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Página 1 de 2 Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC`s) Período: 8º semestre - Medicina - 2024.1 Docentes: Sofia Lafetá Discente: Francielle Santos Agostinho Pinheiro Matrícula: 0015415 LEUCEMIA E LINFOMA – SEMANA 02 Leucemias e linfomas são neoplasias da linhagem linfohematopoiética, que são todas as células progenitoras que dão origem às células maduras do sangue e às células do sistema imunológico, que incluem os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. A proliferação destes precursores ocorre na medula óssea, linfonodos, baço e outros órgãos do sistema imune. O tecido linfohematopoiético é um dos tecidos com maior taxa de proliferação de nosso corpo, com produção de bilhões de novas células por dia. Portanto, esse processo precisa ser controlado de forma muito fina para que erros de produção sejam identificados e eliminados. Infelizmente, certos defeitos nestes precursores passam desapercebidos e são incorporados ao tecido linfohematopoiético. Quando estes defeitos levam a redução na capacidade de produção a consequência pode ser imperceptível, ou ainda ser apenas de uma redução nas contagens normais das células do sangue. No entanto, quando estes defeitos impedem o amadurecimento destes precursores (“diferenciação”) podemos ter uma consequência mais dramática, que é a substituição gradual do tecido normal pelo tecido indiferenciado. Tal substituição decorre do fato de que o clone (nome dado a todas as células que se originam de um mesmo precursor) indiferenciado costuma proliferar mais facilmente que o clone normal. Com o tempo, este paciente evoluirá para um quadro clínico caracterizado pelo acúmulo de células indiferenciadas (que chamamos de blastos), e ausência de células maduras – leucócitos, hemácias e plaquetas – que resultará em maior risco de infecções, anemia e sangramentos respectivamente. A este quadro clínico damos o nome de leucemia aguda. Os linfomas são doenças semelhantes, exceto que a célula que sofre as mutações é mais madura do que os precursores acometidos no caso das leucemias agudas. Com isso, a proliferação não será de células indiferenciadas, mas sim de linfócitos maduros. No entanto, por derivarem de um único clone, e por apresentarem alterações funcionais, elas deixam de exercer sua função normal na defesa, além de crescerem de forma descontrolada. Por este motivo, o quadro clínico dos linfomas costuma ser o de crescimento anormal de linfonodos (gânglios), ou de outros locais onde existem células linfoides (baço, fígado ou outros órgãos). Página 2 de 2 As leucemias se dividem em agudas e crônicas, e em mieloides ou linfoides. As agudas são aquelas em que há um bloqueio completo da maturação das células do sangue, de modo que as células indiferenciadas (blastos) predominas no sangue do paciente. A diferença entre leucemia aguda mieloide ou linfoide exige a avaliação laboratorial mais detalhada destes blastos, para que saibamos se a origem do clone com as mutações é de um precursor que daria origem a linfócitos ou a células da linhagem mieloide (hemácias, plaquetas, neutrófilos, entre outros). As leucemias crônicas podem ser definidas como aquelas em que não há a perda da capacidade de maturação das células, mas sim a perda do controle de proliferação das mesmas. No caso da leucemia mieloide crônica, observamos um acúmulo de praticamente todas as células de linhagem mieloide, em quantidade muito superior ao usual. No caso da leucemia linfoide crônica, temos na verdade a proliferação de linfócitos maduros na medula óssea, que circulam em número acima do normal. Em relação aos linfomas, a principal subdivisão é entre os Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, que é feita pela presença ou ausência de um tipo de célula nas biópsias dos pacientes. Uma classificação igualmente importante do ponto de vista clínico é entre os linfomas indolentes e agressivos. Conforme o subtipo de linfoma não Hodgkin, a proliferação clonal ocorre de forma mais ou menos rápida (agressivos ou indolentes respectivamente), o que modifica drasticamente o tratamento. No caso dos linfomas agressivos, o tratamento baseia-se em quimioterapia e imunoterapia com o objetivo de erradicação completa da doença. Em alguns casos, o transplante de medula óssea pode ser utilizado. Já nos linfomas indolentes, o tratamento tem como objetivo o controle dos sintomas, na medida em que o crescimento mais lento em geral não ameaça a vida do paciente. Referências: DynaMed. Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Serviços de informação EBSCO. Acessado em 22 de fevereiro de 2024. https://www.dynamed.com/condition/acute-myeloid-leukemia-aml DynaMed. Leucemia Mieloide Crônica (LMC). Serviços de informação EBSCO. Acessado em 22 de fevereiro de 2024. https://www.dynamed.com/condition/chronic-myeloid-leukemia- cml BARBOSA, Sheyla Fernanda da Costa; et al. Aspectos epidemiológicos dos casos de leucemia e linfomas em jovens e adultos atendidos em hospital de referência para câncer em Belém, Estado do Pará, Amazônia, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude v.6 n.3 Ananindeua set. 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5123/s2176- 62232015000300006 https://www.dynamed.com/condition/acute-myeloid-leukemia-aml https://www.dynamed.com/condition/chronic-myeloid-leukemia-cml https://www.dynamed.com/condition/chronic-myeloid-leukemia-cml http://dx.doi.org/10.5123/s2176-62232015000300006 http://dx.doi.org/10.5123/s2176-62232015000300006
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