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CURSO: NUTRIÇÃO ANA MARIA BRAGA MOTTA ARAUJO IRISLÉIA BERTOSO DE CARVALHO PALOMA FORTES AMORIM ELABORAÇÃO DE LISTA DE SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTOS COM DETERMINAÇÃO DE PORÇÕES EM LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICA TERESINA - PI 2018 ANA MARIA BRAGA MOTTA ARAUJO IRISLÉIA BERTOSO DE CARVALHO PALOMA FORTES AMORIM ELABORAÇÃO DE LISTA DE SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTOS COM DETERMINAÇÃO DE PORÇÕES EM LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Uninovafapi como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição. Orientadora:Profa. Esp. Vânia Marisa da Silva Vasconcelos. TERESINA 2018 ELABORAÇÃO DE LISTA DE SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTOS COM DETERMINAÇÃO DE PORÇÕES EM LABORATÓRIO DE TÉCNICA DIETÉTICA ARAÚJO, Ana Maria Braga Motta1; CARVALHO, Irisléia Bertoso¹; AMORIM, Paloma Fortes¹; VASCONCELOS, Vania Marisa da Silva2; ALBERTO, Norma Sueli Marques da Costa3, VASCONCELOS, Sheila Maria³; MARIN, Marynea Oliveira². RESUMO Introdução: A Lista de Substituição de Alimentos é de uso do nutricionista, tornando prática a prescrição. Nela consta uma relação de alimentos agrupados com características nutricionais, apresentando medidas caseiras e exatas, permitindo trocas seguras. Objetivo: Elaboração da Lista de Substituição com determinação de porções em laboratório. Método: Pesquisa quantitativa, descritiva laboratorial, com busca na literatura verificando comparativos que serviram de subsídios à mesma. Foram selecionados alimentos e suas determinadas porções, com registro fotográfico e determinação do valor calórico de cada porção analisada pela tabela TACO. A pesquisa foi autorizada pela Uninovafapi e cadastrada na Coordenação de Pesquisa (Nº 0142/2017). Resultados e Discussão: De acordo com a escolha dos alimentos, mensuração de calorias, porções para cada alimento, foi elaborada a LSA com maior confiabilidade. Conclusão: A LSA é essencial na prescrição dietética e conduta nutricional, pois a mesma comprova valores energéticos, tamanho das porções e medidas com fidedignidade, assim adequando a dieta. Palavra -chaves:Alimentos. Guias Alimentares. Hábitos Alimentares.Pesos e medidas. ABSTRACT Introduction: The food replacement list is used by the nutritionist that makes the prescription practical, there is a relationship of food grouped with nutritional characteristics, presented homemade and exact measurements, allowing safe exchanges. Objective: Elaboration of the replacement list with determination of portions in the laboratory. Method: Quantitative, descriptive and laboratorial research, with search in the literature verifying 1Acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário UNINOVAFAPI; 2Docente Especialista do curso de Nutrição do Centro UniversitárioUNINOVAFAPI; 3Docente Mestre do curso de Nutrição do Centro UniversitárioUNINOVAFAPI; comparisons that served as subsidies. Food and certain portions were selected, with photographic register and determination of the caloric value of each portion analyzed by the TACO table. The research was authorized by UNINOVAFAPI and registered in the research coordination (Nº 0142/2017). Results and discussion: According to the choice of foods, measurement of calories, portions for each food, the LSA was elaborated with greater reliability. Conclusion: The LSA is essential in the dietary prescription and nutritional conduct, it proves energetic values, portion sizes and measures with reliability thus adapting the diet. Keywords: food. Food guides. Eating habits. Weights and measures. 1. INTRODUÇÃO A escolha dos alimentos está relacionada com o prazer e as lembranças, e com os hábitos adquiridos na infância, além de outros fatores psicológicos e sociais. Portanto, para alterar e manter certo comportamento alimentar, é preciso compreender o processo de ingestão de alimentos do ponto de vista sociocultural e conhecer as atitudes e crenças, e outros fatores psicossociais que influenciam os hábitos alimentares (VIANA, 2002) (VIEIRA et al., 2011). O nutricionista, considerando todo esse contexto citado, se configura no profissional da saúde capacitado para realizar o diagnóstico nutricional e fazer a prescrição dietética, dando assistência com práticas de educação nutricional. Assim, ao lado do paciente, ele orienta a fazer as substituições alimentares para realizar as melhores escolhas no dia a dia (BRASIL, 2005). O instrumento usado pelos nutricionistas para orientar as substituições alimentares é a Lista de Substituição de Alimentos (LSA), cuja consiste em uma relação de alimentos reunidos em grupos com características nutricionais, apresentados em medidas caseiras. Esse sistema de substituições torna-se interessante, ao permitir o controle do valor energético e de nutrientes consumidos em cada refeição, pois é possível fazer uma aproximação de nutrientes e calorias equivalentes em quase todos os alimentos consumidos (RIBEIRO et al.,2013). A primeira LSA foi elaborada pela American Dietetic Association, em parceria com o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos da América, publicada em 1950, cujo objetivo era permitir que profissionais da saúde pudessem prescrever de forma simples um conjunto de alimentos com nutrientes e valores de energia adequados para pessoas portadores de diabetes, controlando os alimentos ingeridos (WHEELER et al; 2008) É importante ressaltar que a construção de uma LSA necessariamente deve passar pela adaptação da mesma à realidade social e cultural da população atendida. Quando bem compreendido e utilizado, esse método pode ser importante na prescrição dietética, na educação nutricional e na confecção de cardápios, tanto para indivíduos saudáveis como para aqueles que apresentam alguma doença (RIBEIRO et al.,2013) Visando contribuir com a prática profissional do nutricionista e assistência ao paciente/cliente, este estudo teve por objetivo a elaboração de uma LSA com determinação de porções em um laboratório de técnica dietética, sendo considerados para sua elaboração, os grupos de alimentos existentes em outras listas de substituição e utilizados os disponíveis na região nordeste para compor a lista. 2. METODOLOGIA Esta é uma pesquisa quantitativa, de natureza descritiva e laboratorial, com elaboração de uma LSA contendo grupos de alimentos que tiveram suas porções determinadas e registradas em laboratório de técnica dietética (LTD) de um Centro Universitário de Teresina- PI, no período de agosto a outubro de 2018. A pesquisa foi realizada em três etapas: A primeira foi um levantamento bibliográfico nas bases acadêmicas com busca de listas de substituição de alimentos, com referência de sua autoria: buscas por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo, Bireme e Google Acadêmicos, além de livros e periódicos, acerca da relevância das listas referidas, bem como a busca por listas disponíveis para posterior comparação entre as mesmas. Estas foram identificadas como A e B para fins de estudo e sigilo das fontes. Inicialmente, foram verificados os grupos de alimentos, os tipos de alimentos os quais compõem cada grupo e suas porções, em quantidade exata e medida caseira. Também foram consideradas as informações sobre grupos de alimentos do Guia Alimentar para População Brasileira, e os tipos de alimentícios da Região Nordeste, dispostos no Manual de Alimentos Regionais Brasileiros (BRASIL, 2002). Após esse estudo, foram identificados os grupos de alimentos, tipos e porções para composição da LSA. Os mesmos foram distribuídosde forma a constituir 10 grupos da LSA, sendo classificados de acordo com os gêneros: leites e derivados, cereais e derivados, carnes, leguminosas, vegetais A, vegetais B, óleos e gorduras, açúcares e doces, frutas e, oleaginosas. A segunda etapa foi realizada no LTD, com determinação das porções em medidas exatas e caseiras para determinação calórica com posterior registro fotográfico. Foram quantificados e registrados 120 tipos de alimentos regionais, disponíveis no mercado local da cidade de Teresina - PI. Posteriormente, foi pesado em balança analítica para alimentos da marca Marte com capacidade de 1.000g. Para as medidas caseiras foram utilizados utensílios como pratos rasos, taças para sobremesa, pires e xícaras de chá, da marca Duralex, e copos americanos, marca Nadir, sendo todos de vidro transparente, além de colheres de sopa da marca Backer. Assim, foi possível verificar a medida caseira predominante em cada grupo das listas pesquisadas, para a escolha do utensílio padrão a ser utilizado na lista elaborada. A partir dessa escolha, foi mensurada a capacidade dos utensílios escolhidos. Mediante determinação, se calculou a quantidade de calorias dos vários grupos de alimentos. Alguns deles tiveram seu valor calórico calculado a partir da identificação de uma quantidade de consumo padrão, pois as listas pesquisadas não forneciam valores em medidas caseiras. Para cálculo do valor energético, a partir da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO, 2011), utilizou-se a regra de três, a quantidade pesada em gramas, do alimento considerado o representante do seu grupo, foi multiplicada pelo valor energético do mesmo alimento na TACO e dividido por 100, encontrando assim o valor energético da porção para compor a LSA. Para os alimentos não encontrados na tabela TACO, foi adotado o valor nutricional expresso no rótulo de cada um. Os utensílios usados foram padronizados no intuito de facilitar a mensuração pelo cliente, pois são de fácil acesso e aquisição. Posteriormente, a fim de efetivar o registro das porções determinadas dos alimentos no LTD, seguindo a técnica da fotografia de SOUZA et al., (2016), optou-se por um fundo de cor neutra e pela presença de talheres ao lado dos alimentos, a fim de as pessoas reconhecerem o tamanho das porções representadas nas imagens da série fotográfica, por meio da comparação com algo relacionado ao seu cotidiano. Todas as porções foram acondicionadas nos utensílios escolhidos, deixando apenas a quantidade do alimento em evidência. Para cada uma delas, foi realizada uma foto, obtendo-se assim, fotos de cada alimento ou preparação. Estavam, portanto finalizadas as informações para composição da lista de substituição de alimentos. A terceira etapa do estudo constituiu na utilização dessas informações para a confecção da LSA, sendo organizada em colunas, obedecendo a seguinte ordem: grupos de alimentos, alimentos representativos do grupo, valor calórico, quantidade em medida exata e caseira (QUADRO 01). Para uso da lista em estudo, esta deverá ser disponibilizada, juntamente, com um álbum de registro fotográfico de suas porções, produzido durante o trabalho, conforme exemplificado na Figura 1. Esta pesquisa foi autorizada pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI, para uso do Laboratório de Técnica Dietética e registrada na coordenação de pesquisa da mesma instituição com Nº 0142/2017. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A existência de lista de substituição dos alimentos permite auxiliar no tratamento nutricional, facilitar o manejo da dieta e evitar a monotonia alimentar, oferecendo uma variedade de alimentos pertencentes a um mesmo grupo, em quantidades que se assemelham em calorias e nutrientes. A partir dessa convicção, foi proposta uma LSA (Quadro 01) com determinação de suas porções em LTD, para maior confiabilidade das informações. Quadro 01: Lista de Substituição dos Alimentos. Laboratório de Técnica Dietética. UNINOVAFAPI, 2018 Uma das principais dificuldades encontradas pelos profissionais nutricionistas na avaliação de consumo alimentar e da ingestão de nutrientes, na prática clínica, é o manejo incorreto de listas de substituição de alimentos. Isso indica que é fundamental, para o sucesso do tratamento, a orientação para o uso da lista corretamente. Assim, estes autores relatam que para minimizar possíveis erros na orientação e na estimativa do tamanho real das porções, é necessário empregar elementos facilitadores, como registros fotográficos, réplicas de comidas e utensílios domésticos (RIBEIRO et al., 2013). As quantidades de calorias em cada grupo de alimentos foram determinadas a partir do padrão, ou seja, o representante do grupo alimentar, visto seu fácil acesso pelo consumidor, por estar presente na maioria das mesas brasileiras, e ser de custo acessível. Essa padronização possibilita na construção e orientação dos planos alimentares. Pois uma lista com suas medidas padronizadas com utensílios comuns possibilita uma substituição mais precisa. (RIBEIRO et al., 2013). Foi possível perceber uma diferença entre o valor calórico dos grupos de alimentos das listas A e B, variando de 05 a 94 calorias (Kcal), podendo ser em decorrência das quantidades de cada porção dos alimentos consideradas em cada lista de substituição. A LSA elaborada não utilizou valores médios dessas duas listas, visto terem variações bem consideráveis, sendo adotadas as porções mais usuais, traduzidas em valores exatos e calculadas suas calorias. É importante seguir a dieta passada pelo nutricionista com as quantidades estabelecidas, pois a alimentação adequada é aquela cuja atende as necessidades nutricionais do indivíduo. A dieta deve incluir alimentos e/ou preparações culinárias que ofereçam energia e todos os nutrientes em quantidades e proporções equilibradas e suficientes (AGOSTINI, 2014). A partir da quantificação dos alimentos no LTD, é possível comprovar que as listas A e B apresentam alimentos em tamanhos não condizentes ao peso e/ou medidas referidas, e o valor calórico destas porções não corresponde aos da tabela de composição dos alimentos - TACO. A quantidade de calorias na lista elaborada foi calculada com base em valores reais das porções determinadas no LTD. Todo o conhecimento científico é importante tanto para o progresso da nação como para o progresso mundial, a fim de se estimular a criação de fundamentos mais sólidos e que se testem suas hipóteses comprovando-as para o crescimento do saber, do conhecer cientificamente, obtendo como fruto do seu trabalho a valorização e participação das publicações científicas e tecnológicas do campo de conhecimento de domínio próprio e prática de formação e atuação profissional (SILVA, 2016; ERDMANN, 2016). Para a comprovação quanto a real medida dos alimentos integrantes da LSA, foi realizado o registro fotográfico de todos (Figura 01). As fotografias de porções alimentares são de baixo custo e longa vida útil, de fácil transporte, duráveis, e de aparência semelhante em relação à imagem real. O registro fotográfico é uma ferramenta que pode ser adotada para auxiliar no atendimento nutricional, facilitando a avaliação do consumo alimentar e aumentando a adesão do paciente ao tratamento dietoterápico proposto, de forma a esclarecer o tamanho de cada porção alimentar a ser consumida, além de ser de fácil aplicação e fornecer dados de forma objetiva (LEÃO et al., 2017). Figura 01: Registro fotográfico de alimentos que compõem a LSA. UNINOVAFAPI. Teresina, 2018. Os registros das porções dos 120 alimentos resultaram em um álbum de registros fotográficos de alimentos, apenas citado neste estudo com intenção de posterior publicação. A elaboração da LSA a partir da determinação das porções e fotografias das mesmaspressupõe um compromisso com a pesquisa, e um anseio de disponibilizar um instrumento de maior confiabilidade para as atividades de orientação nutricional. 4. CONCLUSÃO Neste estudo, foi possível perceber a relevância de uma LSA elaborada a partir de experimento comprovado, pois existe escassez de listas de substituições publicadas em artigos com base cientifica, para obter maior confiabilidade diante desse assunto, e ainda, considerando que a lista esteja adaptada à realidade social, religiosa e cultural da população. Uma LSA bem estruturada por meio de registros fotográficos comprova o tamanho das porções e medidas caseiras com fidedignidade, trazendo valores energéticos pertinentes. É um instrumento essencial ao nutricionista na prescrição dietética, conduta nutricional e na elaboração de cardápios, adequando a dieta de pessoas saudáveis, como também daqueles acometidos de patologias. Possibilita também a educação nutricional para o cliente montar o próprio programa alimentar, com o auxílio do profissional nutricionista. Outros estudos são necessários para maior discussão e aplicabilidade das listas, com ampliação de alimentos de cada região para maior opção de variação de cardápio. 5. REFERÊNCIAS AGOSTINI, S. B. Análise quantitativa e qualitativa de dietas publicadas em revistas não científicas destinadas ao público feminino adulto. Nutrição em Pauta, São Paulo, n 16, p 5-10, 2014. BRASIL. Guia Alimentar para a População Brasileira: Promovendo a Alimentação Saudável/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Básica. – 1. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2002. BRASIL, 2005. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suasatribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. ERDMANN A. L. A importância científica no conterxto acadêmico. Santa Maria: Revista de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. 2016. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GALISA, M. et al; Educação Alimentar e Nutricional. Da teoria à pratica, 2014. GOVEIA, R.G. Nutrição e Metabolismo da Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD – 2006/2007. LEÃO J., NEVES C., RODRIGUES F. Elaboração de registro fotográfico como ferramenta de educação nutricional para pacientes com doença renal crônica. Ouro Preto: III Congresso Nacional de Alimentos e Nutrição. 2017. MENDONÇA, T. R. Nutrição. 1. ed. São Paulo: Rideel, 2010. NARCIZO, L. B. 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