Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE PEDAGOGIA DAIANA MEDEIROS REIS METODOLOGIA DE ENSINO DA MATEMÁTICA PETRÓPOLIS/RJ 2023 Estratégias e procedimentos de crianças do ciclo de alfabetização frente a situações-problema que envolvem multiplicação e divisão. O objetivo do estudo desse artigo foi investigar quais são as estratégias e procedimentos que estudantes do Ciclo da Infância constroem a partir de situações-problemas que envolvem essas duas habilidades previstas na Provinha (D3.1 Resolver problemas que envolvam as ideias da multiplicação e D3.2 Resolver problemas que envolvam as ideias da divisão). O estudo foi realizado em cunho qualitativo e se inspirou na pesquisa participante, na modalidade de investigação-ação escolar, que é constituída pelos ciclos de planejamento, ação, observação e reflexão. O planejamento, ou seja, a organização antecipada da ação, caracteriza- se pela tomada de decisões ligadas aos rumos da investigação. A investigação- ação escolar – a ação – consiste na implementação das atividades educacionais. A observação, tem a função de documentar as decorrências da ação. E a reflexão é onde ponderamos e avaliamos os processos tanto individuais quanto coletivos da investigação-ação escolar. Os grupos investigados neste estudo foram os alunos no final do 3° ano e alunos que iniciavam o 4° ano, ou seja, que já passaram integralmente pelo Ciclo da Alfabetização e deveriam ter todas as habilidades e competências já adquiridas. As crianças fizeram uso de três procedimentos diferentes. Algumas optaram por fazer uma divisão um-a-um (divisão partitiva), as crianças que utilizam esse método ainda não possuem ideia de conjunto e só descobrem o resultado após executar toda a estratégia e, ainda contar o quanto restou para cada um. Outra estratégia usada foi a divisão conjunto-a-conjunto (divisão de medida), um procedimento mais estruturado e veloz, pois há certa economicidade que torna a divisão mais rápida. Outra forma que as crianças abordaram a situação foi usando a estratégia com base na contagem e no emprego do cálculo de divisão por meio do algoritmo, que é o procedimento mais próximo do que normalmente se ensina na escola. À guisa de conclusão, os resultados demonstram que, embora os algoritmos possam auxiliar na agilidade dos cálculos, o seu uso precoce pode interferir na evolução dos significados sobre as ideias de dividir das crianças. Da mesma forma que não garante a aquisição de estruturas mentais que fomentem a interpretação, a capacidade de agir e a compreensão. Plano de Aula TEMA: O que é a metade de um número? OBJETIVOS: Ao final dessa aula o aluno deve ser capaz de compreender que a metade de um número é o resultado da divisão do número em duas partes iguais. MATERIAL NECESSÁRIO: • Palitos de picolé; • Quadro e giz. DESENVOLVIMENTO: Apresente os palitos de picolé e diga que irá reparti-los entre dois alunos, dando metade para cada um deles. Divida os palitos em duas quantidades diferentes, que seja uma diferença bem notável, como 2 e 8. Entregue aos dois alunos e observe como eles e os demais vão reagir. Nesse momento, faça perguntas que mostrem o que eles entendem sobre metade. Pergunte se eles concordam que cada um recebeu metade dos palitos e, depois, de que forma você deveria ter repartido os palitos para que cada um recebesse metade. Então, recolha os palitos e divida-os novamente em duas partes, mas dessa vez, em duas partes iguais. Peça para compararem e identificarem diferenças entre essa repartição e a anterior. Em seguida, escreva algumas questões no quadro e peça para anotarem e responderem no caderno. 1. O que você entende por metade? Cite exemplos do seu dia a dia. 2. Como você explicaria para alguém o que é a metade de alguma coisa? 3. Você sabe o que é a metade de um número? Discuta com eles sobre essas questões, pedindo para que compartilhem suas respostas com todos. AVALIAÇÃO: Observar o desempenho dos alunos durante as aulas e propor atividades e novos problemas que envolvam o conceito de metade de um número. Referências: BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para séries iniciais. Brasília: MEC/SEF. VERGNAUD, G. (2009). A criança, a matemática e a realidade. Curitiba: Editora UFPR. FREIRE, Paulo (2002). Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra.
Compartilhar