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Origem e introducao da logica juridica - slides aula 1

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Origem e introdução da Lógica 
Jurídica
Prof. José Resende
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- A palavra lógica (λογική) vem de logos (λόγος) no grego antigo. Ambos os termos estão intimamente ligados à 
origem da filosofia.
- A filosofia surge na Grécia no séc. VI a.C. Pitágoras teria sido o primeiro a forjar a palavra Φίλος + σοφία.
- O que caracteriza essencialmente a filosofia é a teoria (Qewrw): “ver” por meio da razão.
- Essa nova forma (teórica) de perceber a realidade se traduz linguisticamente no logos. Logos, portanto, é a 
tradução linguística da teoria, é o discurso teórico.
- Usando a teoria os primeiros filósofos (pré-socráticos) produziram logos sobre o cosmo: cosmologia.
- Mais ou menos no século V a.C. os Sofistas começam, de modo não sistemático, a problematizar o logos e sua 
relação com a realidade, além de lançar as bases do que mais tarde será chamado de retórica.
- Já no século IV a.C., se opondo ao relativismo dos Sofistas, Aristóteles vai sistematizar a lógica como uma 
disciplina autônoma no conjunto de textos que ficou conhecido como Organon.
- Aristóteles vai definir a lógica como o estudo da estrutura do raciocínio.
Origem da lógica
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No Organon Aristóteles distingue dois tipos de raciocínios:
- Raciocínio analítico: É o raciocínio que, partindo de proposições verdadeiras (premissas) e, respeitando os 
princípios lógicos fundamentais e as regras de inferência dos silogismos, permite deduzir uma proposição 
(conclusão) também verdadeira. 
 Exemplo: Todo humano é mortal. 
 Sócrates é humano. 
 Logo, Sócrates é mortal.
- Raciocínios dialéticos: É o raciocínio utilizado em debates públicos sobre opiniões públicas. Essas opiniões 
são imprecisas e, em grande parte, relacionadas a prescrições de condutas (o que deve ser buscado ou evitado, 
opiniões sobre o belo, o certo, o justo). Ou seja, as proposições desse tipo de raciocínio não seriam descritivas, 
mas, em boa parte, prescritivas. Com isso, não seria possível determinar se são verdadeiras ou falsas, e, 
consequentemente, não haveria uma estrutura lógica no silogismo que permitisse deduzir uma conclusão 
válida. As conclusões do raciocínio dialético seriam apenas verossímeis (plausíveis), o que está ligado às 
emoções, afetos e valores de um povo. Portanto, o raciocínio dialético trabalharia com a manipulação dessas 
emoções, afetos e valores, visando fazer o interlocutor tomar uma posição (formar uma opinião). 
 
 Exemplo: Drogas fazem mal à saúde das pessoas. 
 Drogas estimulam a criminalidade. 
 Logo, drogas devem ser proibidas.
Raciocínios analíticos e dialéticos
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Uma classificação (não exaustiva) das propostas de lógica 
jurídica e das teorias da argumentação jurídica.
A lógica jurídica e as teorias da argumentação jurídica vão se desenvolver no embate entre esses dois tipos de 
raciocínios definidos por Aristóteles.
- Alguns pensadores vão defender que só há lógica efetivamente no raciocínio analítico e, portanto, só se pode 
falar de uma lógica jurídica se os raciocínios jurídicos puderem ser formalizados e estruturados de modo 
dedutivo. Esse projeto de formalização pode ser observado em Ulrich Klug, Georges Kalinowsk, Georg Heinrik 
von Wright.
- Alguns pensadores, mais céticos, vão defender que os argumentos jurídicos não podem ser formalizados e 
estruturados de modo dedutivo, e que não passam de estratégias arbitrárias de dominação. Convencer por 
meio de raciocínios dialéticos seria uma forma sutil de submeter uma pessoa à vontade de outra, usando não a 
força física, mas a coação psicológica, a manipulação sentimental, etc. Ex: Sofistas, Shopenhauer. 
- Alguns pensadores vão defender que não há uma lógica propriamente jurídica, construída de raciocínios 
dialéticos, mas que é possível, indiretamente, pensar o direito de modo lógico. Hans Kelsen, por exemplo, vai 
defender que só há lógica do lado dos raciocínios analíticos, mas que os raciocínios dialéticos, apesar de 
arbitrário, funcionam como conteúdo para os analíticos na construção de uma teoria científica do direito.
- Alguns pensadores vão defender que os raciocínios dialéticos não se resumem a estratégias arbitrárias de 
dominação. Haveria uma lógica própria nesses raciocínios (lógica material, lógica informal, dialética, retórica, 
tópica), que seria a lógica específica do direito. Nessa tradição é que se desenvolvem, propriamente, as 
chamadas “teorias da argumentação jurídica”. Exemplos: Chaïm Perelman, Theodor Vehweg, Robert Alexy, 
Stephen Toulmin, Neil Maccormick, Luis Recaséns Siches e Manuel Atienza.
 
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Leituras
● COELHO, Fábio Ulhoa. Introdução à lógica jurídica pensamento, raciocínio e lógica no Direito. 8ª 
edição.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019. (edição alternativa: Roteiro de lógica jurídica. São Paulo: 
Saraiva,2004.), itens 1, 2 e 3.
● PERELMAN, Chaïm. Lógica jurídica. Tradução de Vergínia K. Pupi. São Paulo: Martins Fontes, 2000, itens, 
1 a 7.
● ARISTÓTELES. Organon. Livros: Analíticos Primeiros, Analíticos Posteriores, Tópicos e Retórica.
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