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Universidade Anhembi Morumbi Especialização em Comunicação em Crises Organizacionais Gestão e Comunicação de Crises e Riscos Meryelen Diamante Coelho São Paulo | Março de 2024 Como agir e reagir aos problemas advindo de um fornecedor em crise, em um cenário muito ímpar, muito incomum, e manter a boa imagem e posicionamento junto ao mercado? A UNIZ, empresa consolidada no mercado, enfrenta desafios decorrentes de limitações estruturais no fornecimento de serviços essenciais, como eletricidade, telefonia e transmissão de dados. A recente onda de calor exacerbou essas dificuldades, resultando em quedas frequentes de energia durante os períodos de alta demanda. É crucial reconhecer e validar as preocupações dos clientes diante das interrupções no serviço. Ao expressar empatia e compreensão pela frustração que essas falhas possam causar, a empresa demonstra sensibilidade às necessidades dos clientes. Manter uma comunicação transparente é essencial para gerenciar a crise. A UNIZ deve comunicar de forma proativa os desafios enfrentados, explicando os fatores externos que contribuem para as interrupções no serviço. Além disso, é importante fornecer atualizações regulares sobre as medidas em andamento para mitigar o impacto das falhas no fornecimento de energia. “É preciso compreender que as decisões das empresas não têm um efeito isolado e, portanto, provocam desdobramentos em outros públicos – razão para que a comunicação de crise não se restrinja apenas à comunicação dos fatos na mídia, mas leve em conta todos os demais públicos que precisam ser informados.” (LUCAS, 2007, p. 60). A empresa também deve reforçar seu compromisso com a excelência no atendimento ao cliente, apesar das circunstâncias adversas. Isso pode incluir o investimento em soluções alternativas de energia, como geradores de emergência, para minimizar as interrupções no serviço durante períodos de instabilidade na rede elétrica. Ao lidar com uma crise, é fundamental que a UNIZ concentre seus esforços em soluções internas, em vez de atribuir culpa a terceiros, como o sistema de energia da cidade. Isso envolve identificar oportunidades de melhoria dentro da própria empresa, como otimização da infraestrutura existente e implementação de medidas de eficiência energética. “Em situações de crise, por exemplo, além do trabalho permanente com a imprensa, o setor de comunicação precisa produzir jornais para o público interno, relatórios para autoridades legislativas, campanhas para a população afetada pelo problema, entre outras iniciativas de relações públicas e propaganda.” (LUCAS, 2007, p. 60). Além de fornecer atualizações regulares sobre os esforços para resolver a crise, a UNIZ deve buscar feedback dos clientes e envolvê-los no processo de busca por soluções. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de satisfação e grupos de discussão, permitindo que os clientes se sintam ouvidos e valorizados. Gerenciar uma crise empresarial requer uma abordagem estratégica que priorize a transparência, o comprometimento e o foco nas soluções internas. Ao adotar uma postura proativa e comunicativa, a UNIZ pode preservar sua reputação e manter a confiança dos clientes, mesmo diante de desafios externos significativos. REFERÊNCIAS LUCAS, L. Comunicação de crise: como reduzir riscos e potencializar a relação com a imprensa. In: LUCAS, L (org.). Media training: como agregar valor ao negócio melhorando a relação com a imprensa. 2. ed. São Paulo: Summus, 2007
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