Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCULO II 2023 - 1º Semestre Lista de Exercícios 4 Questão 1. Determine a reta tangente à curva α(t) dada no ponto P indicado em cada um dos ítens. a) α(t) = (2t2, 3t+ 1) em P = (0, 1). b) α(t) = (t, 4 sen(t), 4 cos(t)) em P = (0, 0, 4). c) α(t) = (t, sen(t) + cos(t), π) em P = (0, 1, π). Solução: Temos os pontos das curvas por onde as retas passarão. Só precisamos achar o vetor tangente α⃗′ e aplicar na fórmula vetorial da reta com ele sendo seu vetor diretor. a) α′(t) = (4t, 3) ⇒ α′(0) = (0, 3) r : (x, y) = (0, 1) + λ(0, 3) b) α′(t) = (1, 4cos(t),−4sen(t)) ⇒ α′(0) = (1, 4, 0) r : (x, y, z) = (0, 0, 4) + λ(1, 4, 0) c) α′(t) = (1, cos(t)− sen(t), 0) ⇒ α′(0) = (1, 1, 0) r : (x, y) = (0, 1, π) + λ(1, 1, 0) Questão 2. Determine o vetor normal unitário N⃗(t) das curvas dos ítens a) e b) acima nos pontos dados, sabendo que o vetor normal unitário é dado por N⃗(t) = T ′(t) ||T ′(t)|| , onde T⃗ (t) é o versor do vetor tangente à curva. Solução: Os parâmetros acima t = 0 foram escolhidos para facilitar as resoluções. Vamos usá-los antes de calcular os ||T⃗ ′(t)||. 1 Universidade Federal do Pará Cálculo II Lista de Exercícios 4 a) Temos da questão anterior que α′(t) = (4t, 3), logo ||α′(t)|| = √ 16t2 + 9. Então T⃗ (t) = α′(t) ||α′(t)|| = ( 4t√ 16t2 + 9 , 3√ 16t2 + 9 ) . Temos então T⃗ ′(t) = ( 36√ 16t2 + 9(16t2 + 9) ,− 48t√ 16t2 + 9(16t2 + 9) ) e T⃗ ′(0) = ( 36√ 16.0 + 9(16.0 + 9) ,− 48.0√ 16.0 + 9(16.0 + 9) ) = ( 36 27 , 0 ) . Portanto, N⃗(t0) = T ′(0) ||T ′(0)|| = 1 ||T ′(0)|| ( 36 27 , 0 ) = 27 36 ( 36 27 , 0 ) = (1, 0). b) Temos da questão anterior que α′(t) = (1, 4cos(t),−4sen(t)), logo ||α′(t)|| =√ 17. Então T⃗ (t) = α′(t) ||α′(t)|| = ( 1√ 17 , 4cos(t)√ 17 , −4sen(t)√ 17 ) . Temos então T⃗ ′(t) = ( 0, −4sen(t)√ 17 , −4cos(t)√ 17 ) e T⃗ ′(0) = ( 0, 0,− 4√ 17 ) . Portanto, N⃗(t0) = T ′(0) ||T ′(0)|| = 1 ||T ′(0)|| ( 0, 0,− 4√ 17 ) = √ 17 4 ( 0, 0,− 4√ 17 ) = (0, 0,−1). Questão 3. Qual é o comprimento de arco da curva vetorial r⃗(t) = ⟨cos(t), sen(t)⟩ de 0 a 2π? Solução: O comprimento de arco de uma curva vetorial r⃗(t) = ⟨cos(t), sen(t)⟩ de 0 a 2π é dado por: L = ∫ 2π 0 ||r⃗′(t)||dt onde ||r⃗′(t)|| é o módulo do vetor velocidade da curva, dado por: r⃗′(t) = ⟨− sen(t), cos(t)⟩ ||r⃗′(t)|| = √ (sen2(t) + cos2(t)) ||r⃗′(t)|| = 1. Logo, o comprimento de arco é: L = ∫ 2π 0 ||r⃗′(t)||dt = ∫ 2π 0 1dt = 2π. Portanto, o comprimento de arco da curva r⃗(t) de 0 a 2π é 2π. 2 Cálculo II Lista de Exercícios 4 Questão 4. Dada a função de R2 em R, f(x, y) = ln(x2 + y2), determine: a) O domínio de existência de f(x, y). b) As curvas de nível de f(x, y). c) O gráfico de f(x, y) e sua interpretação geométrica. Solução: a) O domínio de existência de f(x, y) é o conjunto de pontos (x, y) onde f(x, y) está definida. No caso de f(x, y) = ln(x2 + y2), o domínio é o conjunto de pontos (x, y) onde x2 + y2 > 0, pois a função logarítmica é definida apenas para valores positivos. Portanto, o domínio de f(x, y) é o conjunto R2 exceto a origem (0, 0). b) As curvas de nível de f(x, y) são as curvas que ligam pontos (x, y) onde f(x, y) é constante. Para encontrar as curvas de nível de f(x, y) = ln(x2 + y2), igualamos a função a uma constante k: ln(x2 + y2) = k. Exponenciando ambos os lados, temos: x2 + y2 = ek. Esta é a equação de uma circunferência de raio √ (ek). Portanto, as curvas de nível de f(x, y) são circunferências concêntricas à origem, com raios crescentes conforme k aumenta. c) O gráfico de f(x, y) é a superfície z = ln(x2 + y2). Essa função descreve a altura de um ponto (x, y) acima do plano xy em relação ao eixo z. A interpretação geométrica é que essa superfície representa uma espécie de "colina" suave, com a altura aumentando à medida que nos afastamos da origem. As curvas de nível de f(x, y) são seções horizontais dessa colina, e correspondem às curvas circulares descritas na parte b) da questão. Figure 1: Gráfico da função f(x, y) = ln(x2 + y2). 3 Cálculo II Lista de Exercícios 4 Questão 5. Siga os passos abaixo para esboçar os gráficos das funções indicadas e responda o questionamento a seguir: • Determine o domínio de f . • As curvas de nível de f . • As intersecções de f com os planos yz e zx. • Esboce o gráfico. a) f(x, y) = √ x2 + y2 b) g(x, y) = e √ x2+y2 Pensando em g(x, y) como sendo a função composta h(f(x, y)). É fácil obter o gráfico de g a partir de f? Solução: a) • Df = R2 • Fazendo f(x, y) = c, com c ∈ R. Temos c como sendo o raio da cicunferência dada por x2 + y2 = c2. Segue o esboço das curvas de nível no R2. Figure 2: Curvas de Nível de f . • Fazendo y = 0, temos f(x, y) = z = √ x2 = |x|. O gráfico do módulo de x no plano zx e fazendo x = 0, temos de maneira análoga f(x, y) = z =√ y2 = |y|. 4 Cálculo II Lista de Exercícios 4 Figure 3: Intersecções • O gráfico deve se assemelhar à Figure 4: Gráfico b) • Df = R2 • Fazendo f(x, y) = c, com c ∈ R. Temos c como sendo o raio da cicunferência dada por x2 + y2 = ln(c)2. Segue o esboço das curvas de nível no R2. 5 Cálculo II Lista de Exercícios 4 Figure 5: Curvas de Nível de f . • Fazendo y = 0, temos f(x, y) = z = e √ x2 = e|x|. O gráfico da exponencial do módulo de x no plano zx e fazendo x = 0, temos de maneira análoga f(x, y) = z = √ y2 = |y|. Figure 6: Intersecções. • O gráfico deve se assemelhar à 6 Cálculo II Lista de Exercícios 4 Figure 7: Gráfico. Os domínios são os mesmos e as curvas de nível são circunferências em ambas, al- terando epenas o valor do raio. Na intersecção com os planos zy e zx, percebemos a mudança, em que a forma da função h(t) = et prevalece. Dito isto, é fácil obter o gráfico de g a partir de f . Também é fácil desenhar outros gráficos a partir de f , como por exemplo h(f(x, y)) = ln( √ x2 + y2) apenas desenhando suas inter- secções com os planos zy e zx e respeitando o valor dos raios das circunferências. 7
Compartilhar