades de exercícios 
físicos e atividades complementares.
Nessa perspectiva, serão apresentadas aquelas modalidades de exercí-
cios físicos que, de certa forma, são práticas clássicas nas academias como 
a Musculação, o Treinamento funcional e o Treinamento individualiza-
do ou Personal trainer. Já as atividades complementares retratadas serão 
aquelas oferecidas com o intuito de fornecer suporte e uma experiência 
melhor ao aluno, como a avaliação física.
Com esses apontamentos iniciais estamos preparados para começar 
os estudos! Tenha uma ótima leitura! 
14 
 
Iniciaremos nosso estudo a respeito das atividades 
presentes na academia, realizando um sucinto res-
gate histórico deste estabelecimento de atividades 
voltadas, principalmente, ao aprimoramento dos 
componentes da aptidão física.Contudo, antes de 
entrarmos nesta discussão, é importante entender 
a origem da expressão “academia de ginástica”, 
utilizada, aqui no Brasil, para designar estabeleci-
mentos deste tipo.
O termo “academia” tem origem na escola fun-
dada por Platão, chamada de Academia, devido ao 
local onde estava instalada, o bosque de Academos 
(GAARDER, 1995). É relevante destacar que, junta-
mente com a educação do intelecto, o cuidado com o 
corpo e a boa forma faziam parte do pensamento grego 
da época. Já a palavra ginástica é utilizada, usualmen-
te, para designar um conjunto de exercícios físicos que 
têm por objetivo a manutenção ou o aperfeiçoamento 
físico (FONTANA; REPPOLD FILHO, 2014).
História da 
Academia de Ginástica
 15
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O movimento gerado por Sandow e Atlas se forta-
leceu, na década de 70, com as publicações da The 
International Federation of Bodybuilding and Fitness 
(IFBB), em português “Federação Internacional de 
Bodybuilding e Fitness”, com o surgimento de atores, 
como Arnold Schwarzenegger e de franquias, como 
a, mundialmente conhecida, Gold´s Gym.
O surgimento das academias de ginástica ocor-
reu no século XIX na Europa, mais precisamente 
na Alemanha (ANDREASSON; JOHANSSON, 
2014) e na Bélgica (CAPINUSSU; COSTA, 1989). 
Estes espaços eram conhecidos como ginásios (ou 
Turnkunst na Alemanha) e tinham como objetivo 
educar e condicionar, fisicamente, homens e mu-
lheres, por meio de exercícios físicos e aparelhos 
específicos. A partir do século XX, houve aumento 
e propagação das academias tanto na Europa quan-
to nos Estados Unidos, onde as práticas mais ofere-
cidas eram o halterofilismo e a ginástica.
Apesar do grande destaque que a ginástica rece-
beu no século XIX, em decorrência do movimento 
ginástico europeu, foi por meio de dois fisiculturis-
tas, Eugen Sandow 
(1867-1925) e Char-
les Atlas (1892-
1972), que se iniciou 
a globalização da aca-
demia e da cultura 
fitness, no começo do 
século XX (ANDRE-
ASSON; JOHANS-
SON, 2014). Essa 
globalização ocorreu 
por meio de palestras 
internacionais, revis-
tas e materiais sobre 
técnicas e treinamen-
to físico, promovidos 
por ambos os atletas.
Figura 1 - Eugen Sandow
Fonte: Wikimedia (2006, on-line)1.
Figura 2 - Charles Atlas
Fonte: Wikimedia (2019, on-line)2.
Figura 3 - Logomarca mundialmente conhecida da Gold´s Gym
16 
 
Paralelamente ao desenvolvimento do halterofilismo, 
ainda na década de 70, os exercícios aeróbicos, suge-
ridos pelo pesquisador norte americano Dr. Kenneth 
H. Cooper, passaram a ter notoriedade e serviram 
de estímulo para o desenvolvimento de uma forma 
específica de ginástica, que envolvia a música com 
movimentos coreografados, denominada de Aerobic 
Dancing (SORENSEN, [2020], on-line)5. Podemos 
dizer que esta forma de ginástica deu origem às mo-
dalidades de ginástica de academia contemporâneas.
Uma clássica academia de ginástica entre os 
anos 1980 e 1990 consistia em uma sala com di-
ferentes tipos de máquinas e equipamentos de 
treinamento, um espaço com pesos livres (barras, 
anilhas e halteres) e uma sala para atividades de gi-
nástica em grupo. De modo geral, atualmente, as 
academias seguem este mesmo padrão, contudo, é 
possível observar aquelas que oferecem, ainda, di-
ferentes espaços, como piscinas, tatames, quadras 
esportivas, entre outros.
Figura 5 - Anilhas de diferentes pesos Figura 6 - Halteres de diferentes medidas
Inaugurada no ano de 1965, em Venice Beach, 
na Califórnia (Estados Unidos), a Gold’s Gym era 
um local simples, com equipamentos caseiros, 
onde fisiculturistas podiam moldar seu físico. Seu 
aluno mais icônico foi o ator Arnold Schwarzene-
gger, que, junto a seus amigos lideraram o movi-
mento Bodybuilding, nos anos de 1970. A Gold’s 
Gym passou a ser reconhecida, mundialmente, 
a partir do ano de 1977, quando organizou o 
concurso Mister América e serviu de cenário para 
o filme Pumping Iron, em que Schwarzenegger e 
seus amigos mostraram seus treinamentos para 
os concursos Mister Universe e Mister Olympia. 
Atualmente, ela se tornou uma das maiores 
empresas do ramo do fitness, com mais de 
700 academias em todo o mundo.
Acompanhando a evolução das academias, a 
Gold’s Gym, oferece além do espaço da musculação 
(que foi seu cerne), uma variedade de programas 
de treinamento, como o Gold’s Burn, o Gold’s Fit e o 
Gold’s Cycle, visando abranger diferentes públicos.
Fonte: Gold’s Gym (2018, on-line)³ e Gold’s Gym 
([2020], on-line)4
SAIBA MAIS
 17
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 4 - Barra
18 
 
Foi a partir dos anos 90 que houve a súbita expan-
são das franquias de academias e das modalidades 
de exercícios, que têm atraído cada vez mais pessoas 
para a cultura fitness (ANDREASSON; JOHANS-
SON, 2014). A dimensão do crescimento da cultura 
fitness pode ser observada pelo número de acade-
mias em todo mundo, que já somam mais de 201 
mil, onde, aproximadamente, 34 mil delas estão lo-
calizadas no Brasil (CORONA, 2018, p. 23).
A ACADEMIA DE GINÁSTICA NO BRASIL
O modelo de academia de ginástica, semelhante ao 
atual, afirmou-se a partir do ano de 1940, no Brasil. 
Na época, as academias ofereciam ginástica, lutas e 
halterofilismo, sendo encontradas principalmente 
nas grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janei-
ro. Com o desenvolvimento desses locais enquanto 
espaço de negócio lucrativo e a divulgação do hal-
terofilismo, promovido por fisiculturistas e alguns 
atores de cinema, houve a expansão das academias 
de ginástica no Brasil, assim como aconteceu em 
todo o mundo (FURTADO, 2009).
A ginástica de academia promoveu, nos anos 80, 
o aumento de adeptos à prática de exercícios físicos 
nesses locais, principalmente das mulheres, que bus-
cavam a ginástica aeróbica, divulgada pela atriz Jane 
Fonda. Foi nesta época, também, que ocorreu a remo-
delação das salas de halterofilismo, que passaram a ter 
máquinas e instrumentos de fácil manuseio e utiliza-
ção, para aquelas pessoas que não tinham o hábito de 
treinar. Seguindo estas mudanças, o termo “halterofi-
lismo” foi substituído por “musculação”, objetivando 
incluir o público que não praticava a modalidade por 
competição (FURTADO, 2009).
A partir da década de 90, há uma grande diversi-
ficação de modalidades e produtos oferecidos, sendo 
esta tendência ainda observada nos dias de hoje. As 
academias brasileiras procuram se atualizar ofere-
cendo, além das tradicionais modalidades (muscu-
lação e ginástica de academia), espaços para práticas 
que integram força, equilíbrio e flexibilidade, e que 
propiciam, além do condicionamento físico, tam-
bém, a saúde e o equilíbrio mental. Disponibilizam, 
também, equipamentos tecnológicos que fornecem 
informações detalhadas de performance, ou ainda, 
que simulam situações encontradas em diferentes 
práticas esportivas. Ofertam, juntamente, serviços, 
como avaliação física, acompanhamento nutricio-
nal, fisioterápico bem como programas de treina-
mento específicos, seja para uma população em es-
pecial, seja para determinada finalidade (para ganho 
ou redução de peso).
Figura 7 - Esteira ergométrica
 19
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Apesar de discutirmos, até aqui, a academia de gi-
nástica enquanto local de pluralidade, no Brasil (e 
no mundo), existem aquelas que são especializa-
das em atender determinado público, ou oferecer, 
exclusivamente, uma modalidade. Nesse sentido, 
é comum encontrar academias restritas ao atendi-
mento a mulheres ou a idosos, bem como aquelas 
especializadas em lutas, danças ou qualquer outra 
prática. Focando em um único segmento, essas 
academias se capacitam para oferecer um trabalho 
de qualidade e garantem uma experiência próxima 
a que seus alunos desejam.
Figura 8 - Simulador de escada
Figura 9 - Atividades com recurso 
de realidade virtual
20 
 
Recentemente, com o desenvolvimento do ramo da 
academia de ginástica enquanto negócio, a visão 
que antes se restringia ao fitness foi ampliada e, aos 
poucos, foram sendo agregadas outras concepções, 
buscando ampliar o público alvo eatingir o merca-
do de maneira mais eficaz, surgindo assim, a ideia 
de wellness. Provavelmente, você já tenha visto ou 
escutado esses termos em algum lugar. Contudo, 
você saberia conceituá-los?
Fitness e Wellness
 21
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O FITNESS
O termo fitness é empregado, comumente, para de-
signar a aptidão ou condicionamento físico de um 
indivíduo. No entanto de acordo com a etimologia, 
esse termo de origem da língua inglesa é composto 
pela palavra Fit que significa “apto” ou “adaptado”, e 
o sufixo Ness formador de substantivos abstratos de 
condição. Desta forma, fitness corresponde ao esta-
do de se estar apto (ter aptidão) para responder às 
necessidades individuais. Portanto, não é um termo 
restrito apenas à condição física, mas à aptidão dos 
aspectos emocionais, intelectuais e sociais também 
(DANTAS et al., 2009).
Nesse sentido, o fitness pode ser entendido em 
dimensões, as quais são influenciadas pelo ambiente 
e circunstâncias de vida, que contribuem para o es-
tado de adaptação geral do indivíduo (ARMBRUS-
TER; GLADWIN, 2001). Estas dimensões podem 
ser descritas como: Social, Emocional, Intelectual e 
Física. Veja a seguir uma breve explicação de cada 
uma delas (DANTAS et al., 2009).
Social: re�ete-se na satisfação de necessidades básicas de afeto 
(aceitação e aprovação de indivíduos), realização (aprovação e 
aceitação recebidas do grupo) e integração (mutualidade, 
cooperação e lealdade do grupo). O �tness social é indicado pelo 
grau de harmonização de uma pessoa com os valores, a cultura,
os costumes e os hábitos do grupo a que pertence.
Emocional: corresponde ao grau de adequação das respostas 
comportamentais diante aos estímulos do meio ambiente, bem
como a habilidade de lidar com a tensão, ansiedade e a satisfação.
O �tness emocional re�ete o equilíbrio emocional e a aceitação
do próximo. Além disso, proporciona ao indivíduo disciplina, 
responsabilidade, determinação e autorrealização.
Intelectual: consiste, basicamente, na capacidade de aprendizagem, 
na inteligência e na cultura. O �tness intelectual estimula o 
indivíduo a utilizar sua inteligência e criatividade para a resolução 
de problemas, bem como a busca pelo conhecimento para 
satisfazer suas necessidades.
Física: é constituída por um conjunto de fatores capazes de
promover saúde, bem-estar físico e qualidade de vida. Dentre eles
se encontra a aptidão física que pode ser entendida como sendo
a capacidade de desenvolver as atividades físicas, sejam elas
esportivas, ocupacionais ou diárias, de maneira plena.
DIMENSÕES
DO FITNESS
A partir desta concepção sobre o fitness e as suas di-
mensões, podemos dizer que, no contexto da acade-
mia de ginástica, a expressão correta a ser utilizada 
seria physical fitness, em português “aptidão física”. 
22 
 
Aptidão física relacionada à saúde
Os principais motivos pelos quais os indivíduos pro-
curam uma academia de ginástica para realizar a sua 
prática de atividade física são a manutenção ou me-
lhora da saúde e da qualidade de vida (PORTUGAL 
et al., 2017; VILELA; ROMBALDI, 2015; TAHARA; 
SCHWARTZ; SILVA, 2003). Isto porque a atividade 
física, juntamente com a aptidão física, tem sido as-
sociada, positivamente, a estes fatores em indivíduos 
de todas as faixas etárias, mas, principalmente, em 
adultos e idosos, cujos potenciais riscos da inativi-
dade se manifestam (NAHAS, 2013).
A aptidão física relacionada à saúde inclui com-
ponentes apontados como fundamentais para a lon-
gevidade e autonomia, capazes de reduzir os riscos 
de doenças ou condições crônico-degenerativas 
ocasionadas por baixos níveis de atividade física 
habitual (NAHAS, 2013). Compreendem tais com-
ponentes a aptidão cardiorrespiratória (ou aptidão 
aeróbica), a força e resistência muscular, a composi-
ção corporal e a flexibilidade. Todos eles são impor-
tantes e podem ser definidos como:
• Aptidão cardiorrespiratória: é a capacidade 
de o organismo resistir à fadiga em esfor-
ços de média e longa duração. Envolvendo 
os sistemas cardiovascular e respiratório, ela 
depende, essencialmente, da captação e dis-
tribuição do oxigênio para os músculos em 
exercício físico. Também são determinantes 
desse componente a ineficiência dos múscu-
los em utilizar do oxigênio transportado e 
a disponibilidade de substratos energéticos 
(glicose ou gordura). Baixos níveis de aptidão 
cardiorrespiratória têm sido correlacionados 
a um risco muito elevado de morte prema-
tura por qualquer causa, mas especialmente 
por doenças cardiovasculares. Por outro lado, 
aumentos no nível de aptidão cardiorrespira-
tória estão associados à redução de morte por 
todas as causas (ACSM, 2016).
• Força e resistência muscular: a força mus-
cular corresponde à quantidade de força 
externa que o músculo pode aplicar contra 
uma resistência (CASPERSEN; POWELL; 
CHRISTENSEN, 1985). Já a resistência mus-
cular é a capacidade de um músculo ou um 
grupo muscular executar repetidas contra-
ções sem reduzir a eficiência do trabalho re-
alizado. Ambas contribuem para a melhora 
ou manutenção da massa óssea (a redução 
da massa óssea está diretamente associada à 
mortalidade), da tolerância à glicose (impor-
tante no estado pré-diabético e diabético), da 
integridade musculotendínea, da capacidade 
de realizar atividades diárias, e da massa livre 
de gordura (relacionada à massa corporal e à 
taxa metabólica de repouso) (ACSM, 2016).
• Composição corporal: basicamente, ela 
pode ser expressa como a porcentagem re-
lativa dos tecidos adiposos e magros (mús-
culos, ossos e água) que compõe a massa 
corporal (NIEMAN, 2011). Ela é um com-
ponente crítico do perfil de saúde de um in-
divíduo uma vez que o acúmulo excessivo 
de gordura corporal é considerado um pro-
blema de ordem pública e está associado a 
diversas doenças, como a diabetes mellitus 
tipo II, as dislipidemias, as doenças cardio-
vasculares, certos tipos de câncer, dentre 
outras (PERGHER et al., 2010; VAN GAAL; 
MERTENS; DE BLOCK, 2006; MOKDAD 
et al., 2003; OLIVEIRA; FISBERG, 2003). 
No entanto, baixos níveis de gordura corpo-
ral também representam risco à saúde, pois 
o organismo depende de certa quantidade 
de gordura para manter as funções fisioló-
gicas normais (HEYWARD, 2004).
 23
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Flexibilidade: diz respeito ao grau de ampli-
tude nos movimentos de diversas partes do 
corpo. É dependente das estruturas articula-
res e da elasticidade de músculos e tendões. 
Preservar a flexibilidade facilita os movimen-
tos e mantém a independência funcional e o 
desempenho de atividades da vida diária (e 
esportivas também) (HEYWARD, 2004).
Usualmente, então, os programas de exercícios físi-
cos desenvolvidos na academia de ginástica são (e 
devem continuar sendo) direcionados à promoção 
desses componentes relacionados à saúde. Contudo, 
isso não significa que os componentes relacionados 
à performance, como a agilidade e o equilíbrio, não 
são estimulados, muito pelo contrário, eles também 
fazem (e devem fazer) parte desses programas, mas 
com menor ênfase.
O WELLNESS
O fato de as primeiras academias de ginástica terem 
surgido com o propósito de aperfeiçoar o condicio-
namento físico dos indivíduos e de seus fundadores 
terem sido, muitos deles, atletas ou pessoas envol-
vidas em práticas corporais fortaleceu e propagou a 
ideia do fitness (FURTADO, 2009). Com o desen-
volvimento das academias, a visão antes restrita à 
aptidão física foi se ampliando e, aos poucos, assi-
milando o ideal da saúde e bem-estar, disseminado 
fortemente, a partir dos anos 70. É nesse contexto 
que aparece o termo wellness.
De acordo com a etimologia, o termo wellness, de 
origem inglesa, é composto pela palavra Well, que sig-
nifica “bem”, e o sufixo Ness formador de substantivos 
abstratos de condição, conforme dito anteriormente. 
Portanto, wellness tem como significado o “estar bem” 
ou “bem-estar” (DANTAS et al., 2009).
Sugerido pelo americano Charles B. Corbin, o termo 
wellness pode ser entendido como a integração de 
todos osaspectos da saúde e do fitness (com suas 
dimensões), que desenvolve um potencial para vi-
ver e trabalhar plenamente, contribuindo, significa-
tivamente, para a sociedade (SABA, 2006). Assim, 
se outrora o foco era o aperfeiçoamento do físico, 
agora, a busca é pela qualidade de vida.
É importante destacar que o conceito de wellness 
não deixa de enfatizar o condicionamento físico, 
no entanto atribui a ele valores referentes à saúde e 
bem-estar (FURTADO, 2009).
A educação para a saúde, visando às modi-
ficações do comportamento que conduzem 
a um estilo de vida saudável, deve ser, a 
priori, em uma academia. Nesse sentido, 
além da atividade física, quais pontos de-
vem ser de conhecimento do profissional 
de Educação Física? 
REFLITA
24 
 
Ao falarmos em atividades de academia, o primeiro 
pensamento que surge é em relação às práticas cor-
porais inerentes a este ambiente, como a musculação 
e as aulas de ginástica. No entanto, além de um es-
paço adequado para a prática de exercícios físicos, 
uma academia oferece muitas outras atividades que 
visam complementar o serviço prestado, bem como 
satisfazer as necessidades de seus clientes.
Nessa perspectiva, as atividades ofertadas em 
uma academia de ginástica podem ser categoriza-
das, de maneira simples, em dois tipos: modalidades 
de exercícios físicos e atividades complementares.
Atividades ofertadas 
em uma Academia de Ginástica
 25
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
MODALIDADES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Em sua essência uma academia de ginástica é edifi-
cada a partir da(s) modalidade(s) de exercício físico 
que esta oferece. Um grande desafio é elencar todas 
as modalidades existentes uma vez que elas variam 
de acordo com a época e região, assim como novas 
formas de exercício físico são frequentemente elabo-
radas e lançadas. No entanto existem aquelas moda-
lidades que, de certa forma, tornaram-se (ou estão se 
tornando) práticas clássicas nas academias. São al-
gumas destas práticas que serão abordadas a seguir.
Exercícios aeróbicos em aparelhos
Exercícios aeróbicos, como a caminhada e a corrida, 
normalmente, demandam um espaço amplo para a 
sua realização, pois exigem que seus praticantes per-
corram certa distância, ou mantenham o exercício 
por determinado tempo. É evidente que, por motivo 
de espaço e segurança, exercícios com movimentos 
cíclicos como estes não são passíveis de serem re-
alizados, de forma tradicional, no interior de uma 
academia. Desta forma, estas práticas vêm sendo 
executadas com a ajuda de aparelhos específicos, 
que permitem a simulação dos gestos motores de 
maneira estacionária.
Os aparelhos específicos para o desenvolvimen-
to da aptidão cardiorrespiratória passaram a com-
por o quadro de itens indispensáveis em uma aca-
demia, a partir da década de 1970, quando a prática 
do jogging (corrida) foi bastante difundida, por in-
fluência dos estudos do Dr. Cooper. Neste contex-
to, pode-se dizer que as treadmills, em português 
“esteiras”, foram os primeiros aparelhos deste tipo 
no ambiente da academia.
O conceito da esteira surgiu com base em um me-
canismo, criado no século XIX, para punir presidiá-
rios na Inglaterra. Esse mecanismo era uma enorme 
roda com 24 raios estendidos em grandes pás, nas 
quais os presos realizavam o movimento em degraus, 
como uma escada. A máquina era grande e comprida, 
de maneira que vários prisioneiros eram colocados 
nela ao mesmo tempo (HEFFERNAN, 2015).
Figura 10 - Treadmill para prisioneiros / Fonte: Wikimedia (2019, on-line)6.
O movimento era constante, e a energia gerada era 
utilizada para bombear água, moer grãos ou fazer 
moinhos funcionarem, daí o nome treadmill, em que 
tread pode ser traduzido como “passo”, e mill como 
“usina” ou “moinho”. O esforço físico realizado pe-
los presidiários era tão grande que o equipamento 
passou a ser visto como uma maneira eficiente de 
manter a aptidão física deles (HEFFERNAN, 2015).
26 
 
A esteira no formato que conhecemos hoje, uma 
estrutura com rolamentos e uma lona, que permite 
o desenvolvimento de uma caminhada ou corrida 
estacionária, surgiu na década de 50. Desde então, 
ela tem passado por aprimoramentos e vem ganhan-
do itens cada vez mais tecnológicos que auxiliam no 
controle, no deleite e na qualidade do exercício físico.
Musculação
A musculação é uma das principais modalidades 
de exercício físico em uma academia (ao menos, na 
maioria delas) e tem o treinamento resistido como 
guia para o desenvolvimento da sua prática. Os exer-
cícios resistidos são, resumidamente, aqueles que 
exigem que a musculatura corporal se movimente 
(ou tente se mover) contra uma força oposta (no 
caso a resistência), normalmente, exercida por al-
gum tipo de equipamento ou, até mesmo, pelo peso 
corporal (FLECK; KRAEMER, 2017).
Com o advento da esteira, outros equipamentos foram 
elaborados com a mesma premissa, a de promover a 
aptidão cardiorrespiratória, por meio da simulação 
de movimentos esportivos. Nesse contexto, ao longo 
dos anos, surgiram bicicletas, remos e até máquinas 
que simulam os movimentos do esporte Esqui.
Figura 12 - Elíptico
Figura 11 - Remo ergométrico
 27
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Um programa de treinamento de musculação 
bem elaborado, coerente e executado de maneira 
correta, pode produzir benefícios à aptidão física 
e à saúde, tais como: aumento da massa muscular 
(hipertrofia), redução da gordura corporal, melhora 
da força e do desempenho físico em atividades da 
vida diária e esportivas. Outros benefícios à saúde 
também são observados, como melhora na pressão 
arterial, no perfil lipídico e na sensibilidade à insuli-
na (FLECK; KRAEMER, 2017).
Apesar de não ser uma modalidade esportiva, a 
musculação contribui para a preparação de atletas 
de diferentes modalidades, além de ser a base do 
fisiculturismo e de algumas modalidades, como o 
levantamento de peso olímpico. As rotinas de exer-
cícios da musculação envolvem a manipulação de 
pesos, séries, repetições e pausas. Dependendo da 
forma como esses elementos são combinados, os re-
sultados produzidos são diferentes. 
Nesse sentido, existem vários programas de treina-
mento, cada qual com a sua finalidade (por exemplo, 
emagrecimento, hipertrofia e ganho de força) de seu 
idealizador. Contudo, todos eles se alicerçam em seis 
princípios: o Princípio da especificidade, Princípio da 
sobrecarga progressiva, Princípio da individualidade, 
Princípio da variabilidade, Princípio da manutenção e o 
Princípio da reversibilidade (STOPPANI, 2017). Obser-
ve, a seguir, um resumo de cada um desses princípios.
Princípio da sobrecarga progressiva: é o contínuo 
aumento da intensidade do treino, ajustado de
acordo com a adaptação do músculo ao estímulo
dado, por meio do aumento na carga levantada, no 
número de repetições ou séries realizadas, ou ainda,
na diminuição do tempo de descanso
entre as séries.
Princípio da especi�cidade: 
significa treinar de forma específica 
para produzir os efeitos específicos 
desejados.
Princípio da individualidade: os 
programas de treinamento devem ser 
elaborados respeitando e considerando 
as necessidades específicas ou os 
objetivos e habilidades dos indivíduos.
Princípio da manutenção: ao ser
alcançado o objetivo do treinamento,
esse pode ser mantido apenas com um 
programa voltado para a preservação
das adaptações.
Princípio da reversibilidade: quando o 
programa de treinamento resistido é 
interrompido ou não é mantida uma 
frequência ou intensidade adequada, as 
adaptações na força ou na hipertrofia, 
respectivamente, retornam à condição
inicial ou deixam de progredir.
Princípio da variabilidade: a 
adaptação do corpo, frente ao estímulo 
produzido pelos programas de treino, 
geralmente, cria um platô no processo 
evolutivo, que é quebrado apenas por 
novos estímulos.
28 
 
Anilhas: são pesos, normalmen-
te, em formato de discos e feitos 
de ferro fundido. Apresentam 
medidas variadas e um buraco 
no centro para serem encaixa-
dos nas barras ou máquinas.
Da mesma maneiraque há diversos programas de 
treinamento, existem vários exercícios na muscula-
ção para todos os segmentos corporais. Esses exercí-
cios são executados utilizando-se de diferentes equi-
pamentos, como:
Barras: são cilindros de comprimento, diâme-
tro e peso variável, feitas de diferentes ligas 
metálicas. Existem diferentes formatos de bar-
ras, sendo as mais comuns a barra reta, em for-
ma das letras “W” e “H”, e a barra hexagonal.
Halteres: numa definição simples, halteres 
são pequenas barras, as quais possuem 
uma empunhadura com espaço para ape-
nas uma mão. Possuem diversos formatos 
e tamanhos, com pesos fixos ou ajustáveis.
Figura 13 - Barra hexagonal
Figura 15 - Diferentes exercícios com halteres
Figura 14 - Anilhas de levantamento 
de peso olímpico
 29
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Máquinas com ajuste de placas de peso: 
são conhecidas assim por utilizarem placas 
de metal, normalmente, retangulares, que 
ficam empilhadas em um compartimento 
e alinhadas por um trilho. Estas possuem 
um elaborado sistema de cabos e roldanas 
para o seu funcionamento.
Máquinas com ajuste de anilhas: 
possuem um local específico para 
acoplar as anilhas. Geralmente, 
funcionam com um sistema sim-
ples de alavanca e/ou trilhos.
Máquinas monoarticulares: 
são máquinas cujos exer-
cícios desenvolvidos envol-
vem apenas uma articula-
ção do corpo, isolando, ao 
máximo, o músculo agonis-
ta do movimento.
Figura 17 - Máquina com ajuste de anilhas
Figura 18 - Máquina monoarticular
Figura 16 - Máquina com ajuste 
de placas de peso
30 
 
Embora, atualmente, existam inúmeros tipos de ati-
vidades físicas nas academias, a grande parte das 
pessoas ainda adota a musculação como exercício 
físico para atingir seus objetivos de saúde, estética 
ou performance.
Máquinas multiarticulares: são má-
quinas em que os exercícios desen-
volvidos envolvem mais de uma arti-
culação do corpo, fazendo com que o 
músculo agonista do movimento seja 
auxiliado por outro grupo muscular.
Figura 19 - Máquina multiarticular
 31
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Treinamento funcional
Basicamente, treinamento funcional é treinar para 
uma finalidade. Sua gênese está ligada à medicina 
esportiva, quando se observou que a eficiência dos 
exercícios utilizados na reabilitação de atletas pode-
ria ser transferida para os programas de preparação 
física. Seu propósito residia em ensinar os atletas a 
lidar com o seu peso corporal, em todos os planos 
de movimento, nas diferentes exigências do esporte 
(BOYLE, 2018). Neste contexto, o treinamento fun-
cional faz o uso de vários conceitos esportivos para 
trabalhar elementos, como a velocidade, força, po-
tência, equilíbrio e propriocepção (consciência cor-
poral), de modo a melhorar o desempenho atlético e 
reduzir a incidência de lesões (BOYLE, 2018).
A partir da premissa de que os exercícios usados 
para recuperar um atleta lesionado também poderiam 
ser os melhores exercícios para manter e melhorar a 
saúde, o treinamento funcional passou a fazer parte 
do quadro de atividades das academias de ginástica. 
Assim, em vez de preparar para o esporte, os exercí-
cios passam a condicionar para as atividades diárias.
Um programa de treinamento funcional é es-
truturado para trabalhar movimentos, não múscu-
los. Desta forma, os exercícios funcionais procu-
ram envolver o máximo de movimento das várias 
articulações, bem como a integração entre os gru-
pos musculares de diferentes segmentos corporais. 
Para tanto, são utilizados movimentos de puxar, 
empurrar, estabilizar, levantar, agachar, arremessar, 
correr e saltar (D’ELIA, 2016).
Figura 20 - Região do Core / Fonte: Ice Skating Sports ([2020, on-line)7.
32 
 
Um ponto essencial é o treinamento do Core, que 
compreende a região central do corpo, abrangendo 
as costas, o abdômen e a região pélvica. A importân-
cia do Core reside no fato de que ele oferece movi-
mento e suporte para todas as regiões do corpo, além 
disso, é onde se localiza o centro de gravidade. Resu-
midamente, o Core assume as seguintes funções:
• Estabilização da cintura escapular, cintura 
pélvica e coluna durante os movimentos.
• Produz a força para os movimentos do tronco.
• Transfere a energia (força) entre o tronco e os 
membros.
• Conexão entre membros superiores e inferiores.
• Prevenção de traumas, movimentos compen-
satórios e lesões de um modo geral.
A maioria dos exercícios funcionais é executa-
da com o peso do próprio corpo, mas também 
podem ser realizados com acessórios e equipa-
mentos específicos, tais como as que seguem nas 
figuras seguintes:
Figura 21 - Medicine ball
Figura 22 - Kettlebell
Figura 23 - Escada de agilidade
Figura 24 - Bosu
 33
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 25 - Resistance band
Figura 26 - Corda naval
34 
 
Em síntese, o treinamento funcional busca tornar o 
corpo mais inteligente, equilibrado (lados, cadeias e 
extremidades) e preparado para as exigências mo-
toras da vida diária, por meio de exercícios que es-
timulam força, equilíbrio, velocidade, resistência, 
agilidade, potência, mobilidade e flexibilidade.
Treinamento em suspensão
O treinamento em suspensão consiste na execução 
de movimentos com determinados segmentos cor-
porais suspensos. A ideia central deste método é uti-
lizar o peso corporal e a gravidade como carga para 
os exercícios e, desta forma, estimular o aprimora-
mento dos componentes da aptidão física.
Este método de treino foi desenvolvido pelos 
soldados das Forças de Operações Especiais da Ma-
rinha dos Estados Unidos (US Navy SEAL Team), 
com o intuito de manter e auxiliar na progressão do 
condicionamento físico durante as missões, princi-
palmente, quanto estavam embarcados em navios e 
submarinos (TRX, 2011).
2
3
5
4
6
7
1
13 9
8
10
11
12
1. Fita de ancoragem
2. Ajuste intermediário do 
mosquetão de ancoragem
3. Mosquetão de ancoragem
4. Laço de ancoragem inferior
5. Mosquetão principal
6. Laço de equalização
7. Trava de segurança
8. Marcas de regular a altura (pode 
ser baixa, intermediária ou alta)
9. Tiras de Ajuste
10. Fivelas
11. Manoplas
12. Apoio para os pés
13. Fita principal
2
3
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1. Fita de ancoragem
2. Ajuste intermediário do 
mosquetão de ancoragem
3. Mosquetão de ancoragem
4. Laço de ancoragem inferior
5. Mosquetão principal
6. Laço de equalização
7. Trava de segurança
8. Marcas de regular a altura (pode 
ser baixa, intermediária ou alta)
9. Tiras de Ajuste
10. Fivelas
11. Manoplas
12. Apoio para os pés
13. Fita principal
2
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1. Fita de ancoragem
2. Ajuste intermediário do 
mosquetão de ancoragem
3. Mosquetão de ancoragem
4. Laço de ancoragem inferior
5. Mosquetão principal
6. Laço de equalização
7. Trava de segurança
8. Marcas de regular a altura (pode 
ser baixa, intermediária ou alta)
9. Tiras de Ajuste
10. Fivelas
11. Manoplas
12. Apoio para os pés
13. Fita principal
Figura 27 - Visão geral da fita de treinamento em suspensão
Fonte: o autor.
 35
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A partir de algumas tiras de paraquedas e pedaços 
de borracha nasceu o primeiro equipamento e um 
conjunto inicial de exercícios nele executados (TRX, 
2011). O aprimoramento desse equipamento e a sis-
Os programas de treinamento em suspensão abran-
gem diversos métodos de treino, como as tradicio-
nais séries e repetições separadas por determinado 
tempo de descanso, os treinos intervalados de alta 
tematização dos exercícios em suspensão deram ori-
gem à marca TRX® (do inglês Total Body Resistance 
Exercise). Este é motivo da fita de treinamento em 
suspensão ser comumente chamada pela sigla TRX.
intensidade e os circuitos. Todos esses são elabora-
dos a partir das progressões de movimento em que 
as diferentes formas de posicionamento do corpo, 
num mesmo exercício, conferirão maior ou menor 
grau de dificuldade e intensidade.
Figura 28 - Exercício de agachamento utili-
zando a fita de treinamento em suspensão
Figura 29 - Aulas coletivasde treinamento em suspensão
36 
 
Como a fita é ancorada (fixada) em determinada 
altura (entre 2,10 m e 2,70 m), na parede ou em 
qualquer outra estrutura, os exercícios exploram os 
diferentes ângulos e a estabilidade nas mais variadas 
posições que o corpo pode assumir. Nesse sentido, 
existem movimentos em que são assumidas posi-
ções na vertical, diagonal e horizontal.
Figura 30 - Posicionamento do corpo na 
diagonal, com apoio das mãos
Figura 31 - Posicionamento do corpo na horizontal, 
com apoio dos pés.
 37
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Treinamento individualizado (Personal trainer)
De acordo com a Resolução n° 327, de 10 de outu-
bro de 2016, do Conselho Federal de Educação Física 
(CONFEF, 2016), uma das atribuições do profissional 
de Educação Física é a prescrição do treinamento físico 
individualizado. Este serviço, em que se atende de for-
ma individualizada, é conhecido, popularmente, como 
Personal trainer (em português “treinador pessoal”).
Por meio de programas de treinamentos pla-
nejados e orientados, individualmente, o Personal 
trainer oferece atividades físicas direcionadas tanto 
para a qualidade de vida quanto para fins estéticos 
e de alto rendimento esportivo. Esse profissional co-
meçou a se destacar a partir do momento em que 
os meios de comunicação colocaram em evidência 
o exercício físico personalizado e o tornaram um es-
pecialista em forma física (BOSSLE, 2008).
Figura 32 - Treinamento orientado e individualizado
O treinamento individualizado é ofertado em di-
ferentes locais, como os condomínios residenciais, 
clubes, parques e, com maior destaque, as academias 
de ginástica. Neste último, é possível trabalhar com a 
musculação, o treinamento funcional, o treinamen-
to em suspensão, as lutas, entre outras atividades nas 
quais o profissional esteja qualificado.
As academias de ginástica constituem um am-
biente ótimo para a prestação do serviço Personal 
trainer, pois, além de fornecerem o espaço e os ma-
teriais para as diferentes práticas físicas, elas dis-
põem de salas de avaliação, que são fundamentais 
para a prescrição e acompanhamento do treino indi-
vidualizado, assim como, conferem proteção diante 
as intempéries do clima e do tempo.
38 
 
Lutas, Danças e Natação
Geralmente, atividades, como as lutas, as dan-
ças e a natação são praticadas em academias 
(ou escolas) específicas para elas, pois deman-
dam de profissionais inerentes às áreas e/ou de 
estruturas específicas.
O ensino das lutas e artes marciais compete aos 
profissionais da Educação Física, que possuem a ti-
tulação de mestre ou o reconhecimento de treina-
dor em uma ou mais práticas dessas. Geralmente, 
demandam um espaço especial, como o tatame ou 
o ringue, assim como de materiais específicos, tais 
como sacos de pancada, manoplas de foco e apa-
radores de chute. As lutas e as artes marciais mais 
comuns nas academias de ginástica são o Judô, o Jiu-
-jitsu, o Muay Thay e o Boxe.
A prática das diferentes danças também requer a 
presença do profissional graduado em Educação Físi-
ca, e este deve ter formação específica em um ou mais 
estilos. Normalmente, não exigem um espaço espe-
cífico para a sua prática, no entanto, danças, como o 
Balé e o Pole dance, podem exigir estruturas carac-
terística para o seu ensino. De modo geral, os esti-
los de dança encontrados com mais frequências nas 
academias de ginástica são as danças de salão, como o 
samba de gafieira, o forró, o bolero e o soltinho.
O ensino da Natação é feito pelos profissionais 
da Educação Física que possuem certa experiên-
cia com a modalidade. Para oferecer uma prática 
significativa e segura, as academias de ginástica 
dispõem de uma estrutura com piscinas aqueci-
das, raiadas e de metragem entre 20 e 50 metros. 
Além disso, vestiários apropriados e materiais es-
pecíficos, como pranchas educativas, flutuadores, 
palmares e nadadeiras.
Ginástica de academia
A ginástica de academia é composta por um grande 
conjunto de modalidades, em que o exercício físico 
é executado em forma de coreografias e cadenciado 
por músicas de diferentes estilos. Este tipo de exer-
cício será abordado com mais profundidade e deta-
lhes nas Unidades 2, 3 e 4 deste livro didático.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Com o intuito de oferecer suporte e melhor experiên-
cia ao aluno, assim como para a fidelização e captação 
de novos clientes, as academias de ginástica disponi-
bilizam muitas outras atividades que complementam 
seus serviços. Estas atividades podem, ou não, confe-
rir um custo adicional ao cliente, dependendo do tipo 
de serviço e por quem ele é prestado.
Avaliação física
A realização da avaliação física é essencial para uma 
intervenção segura e de qualidade, pois é por meio 
dela que são analisados os componentes da aptidão 
física, determinado o estado de saúde de um indiví-
duo, bem como, o programa de exercícios físicos é 
prescrito e acompanhado.
Uma academia de ginástica deve possuir um pro-
tocolo de avaliação que contenha, minimamente, uma 
anamnese, a medida dos parâmetros antropométri-
cos e da composição corporal, e uma análise postural. 
Os testes de avaliação da aptidão cardiorrespiratória, 
da força e resistência muscular, e da flexibilidade tam-
bém podem compor os elementos analisados. Con-
fira a seguir algumas informações a respeito dessas 
avaliações no contexto da academia de ginástica.
 39
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Medidas antropométricas e da composição 
corporal: a medida das proporções do corpo 
são parâmetros de referência para os padrões 
de saúde, de beleza e para a performance espor-
tiva (NAHAS, 2013). Para a fidedignidade dos 
resultados, é importante que os protocolos de 
avaliação sejam adequados ao avaliado e, cri-
teriosamente, seguidos. As medidas antropo-
métricas são, facilmente, obtidas por meio de 
balança, estadiômetro e fita antropométrica. Já 
os constituintes da massa corporal podem ser 
avaliados com técnicas e protocolos simples, 
como as dobras cutâneas ou a bioimpedância 
(ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013).
• Anamnese: o questionário aplicado deve ser es-
truturado para determinar o perfil do indivíduo. 
Por meio dele, deve-se investigar, principalmen-
te, os possíveis problemas de saúde (de todas 
as ordens), o uso de medicamentos, os riscos 
de doenças hereditárias bem como os hábitos 
diários de vida (atividade física, alimentação e 
sono). Além deste, é interessante que o Questio-
nário de Prontidão para Atividade Física, conhe-
cido como PAR-Q (Physical Activity Readiness 
Questionnaire), também faça parte do protocolo 
de avaliação. O PAR-Q tem como objetivo a de-
tecção do risco cardiovascular e é considerado 
um padrão mínimo de avaliação pré-participa-
ção em exercícios físicos (ACSM, 2018).
40 
 
• Avaliação postural: o encurtamento e/ou a 
hipotonia muscular (baixo tônus muscular) 
podem gerar desequilíbrios entre pares an-
tagônicos de músculos e, consequentemente, 
em desvios posturais. Esses desvios podem 
causar incômodos e dores aos seus portado-
res, bem como, limitar a execução de certos 
movimentos do cotidiano e de alguns exercí-
cios físicos. A utilização de um simetrógrafo 
para a avaliação da postura auxilia na seleção 
e prescrição de movimentos adequados. É im-
portante destacar que cabe ao profissional de 
Educação Física, apenas, prescrever exercícios 
que não agravem, ou evitem possíveis desvios 
posturais. E sempre que identificado um caso 
grave, encaminhá-lo aos especialistas.
• Aptidão cardiorrespiratória: a capacidade 
cardiorrespiratória reflete o estado funcional 
dos sistemas respiratório, cardiovascular, mus-
cular e das suas relações fisiológicas e metabó-
licas (SILVA; DIEFENTHAELER, 2015). Ela é 
determinada pelo consumo máximo de oxigê-
nio (VO2máx.), que é expresso, normalmen-
te, em termos relativos (ml/kg/min) e, justa-
mente, reflete a capacidade do organismo em 
captar, transportar e utilizar o oxigênio para 
a produção de energia (PRADO et al., 2011). 
O VO2máx. pode ser, facilmente, mensurado 
por meio de testes indiretoscomo o teste de 
banco de McArdle et al. (1972).
• Força e resistência muscular: a capacidade de 
produção de trabalho de um músculo ou um 
conjunto deles se reflete na medida da força e 
resistência muscular. A força muscular pode 
ser medida, basicamente, de duas maneiras: 
estática e dinamicamente (ACSM, 2016). Es-
taticamente ou de modo isométrico, a força 
pode ser avaliada por um dinamômetro. Dina-
micamente, a força pode ser medida por meio 
do teste de uma repetição máxima (1 RM). Já a 
resistência muscular é facilmente avaliada por 
meio de um teste de repetições máximas em 
determinado tempo, como os testes de repeti-
ções de abdominal e de flexão de braços.
• Flexibilidade: reflete a funcionalidade dos 
componentes de uma articulação, como os li-
gamentos, tendões e músculos, bem como, a 
interação entre uma série de articulações. As-
sim, a flexibilidade é específica para a articula-
ção e, portanto, não existe um teste único que 
possa ser utilizado. No entanto um teste muito 
aplicado é o de sentar e alcançar, proposto por 
Wells e Dillon em que se avalia a flexibilidade 
da lombar, do quadril e de membros inferiores 
(POLLOCK; WILMORE, 1993).
Tão importante quanto os dados das medidas e dos 
testes são as informações obtidas das análises, as 
quais permitem identificar deficiências, limitações e 
determinar as necessidades secundárias ao objetivo 
do aluno. Além disso, o procedimento de avaliação 
deve acontecer, periodicamente, para que sejam ana-
lisados os efeitos decorrentes do(s) programa(s) de 
exercício físico e as devidas considerações e orienta-
ções sejam feitas. 
Atendimento em primeiros socorros
Pode parecer estranho, contudo o atendimento em 
primeiros socorros também faz parte da rotina de 
uma academia de ginástica. Afinal, acidentes são 
imprevisíveis e podem acontecer com qualquer pes-
soa, em qualquer momento e em qualquer lugar. As 
adversidades mais comuns relacionadas à prática de 
atividades físicas podem ser diferenciadas em clíni-
cas e traumáticas. Dentre as lesões clínicas se desta-
cam o mal súbito, o desmaio, a crise convulsiva, o in-
farto e a parada cardiorrespiratória. Já as principais 
lesões traumáticas correspondem às fraturas, aos 
ferimentos, às hemorragias, aos traumas de crânio, 
tórax e coluna (CREF4, 2014).
 41
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
A demora que pode ocorrer no atendimento es-
pecializado ou os danos e sequelas causadas por assis-
tências inadequadas constituem algumas das preocu-
pações em relação aos acidentes ocorridos, durante a 
prática de exercícios físicos. Desta forma, as principais 
maneiras de evitar complicações são: ter profissionais 
preparados, que sabem como agir quando adversida-
des como as citadas, anteriormente, acontecem na aca-
demia; e possuir protocolos, equipamentos e acessórios 
necessários para um primeiro atendimento eficiente.
Os primeiros socorros compreendem ao trata-
mento aplicado (medidas e procedimentos), imedia-
tamente, ao acidentado ou portador de mal súbito, 
até a chegada da equipe de saúde (NOVAES, 2006). 
O objetivo deste é garantir a manutenção das fun-
ções vitais e evitar o agravamento das condições de 
saúde do assistido (BRASIL, 2003).
É relevante destacar que deixar de prestar o so-
corro a alguma pessoa configura crime, segundo 
o artigo 135 do Código Penal brasileiro (BRASIL, 
1940), com pena que varia de um a seis meses de 
detenção ou multa. Sendo assim, além de prestar a 
primeira assistência, a academia é responsável por 
chamar o socorro público, como o resgate do Corpo 
de Bombeiros (SIATE) ou o Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência (SAMU) para atender a vítima.
SAMU (192)
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência,
ou SAMU, atende pelo número de telefone 192 e 
presta socorro a vítimas de casos clínicos, como:
- Dores no peito (podem ser sintomas de problemas
cardíacos);
- Intoxicação por diversos produtos;
- Perda de consciência, desmaio e hemorragias;
- Crises de convulsão.
Os atendidos pelo SAMU são direcionados para as 
Unidades de Pronto Atendimento
(UPA´s)
SIATE (193)
O Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma
em Emergência, ou SIATE, atende, pelo número
de telefone 193 e presta socorro a vítimas
emergenciais do tipo:
- Acidentes de trânsito com feridos;
- Ferimentos com arma branca e de fogo;
- Quedas com fraturas e ferimentos;
- Choque elétrico grave;
- Ataque de animais.
Assim, o SIATE atende casos de alto risco de morte,
de traumas, ferimentos por acidentes e fraturas 
expostas. Esses casos são encaminhados para os 
hospitais.
Figura 33 - Relação dos casos atendimentos pelo SAMU e SIATE / Fonte: o autor.
42 
 
Quanto à regulamentação e fiscalização, em re-
lação à prestação de primeiros socorros na aca-
demia, as leis podem variam em cada estado e 
município, por este motivo, cabe ao gestor buscar 
informações a respeito do assunto para manter o 
estabelecimento em ordem.
De modo geral, a prevenção de fatores de risco 
ambientais, como a manutenção e o bom estado das 
instalações e dos equipamentos, também como uma 
anamnese adequada com informações sobre o esta-
do de saúde dos alunos, tornam a rotina da acade-
mia mais segura, reduzindo, assim, a ocorrência de 
situações emergenciais.
Promoção e participação em eventos
Um evento pode ser considerado um acontecimento 
estratégico que ocorre a partir de determinado in-
teresse (mercadológico ou não) e um público-alvo 
(MATIAS, 2013). Nesse contexto, pode, ainda, ser 
um plano de ação de Marketing de relacionamento 
uma vez que este representa uma tentativa das em-
presas em desenvolver relações de longa duração 
com seus clientes.
Existem dois fortes motivos para que uma aca-
demia realize eventos. Primeiro, porque os eventos 
são um meio de gerar a sensação de acolhimento e 
comunidade. E isso pode reforçar a fidelidade dos 
alunos, à medida que os fazem sentir parte de um 
grupo. Segundo, porque são uma ótima forma de 
atrair novos clientes. Neste caso, tanto pela promo-
ção de eventos internos, com a participação de con-
vidados, quanto pelo apoio ou presença em eventos 
externos, tornando a marca da academia mais visí-
vel. Além disso, eventos constituem uma maneira de 
romper com a monotonia causada pela rotina das 
aulas e dos exercícios, pois, normalmente, utilizam-
-se de temáticas para gerar motivação. Alguns dos 
eventos mais comuns acontecem por:
• Comemorações de datas específicas: Dia das 
Mães, Dia dos Pais, aniversário da academia 
e festas tradicionais (Festa Junina, Halloween, 
Natal, entre outras).
• Competições: fazem parte do quadro de 
competições os eventos de modalidades es-
portivas, como a natação, as lutas, o supino e 
as corridas rústicas.
• Palestras: convidados especialistas apresen-
tam e discutem temas relacionados aos exer-
cícios físicos, a alimentação, hábitos saudá-
veis de vida e afins.
É válido ressaltar que as academias de ginástica, entre 
outras coisas, tornaram-se um espaço de convívio so-
cial, de lazer e de entretenimento. Desta forma, o esta-
belecimento de um cronograma de eventos baseados 
em datas comemorativas, eventos esportivos, assim 
como, na necessidade de diferentes ações com os clien-
tes, faz parte do planejamento anual de uma academia.
Serviços complementares
Algumas academias estão se tornando grandes cen-
tros multidisciplinares, ao integrarem áreas afins à 
educação física para oferecerem serviços especiali-
zados nas esferas da saúde, bem-estar e performan-
ce. Deste modo, é comum verificar a parceria e cola-
boração de profissionais das seguintes áreas:
• Nutrição
• Fisioterapia
• Medicina do esporte
• Estética
 43
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Esse movimento de integração confere praticidade 
ao cliente, pois este não precisará buscar tais servi-
ços em outros locais. Em complemento, a integração 
da Educação Física com uma ou mais dessas áreas, 
num mesmo espaço, facilita a comunicação e a arti-
culação das ações entre os profissionais, enriquecen-
do o atendimento e podendo proporcionar melhores 
resultados. No entanto, é relevantedestacar que o 
conjunto de serviços oferecidos e, consequentemen-
te, o espaço e a estrutura, dependem, muitas vezes, 
do público-alvo e da proposta de valor da academia 
(SABA, 2012).
44 
considerações finais
Querido(a) aluno(a), finalizamos, aqui, nosso estudo sobre a academia de ginástica e 
apresentação de algumas das atividades que nela são desenvolvidas.
Ao recordar os conteúdos desta primeira unidade, observamos que, apesar do gran-
de destaque que a ginástica recebeu no século XIX, devido ao movimento ginástico 
europeu, a globalização (e popularização) da academia aconteceu em decorrência da 
ação de pioneiros do fisiculturismo, no século XX, como Eugen Sandow e Charles 
Atlas. A partir dessa época, houve muitas mudanças nas academias de ginástica que 
as direcionaram para o que são hoje, grandes centros especializados em atividades e 
serviços voltados ao desenvolvimento da aptidão física e da saúde.
Falamos, ainda, sobre os conceitos de Fitness e Wellness, palavras essas de origem in-
glesa que significam, em termos gerais, aptidão e bem-estar, respectivamente. O termo 
fitness é empregado, frequentemente, para designar o condicionamento físico de um 
indivíduo, no entanto verificamos que seu significado etimológico vai além de apenas 
aptidão física, abrangendo aspectos sociais, emocionais e intelectuais, também. Já o 
termo wellness surgiu da necessidade de relacionar a academia à saúde e ao bem-estar.
Por fim, vimos que as atividades oferecidas em uma academia podem ser categorizadas 
em dois grupos: as modalidades de exercícios físicos e as atividades complementares. 
Entre as modalidades de exercícios físicos, foram abordadas algumas das práticas 
clássicas observadas nas academias, como os Exercícios aeróbicos em aparelhos, a 
Musculação, o Treinamento Funcional e em suspensão, e o Personal trainer. Entre as 
atividades complementares, destacamos a avaliação física, o atendimento em primeiros 
socorros, a promoção e a participação em eventos, bem como, citamos alguns dos 
serviços especializados nas esferas da saúde, bem-estar e performance, que vêm sendo 
oferecidos com o intuito de complementar o atendimento ao cliente da academia.
Com essas palavras encerramos nossa primeira unidade. Até a próxima!
 45
atividades de estudo
1. A academia de ginástica, enquanto local específico para a execução de exercí-
cios físicos, tem sua origem na Europa, no século XIX. Já no Brasil, as primeiras 
academias datam do início do século XX, num formato bem semelhante ao 
que conhecemos hoje. Com base nos estudos da história da academia de gi-
nástica, assinale a alternativa correta.
a. Os ginásios tinham como objetivo educar e preparar, fisicamente, apenas os ho-
mens, por meio de exercícios físicos vigorosos sem o uso de qualquer aparelho.
b. As tradicionais academias de ginástica, entre os anos 1980 e 1990, eram, 
basicamente, espaços com máquinas e equipamentos de treinamento e 
pesos livres.
c. A expansão das academias e dos hábitos fitness pelo mundo aconteceu por 
influência dos movimentos ginásticos europeus, durante o século XIX.
d. Academias especializadas em determinados públicos, como mulheres, idosos 
ou atletas, não são comuns.
e. O termo musculação surgiu no Brasil em substituição ao termo halterofilismo.
2. O termo fitness corresponde ao estado de se estar apto para responder às ne-
cessidades individuais de maneira geral, sendo assim, não se restringe apenas 
à condição física. Nesse contexto, analise as afirmativas seguintes e assinale 
“V” para verdadeira e “F” para Falsa:
( ) � A flexibilidade compreende um dos componentes da aptidão física.
( ) � O termo fitness faz referência apenas à aptidão física e aos hábitos alimentares.
( ) � O fitness possui dimensões descritas como física, social, emocional e intelec-
tual.
( ) � A dimensão física do fitness é constituída por fatores capazes de promover a 
qualidade de vida, a saúde e o bem-estar físico.
a. V, F, V e V.
b. F, F, V e V.
c. V, V, F e V.
d. F, V, V e F.
46 
atividades de estudo
e. V, F, F e F.
3. O termo wellness surge em meio ao desenvolvimento das academias, quando 
se passou a assimilar um ideal de qualidade de vida, difundido, fortemente, a 
partir dos anos 70. Nesse contexto, qual o significado desse termo?
4. Na atualidade, são diversas as atividades ofertadas em uma academia de gi-
nástica e estas podem ser categorizadas, basicamente, em modalidades de 
exercícios físicos e atividades complementares. Nesse contexto, analise as 
afirmativas seguintes:
I. O atendimento em primeiros socorros é de responsabilidade exclusiva do so-
corro público.
II. Uma rotina de treinamento funcional é estruturada para trabalhar movimen-
tos, não músculos, especificamente.
III. As esteiras foram baseadas em um mecanismo utilizado para punir presidiá-
rios na Alemanha.
IV. Os programas de musculação envolvem a manipulação de pesos, séries, re-
petições e pausas.
Assinale a alternativa correta.
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas II, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
5. O treinamento em suspensão foi desenvolvido por soldados das Forças de 
Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos (US Navy SEAL Team), 
com o intuito de manter e desenvolver o condicionamento físico, durante as 
missões. Nesse sentido, descreva em que consiste o treinamento em suspen-
são e como funcionam as progressões do movimento.
 47
LEITURA
COMPLEMENTAR
Há 14 anos, o Colégio Americano de Medicina do Esporte realiza a Worldwide Survey 
of Fitness Trends, uma pesquisa eletrônica com milhares de profissionais em todo o 
mundo, para determinar as tendências de saúde e fitness do ano seguinte. Essa inves-
tigação é realizada anualmente e introduziu uma maneira sistemática de prever essas 
tendências na área do condicionamento físico.
Essa pesquisa de tendências na área de condicionamento físico não procura avaliar 
propriamente produtos, serviços, aparelhos eletrônicos ou máquinas desenvolvidas 
para a prática de exercícios físicos, mas sim confirmar ou introduzir tendências que 
tenham um efeito positivo percebido no setor, de acordo com a opinião dos entrevis-
tados. Nesse contexto, algumas das tendências identificadas em pesquisas anteriores 
podem aparecer por vários anos, consecutivos ou não.
Normalmente a lista divulgada contempla 20 tendências ao todo, e nos últimos anos, 
cinco delas têm se destacado entre as primeiras, sendo estas o High-intensity interval 
training (ou HIIT), os Wearables technology, o Treinamento com o peso corporal, o Trei-
namento em grupo e o Personal trainer.
O HIIT, em português “Treinamento intervalado de alta intensidade” é um método de 
treinamento onde os programas de exercícios envolvem a alternância de estímulos em 
alta intensidade, seguidos por um curto período de descanso (ativo ou passivo). O HIIT 
assumiu o primeiro lugar da lista apenas nos anos de 2014 e 2018, no entanto, sempre 
se mantém entre os dez primeiros. Apesar de alguns profissionais do fitness alegarem 
potencial aumento das taxas de lesões devido ao HIIT, essa forma de exercício tem sido 
popular em academias de todo o mundo.
Wearables technology correspondem as “Tecnologias vestíveis” como os monitores 
de frequência cardíaca, os dispositivos com GPS e os Smartwatches. Esses disposi-
tivos permitem o controle das atividades e exercícios físico, das calorias, do tempo 
48 
LEITURA
COMPLEMENTAR
sentado, da qualidade do sono, entre outros. Desde o ano de 2016 as tecnologias 
vestíveis estão no topo da lista das tendências, com exceção do ano de 2018, onde 
assumiram a terceira colocação.
O Treinamento com peso corporal é uma combinação entre exercícios com pesos livres e o 
peso do próprio corpo em movimentos em vários planos. Este tipo de treinamento utiliza o mí-
nimo de equipamentos possível, o que o torna uma maneira barata e eficaz de exercício físico.Um Treinamento em grupo é caracterizado por cinco ou mais participantes instruídos 
para um mesmo exercício. Os professores de exercícios em grupo ensinam, motivam e 
lideram aulas de movimentos coreografados. Os indivíduos, geralmente, apresentam 
diferentes níveis de condicionamento físico e conhecimento dos movimentos e equi-
pamentos. Os programas de treinamento em grupo existem há muito tempo e vêm se 
destacando como uma potencial tendência mundial desde as primeiras pesquisas do 
Colégio Americano de Medicina do Esporte.
O Personal trainer continua a ser uma tendência, à medida que a profissão “treinador 
pessoal” se torna mais acessível, em academias, em casa e em locais de trabalho com 
academia. O treinamento individualizado inclui testes de condicionamento físico e o es-
tabelecimento de metas para a prescrição de exercícios específicos. Desde que a Worl-
dwide Survey of Fitness Trends foi publicada pela primeira vez em 2006, o Personal trainer 
tem sido uma das 10 principais tendências.
Pesquisas como esta conferem dados importantes aos profissionais da educação física, 
pois os mantêm atualizados e informados sobre os exercícios, serviços e equipamentos 
que vêm sendo mais utilizados, e consequentemente, mais procurados pelos entusias-
tas da atividade física. Implicando assim em novas possibilidades de intervenção.
Fonte: Thompson (2019, p. 10-18).
 49
material complementar
Atividade física, saúde e qualidade de vida (sexta edição)
Markus Vinícius Nahas
Editora: Midiograf
Sinopse: o livro Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida foi escrito com a inten-
ção de propagar as informações ligadas ao tema da atividade física e dos exercí-
cios físicos relacionados à saúde e à qualidade de vida. O autor utiliza uma lingua-
gem menos técnica, traz sugestões para autoavaliações e ações que podem ser 
incluídas no cotidiano da maioria das pessoas.
Gestão em atendimento: manual prático para academias e centros 
esportivos (segunda edição)
Fabio Saba
Editora: Manole
Sinopse: o Manual Prático para Academias e Centros Esportivos utiliza uma lingua-
gem clara, didática e objetiva para discutir, esclarecer e direcionar as funções do 
gestor no contexto da academia de ginástica. Além disso, aborda o modelo de 
relacionamento gerencial entre departamentos, colaboradores e clientes. Para o 
autor, uma academia, como qualquer outra empresa, pode ser duradoura se esti-
ver dirigida às reais necessidades do seu público.
Indicação para Ler
Indicação para Ler
50 
gabarito
1. E
2. A
3. De acordo com a etimologia, o termo wellness, 
de origem da língua inglesa, é composto pela 
palavra Well que significa “bem”, e o sufixo 
Ness formador de substantivos abstratos de 
condição, conforme dito, anteriormente. Por-
tanto, wellness tem como significado o “estar 
bem” ou “bem-estar”.
4. D
5. O treinamento em suspensão consiste na exe-
cução de movimentos com determinados seg-
mentos corporais suspensos. A ideia central 
deste método é utilizar o peso corporal e a gra-
vidade como carga para os exercícios e, desta 
forma, estimular o aprimoramento dos compo-
nentes da aptidão física. Já as progressões de 
movimento, acontecem com as diferentes for-
mas de posicionamento do corpo, num mesmo 
exercício, que conferem maior ou menor grau 
de dificuldade e intensidade.
UNIDADE II
Me. Adriano Ruy Matsuo
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Aspectos históricos da ginástica de academia
• Ginástica de academia e a fisiologia do exercício
• Elementos musicais na ginástica de academia
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar, brevemente, a trajetória histórica da ginástica 
de academia.
• Discutir os conceitos básicos da fisiologia do exercício no 
âmbito da ginástica de academia.
• Analisar alguns dos elementos da música no contexto da 
ginástica de academia.
INTRODUÇÃO À GINÁSTICA 
DE ACADEMIA
unidade 
II
INTRODUÇÃO
O
lá, aluno(a), a segunda unidade é destinada à sua imersão no 
universo da Ginástica de academia. O objetivo aqui será con-
textualizar, histórica e filosoficamente, esta atividade que está 
presente na maioria das academias e possui milhares de adep-
tos em todo o mundo.
Iniciaremos este estudo com um breve resgate histórico da ginástica 
para que possamos entender de que forma ela se consolidou enquanto mo-
dalidade de exercício físico nas academias, como um meio de aprimorar os 
componentes da aptidão física por meio de aulas coletivas. Nesse sentido, 
veremos como os movimentos europeus, do século XIX desempenharam 
papel fundamental para a sistematização e propagação desta prática.
Em seguida, discutiremos a Ginástica de academia sob a ótica da fi-
siologia, procurando destacar as respostas do corpo humano diante dos 
estímulos oferecidos pela prática de exercícios físicos. Neste contexto, 
veremos que, para cada intensidade do exercício (leve, moderada ou vi-
gorosa), haverá a prevalência de um dos sistemas responsáveis pelo for-
necimento de energia. Sendo assim, o sistema aeróbico é capaz de suprir, 
praticamente, toda a necessidade energética gerada por atividades físicas 
de duração prolongada, como as modalidades de ginástica praticadas na 
academia. Estudaremos, ainda, como a intensidade do exercício pode ser 
controlada nas aulas, apresentando duas ferramentas práticas e acessí-
veis, que auxiliam o professor a modular o esforço dos alunos.
Para finalizar a unidade, abordaremos um dos aspectos mais marcantes 
das modalidades de Ginástica de academia, a musicalidade. A música cons-
titui uma importante ferramenta para a condução dos movimentos, gerar 
motivação e modular a intensidade da aula. O ritmo que surge das batidas da 
música é o estímulo essencial para despertar o prazer pela atividade.
Feitas as considerações iniciais, estamos prontos para começar os estudos!
Tenha uma ótima leitura!
 
56 
 
Neste primeiro momento, realizaremos um breve 
resgate histórico da ginástica para que possamos en-
tender de que maneira ela se consolidou enquanto 
modalidade de exercício físico nas academias, como 
um meio de aprimorar os componentes da aptidão 
física por meio de aulas coletivas.
Aspectos Históricos 
da Ginástica de Academia
 57
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
como objetivo a preparação militar. Assim, práticas 
como a esgrima, a equitação, o manejo de arco e fle-
cha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida e o salto 
faziam parte do treinamento dos soldados. Em com-
plemento, a nobreza participava de competições de 
esgrima e equitação nos torneios e justas (duelo en-
tre dois cavaleiros), além disso, exercícios naturais, 
como jogos simples e de caça e pesca, também eram 
praticados nesse período (RAMOS, 1982).
No período do Renascimento, o exercício físico 
começou a ser pensado de outra forma, estabelecen-
do novas concepções a respeito do corpo e seus cui-
dados. De acordo com Langlade e Langlade (1970), 
as escolas renascentistas trouxeram uma nova ten-
dência para a educação física, ao considerá-la con-
teúdo da educação. Em seus programas estavam in-
cluídas atividades, como equitação, corridas, saltos, 
esgrimas, jogos com bola entre outras, as quais eram 
praticadas, ao ar livre, todos os dias pelos alunos. 
Os renascentistas foram influenciados pelos 
ideais gregos e, é importante lembrar que, na anti-
guidade grega, skholé correspondia ao tempo livre 
considerado como valioso para o aprimoramento 
do cidadão que se amparava, não apenas no aspecto 
cognitivo, mas também na dimensão estética e atlé-
tica do corpo treinado. Na Grécia Antiga, todas as 
formas de exercício físico eram chamadas de Ginás-
tica que, de modo implícito, significava treinamento 
ou preparação para um esforço físico.
Na Era Moderna, o exercício físico se consoli-
da como elemento da educação, devido à evolução 
do conhecimento na área da Educação Física, com 
a publicação de obras relacionadas à pedagogia, à fi-
siologia e à técnica (SOUZA, 1997). Nesse contexto, 
foi a ginástica que introduziu

Outros materiais