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Clínica Médica e Produção de Equídeos Aula 04 Revisão do Sistema hemolinfático e suas afecções Professor(a): MV, MSc. Marcos Rosa a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Objetivos de Aprendizagem do dia • Identificar alterações circulatórias • Diagnosticar • Tratar • Prevenir a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Foco no sistema hemolinfático a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Principais funções do sistema circulatório Coração: bombear sangue para todo o organismo e para si mesmo Veias: conduzir sangue dos diferentes tecidos para o coração (sistema coletor) Artérias: transportar sangue do coração para outros órgãos e tecidos Capilares: transportar o sangue de modo mais lento e possibilitar difusão de gases e filtração de substâncias Sangue: transportar oxigênio, hormônios, nutrientes, substâncias químicas e excretas – subprodutos do metabolismo celular que necessitam ser eliminados e/ou metabolizados por via renal ou hepática a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hematopoese a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Revisão Breve Geralmente efeitos no sistema cardiovascular são secundários, mas existem doenças primárias Doenças podem afetar macro ou microscopicamente Taxa de produção x Taxa de destruição a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Afecções Endotoxemia Anemias Policitemia Vasculites Distúrbios de coagulação a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia Bac G- ou suas toxinas na circulação (morte ou proliferação rápida) Principal G- em equinos (Salmonella spp.) Endotoxina → componente estrutural da parede externa de bactérias G- Parte interna → Lipídeo A - presente em todas as G- (PROPRIEDADES TÓXICAS) Parte intermediária → oligossacarídeo de ligação Parte externa → polissacarídeos que diferenciam as espécies a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia G+ Faz parte do crescimento e metabolismo Secretadas ou liberadas após destruição G- Parte da parede celular Liberadas após destruição ou lise da parede a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Possíveis desencadeadores de endotoxemia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Como se desenvolve? a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – diagnóstico Exame clínico Taquicardia Taquipneia Febre Mucosas hipocoradas – halo endotoxêmico TPC > Desidratação Redução de borborigmos intestinais Hemograma (leucopenia e neutropenia) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – tratamento Objetivos Prevenção Neutralização da endotoxina Eliminação ou redução da produção de mediadores inflamatórios Terapia de suporte a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – tratamento Prevenção Controlar a doença primária Processos GI: Óleo mineral, retirada cirúrgica de alça isquêmica, terapia de suporte em doenças intestinais inflamatórias Crioterapia Antibióticos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – tratamento Neutralização Soro hiperimune ou plasma Administrar antes de entrada na circulação Experiência clinica demonstra aumento na taxa de sobrevivência 3 – 5L/cavalo adulto Polimixina B ($$$$) Se liga ao lipídeo A Nefrotóxico e neurotóxico a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – tratamento Flunixin meglumine Reduz formação de prostaglandinas, tromboxano Reduz acidose metabólica Atenua efeitos hemodinâmicos Meloxicam e Firocoxib → inibidores de COX-2 Menos efeitos negativos para restituição da mucosa intestinal a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – tratamento DMSO Redução de radicais livres de oxigênio Pentoxifilina Reduz mediadores inflamatórios Usar em associação com flunixin Terapia de suporte Hidratação Solução salina hipertônica a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Endotoxemia – prognóstico Extremamente reservado Sequelas graves: Laminite Tromboflebite CID Íleo paralítico Falência múltipla dos órgãos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemias e Policitemias Afeta a capacidade do sangue de transportar oxigênio normalmente Grande variação entre raças a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia Pode ocorrer por: Perda sanguínea Hemólise Redução da produção eritrocitária Não há liberação de reticulócitos, dificultando acompanhamento da resposta medular no equino Grande reserva esplênica a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia – diagnóstico Histórico Sinais Clínicos Intolerância ao exercício Depressão Fraqueza Febre Icterícia Epistaxe, hematúria, melena Exame laboratorial a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tipos de anemia Perda sanguínea Anemias hemolíticas Eritropoiese inadequada a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia – perda sanguínea Geralmente aguda (trauma, cirurgia) Foco na eliminação da fonte de hemorragia e manutenção da hemostasia (fluidoterapia) Transfusão sanguínea é pouco frequente em equinos adultos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia – perda sanguínea Perdas crônicas são mais difíceis de diagnosticar Sistema gastrointestinal (parasitismo) Infecções primárias Focar no combate à causa base a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia hemolítica Destruição de hemácias supera capacidade de recuperação da medula Várias doenças Babesiose Anaplasmose Tratamentos variados de acordo com etiologia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anemia – eritropoiese inadequada Anemia arregenerativa Mais comum: anemia decorrente de doença inflamatória “Sequestro” do Fe pelo SMF Inibir crescimento de bactérias que necessitam Tratar causa base a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Policitemia Elevação do hematócrito acima de valores normais Principal sinal de DESIDRATAÇÃO (eritrocitose relativa) Eritrocitose absoluta é rara em equinos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculites Inflamação de vasos sanguíneos de qualquer calibre independente de causa Secundárias a lesões na parede dos vasos em equinos Imunomediadas, secundárias a infecções, neoplasias, administração de medicamentos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculites Patogenia: deposição de imuno-complexos circulantes com subsequente lesão da parede vascular Streptococcus, Influenza, algumas drogas Deposição de imuno-complexos nas áreas de maior permeabilidade, ativação de complemento, atração de neutrófilos que liberam enzimas proteolíticas, causando disfunção da parede vascular EDEMA, HEMORRAGIA, INFARTO a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculites – fatores predisponentes Características individuais Caraterísticas físicas do imuno-complexo Velocidade de formação do imuno-complexo e retirada pelo sistema de fagocitose mononuclear a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculites – sinais clínicos Edema dérmico e subcutâneo Infarto de pele Necrose Exsudação Hiperemia de mucosa, hemorragia petequial e equimótica Febre, taquipneia e taquicardia Locais mais afetados: Membros, abdômen ventral, focinho e face Mais raramente: órgãos internos, músculos e articulações Podem ocorrer infecções localizadas (celulite, tromboflebite, laminite) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculite – diagnóstico Sinais clínicos Histórico Biópsia Infiltrado neutrofílico Necrose fibrinóide a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Vasculites – tratamento Remover o estímulo imune Reduzir inflamação na parede vascular Normalizar a resposta imune Terapia de suporte Síndromes clínicas: Púrpura hemorrágica Arterite viral equina Anaplasmose equina a Ed u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Púrpura hemorrágica Reação hipersensibilidade tipo 3 (excesso de imunocomplexos) Vasculite não contagiosa, neutrofílica e necrotizante Bactérias, vírus, toxinas 2 – 4 semanas após infecções por S. equi a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Púrpura hemorrágica – sinais clínicos Edema subcutâneo, cabeça e membros Úlceras cutâneas (porta de entrada ou não) Petéquias Stress respiratório, cólica, disfagia, manqueira e falência renal a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Púrpura hemorrágica – tratamento AIE Antibióticos AINEs Terapia de suporte Hidratação, cuidados com as lesões, úlceras gástricas a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Distúrbios de coagulação Incapacidade de formar coágulo estável que impeça a perda de sangue Formação de trombos Diferentes origens Tromboflebite e CID a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite Obstrução do fluxo sanguíneo por formação de inflamação mural e coágulo IV Séptico ou não Complicação importante a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – causas Trauma na íntima vascular Cateterização Composição Colocação Tempo de uso Injeções repetitivas ou perivasculares EGG, tiopental, fenilbutazona, oxitetraciclina. Outras Disfunções hemostáticas (hipercoagulabilidade) Colonização bacteriana Endotoxemia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – sinais clínicos Edema local ou generalizado Distenção proximal ao trombo Dor, enrijecimento, calor Relutância em mover a cabeça, edema de cabeça, visualização de circulação colateral Exsudato purulento na região do cateter Febre, depressão e anorexia Disfagia, estresse respiratório a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – diagnóstico Histórico Exame físico US Hemograma Leucocitose com neutrofilia Hiperfibrinogenemia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – diagnóstico Tromboflebite Ultrassom da veia jugular a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – prevenção Escolha do cateter Diluir soluções irritantes Preparação cirúrgica para colocação Flushing (10 UI heparina/ml soro) Utilização de extensores Tempo de permanência Retirar o catéter ao primeiro sinal de inflamação a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – prevenção Liberação imediata da veia Compressa morna Luz UV Massagem – DMSO AINEs – Aspirina, flunixin AB – cultura Retirada cirúrgica da veia (último caso) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Tromboflebite – prognóstico Asséptica – resolução em algumas semanas Séptica – pode durar meses e haver perda da veia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Coagulação Intravascular Disseminada Patologias que ativam a cascata de coagulação (diversos mecanismos) Agregação plaquetária e coagulação Endotoxemia Metrite, pleuropneumonia, colite, retenção de placenta Anemia hemolítica, viremias, vasculites, queimaduras, neoplasia, falência renal e hepática a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Coagulação Intravascular Disseminada – sinais clínicos Ligados a formação de microtrombos em pequenos vasos Cólica, laminite, oligúria, dispnéia Trombose em grandes vasos (catéter, punções venosas) Petéquias, equimoses Hemoglobinúria Epistaxe e hemorragias (raros e graves) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! CID – diagnóstico e tratamento Sinais clínicos Trombocitopenia Hipofibrinogenemia (raro em equinos) Tratar patologia primária (prevenção) Fluidoterapia (manter perfusão) AINEs Heparina Plasma a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Obrigado! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! FEEDBACK DA AULA • Identificar alterações circulatórias • Diagnosticar • Tratar • Prevenir a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! O que veremos no próximo encontro? • Afecções respiratórias Educação que transforma!
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