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AD2 - Historia da Educação 2

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AD2 – 2023.2 
Disciplina: HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO 2 
 
 
Baseado no livro homônimo de Ana Miranda, o filme “Desmundo” narra a história das órfãs portuguesas que, 
em 1570, foram enviadas ao Brasil para se casarem com os colonizadores. Com o apoio da Igreja, o Estado 
português pretendia que os colonos tivessem casamentos “brancos e cristãos” reduzindo, assim, o nascimento 
de crianças mestiças oriundas das relações com indígenas e não-brancas. 
No filme “Desmundo”, além de Oribela, dona Branca (Berta Zemel), dona Brites (Beatriz Segall) e outras 
personagens femininas traduzem a condição da mulher no Brasil colonial. Segundo os costumes da época, 
quando uma jovem perdia o pai, ficava sob a tutela do Estado português que se tornava responsável pelo seu 
futuro. Enviar órfãs para desposar colonos era uma prática comum e foi adotada em outras colônias, como, por 
exemplo, em Goa, na Índia, como forma de preservar a “pureza” da elite branca de origem portuguesa. 
A mulher vivia, então, submetida às leis do Estado e da Igreja sob o fundamento de que o homem era superior 
e, portanto, cabia a ele exercer a autoridade. A mulher devia submissão total ao homem seja ele o pai, o marido, 
o irmão ou o tio. Sua educação era voltada exclusivamente para os afazeres domésticos. Aprendia a cozinhar, 
fiar, tecer, bordar. 
O aprendizado da leitura e da escrita, quando ocorria, limitava-se ao mínimo restringindo-se ao funcionamento 
do futuro lar: ler, escrever, contar para redigir uma receita, um bilhete, uma lista de produtos etc. Casava-se 
menina ainda, com 12 anos completos ou até mais cedo. O matrimônio era decidido pelo pai e este ficava 
muito apreensivo quando a menina de 14 ou 15 anos ainda não se casara, ou pior, se sequer conseguira marido 
para ela. O noivo era, em geral, um homem bem mais velho, de trinta, sessenta até setenta anos. O ato sexual 
não se destinava ao prazer (especialmente para a mulher), mas à procriação de filhos. A relação sexual era 
marcada pela violência, quase um estupro, como bem mostra o filme. 
 
Referência: https://ensinarhistoria.com.br/desmundo-o-brasil-do-sec-xvi/ - Blog: Ensinar História - Joelza 
Ester Domingues. 
 
Questão: 
As nossas aulas 11 e 12 do Caderno de História na Educação 2 abordam a História do Brasil Colonial. 
Vamos, portanto, estabelecer uma comparação entre a situação das mulheres relatada no filme e o tempo 
presente. 
Guardados os contextos históricos muito distintos, quais as diferenças e semelhanças existentes no período 
colonial em comparação ao tempo atual no que concerne aos direitos, à segurança e à autonomia das mulheres 
nas suas escolhas de vida? 
Desenvolva a sua resposta! 
Atenção: postagens a partir do dia 25 de setembro. 
R: Dentre as principais diferenças existentes, comparando-se o que foi relatado no filme ao tempo 
atual, no que concerne aos direitos, à segurança e à autonomia das mulheres nas suas escolhas de 
vida, pode-se destacar que, no período colonial, as mulheres tinham direitos limitados e eram 
consideradas legalmente inferiores aos homens. Elas não tinham o direito de votar, ocupar cargos 
políticos ou possuir propriedades em muitos lugares. Tinham pouca proteção legal contra a violência 
doméstica e abuso sexual. A ideia de "propriedade" de um homem sobre uma mulher era comum. 
Eram submetidas a casamentos arranjados, relegadas ao papel de donas de casa e mães e as agressões 
eram frequentemente toleradas. As mulheres tinham pouca ou nenhuma autonomia nas escolhas de 
vida, especialmente em questões como casamento, educação e carreira. Muitas vezes, as decisões 
eram tomadas por seus pais ou maridos. Seu acesso à educação era extremamente limitado e suas 
vidas eram influenciadas pela religião predominante. Nas sociedades modernas, houve uma mudança 
significativa em relação à igualdade de gênero. As mulheres agora têm direitos iguais aos dos homens 
em áreas como educação, emprego e participação política. Em muitos países, elas têm o direito de 
votar e serem eleitas para cargos públicos. As mulheres modernas têm mais autonomia para fazer 
escolhas de vida, incluindo casar-se, divorciar-se, escolher suas carreiras em praticamente quaisquer 
áreas, ocupar posições de liderança em diversos campos e decidir se desejam ter filhos. Leis de 
proteção às mulheres foram implementadas para combater a violência doméstica, o assédio sexual e 
outras formas de abuso. Elas têm mais recursos legais para buscar ajuda e proteção em situações de 
violência. Têm direito à propriedade e à herança e ainda que a religião exerça uma influência 
significativa, hoje, elas têm mais liberdade para decidirem acerca de suas crenças e práticas religiosas. 
No tocante às semelhanças tem-se que, apesar das melhorias ao longo do tempo, a desigualdade de 
gênero ainda persiste em muitas partes do mundo. As mulheres ainda enfrentam disparidades salariais 
e sub-representação em cargos de liderança. Mesmo que existam leis de proteção às mulheres contra 
a violência, tal fato ainda persiste na sociedade atual, visto o grande número de casos de abuso físico, 
sexual e emocional não só no Brasil, mas em diferentes países e culturas. Elas continuam a lutar por 
direitos iguais, segurança e autonomia nas escolhas de vida. Embora hoje, as mulheres tenham mais 
controle e autonomia sobre a reprodução do que no período colonial, ainda existem restrições quanto 
ao aborto e uso de métodos contraceptivos. Dessa forma, compreende-se que embora tenham ocorrido 
melhorias significativas, visto que atualmente as mulheres têm a possibilidade de desfrutar de mais 
direitos, liberdades e oportunidades do que em tempos anteriores, ainda há alguns desafios a serem 
superados para a promoção de uma verdadeira igualdade em todas as esferas da sociedade. 
 
Referência Bibliográfica: 
 
BRASIL, Povos Indígenas do. Desmundo. Alain Fresnot, 2003. Disponível em: < 
https://www.youtube.com/watch?v=8iJogR6xGN4> Acesso em: 25 set. 2023. 
 
CEDERJ. História da Educação 2. Aulas 11 e 12.

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