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Consórcio CEDERJ Curso de Pedagogia EAD – UERJ Disciplina: História da Educação Coordenadora: Maria de Lourdes da Silva Aluno: Jefferson Gomes dos Santos Matrícula: 22212080258 Polo: Itaguaí Avaliação AD2 – 2023.2 Questão 1: Sobre as professoras primárias como construtoras da nação, explique como esse processo corrobora a formação da identidade destas profissionais da educação. As contribuições das professoras primárias como construtoras da nação foram fundamentais para a formação dos cidadãos e a transformação social de crianças e jovens na primeira república. No entanto, esses fatos foram marcantes para o enfrentamento das desigualdades sociais e no processo de formação do magistério para o ingresso nas escolas, os quais a diplomação era um dos requisitos obrigatórios para o ingresso na função do educador a serem observados no exercício desta profissão pelas mulheres em sua maioria que até hoje é atribuída por elas nas instituições de ensino. Além disso, a atuação das professoras primárias desempenham um papel importante na formação da identidade das crianças ao representar as características louváveis na sociedade como princípios comportamentais constituídos de valores éticos e morais, assim como também, nas habilidades socioeducativas dos educandos. Ademais, as professoras possuem a responsabilidade de transmitir valores culturais e cívicos aos estudantes para a formação da diversidade afrodescendentes instituídos pelo patrimônio histórico e cultural da humanidade. As professoras primárias colaboraram com a criação de ambientes sociais nas salas de aulas para a troca de conhecimentos e experiências, de modo que estimulasse o desenvolvimento e a interação dos estudantes com seus pares de mesma classe. Isso demonstra o desempenho satisfatório da aprendizagem significativa construídas pelos educadores. Portanto, a formação das professoras primárias na construção de valores sociais da nação está intrinsecamente ligados à inclusão da identidade, pois elas influenciam diretamente como as crianças percebem em si mesmas, sua cultura e o seu papel na sociedade através do conhecimento e do saber, elementos fundamentais para o desenvolvimento cultural dos estudantes. Questão 3: Que diferenças podemos apontar entre Educação Integral e de Tempo Integral? O que significa a ampliação de tempo de escola na visão liberal, destacadamente no pensamento educacional das décadas de 1920 e 1930? A principal diferença entre educação integral e educação em Tempo Integral é que a primeira busca o desenvolvimento integral do estudante, em suas diversas dimensões, enquanto a segunda se concentra na ampliação da jornada escolar dos discentes. A educação integral é uma concepção de educação que busca o desenvolvimento integral do aluno, em suas concepções cognitiva, física, socioemocional e cultural. Nesse contexto, ela propõe uma formação que seja ampla, diversificada e contextualizada, que leve em conta as necessidades e interesses dos estudantes. A educação em tempo integral é uma modalidade de educação que adita a jornada escolar para além do turno regular. De fato, esse desdobramento pode ser feito de diversas maneiras, como a oferta de atividades complementares, como esportes, artes, música e cultura, ou a oferta de um currículo escolar variado e atraente para os estudantes. Na visão liberal, o acréscimo do tempo de escola é vista como uma forma de garantir o acesso à educação para todos os discentes, independentemente de sua classe social ou origem. Esse aumento do currículo escolar, também é visto como uma forma de aprimorar a qualidade da educação, por meio da oferta de atividades complementares e de um currículo escolar dinâmico e abrangente. No pensamento educacional das décadas de 1920 e 1930, o acréscimo de tempo de escola era uma das principais propostas dos educadores liberais. Eles acreditavam que a escola deveria ser um espaço de formação integral do estudante, não apenas um espaço de transmissão de conhecimentos e, sim um ambiente que proporcionasse a interação social entre educadores e estudantes. Para os educadores liberais, o aditamento do tempo de escola deveria permitir que os alunos desenvolvessem suas habilidades e competências em diversas áreas, como a intelectual, a física, e o desenvolvimento psicossocial dos estudantes. Eles também acreditavam que a amplitude do tempo de escola deveria contribuir para a formação de cidadãos conscientes e críticos. Portanto, é importante ressaltar que a educação integral e a educação em tempo integral não são excludentes. Logo, é possível combinar as duas concepções para oferecer uma educação de qualidade que desperte o interesse dos estudantes em desenvolver suas habilidades e competências nas atividades complementares. Referências Bibliográficas Müller, M. L. R. (1999). As construtoras da nação: professoras primárias na Primeira República. Niterói: Intertexto. Carneiro, L. A. B., & Muller, M. L. R. (2010). A professora primária e as operações de valorização/desvalorização profissional nos anos 1920-1930. Revista Brasileira de Educação, 15(44), 645-662. Muller, M. L. R. (2008). Educadores e alunos negros na Primeira República. Educação & Sociedade, 29(104), 1195-1212 Educação Integral e Educação em Tempo Integral: aproximações e distanciamentos. Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho. Faculdade Sant'Ana em Revista, 2012. Educação Integral no Brasil: inovações em processo. Moacir Gadotti. Instituto Paulo Freire, 2009. A educação integral numa perspectiva anarquista. Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho; Ana Maria Vilela Cavaliere. Educação brasileira e(m) tempo integral. Vozes, 2002.
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