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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA ANTIGUIDADE CLÁSSICA Grécia - Templos Templos Primitivos Cavernas e cumes de montanhas eram sagrados para os minóicos, seus santuários se restringiam a cômodos ou partes de aposentos em palácios. Santuários e lugares de culto desse período que foram encontrados são, arquitetonicamente, inexpressivos. Primeira edificação monumental da Idade do Ferro foi encontrada em Lefkandi e data do século X a.C. Essa edificação marca o início da forma do templo. Apresenta colunas no seu perímetro semelhantes aos templos posteriores. Mas não é um templo, é uma estrutura que recobre a sepultura de um guerreiro, de sua esposa e de seus cavalos. A estrutura foi coberta por terra, provavelmente assim que foi terminada. Desenho representando a estrutura encontrada em Lefkandi, século X a.C. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA Período Helênico Muitos dos prédios desse período que deixaram vestígios são templos. A civilização helênica surgida depois da Idade das Trevas era diferente em quase todos os aspectos da civilização anterior. Mas os métodos construtivos eram semelhantes: colunas de madeira, parede de tijolo seco ao sol e base de pedra. Os templos se sobressaem na paisagem da cidade, mais por sua qualidade do que por seu tamanho. São implantados em locais dominantes, de destaque, afastados dos outros edifícios e seguem modelos simples e rigorosos. Sistema construtivo propositadamente simples (muros e colunas de pedra, que sustentam as arquitraves e as traves de cobertura) para que as exigências técnicas não interferissem na forma. Sistemas construtivos mais complicados, como os arcos, eram utilizados em edifícios menos importantes. Em meados do século VII a.C., era comum o uso de telhas como cobertura, essas eram bem mais grossas que as atuais, o que levou ao aperfeiçoamento das estruturas das paredes e das colunas feitas de pedra. Cobertura de duas águas. Modelos de templos, provavelmente século VIII a.C., feitos de cerâmica. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA Desenvolvimento desses novos métodos construtivos durante o século VII a.C. O primeiro telhado de telha conhecido é do Templo de Apolo, em Corinto. As telhas mediam 67x67 cm e pesavam quase 30 quilos. Depois do século VI a.C., os templos não apresentam mais paredes curvas e os arquitetos começaram a construir prédios totalmente em pedra. Esses templos de pedra reproduziam as formas utilizadas nas estruturas antigas, que tinham função tanto estrutural quanto decorativa. Fundação: cantaria rusticamente revestida, dispostas sob os elementos estruturais: colunas externas e internas e paredes. A camada superior formava uma base nivelada acima do solo. Escadarias ou rampas davam acesso a entrada. As primeiras colunas de pedra eram monolíticas, mais tarde, passaram a ser construídas por blocos afixados por pinos de madeira ou de bronze. Essas tinham caneluras que eram executadas após a coluna estar erguida. Em alguns casos, encontram-se colunas com a parte inferior lisa, como precaução contra danos. Decoração dos templos: originalmente de terracota, serviam para cobrir partes mais sujeitas a danos feitas de madeira ou tijolos que ficassem expostos e também tinham a função de desviar a atenção da geometria rigorosa das edificações. Os primeiros modelos de decoração em terracota eram em cores sombrias, por sua técnica de cozimento. Nos edifícios de menor importância, não se abandonou a terracota com a adoção da pedra, no século VI a.C., por sua durabilidade e pela possibilidade de serem feitas em série a partir de moldes. As esculturas, empregadas com frequência nos frontões, não eram simplesmente decorativas, mas serviam também para afastar o mal ou contar histórias. Cor: aplicada por várias razões em diferentes contextos. Pouca variedade, as mais usadas eram o azul, o vermelho e o amarelo-ouro. Verde: usado com parcimônia. Método de aplicação: desconhecido. Partenon: não há vestígios de pintura nas paredes, mas o teto possuía molduras decoradas e coloridas. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA Tetos feitos geralmente de madeira, só restaram os de pedra. Projeto completo de um templo: elementos devem manter a vista do espectador sempre em movimento. Mantendo a proporcionalidade em relação a cada componente, sendo que, um não deve chamar mais atenção que outro. Essas edificações se destinavam a serem vistas mais do exterior que do interior. ORDENS: Ordem Dórica: Grécia continental e oeste. Variação da ordem de acordo com a região. Ordem Jônica: Ilhas do Egeu e litoral da Ásia Menor. Atingiu sua forma definitiva após 450 a.C. Ordem Coríntia: desenvolvida no século IV a.C. As ordens Jônica e Coríntia não eram utilizadas no exterior dos templos, mas eram comuns em edificações menores e mesmo em santuários. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA Quatro templos gregos do século VII a.C. Planta de templo Aphaia, Egina, 500 a.C. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2003. LAWRENCE, A. W. Arquitetura grega. São Paulo: Cosac e Nafic, 1998. MUMFORD, Lewis. A Cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 2004. ROBERTSON, D.S. Arquitetura Grega e Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Editora Martins Fontes,1994. Restauração seccional do templo de Aphaia http://www.cesjf.br/biblioteca/cgi-bin/infoisisnet.exe/pesq?AUTOR=LAWRENCE,%20A.%20W.&BASEISIS=1&FROM=1&COUNT=50&FORMAT=referencia&PAGINAORIGEM=&SITE=
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