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Terapia cognitivo- comportamental com crianças À medida que as crianças crescem, espera-se que obtenham controle de seus esfíncters, espera- se que aprendam que seus pais sempre voltam, e parem de chorar quando eles saem, e espera-se que gradualmente obtenham habilidades de autocontrole [..] e uma capacidade de autoavaliação e aprendam a conduzir a comunicação e a negociação verbal em vez de chorar sempre que desejam alguma coisa (Ronen. 1998, p.7). Para determinar se o comportamento de uma criança é problemático, é necessário um entendimento das tarefas do desenvolvimento exigidas com as quais elas se defrontam: Demandas comuns na infância: • Choro; • Agressividade; • Timidez excessiva; • Agitação; • Ansiedade; • Tristeza; • Desobediência; • Problemas esfincterianos; • Baixo rendimento escolar. ❖ Não vêm à terapia por vontade própria; ❖ Ansiedade frente a um adulto estranho; ❖ Considerar os sistemas FAMÍLIA e ESCOLA. ❖ Quais as diferenças entre TCC de adultos e de crianças e adolescentes? ❖ Quais as semelhanças entre TCC de adultos e de crianças e adolescentes? ❖ Empirismo colaborativo ❖ Descoberta guiada ❖ Estrutura: agenda e tarefa de casa ❖ Focalizada no problema, ativa e orientada para o objetivo ❖ Crianças menores: técnicas comportamentais; ❖ Crianças mais velhas e adolescentes: técnicas mais sofisticadas de análise racional; ❖ Motivação aumenta quando elas se divertem na sessão. ❖ A partir de que idade a criança pode iniciar com a TCC? Avaliação do caso ❖ Entrevista com pais, familiares e cuidadores (história do desenvolvimento e história clínica); ❖ Entrevista/ avaliação da criança ou do adolescente; ❖ Informação de outros profissionais e escola; ❖ Efetuar ou solicitar testes psicológicos e neuropsicológicos ❖ Conceitualização do caso Pilares da TCC com crianças Técnicas adequadas à etapa do desenvolvimento ❖ Crianças com menos fluência verbal: desenhos, fantoches, brinquedos, jogos, trabalho manual; ❖ Ler e contar histórias são formas de aumentar a sofisticação verbal; ❖ Adaptar as tarefas para que estejam à altura da capacidade de linguagem das crianças é um desafio clínico crucial. Conhecer e identificar emoções Conhecendo e identificando emoções em crianças • Ensinar as crianças a como relatar seus estados de humor antes de iniciar intervenções cognitivas; • Crianças pequenas não conseguem distinguir as nuances sutis entre irritação, frustração, etc. Emoções • Primárias/ universais: Alegria, amor, tristeza, medo, raiva, espanto, repulsa, surpresa; • Secundárias (cunho social): vergonha, culpa e orgulho. Tranqüila Orgulhosa FelizComovida SaudosaAmorosaEstressada Cansada Preocupada Confusa ??? Desconfiada Irritada Culpada Ansiosa Amedrontada Desesperada Decepcionada Solitária Envergonhada Triste ❖ Iniciar trabalhando as emoções básicas; ❖ Espalhar o baralho e perguntar com quais emoções se identifica; ❖ Escolher a carta mais significativa de acordo com aquele problema; ❖ Pedir para os pais escolherem quais representam mais o filho no cotidiano. Afetivograma (com ajuda dos pais) Psicoeducação prévia sobre as emoções A medida que a criança conhece suas emoções, ela consegue ter mais controle sobre elas e tende a se tornar um adulto saudável emocionalmente Baralho é psicoeducação, base para conceitualização do caso e intervenções cognitivas Técnicas cognitivas (crianças a partir dos 6 anos) Leitura de livros com figuras Associar sentimentos a sensações físicas Distorções cognitivas Registro de Pensamento Disfuncional • Evitar perguntas como “O que você está pensando?” ou “Que pensamentos você está tendo sobre...?” com crianças; • O que pipocou na sua cabeça? • O que passou voando na sua cabeça? • O que atravessou a sua cabeça? • O que correu pela sua cabeça? • O que você disse para si mesmo? • O que disparou na sua cabeça? Completar sentenças para ajudar a identificar pensamentos automáticos I) “Quando minha professora me diz para chegar na aula no horário, fico com raiva e _____________________passa pela minha cabeça.” II) “Quando meus pais me dizem a que horas voltar, fico furioso(a) e penso ___________________________ .” III) “Quando meu irmão mexe nas minhas coisas, fico irritado(a) e _______________ passa pela minha cabeça.” Meu professor disse que não estou prestando a atenção na aula Triste (8)Ele não gosta de mim. Ele foi mau me dizendo isso. Teste de Evidências 1º. Ajudar a criança avaliar razões para a sua conclusão: • “O que te dá certeza disso?” 2º.Terapeuta e criança devem buscar evidências contrárias: • “O que faz você duvidar dessa conclusão?” • “Que fatos te deixa menos certo(a) dessa conclusão?” • “Que coisas abalam essa conclusão?” Descatastrofização • Crianças tendem a catastrofizar superestimar a magnitude e a probabilidade de perigos percebidos: • “ O que de pior poderia acontecer?” • “ O que de melhor poderia acontecer?” • “ Qual é a coisa mais certa que poderia acontecer?” • Pode-se incluir a resolução de problemas: • “Se a pior coisa que poderia acontecer é pode acontecer realmente, como você pode lidar com isso?” Auto-instrução • Alterando o conteúdo do pensamento; • A criança é instruída a desenvolver novas orientações ou regras para o seu próprio comportamento que a ajudará passar por situações estressantes. Vantagens x desvantagens • Estimula as crianças a examinar ambos os lados de uma questão e a agir de forma que atenda a seus melhores interesses; • Passo 1. Definir a questão sobre a qual precisa maior perspectiva (ex. fazer a lição de casa na frente da TV); • Passo 2. Listar o máximo de vantagens e desvantagens que a criança possa pensar; • Passo 3. Terapeuta e criança revisam as vantagens e desvantagens; • Passo 4. A criança deve chegar a uma conclusão após considerar as vantagens e desvantagens. Uso de histórias Ex.: baixa autoestima -> história sobre o tema -> intervenção Técnicas comportamentais (crianças de todas as idades) Economia de Fichas • Objetivo: modificação do comportamento; • Sistema de reforço/incentivo em que se administram fichas (estrelinhas, emojis) como reforço imediato; • Após um número X de fichas, elas são trocadas por um reforço mais valioso (ex.: brinquedo, passeio, etc). https://www.youtube.com/watch?v=901AW0mOnzk https://www.youtube.com/watch?v=901AW0mOnzk • Relaxamento Muscular (breve – apenas braços, ombros, pernas e face) • Exposição • Solução de Problemas (ensinar a gerar soluções, prever consequências, planejar e implementar a melhor solução, recompensa) • Role-Play (dramatizações - habilidades sociais) Trabalho com os pais Trabalhando com os pais • A orientação a pais busca: intervir no contexto familiar, investigando quais reforçadores contribuem na manutenção do comportamento desadaptativo da criança e alterando o padrão de relação entre os pais e filhos, de modo que seja reforçado e apoiado diretamente o comportamento pró-social em vez de comportamentos coercitivos (Caballo, 2007). https://image3.slideserve.com/5959074/slide126-l.jpg • Comportamentos negativos -> ciclo de punição inconsistente -> ameaças raivosas -> relacionamento pais e filhos deteriora-se com insultos, afrontas e palavrões destrutivos, conflito interpessoal aumenta e a autoestima de todos fica abalada! • Pais começam abdicar de seu papel parental, desistem de acompanhar o comportamento dos filhos e adotam atitude “seja o que Deus quiser”. Trabalhando com os pais https://image3.slideserve.com/5959074/slide130-l.jpg Trabalhando com os pais • Psicoeducação (TCC, coerência com a criança, firmeza); • Monitorar comportamentos indesejáveis; • Comandos específicos; • Correção de linguagem verbal e não verbal; • Reforço positivo (elogios, recompensas); • Tempo de brincar; • Permitir escolhas; • Ignorar/extinguir; • Time-out (1 minuto por idade). Slide 1: Terapiacognitivo-comportamental com crianças Slide 2 Slide 3 Slide 4: Demandas comuns na infância: Slide 5: Quais as diferenças entre TCC de adultos e de crianças e adolescentes? Slide 6: Quais as semelhanças entre TCC de adultos e de crianças e adolescentes? Slide 7: A partir de que idade a criança pode iniciar com a TCC? Slide 8: Avaliação do caso Slide 9 Slide 10: Técnicas adequadas à etapa do desenvolvimento Slide 11: Conhecer e identificar emoções Slide 12: Conhecendo e identificando emoções em crianças Slide 13: Emoções Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17: Afetivograma (com ajuda dos pais) Slide 18: A medida que a criança conhece suas emoções, ela consegue ter mais controle sobre elas e tende a se tornar um adulto saudável emocionalmente Slide 19: Baralho é psicoeducação, base para conceitualização do caso e intervenções cognitivas Slide 20: Técnicas cognitivas (crianças a partir dos 6 anos) Slide 21: Leitura de livros com figuras Slide 22: Associar sentimentos a sensações físicas Slide 23: Distorções cognitivas Slide 24: Registro de Pensamento Disfuncional Slide 25 Slide 26: Completar sentenças para ajudar a identificar pensamentos automáticos Slide 27 Slide 28 Slide 29: Teste de Evidências Slide 30: Descatastrofização Slide 31: Auto-instrução Slide 32: Vantagens x desvantagens Slide 33: Uso de histórias Slide 34: Técnicas comportamentais (crianças de todas as idades) Slide 35: Economia de Fichas Slide 36 Slide 37: Trabalho com os pais Slide 38: Trabalhando com os pais Slide 39: Trabalhando com os pais Slide 40: Trabalhando com os pais
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