Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Docente: Pedro Leonardo de oliveira PEREIRA DISCIPLINA: traumatologia Traumatismo dentoalveolar E FRATURA Mandibular Traumatismo dentoalveolar Múltipla etiologia, desde acidentes recreativos a trauma automobilístico Seu grau de severidade vai desde simples concussão até a perda do elemento dentário Traumatismo dentoalveolar Todos grupos etários estão sujeitos ao traumatismo dentoalveolar, variando principalmente o fator etiológico. Crianças correspondem a 5% dos traumatismos, em geral por queda. A media etária é entre 8-12 anos, sendo 80% dos casos relacionados aos incisivos superiores. Traumatismo dentoalveolar Mais prevalente Avulsão e luxação Mais prevalente fratura coronária Classe II como um fator de risco Traumatismo dentoalveolar Respiradores bucais Overjet maior que 4mm Lábios vestibularizados Respiradores bucais Fatores de Risco TTO ortodôntico pode ser visto como uma medica preventiva Elementos mais afetados Traumatismo dentoalveolar Anamnese Quando, como e onde ocorreu o trauma? Houve coleta do fragmento dentário? Rápida análise do nível de consciência ( Náusea, êmese, perda de memória? Houve mudança na mordida? Sente dificuldade para respirar? Traumatismo dentoalveolar Exame Físico Deve ser sistematizado, partindo do extra para o intrabucal Análise dos tecidos da face-> mucosas->ossos maxilares -> elementos dentários. Traumatismo dentoalveolar Exame Físico Esses testes devem ser repetidos decorrido 3 semanas, 3, 6, 12 meses e com intervalos anuais após o trauma. Traumatismo dentoalveolar Exame radiográfico Deslocamento lateral ou extrusão-> alargamento do espaço do ligamento periodontal ou o deslocamento da lâmina dura; Intuídos ->demonstram ausência do espaço do ligamento periodontal; A fratura do processo alveolar -> pequena linha radiolucente; Traumatismo dentoalveolar Exame imaginológico Padrão-ouro Tomografia Cone-beam Exame mais acessível: periapical Para casos os quais não há suspeita de fratura dos ossos gnáticos, periapical é excelente escolha Traumatismo dentoalveolar Danos aos tecidos moles Traumatismo dentoalveolar Danos aos tecidos moles Traumatismo dentoalveolar Classificação Fratura coronária incompleta Fratura coronária completa: Restrita a esmalte Esmalte e dentina Com exposição pulpar Fratura radicular horizontal ou vertical Fraturas oblíquas Traumatismo dentoalveolar Classificação Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronárias não complicadas Perda de esmalte, maior risco caso haja exposição dentinária e invasão bacteriana Recolagem dos fragmentos e restauração direta Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronárias complicadas Perda de esmalte, maior risco caso haja exposição dentinária e invasão bacteriana ou de elementos tóxicos. Capeamento necessário quando houver exposição dentinária ou pulpar Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronorradiculares não complicadas envolve o esmalte, a dentina e o cemento sem exposição da polpa. Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronorradiculares complicadas uma fratura envolvendo o esmalte, a dentina e o cemento com exposição da polpa Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronorradiculares Podem levar a necessidade de extração dentária a depender de sua extensão Caso a fratura seja mais coronal, gegivectomia é necessária para exposição da fratura e novo reposicionamento da distância biológica Traumatismo dentoalveolar Classificação Havendo exposição pulpar Devem ser adotadas medidas urgentes que visem à preservação da vitalidade do tecido neurovascular. O objetivo básico é preservar uma polpa vital e não inflamada cercada por tecido duro. Seja qual for a opção de tratamento utilizada, a avaliação periódica criteriosa é imperativa. Traumatismo dentoalveolar Classificação MTA X HC Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronorradiculares Prognóstico depende do grau de deslocamento e região afetada, além da vitalidade pulpar e invasão bacteriana Fraturas mais apicais e com polpa sem invasão bacteriana-> melhor prognóstico Fraturas coronais associadas com necrose + invasão bacteriana-> pior prognóstico Dentes com ápice incompleto- > melhor prognóstico Tratamento: Imobilização semirrígida por 3 semanas TTT endodôntico em caso de necrose Traumatismo dentoalveolar Classificação Fraturas coronorradiculares Prognóstico depende do grau de deslocamento e região afetada, além da vitalidade pulpar e invasão bacteriana Fraturas mais apicais e com polpa sem invasão bacteriana-> melhor prognóstico Fraturas coronais associadas com necrose + invasão bacteriana-> pior prognóstico Dentes com ápice incompleto- > melhor prognóstico Tratamento: Imobilização semirrígida por 3 semanas TTT endodôntico em caso de necrose Traumatismo dentoalveolar Danos aos tecidos de Suporte Dentes decíduos são menos resilientes aos traumas dentoalveolares Complicações decorrentes são devido ao tamanho da cavidade pulpar, a suscetibilidade de dano ao dente permanente e a colaboração da criança. Os distúrbios de desenvolvimento mais comuns são descoloração do esmalte e/ou hipoplasia do esmalte (46,08%) e distúrbios de erupção (17,97%) Intrusão dentária Traumatismo dentoalveolar Classificação Concussão Trauma agudo ao dente, gera edema e hemorragia no ligamento periodontal, mas sem sinais clínicos ou radiográficos Não há sangramento no sulco periodontal Tratamento: AINE + Alivio na dieta + comum 44% Traumatismo dentoalveolar Classificação Subluxação Trauma agudo ao dente, similar a concussão, porém apresenta sangramento no sulco gengival + mobilidade dentária sem deslocamento absoluto (luxação) Pode ocorrer necrose pulpar(Raramente) Tratamento: AINE + Alivio na dieta + alivio oclusal Traumatismo dentoalveolar Classificação Extrusão Rompimento parcial das fibras colágenas e do feixe vasculho-nervoso da polpa devido ao movimento extrusivo. Pode ocorrer necrose pulpar(Raramente) Tratamento: Anestesia + reposicionamento + contenção semirrígida por 2-3 semanas Traumatismo dentoalveolar Classificação Luxação lateral Luxação vestibular ou palatina do elemento dentário associado a fratura da tábua óssea. Há ruptura do feixe vasculho-nervoso pulpar e periodontal . A percussão observa-se som alto e metálico. Provável necessidade de pulpectomia Tratamento: Anestesia + reposicionamento de toda a tábua óssea + contenção semirrígida por 2-3 semanas+ avaliar necessidade de endodontia. Traumatismo dentoalveolar Classificação Intrusão dentária Intrusão do elemento dentário em todo o processo alveolar que lhe confere suporte. Exceto a avulsão, é o maior dando pulpar e periodontal que o dente pode sofrer. Há ruptura do feixe vasculho-nervoso pulpar e periodontal Necessidade de pulpectomia Tratamento: Erupção espontânea se ápice aberto (leva 2- 4 meses), se poupa formada, extrusão ortodontica por 2-semanas + pulpectomia. Traumatismo dentoalveolar Classificação Avulsão dentária Em caso de avulsão deve-se providenciar um meio de conservação do elemento dentário até a reinserção O tempo ideal de reinserção é de 15-20 minutos, a partir dai começa decrescer a chance de sucesso Ápice aberto x fechado Traumatismo dentoalveolar Classificação Avulsão dentária Ápice aberto x fechado O melhor prognóstico sustenta-se: No controle da inflamação, Largura e o comprimento do ducto radicular Estágio de desenvolvimento radicular e o tipo de estocagem extraalveolar. Transcorrido um período de 2 anos ou mais, 90% dos dentes reimplantados em menos de 30 minutos após a avulsão não exibiram reabsorção perceptível das raízes. Por outro lado, a reabsorção da raiz foi observada em 95% dos dentes reimplantados após um tempo de permanência extraoral acima de 2 horas. Traumatismo dentoalveolar Classificação Avulsão dentária Ápice aberto x fechado Ápice fechado Contenção semirrígida 7-10 dias Tempo menor que 60 minutosLimpeza do elemento reimplante Tempo maior que 60 minutos Remoção do LP Tratamento endodôntico e reimplante Traumatismo dentoalveolar Classificação Avulsão dentária Ápice aberto x fechado Ápice aberto Contenção semirrígida 7-10 dias Tempo menor que 60 minutos Limpeza do elemento + “banho” de doxiciclina Reimplante Tempo maior que 60 minutos Remoção do LP Tratamento endodôntico e reimplante? Traumatismo dentoalveolar Polpa vital Polpa Necrótica Capeamento Pulpar Pulpotomia parcial Pulpotomia Total 29/08/2023 Traumatismo dentoalveolar Como confeccionar a contenção? 29/08/2023 Traumatismo dentoalveolar 29/08/2023 Traumatismo dentoalveolar 29/08/2023 Traumatismo dentoalveolar Fraturas MANDIBULARES 29/08/2023 EVOLUÇÃO 29/08/2023 EVOLUÇÃO 01/09/2023 Resultava em deformidades tais como “cara-de-pássaro” e má-união Ausência de guia de mordida e falta de controle no vetor de na força das bandagens, além da impossibilidade de obter a ausência de movimentação Inter fragmentária funcionalmente estável Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Era das amarrias 1866-1918 Uso de um splint “amarrado” aos dentes muito usado no período da guerra civil americana As goteiras levavam vários dias até ficarem prontas e muitas vezes resultavam em má união Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Era dos fios metálicos 1918 - 1968 O uso de amarria foi bastante difundido na segunda guerra mundial, apresentava bons resultados , contudo a principal limitação eram os casos edêntulos e gravemente descolados Havia o receio de usar fixação interna, pois acreditava-se que era evidente o risco de osteomielite “Às vezes, em um caso de redução difícil, o cirurgião pode ser tentado a usar fios ou placas para prender os fragmentos, esquecendo ou ignorando o fato de que quase todas as fraturas mandibulares são compostas na boca e constantemente banhadas pelas secreções bucais. A infecção ocorre em torno do fio ou da placa de metal, convidando à osteomielite” Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Era das placas metálicas 1968- hoje Conceito trazido da ortopedia, já praticado desde o século XIX. As placas incialmente só eram usadas na basilar da mandíbula, levando a diástases na região superior Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Era das placas metálicas 1968- hoje Em análise histológica foi observado que a consolidação era semelhante ao de consolidação primária de fraturas observadas antes na ortopedia. Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Sistemas de fixação Exemplos de fixação com compressão máxima entre os cotos Load-sharing Exemplos de fixação quando não podemos contar com a estabilidade dos cotos fraturados Load-bearing Diferentes períodos no tratamento das fraturas mandibulares 29/08/2023 Sistemas de fixação classificação 29/08/2023 Quanto ao traço de fratura Simples ou fechada Composta ou aberta Cominutiva Galho verde Complexas Direta Indireta Impactada Incompleta Múltiplas Quanto a causa Traumática Patológica Quanto ao deslocamento Favorável Desfavorável classificação 29/08/2023 classificação 29/08/2023 classificação 29/08/2023 classificação 29/08/2023 Região anatômica Diagnóstico 29/08/2023 Má oclusão Edema Disfonia Disfagia Mobilidade anormal da mandíbula Desvio de linha média * Retrognatismo Inspeção manual com manipulação bilateral da mandíbula, exercício de abertura bucal e sinais de equimose presentes Diagnóstico 29/08/2023 Desoclusão Equimose Alteração na abertura bucal Diagnóstico 29/08/2023 Fratura parassinfisária Fratura corpo (E) e ângulo(D) Fratura condilar a direita Tratamento 29/08/2023 Visa reestabelecer a função mastigatória e propiciar a consolidação óssea livre e má união ou pseudoartrose Acesso transfacial Tratamento conservador Acesso intrabucal Tratamento 29/08/2023 Acesso transfacial Acesso intrabucal Tratamento 29/08/2023 O que determinará qual tratamento seguirão os seguintes fatores: Saúde geral do paciente Grau de deslocamento da fratura Característica da fratura Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Parafusos Lag screw Indicada para fratura biselada, com bom contato ósseo e pouco deslocada Perfura-se um parafuso em cada lado da fratura de modo a comprimir a região e estabiliza-la Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Uma placa em região de tensão “champy” Uso de uma mini placa na região de tensão quando há fratura de ângulo mandibular favorável Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Uma placa em região de tensão e outra na região de compressão Quando há fratura desfavorável, porém com boa substância óssea nos cotos, permitindo uma fixação funcionalmente estável Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Placa de reconstrução mandibular Quando há perda de continuidade óssea, como em ressecções tumorais e/ou em mandíbula atrófica. Segue a máxima: quanto menor o remanescente ósseo, mais estável tem de ser a fixação. Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Estabilização externa Quando há perda de continuidade óssea com intensa cominuição ou quando o estado de saúde do paciente não permitir grande acessos cirúrgicos e não seja viável o tratamento conservador. Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Barra de Erich Em casos onde há boa estabilidade óssea, cotos ósseos viáveis, oclusão estável e pouco deslocamento a barra de Erich é o tratamento de escolha. Tratamento 29/08/2023 Métodos de fixação Rígido x não rígido COMPLICAÇÕES 29/08/2023 Relacionadas a fratura Infecção Hemorragias Comprometimento das via aéreas Relacionadas a fixação Má união contaminação do material de fixação Não união(pseudoartrose) 29/08/2023 29/08/2023 01/09/2023 01/09/2023 01/09/2023 01/09/2023 01/09/2023 01/09/2023 01/09/2023 29/08/2023
Compartilhar