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Avaliaçao Nutricional em Paciente Hospitalizado - Parte 2

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Avaliação Nutricional em paciente 
hospitalizado- Parte 2 
Métodos de Avaliação do 
Estado Nutricional 
Objetivos 
• Antropometria 
• Composição Corporal 
• Parâmetros bioquímicos 
• Consumo Alimentar 
Antropometria 
Palavra de origem Grega 
Anthropos (HOMEM) + Metrein (MEDIDA) 
 
 
Estudo das proporções 
 e medidas do corpo 
 humano 
Peso 
Estatura 
Perímetros Corporais 
Pregas Cutâneas 
Diâmetros Ósseos 
Medidas básicas 
Medidas antropométricas 
 Alterações no estado 
 hídrico 
 
 
 % de mudança recente de peso 
 Perda de de 20-25% do seu peso usual aumento da 
mortalidade (Tirapegue e Ribeiro, 2009) 
 Peso Habitual – Doenças agudas é considerado um 
parâmetro melhor que o ideal para cálculo das 
necessidades. 
 Peso Ideal 
Cuppari, 2002 
Peso 
Peso 
atual 
Peso 
usual 
Peso 
ideal 
Adequação 
de peso 
Peso 
ajustado 
Peso ideal 
amputado 
Estimativa 
de peso 
Mudança 
de Peso 
PI= IMC desejável x 
estatura(m²) 
AP%= PA x 100/ PI 
PAj= (PI- PA) x 0,25 
+PA 
Formulas de Chumlea 
1985, Altura Joelho 
Circunferência do braço 
 e Prega Cutânea 
Subescapular 
PP%= (PU- PA) x 
100/PU 
Cuppari, 2002 
Paj: é o peso ideal corrigido 
para determinação das 
necessidades energéticas e 
de nutrientes, quando a 
adequação do peso já 
classificar desnutrição< 95% 
e obesidade > que 115% 
 
 
Adultos IMC (kg/m2) 
Baixo Peso < 18,5 
Magreza Severa <16,00 
Magreza Moderada 16,00 – 16,99 
Magreza Leve 17,00 – 18,49 
Eutrofia 18,50 – 24,99 
Sobrepeso ≥25,00 
Pré-obesidade 25,00 – 29,99 
Obesidade ≥30,00 
Obesidade Grau I 30,00 – 34,99 
Obesidade Grau II 35,00 – 39,99 
Obesidade Grau III ≥40,00 
Idosos IMC (kg/m2) 
Baixo Peso < 22 
Peso Normal 22 - 27 
Sobrepeso > 27 
WHO, 2000 
LIPSCHITZ, 1994 
Índice de Massa Corporal 
Adequação de Peso (%) 
Peso Atual x 100 / Peso Ideal 
Adequação de Peso (%) 
Percentual Classificação 
≥ 200% Obesidade Mórbida 
≥ 120% Obesidade 
110 – 120% Sobrepeso 
90 – 110% Eutrófico 
80 – 90% Desnutrição Leve 
70 – 79% Desnutrição Moderada 
< 69% Desnutrição Severa 
ASPEN, 1993 
Peso – Adequações 
% de perda de peso 
Membro % 
Mão 0,8 
Antebraço 2,3 
Braço até o ombro 6,6 
Pé 1,7 
Perna abaixo do joelho 7,0 
Perna acima do joelho 11,0 
Perna inteira 18,6 
MARTINS, 2008 
Estimativas de Peso 
Amputado 
Localização Desconto (kg) 
Tornozelo (+) 1,0 
Joelho (++) 3,0 – 4,0 
Raiz de coxa (+++) 5,0 – 6,0 
Anasarca (++++) 10,0 – 12,0 
MATERESE, 1997 
Grau P ascite P periférico 
Leve 2,2 kg 1,0 kg 
Moderado 6,0 5,0 
Grave 14,0 10,0 
JAMES, 1989 
 
INADEQUAÇÃO < 95% OU > 115% 
 
Peso ajustado = ( Peso ideal – peso atual) x 0,25 + Peso 
atual 
Estimativas de Peso 
Edema e Ascite 
Mulheres 
P (kg) = [1,27 x CP (cm)] + [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB (cm)] + [0,4 x PCSE (cm)] 
– 62,35 
Homens 
P (kg)= [0,98 x CP(cm)] + [1,16 x AJ (cm)] + [1,73 x CB (cm)] + 
[ 0,37 x PCSE (mm)]-81,69 
I – [0,5030 x CB (cm)] +[ 0,5634 x CA (cm)] + [1,318 x CP (cm)] + [0,0339 x PCSE (mm)] - 
43,156 
I – [0,4808 x CB (cm)] + [0,5646 x CA (cm)] + [1,316 x CP (cm)] – 42,2450 
IIII – [0,5759 x CB (cm)] + [0,5263 x CA (cm)] + [1,2452 x CP (cm)] – [4,8689 x (sexo)*] - 
32,9241 
CP = Panturrilha; CA= Abdominal; Fem = 1; Masc = 2 
Chumlea et al., 1985 
Rabito et al., 2006 
Peso - Estimativas 
Altura 
Altura do 
joelho 
Extensão dos 
braços 
(envergadura)
 
Altura 
recumbente 
(CUPPARI, 2005) 
Estadiômetro ou antropômetro 
 
Estimativas de altura 
 Altura Recumbente 
• Deformidades ósseas 
• Incapacidade de 
manter posição 
horizontal completa 
• Superestimação 3cm 
H e 4cm M 
Desvantagem 
• Baixo custo 
•Diferença clinicamente 
insignificativa 
 
Vantagem 
Crianças. 
Adultos e 
Idosos 
 
Consiste em aferir com o auxílio de fita métrica a distância entre o topo 
da cabeça até a planta do pé ( 90°) com os indivíduos deitados no leito, 
em posição horizontal completa (GRAY et al, 1985). 
Estimativas de altura – Envergadura 
e Semi-envergadura 
• Baixo custo 
• Fácil obtenção da 
medida 
Vantagem 
• Contrações ou deformidades 
do ombro , cotovelo ou pulso; 
• Superestimação 
• Altura máxima (30 anos) 
•Não indicado para crianças 
 
Desvantagem 
Adultos e 
Idosos 
 
Medida pela distância entre os dedos médios das mãos, com os braços 
esticados em ângulo de 90°. 
Pode ser obtida pela distância entre a linha mediana da incisura esternal 
até a ponta do dedo médio, multiplicando-se o valor por dois (KWOK; 
WHITELAW, 1991). 
Altura do Joelho - posição supina, colocar o estadiômetro 
com a base no calcanhar e a haste estendida até a base da 
cabeça da fíbula 
 
Chumlea, 1994  População 
representativa de crianças (n=13.821) 
e adultos (n=5.415), 
selecionados a partir dos ciclos I, II, e 
III do NHANES. 
↑ correlação entre AJ e altura real. 
Para mulheres incluiu-se a variável 
idade. 
 Fórmulas diferentes para adultos e 
crianças brancos e 
negros. 
Meninos brancos A = 40,54 + ( 2,22 x AJ) 
Meninos negros 
A = 39,60 + ( 2,18 x AJ) 
 
Meninas brancas 
A = 43,21 + ( 2,15 x AJ) 
 
Meninas negras 
A = 46,59 + ( 2,02 x AJ) 
 
Mulheres 
brancas 
A= 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x I) 
 
Mulheres 
negras 
A= 68,1 + (1,86 x AJ) – (0,06 x I) 
Homens 
brancos 
A = 71,85 + (1,88 x AJ) 
Homens 
negros: 
A = 73,42 + (1,79 x AJ) 
 
Crianças de 6 -18 anos (cm) 
Adultos (cm) 
Estimativas de altura – Chumlea 
Chumlea, 1998  4750 homens e mulheres brancos, negros, e mexicanos (1369 homens 
brancos, 1472 mulheres brancas, 474 homens negros, 481 mulheres negras, 497 homens 
mexicanos e 457 mulheres mexicanas) com mais de 60 anos. 
Mulheres brancas A = 82,21 + (1,85 x AJ) – (0,21 x I) 
Mulheres negras A = 89,58 + (1,61 x AJ) – (0,17 x I) 
Mulheres mexicanas A = 84,25 + (1,82 x AJ) – (0,26 x I) 
Homens brancos A = 78,31 + (1,94 x AJ) – (0,14 x I) 
Homens negros A = 79,69 + (1,85 x AJ) – (0,14 x I) 
Homens mexicanos A = 82,77 + (1,83 x AJ) – (0,16 x I) 
Idosos (cm) 
Estimativas de altura – Chumlea 
368 pacientes adultos e idosos hospitalizados (SP e PR). Variáveis com maior 
correlação com a altura: sexo, idade, comprimento do braço e semi-envergadura. 
A = 58,694 – (2,9740 x S*) – (0,0736 x I) + (0,4958 x comprimento do 
braço) + (1,1320 x semi-envergadura) 
A = 63,525 – (3,237 x S*) – (0,06904 x I) + (1,293 x semi-envergadura) 
 
 Adultos e Idosos (cm) 
Altura referida 
Superestimação independente do sexo 
Menor correlação com altura real em população idosa 
MELO, 2014 
Sexo: Fem = 1; Masc = 2 
Estimativas de altura-Rabito, 2006 
 
Equações para mensurar altura a partir da medição do comprimento de seguimentos 
corporais obtidos de 2343 crianças e adolescentes australianos saudáveis com idades 
entre 5 e 19 anos e desenvolvimento típico. 
MENINOS 
Ulna A = (4.605 × U) + (1.308 × I) + 28.003 
Antebraço A = (2.904 × F) + (1.193 × I) + 20.432 
Tíbia A = (2.758 × T) + (1.717 × I) + 21.818 
Perna A = (2.423 × P) + (1.327 × I) +21.818 
MENINAS 
Ulna A = (4.459 ×U) + (1.315 × I) + 31.485 
Antebraço A = (2.908 × F) + (1.147 × I) + 21.167 
Tíbia A = (2.771 × T) + (1.457 × I) + 37.748 
Perna A = (2.473 × P) + (1.187 × I) + 21.151 
Estimativas de altura-Gauld et al. 2004 
 
Circunferências 
 São medidas de crescimento e podem indicar o 
estado nutricional e o padrão de gordura corporal. 
Circunferência da cintura 
Circunferência abdominal 
Circunferência do quadril 
Circunferência do braço 
Circunferência da panturrilha 
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010) 
Paciente em pé 
com uso de fita 
métrica não-
extensível; 
Circundar o 
menor diâmetro 
Homem: ≥ 90 cm 
Mulher: ≥ 80 cm 
A fita deverá 
circundar o 
quadril na região 
de maior 
perímetro entre a 
cintura e a coxa, 
com o indivíduo 
usando roupas 
finas. 
Indicador mais 
frequentemente 
utilizado para 
identificar o tipo 
de distribuição de 
gordura 
Circunferência abdominal 
 Monitorarperda 
de peso. 
(BRASIL, 2008) 
Circunferência do Braço 
 Soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço. 
(CUPPARI, 2005) 
1°) 
• O braço avaliado deve 
estar flexionado em 
direção ao tórax, 
formando um ângulo de 
90º. 
• Ponto médio acrômio e 
olécrano 
2° ) 
• Solicitar que o indivíduo 
fique com o braço 
estendido ao longo do 
corpo com a palma da 
mão voltada para coxa; 
3°) 
• Contornar o braço com 
uma fita flexível no ponto 
marcado de forma 
ajustada evitando 
compressão da pele ou 
folga 
 
Circunferência da Panturrilha 
 Indicador sensível de alterações 
musculares no indivíduo idoso e 
deve ser utilizada para 
monitoração dessas alterações; 
 Relacionada com risco 
nutricional. 
(OMS, 1995) 
Pregas Cutâneas 
 Deve ser feita com cuidado: variabilidade inter e intra-avaliador; 
 Não são consideradas em situações de obesidade mórbida e edema; 
 
 Instruções gerais: 
◦ Identificar e marcar o local a ser medido; 
◦ Segurar a prega formanda pela pele e pelo tecido adposo 
com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm 
do ponto marcado; 
◦ Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local 
marcado 
◦ Manter a prega entre os dedos até o término da aferição; 
◦ Realizar a leitura em cerca de 2 a 3 segundos 
◦ Fazer 3 vezes e utilizar a média; 
Dobras cutâneas 
(CUPPARI, 2015) 
Pregas cutâneas 
• Técnica: o indivíduo deve ficar sentado, com a face ventral da mão apoiada no 
joelho homolateral, e o cotovelo a um ângulo de cerca de 90 sobre a coxa 
homolateral. 
• O ponto para o pinçamento com o adipômetro de Lange é o vértice do 
triângulo entre o primeiro quirodactilo em abdução não forçada e o primeiro 
interósseo na face dorsal da mão avaliada. 
• A media de três medidas deve ser utilizada como a medida final. 
Músculo Adutor do Polegar 
Bioimpedância 
Indicadores Bioquímicos 
 Fatores que podem interferir nos resultados: 
◦ Interpretação de testes únicos, isolados, sem 
considerar outros parâmetros de avaliação nutricional; 
◦ Idade, sexo, estado fisiológico e condições ambientais; 
◦ Fatores não-nutricionais, tais como drogas, estresse e 
injúria; 
◦ Sensibilidade do método, especificidade e 
Reprodutibilidade; 
◦ Efeitos dos medicamento. 
 
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010) 
Indicadores Bioquímicos 
(DUARTE, 2007) 
Proteínas Plasmáticas 
 
Proteínas Plasmáticas 
 
Balanço nitrogenado- BN 
 Excreção urinária de nitrogênio ( nitrogênio ureico) 
adequação de reposição proteica na TN; 
 BN é a diferença entre o nitrogênioingerido e o excretado, 
usada para avaliar o estresse metabólico. 
 
 
6,25 porque a proteína tem 16% de nitrogênio 
(100 ÷ 16 = 6,25); 
4g perda de N nas fezes e na pele 
Avaliação da competência 
Imunológica 
 Desnutrição depressão da imunidade celular e humoral; 
 
 
Contagem de 
linfócitos totais 
(Linfocitometria) 
Teste de 
hipersensibilidade 
cutânea retardada em 
resposta a vários 
antígenos 
Contagem 
de Linfócitos 
 
 Mede as resevas imunológicas momentaneas indicando as condições 
de defesa da célula; 
Teste cutâneos 
 Administração de antígenos de forma intradérmica 
e após 24-72h avalia-se o diâmetro da induração 
formada; 
 
◦ Depleção moderada: 5-10mm 
◦ Depleção grave: <5mm 
 
Reativo: 2 ou mais respostas positivas 
Relativamente anérgico: 1 resposta positiva 
Anérgico: sem resposta positiva 
 
Atividade Estruturada 3 
 
 Elaborar uma tabela comparativa de parâmetros de AEN infantil e adulto/ idoso, com a apresentação 
dos pontos de corte e critérios de classificação. A tabela deve conter: 
Indicadores antropométricos (mínimo 3); 
Indicadores bioquímicos (mínimo 2); 
Indicadores subjetivos ? semiologia nutricional; 
História alimentar e registros (mínimo 2); 
Método alternativo de AEN (novo) ? 1; 
O estudante deverá idealizar a tabela, com base em 5 referências, no mínimo. 
 
 Marina, 75 anos, sedentária, procurou o ambulatório de 
nutrição para uma avaliação nutricional. Não foi possível 
aferir o peso, uma vez que a idosa não oferecia condições 
de se portar de maneira segura na balança. Durante a 
avaliação foram coletadas as seguintes medidas: altura 
referida – 1,70 m, perímetro do braço (PB) = 35 cm, 
perímetro da cintura (PC) = 93 cm, perímetro da panturrilha 
e (PP) = 34 cm. Paciente ambulante (1,3) e não complicada 
(1,0). 
 Equação de Rabito et al. (2008) 
 Peso (kg) = (0,4808 x PB) + (0,5646 x PC) + (1,316 x PP) – 
42,2450

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