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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021. ISSN 1981-9927. 
329 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva 
ISSN 1981-9927 versão eletrônica 
 
Per iód ico do Inst i tuto Bras i le i ro de Pesquisa e Ens ino em Fis io logia do Exerc íc io 
 
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UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ENTRE A INGESTÃO DE PROTEÍNA ANIMAL VS PROTEÍNA 
VEGETAL PARA FINS ANABÓLICOS 
 
Humberto Rogério Keitel da Rosa1, Jaime Figueira da Conceição Junior1, Ricardo Ferreira Nunes2 
 
RESUMO 
 
Introdução: Foram levantadas, através de 
revisão de literatura, as diferenças cinéticas de 
absorção das fontes proteicas de origem animal 
e vegetal, salientando a menor digestibilidade e 
biodisponibilidade de aminoácidos essenciais 
nas fontes de proteína vegetal. Destacam-se, 
porém, alternativas de enriquecimento e 
diversificação dessas fontes proteicas, que 
viabilizam bons resultados nutricionais no 
anabolismo. Objetivo: avaliar os resultados 
encontrados na literatura pesquisada para que 
o mito das diferenças anabólicas entre as 
proteínas vegetais e animais seja melhor 
esclarecido. Materiais e Métodos: As buscas 
foram realizadas nas bases de dados 
informatizados Pubmed, Lilacs, Google 
Acadêmico, Scielo e Science Direct. As 
palavras-chave utilizadas foram hipertrofia, 
proteína do soro do leite, fonte proteica vegetal, 
fonte proteica animal, massa muscular, síntese 
proteica muscular e degradação de proteína 
muscular, além de seus termos 
correspondentes em inglês. Resultados: nos 6 
artigos comparados, 465 homens saudáveis 
foram submetidos à nutrição proteica animal ou 
vegetal, juntamente com sessões de 
treinamento resistido. Diferenças entre os 
estudos foram verificadas a alternativas 
sugeridas. Discussão: Os artigos 
demonstraram a viabilidade do aumento 
anabólico através de fontes proteicas vegetais, 
igualando-as às fontes animais. Conclusão: 
Apesar da vantagem das fontes proteicas 
animais, existem alternativas vegetais viáveis e 
com resultados similares àquelas. 
 
Palavras-chave: Fonte proteína animal. Fonte 
proteína vegetal. Hipertrofia. Massa muscular. 
Síntese proteica muscular. 
 
 
 
 
 
 
1 - Graduação em medicina da Faculdade 
Morgana Potrich-FAMP, Mineiros-GO, Brasil. 
 
ABSTRACT 
 
A systematic review between the intake of 
animal protein vs vegetable protein for anabolic 
purposes 
 
Introduction: through a systematic review, the 
kinetic differences between animal and 
vegetable protein sources intake is shown, 
revealing the lesser digestibility and 
biodisponibility of essential amino acids in 
vegetable sources. It’s clear, though, that there 
are alternative ways of diversification and 
enrichment of such protein sources, assuring 
good nutritional and performance results in 
anabolism. Objective: evaluate the available 
data about the myths and differences between 
animal and vegetable protein sources. Materials 
and Methods: the research were conducted in 
the digital baselines Pubmed, Lilacs, Google 
Scholar, Scielo and Science Direct. The 
keywords used were hypertrophy, milk serum 
protein, vegetable protein source, animal 
protein source, muscle mass, muscle protein 
synthesis, muscle protein degradation and its 
Portuguese equivalents. Results: in the 6 
articles studied, 465 healthy males received 
either an animal or vegetable-based diet, along 
with resisted training sessions. Discussion: the 
article has shown viability in anabolic increase 
with vegetable protein sources, like animal 
sources. Conclusion: Even though animal 
protein sources have advantage over vegetable 
sources, there are viable and similar options in 
vegetable protein, matching the performance of 
animal sources. 
 
Key words: Animal protein source. Vegetable 
protein source. Hypertrophy. Muscle mass. 
Muscle protein synthesis. 
 
 
 
 
 
E-mail dos autores: 
humbertokeitel@gmail.com 
jaimejunior-pa@hotmail.com 
ricardonunes@fampfaculdade.com.br 
 
 
 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021. ISSN 1981-9927. 
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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva 
ISSN 1981-9927 versão eletrônica 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O consumo adequado de proteínas é 
essencial para o bom funcionamento do nosso 
corpo, o crescimento e a manutenção da massa 
magra corpórea. 
Pensando nisso, o Institute of Medicine 
(IOM) estabeleceu alguns parâmetros para 
ingestão diária de proteínas em 2005 (Carbone, 
Pasiakos, 2019). 
Segundo o instituto, a quantidade 
mínima de ingestão proteica diária seria de 0.66 
gramas por quilo (Carbone, Pasiakos, 2019). 
No entanto, a ingestão recomendada é 
de 0,8 gramas por quilo, refletindo a real 
necessidade para equilibrar aminoácidos 
indispensáveis e nitrogênio, além de reduzir a 
perda de massa muscular (Carbone, Pasiakos, 
2019). 
No caso de atletas de alto rendimento, 
as recomendações diárias são de 1.2 a 2.0g/kg, 
equivalendo a grande parte do consumo total 
energético (Monteiro e colaboradores, 2020). 
Em relação a fonte proteica, sendo ela 
de origem animal ou vegetal, o que as difere é 
sua composição de aminoácidos, sendo essa 
diferença a biodisponibilidade de cadeias de 
aminoácidos essenciais (Hevia-Larraín, 2019). 
A constituição de aminoácidos 
essenciais da fonte está diretamente interligada 
a valor biológico e qualidade proteica (Van Vliet, 
Burd, Van Loon, 2015). 
O volume muscular de cada indivíduo 
está diretamente ligado ao balanço entre 
Síntese de Proteína Muscular (SPM) e 
Degradação de Proteína muscular (DPM). As 
variações desses dois fatores promoverão o 
anabolismo ou o catabolismo (Stokes e 
colaboradores, 2018). 
A SPM é estimulada à medida em que 
sua oferta de aminoácidos é aumentada, em 
concordância ao estímulo do exercício físico 
resistido, sendo a agonista principal desta 
cadeia a Leucina (Stokes e colaboradores, 
2018). 
O aumento da carga do músculo 
esquelético, juntamente com uma grande 
disponibilidade de aminoácidos na corrente 
sanguínea, será o fator determinante para que 
o equilíbrio entre SPM e DPM seja satisfatório 
em termos anabólicos (Stokes e colaboradores, 
2018). 
A proteína vegetal é cada vez mais 
cotada como uma alternativa nutricional para 
pessoas com dietas restritivas a alimentos de 
origem animal (Van Vliet, Burd, Van Loon, 
2015). 
Este trabalho se propõe a analisar os 
efeitos metabólicos desses aminoácidos em 
atletas que procuram hipertrofia através de 
exercícios resistidos, focando o objeto de 
estudo nas fontes de proteínas que possam ser 
consumidas por esses indivíduos, tanto 
aqueles que optam por dieta a base de origem 
animal, quanto aqueles que optam por uma 
dieta a base de origem vegetal. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma revisão sistemática da 
literatura entre a ingestão de proteína animal vs 
proteína vegetal para fins anabólicos. 
As buscas foram realizadas nas bases 
de dados informatizados Pubmed, Lilacs, 
Scielo e Science direct e no buscador Google 
acadêmico. 
As palavras-chave utilizadas foram 
hipertrofia, proteína do soro do leite, fonte 
proteica vegetal, fonte proteica animal, massa 
muscular, Síntese Proteica Muscular (SPM) e 
Degradação Proteica Muscular (DPM), além de 
seus termos correspondentes em inglês. 
Foram incluídos na pesquisa todos os 
artigos originais em português ou inglês, 
indexados entre o período de janeiro de 2015 a 
maio de 2021, que comparassem as fontes 
proteicas animais ou vegetais em fins 
anabólicos, verificando seus efeitos. 
Quanto ao traçado dos estudos, 
consideraram-se os tipos longitudinal ou 
transversal, duplo-cego, caso-controle e ensaio 
clínico. 
As opções de ano de publicação, 
idioma, disponibilidade em texto completo e 
formato de trabalho desejado foram 
assinalados nocampo de filtros em todas as 
bases de dados. 
Em compensação, foram excluídos 
estudos com referências duplicadas e/ou que 
não
atenderam aos critérios de inclusão 
supracitados, materiais indisponíveis na 
íntegra, uma vez que essas condições 
dificultariam a extração de informações 
fidedignas e pertinentes para a investigação 
dos motivos e desfecho estudados. 
As etapas de separação dos estudos 
são apresentadas na Figura 1. 
A primeira fase da seleção dos artigos 
ocorreu através da análise do título e, em 
seguida, dos resumos, para se observar a 
 
 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021. ISSN 1981-9927. 
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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva 
ISSN 1981-9927 versão eletrônica 
 
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principal finalidade, público-alvo e caráter da 
pesquisa. As referências restantes foram 
analisadas integralmente por meio de três 
leituras, sendo elas: exploratória, seletiva e 
interpretativa. 
Durante a leitura exploratória, foram 
avaliados novamente os objetivos de estudo 
dos artigos localizados. A segunda leitura 
acarretou a seleção de artigos relevantes à 
pesquisa, com embasamento nos critérios de 
inclusão e exclusão. 
Posteriormente, houve leitura 
interpretativa, em que as informações foram 
analisadas, organizadas, sumarizadas e 
relacionadas às declarações do autor com os 
objetivos do presente estudo. 
 
 
 
Figura 1 - Fluxograma de escolha dos estudos. 
Fonte: Próprio autor. 
 
RESULTADOS 
 
Características do estudo 
 
Um total de 465 homens foram 
avaliados nos 6 artigos desta revisão, 
fornecendo resultados específicos e coerentes 
com a intenção do trabalho. 
Todos os artigos avaliaram um ou mais 
dos itens a seguir: resistência, aumento de 
força, aumento de massa corporal magra (livre 
de gorduras), perda de percentual de gordura 
corporal e melhora na qualidade de vida. 
Na verificação de resultados, 50% dos 
trabalhos defendiam uma maior eficácia relativa 
das fontes de proteína animal sobre as de 
proteína vegetal para maior desempenho em 
treinamento de exercício resistido (RET) quanto 
a força, aumento de LBM e resistência 
(Thomson e colaboradores, 2016; Mobley e 
colaboradores, 2017; Mitchell e 
colaboradores,2015). 
Porém, a fortificação das fontes 
vegetais potencializou os efeitos anabólicos 
(Rittig e colaboradores, 2016). Houve artigos 
que não encontraram diferenças significativas 
entre fontes proteicas para fins anabólicos 
(Maltais e colaboradores, 2016; Babault e 
colaboradores, 2015). 
Abaixo segue tabela demonstrando 
com mais detalhes os critérios da atual revisão 
e a seleção dos estudos, trazendo um breve 
resumo explicativo dos métodos e resultados 
dos artigos que melhor se encaixaram na 
proposta da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021. ISSN 1981-9927. 
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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva 
ISSN 1981-9927 versão eletrônica 
 
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Quadro 1 - Resumo dos artigos selecionados 
Autor (ano) Populacāo 
Fonte de 
proteina 
utilizada 
Tipo de exercicio 
submetido 
Tempo de 
duracao 
Resultado 
Mobley e 
colaboradores, 
2017 
75 homens 
entre 19 e 21 
anos. 
Concentrado 
de Proteína 
de Soja, 
Hidrolisado 
do Soro do 
Leite, 
Leucina, 
placebo. 
Agachamento 
livre e Supino 
Reto. 
3 dias por 
semana, 
durante 12 
semanas 
O estudo 
demonstra que 
nem Leucina nem 
suplementação de 
proteína fornece 
benefício 
adicional no 
aumento de 
massa muscular 
esquelética. 
Porém o estudo 
relata que a 
suplementação de 
proteína do soro 
do leite aumenta o 
número de células 
satélites no 
músculo com 
treinamento de 
resistência, sendo 
esse um achado 
que requer maior 
elucidação. 
Maltais e 
colaboradores, 
2016 
26 
Participantes 
OS grupos 
foram 
submetidos a 
ingestão de 
proteínas do 
Leite, Soja e 
Arroz. 
Levantamento de 
peso livre, Leg 
Press, Supino 
Reto, Cadeira 
Extensora, 
Desenvolvimento, 
Abdominais, 
Remada, Rosca 
Direta. 
1h, 3 vezes por 
semana, 
durante 4 
meses. 
Os participantes 
demonstraram 
aumento de LBM, 
e aumento de 
força em 1RM. 
Porém, não houve 
diferenças 
significativas entre 
os grupos. 
Rittig e 
colaboradores, 
2016 
8 homens 
saudáveis 
Soro do Leite, 
Carboidrato 
Isocalórico, 
Proteína de 
Soja, proteína 
de soja + 3g 
de ceto-
metabolito 
Beta hidroxi 
Beta 
metilbutirato 
Participantes 
foram submetidos 
a condições 
catabólicas 
induzidas por 
jejum. 
Cada ensaio 
incluiu um 
jejum de 36h e 
consistiu em 
um período de 
jejum basal de 
3h e um 
período de 4 
horas de 
‘goles’ 
O soro do leite e a 
proteína de soja + 
3g de beta hidroxi 
beta metilbutirato 
tem efeitos 
anabólicos 
superiores na 
cinética da 
proteína 
muscular. 
 
 
 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021. ISSN 1981-9927. 
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Revista Brasileira de Nutrição Esportiva 
ISSN 1981-9927 versão eletrônica 
 
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Thomson e 
colaboradores, 
2016 
179 homens 
entre 61 e 74 
anos. 
Proteína 
Láctea e 
Proteína de 
Soja 
Treinamento de 
Força. 
3 vezes por 
semana, 
durante 12 
semanas. 
Quando em 
comparação com 
a proteína láctea a 
proteína da soja 
atenuou os 
ganhos de força 
em adultos mais 
velhos. 
Mitchell e 
colaboradores, 
2015 
13 homens 
com idade 
entre 60 e 
75anos 
Proteína do 
Soro do Leite 
e Proteína de 
Soja. 
Agachamento 
livre, Leg Press, 
Extensora. 
Os testes foram 
realizados 2 e 
4h após o 
exercício. 
A fosforilação da 
quinase p70S6K 
foi aumentada 
sem diferença 
entre os grupos. 
4h após o 
exercício a 
fosforilação 
permaneceu 
elevado acima dos 
níveis basais no 
grupo do soro do 
leite, mas não no 
grupo da soja. 
Babault e 
colaboradores, 
2015 
161 homens 
com idade 
entre 18 e 
35anos. 
Proteína 
Vegetal de 
Ervilha 
(Nutralys), 
Whey Protein 
e Placebo. 
Rosca direta e 
puxada lateral. 
2 a 6h por 
semana, 
durante 12 
semanas. 
O musculo bíceps 
teve um maior 
aumento em sua 
espessura quando 
comparado ao 
grupo placebo, 
mas não teve 
diferenças entre o 
grupo whey 
protein. A Forca 
muscular também 
aumentou, porém 
sem diferenças 
entre os grupos. 
 
DISCUSSÃO 
 
Os estudos de Maltais, Babault e 
colaboradores (2015) concluíram que, nas 
condições aplicadas em suas pesquisas, os 
tipos de proteína ingerida pelos participantes, 
como proteína do soro do Leite, proteína de 
Soja, proteína de Arroz e Proteína Vegetal de 
Ervilha (Nutralys), não diferem em resultados 
de hipertrofia. 
Contudo, ambos os estudos fizeram 
ressalvas, para que se leve em conta a duração 
da pesquisa e/ou a forma de ingestão das 
proteínas, que podem não ser adequados 
(Maltais e colaboradores, 2016; Babault e 
colaboradores, 2015). 
Alternativas foram verificadas para 
aqueles que, por alguma intolerância, ou 
escolha pessoal, tenham optado por uma dieta 
com fornecimento exclusivo de proteínas de 
origem vegetal. 
Rittig e colaboradores, (2016) aliaram 
os avanços nos estudos da β-hidroxi-β-
metilbutirato, como uma forma de fortificação 
das proteínas vegetais, para elevar a sua 
resistência ao anabolismo. 
Dessa forma, em sua pesquisa, os 
resultados da proteína de soja + 3 gramas de 
β-hidroxi-β-metilbutirato se igualaram aos 
resultados obtidos com a ingestão da proteína 
Soro do leite (Rittig e colaboradores, 2016). 
 
 
 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 15. n. 94. p.329-338. Set./Out. 2021.ISSN 1981-9927. 
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Metade dos artigos pesquisados 
trouxeram algum tipo de vantagem anabólica 
para a ingestão de proteínas de origem animal 
por pessoas praticantes de exercícios 
resistidos. 
Mobley e colaboradores (2017), apesar 
de não ter detectado diferenças fenotípicas em 
seus grupos participantes, evidenciou um 
aumento significativo de células satélites na 
musculatura dos participantes que faziam uso 
de proteínas de origem animal. Ressaltando a 
necessidade, apontada pelo autor, de mais 
estudos sobre o assunto. 
Já Mitchell e colaboradores (2015) 
fizeram sua pesquisa analisando como a 
fosforilação da quinase p70S6K influencia a 
ativação de vias anabólicas como a mTOR. 
Esta fosforila alvos a jusante, como 
p70S6 quinase (p70S6K), que, então, fosforila 
a proteína ribossômica S6, trazendo a 
correlação estabelecida entre a quinase 
p70S6K e maiores níveis anabólicos. 
Segundo a pesquisa de Mitchell e 
colaboradores (2015), após duas horas da 
realização do exercício resistidos os níveis 
basais da fosforilação estavam aumentados em 
ambos os grupos (grupo Proteína do Soro do 
Leite e grupo Proteína de Soja). 
Porém, após 4h do término da sessão, 
os níveis basais se mantiveram elevados 
somente no grupo de Proteína do Soro do Leite 
(Mitchell e colaboradores,2015). 
Na pesquisa de Thomson e 
colaboradores e colaboradores (2016), foram 
avaliados o aumento de força. Segundo o 
artigo, dentre os métodos utilizados, como 
tempo de duração da pesquisa, forma de 
treinamento e forma de nutrição, o grupo que 
ingeriu proteína derivada de Soja teve seus 
ganhos de força atenuados, quando 
comparados ao grupo que ingeriu proteínas de 
origem animal. 
Estudos agudos mostraram que, 
quando combinados com o teor de nitrogênio, a 
proteína de soja estimula menos a MPS que a 
proteína do leite (Mitchell e colaboradores, 
2015), uma diferença provavelmente devida à 
baixa concentração de leucina da primeira. 
 Consequentemente, essas diferenças 
levaram à especulação de que a proteína de 
soja é inferior à proteína do leite e do soro de 
leite na construção muscular e no aumento da 
força em resposta ao RET (Devries, Phillips, 
2015; Jäger e colaboradores, 2017). 
Segundo os autores, nenhuma meta-
análise anterior comparando os efeitos da 
proteína de soja com uma proteína de controle 
na força e na LBM foi publicada. No entanto, 
por pelo menos duas razões, os resultados não 
são surpreendentes. 
Em primeiro lugar, os ganhos de força 
em resposta ao RET, especialmente entre os 
levantadores de peso novatos, que 
constituíram a maioria dos participantes do 
estudo na meta-análise, são devidos a uma 
combinação de fatores neurológicos e 
morfológicos, não apenas aumentos no 
tamanho do músculo (Messina e 
colaboradores, 2018). 
Esses fatores podem não ser 
influenciados pela fonte de proteína ou pela 
ingestão geral de proteína (Reidy e 
colaboradores, 2016). 
Em segundo lugar, em um dos seis 
estudos incluídos na meta-análise, a proteína 
de soja foi comparada à proteína do leite 
(Maltais e colaboradores, 2016), e em outro 
estudo, a proteína de soja foi comparada à 
proteína de mistura de produtos lácteos 
(Thomson e colaboradores, 2016). 
Dado que a proteína láctea é composta 
por 80% de caseína e que a proteína de soja é 
pelo menos tão eficaz quanto a caseína na 
estimulação da MPS em estudos 
agudos (Messina e colaboradores, 2018), há 
pouco motivo para a proteína de soja e a 
proteína láctea afetarem distintamente a força 
ou o aumento de tecido magro. 
Além disso, em um desses estudos, os 
grupos de soja e do leite foram suplementados 
com leucina (Maltais e colaboradores, 2016). 
Portanto, os resultados da meta-
análise atual são realmente consistentes com a 
compreensão do efeito do tipo de proteína da 
dieta na força e aumento de tecido magro em 
resposta ao RET. 
Uma meta-análise atual descobriu que 
a suplementação com soro de leite ou proteína 
de soja durante o RET resulta em aumentos 
semelhantes em LBM e força. Embora esta 
descoberta contraste com os resultados de 
estudos agudos, é apoiada por trabalhos 
anteriores que mostraram uma falta de 
correlação entre mudanças agudas em MPS e 
ganhos em LBM entre os requeridos (Messina 
e colaboradores, 2018). 
Deve-se notar que muitos estudos 
agudos avaliam MPS ao longo de um período 
pós-exercício de 3 a 5 horas ( Mitchell e 
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r42
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r42
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r15
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r15
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r27
https://wjghblyfwdkxdsshck7islgbnu-adv7ofecxzh2qqi-humankinetics.translate.goog/view/journals/ijsnem/28/6/article-p674.xml#r52
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colaboradores, 2015), enquanto a MPS pode 
permanecer elevada por até 72 horas após o 
exercício (Messina e colaboradores, 2018). 
Consequentemente, os estudos 
agudos podem não capturar todo o período 
hipertrófico e, portanto, as diferenças entre as 
fontes de proteína na MPS aguda podem ser 
exageradas no período pós-exercício inicial. 
Para esse fim, Damas e 
colaboradores (2016) recentemente realizaram 
análises correlacionais entre mudanças na área 
da seção transversal da fibra após 10 semanas 
de RET e medidas agudas de síntese de 
proteínas miofibrilares. 
É importante ressaltar que a síntese de 
proteína miofibrilar foi avaliada ao longo de um 
curso de tempo de 24 horas em três momentos 
durante o RET: pré-treinamento, em 3 semanas 
de treinamento e em 10 semanas de 
treinamento. 
Embora Damas e colaboradores (2016) 
tenham observado uma correlação entre uma 
área da seção transversal da fibra e medidas 
agudas de sintetização de proteínas 
miofibrilares, feitas após 3 e 10 semanas de 
treinamento, nenhuma correlação foi 
observada entre as medidas agudas de síntese 
de proteínas miofibrilares avaliadas durante a 
sessão de exercício inicial (pré-treinamento) e 
área da seção transversal da fibra após 10 
semanas de RET. 
Consequentemente, a resposta da 
MPS a exercícios não habituais também pode 
dificultar as análises correlacionais entre a MPS 
aguda e as adaptações crônicas. 
Além disso, a hipertrofia muscular é 
governada pela relação entre a SPM e a DPM, 
e muitas vezes a DPM não é avaliada ou não 
pode ser avaliada com o mesmo grau de 
precisãousando as técnicas atuais. 
Se fossem observadas diferenças na 
MPS entre a proteína do soro do leite e da soja 
em estudo de exercício agudo, a adaptação se 
manifestaria em diferentes músculos ao longo 
de um período de RET mais prolongado do que 
o avaliado nos estudos incluídos na meta-
análise atual. Portanto, são necessários 
estudos mais aprofundados. 
Uma meta-análise publicada por 
Morton e colaboradores (2017), que inclui 49 
estudos de intervenção envolvendo 1.863 
participantes, examinou o efeito da 
suplementação de proteína nas mudanças em 
massa e força muscular em conjunto com o 
treinamento de resistência. Os autores 
descobriram que o consumo de suplementos 
proteicos junto com RET resultou em maiores 
aumentos na massa livre de gordura e força 
muscular do que o treinamento de resistência 
sozinho e que o efeito da suplementação de 
proteína foi mais pronunciado entre os 
participantes treinados e atenuado com o 
aumento da idade. 
Em sua análise, Morton e 
colaboradores (2017) não distinguiram as 
fontes de proteína, mas sim a análise do efeito 
da proteína versus nenhuma suplementação de 
proteína e seu efeito. 
A metarregressão também conduzida 
por esses autores, incluindo 15 estudos, que 
investigaram a influência da fonte de proteína 
(soja vs. soro) na mudança na LBM ou na força, 
concluiu que esse é um determinante 
potencialmente muito menor (Morton e 
colaboradores, 2017). 
Portanto, o trabalho atual buscou 
determinar ainda mais a contribuição da fonte 
de proteína para a mudança em LBM ou força 
através da realização de meta-análises usando 
estudos selecionados que compararam as 
mudanças nesses parâmetros em resposta à 
suplementação de proteína animal versus 
proteína vegetal. Um problema com a 
metarregressão é que as características de 
correlação potencial entre as variáveis podem 
não ser identificadas de forma adequada, e as 
características como a duração do estudo ou a 
dose de proteína podem diferir (Messina e 
colaboradores, 2018). 
No estudo atual, duas meta-análises 
foram conduzidas: uma comparação de 
proteína de soja e proteína de soro de leite (o 
suplemento de proteína “padrão ouro”) e a 
outra comparação de proteína de soja com 
todas as outras proteínas animais. 
Os presentes resultados confirmam 
uma observação de Morton e 
colaboradores (2017) e a estendem, mostrando 
que não existem diferenças apenas entre a 
proteína de soja e o soro de leite, mas também 
entre a proteína de soja e a proteína animal em 
geral. 
Dados recentes mostram que a 
suplementação de proteína após RET é eficaz 
apenas em indivíduos altamente treinados. 
 O motivo proposto é que o efeito da 
suplementação de proteína é superado pela 
resposta muito robusta ao RET que ocorre em 
levantadores de peso novatos (Morton e 
colaboradores, 2017). 
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Este ponto é apoiado por um estudo 
recente de 12 semanas envolvendo homens 
não treinados em idade universitária por 
Mobley e colaboradores (2017), que 
descobriram que o RET levou a aumentos na 
LBM e na força, mas nem a suplementação do 
soro de leite nem proteína de soja afetaram 
essas mudanças. Mais pesquisas são 
necessárias para determinar de forma mais 
definitiva se o tipo de proteína afeta a força e a 
LBM em indivíduos altamente treinados. 
A International Society of Sports 
Nutrition recomenda que doses agudas de 
proteína devam conter até 3 g de leucina (Jäger 
e colaboradores, 2017). 
Em uma meta-análise conduzida por 
Messina e colaboradores (2018), a dose ideal 
de leucina depende de fatores como idade e 
peso corporal. Para obter 3 g de leucina, 38 g 
de proteína de soja devem ser consumidos. 
Entretanto, sugere-se que este limite 
superior pode não ser necessário para ganhos 
de força e LBM durante RET. 
Apenas três dos nove estudos 
utilizaram uma quantidade de proteína da soja 
que forneceu 3 g de leucina, e ao considerar 
apenas os estudos em que a proteína de soja 
foi comparada à proteína de soro do leite, dois 
estudos forneceram ≥ 38 g/dia de proteína de 
soja, e três estudos forneceram menos que 
este valor, a meta-análise mostrou que não 
houve diferença significativa entre soro de leite 
e proteína de soja. 
Portanto, quantidades menores de 
leucina em comparação às recomendadas pelo 
ISSN são capazes de facilitar ganhos em força 
e LBM durante RET. 
Uma crítica aos alimentos à base de 
soja como fonte de proteína para aumentar 
força e LBM é que as isoflavonas naturalmente 
presentes na soja inibem a ativação do mTOR 
(Jäger e colaboradores, 2017). 
A concentração de isoflavona em 
alimentos tradicionais de soja da Ásia é ∼3,5 
mg/g de proteína, enquanto, como resultado do 
processamento, na maioria das fontes 
concentradas de proteína de soja é muito 
menor (<1 mg/g). Curiosamente, é mostrado 
que as isoflavonas inibem o mTOR. 
No entanto, os estudos com as 
isoflavonas foram conduzidos em 
camundongos. 
Entretanto, há advertências normais 
sobre extrapolar os resultados de roedores 
para humanos, pois os camundongos são um 
modelo pobre para compreender os efeitos das 
isoflavonas em humanos porque essas duas 
espécies metabolizam isoflavonas de forma 
diferente. 
Além disso, em um dos estudos com 
camundongos, os camundongos receberam 
160 mg/dia de genisteína (uma isoflavona 
predominante na soja) por quilograma de peso 
corporal. A ingestão média de genisteína entre 
japoneses nativos seguindo uma dieta 
tradicional é de apenas 0,3 mg/dia por 
quilograma de peso corporal. 
Mesmo reconhecendo o metabolismo 
mais rápido dos roedores em comparação aos 
humanos, a dose usada neste estudo é 
claramente farmacológica, e, portanto, passível 
de questionamento. Os resultados mostraram 
que a suplementação de proteína de soja 
contendo isoflavonas leva a ganhos 
semelhantes de força e LBM em resposta ao 
RET, assim como a proteína animal, e nega que 
as isoflavonas inibam o crescimento muscular 
em resposta ao RET, pelo menos em homens 
e mulheres adultos não treinados. 
No entanto, pesquisas são necessárias 
para determinar se processos moleculares 
semelhantes ou diferentes estão envolvidos 
(Messina e colaboradores, 2018). 
Finalmente, é importante reconhecer 
limitações dos dados. Em particular, 
reconhece-se que os estudos descritos variam 
acentuadamente no desenho experimental, 
como o status de treinamento pré-intervenção, 
idade e gênero,e frequentemente envolveram 
um número muito pequeno de participantes, e, 
para algumas medidas, as comparações 
estatísticas entre soro de leite e proteína de 
soja foram limitadas a apenas três estudos. 
Além disso, o número relativamente 
baixo de estudos e participantes que 
preencheram os critérios para nossa meta-
análise não forneceu poder apropriado para 
identificar a influência independente de idade 
ou sexo em nossos resultados. 
Especificamente, há uma necessidade 
particular de mais pesquisas focadas na 
necessidade proteica de indivíduos mais 
velhos, pois suas necessidades de leucina são 
maiores, sua ingestão calórica e proteica é 
frequentemente subótima, e muitos estão em 
risco de desenvolver sarcopenia (Leidy, 2017). 
Outra possível limitação é que a meta-
análise incluiu o estudo de Maltais e 
colaboradores (2016), embora, conforme 
observado, os participantes nos grupos de leite 
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e soja tenham sido suplementados com 
aminoácidos incluindo leucina. 
Embora tenhamos optado por incluir 
este estudo, quando ele é eliminado da análise, 
os resultados não são significativamente 
alterados. 
 
CONCLUSÃO 
 
Conclui-se, por esse artigo, que os 
resultados compilados são consistentes com a 
totalidade das evidências sobre a 
suplementação de proteína e RET. 
Constatou-se que os alimentos à base 
de soja e os suplementos de proteína de soja 
podem ser vistos como fontes de proteína 
adequadas para construção de força e 
aumentar o tecido magro em resposta ao RET. 
No geral, os resultados indicam que a 
fonte de proteína provavelmente não é um fator 
principal que influencia os ganhos de força e 
LBM em resposta ao RET. 
Como dois princípios dietéticos são 
moderação e variedade, em vez de depender 
de apenas uma fonte, incluir proteína de soja 
como uma opção para atender às 
necessidades de proteína para aqueles que 
desejam aumentar força e LBM faz sentido 
nutricional geral. 
Se uma mistura de soja e proteína 
láctea pode realmente aumentar força e LBM, 
comparada a uma única proteína, ainda precisa 
de mais investigações (Reidy e 
colaboradores, 2016). 
 
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2 - Graduado em Farmácia pela Universidade 
Estadual de Maringá-UEM, Mestre em Bioética 
pela Universidade de Brasília-UNB, Brasília-
Distrito Federal, Brasil, Docente da FAMP, 
Faculdade Morgana Potrich, Mineiros-GO, 
Brasil. 
 
 
Autor correspondente: 
Humberto Rogério Keitel da Rosa 
Residencial São Francisco, nº109. 
Centro, Mineiros-GO, Brasil. 
CEP:75830040. 
 
 
 
Recebido para publicação em 18/06/2021 
Aceito em 1808/2021

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