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2ºAula Modelos disponíveis da Simulação da Produção Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • entender como uma simulação de sistemas; • desenvolver é aplicar alguns modelos; • conhecer os modelos; • compreender algumas vantagens e desvantagens da simulação. Prezados(as) alunos(as), tivemos, na Aula 1, uma visão geral sobre o que é simulação da produção, alguns campos que ela atua, bem como a interpretação do tema sob a visão de alguns autores. Com os que lhes foi apresentado, já podemos ter uma noção de como acontece uma simulação, e como é necessária essa ferramenta para nos auxiliar na tomada de decisão e gestão. Na Aula 2, veremos simulação de sistemas, alguns modelos e vantagens e desvantagens de empregar esse tipo de ferramenta. Também serão citados muitos exemplos para que fique mais fácil a compreensão. Boa Aula!’ Bons estudos! 12Simulação da Produção Seções de estudo 1- Simulação de sistemas 2- Modelos 3- Vantagens e Desvantagens de utilizar a simulação da produção 1- Simulação de sistemas Utilizamos a modelagem de sistemas principalmente em simulaç ã o computacional, pois tem se tornado um aliado para a melhoria da qualidade e gerenciamento da produção, facilitando na tomada de decisão, de acordo com o funcionamento da produção. Para se obter um resultado mais rápido e seguro, temos que empregar a modelagem correta. Essa é uma das vantagens que temos utilizando a simulação. A nossa difi culdade está em desenvolver inicialmente um modelo correto. Ao desenvolver um modelo correto, iremos satisfazer as nossas necessidades de usuário. Essa técnica é necessária exclusivamente de programas computacionais, além disso, precisamos ter conhecimento de cada etapa do projeto, do que o projeto se compõe, das variáveis que estarão presente no modelo. Para fi car mais claro o que vamos executar, podemos por exemplo estruturar o modelo em um fl uxograma e analisar todas as atividades, passo a passo. Kelton et.al.(2002) defi ne que um sistema é um mecanismo ou um processo, real ou planejado, que se difere, como por exemplo, uma fábrica com máquinas, pessoas, equipamentos, transportes, transportadoras e espaço de armazenamento; um banco ou outra operação com serviços personalizados, com diferentes tipos de clientes, serviços e instalações como atendimento em caixas, terminais automáticos, balcões de empréstimo e caixas para depósitos; uma rede de distribuição, armazéns e ligações de transporte; uma instalação de emergência de um hospital, incluindo pessoal, salas, equipamentos, suprimentos e transporte de pacientes; um campo de operação de serviço para aparelhos ou equipamentos de escritório, com potenciais clientes espalhados por uma área geográfi ca, técnicos de serviço com qualifi cações diferentes, caminhões com diferentes peças e ferramentas, com somente um depósito e expedição central; uma rede de computadores com servidores, clientes, unidades de disco, impressoras, acesso limitado à internet e operadores; um sistema rodoviário de segmentos de autoestrada, intercâmbios, controles e tráfego; um escritório central de crédito seguro onde um monte de papelada é recebido, revisado, copiado, arquivado, e armazenados por pessoas em e- mails ou máquinas; um sistema de justiça criminal dos tribunais, juízes, funcionários de apoio, funcionários da justiça, agentes da condicional, réus, autores, pessoas condenadas por crimes e escala de horários; uma fábrica de produtos químicos com tanques de armazenamento, dutos, reatores de navios e vagões que distribui o produto acabado; um restaurante fast- food com diferentes funcionários, clientes, equipamentos e abastecimento; um supermercado com controle de estoque, caixas e serviços ao cliente; um parque temático com passeios, lojas, restaurantes, funcionários, visitantes e muitos brinquedos; e, a resposta do pessoal da emergência para a ocorrência de um evento catastrófi co. Todos esses exemplos acima transformam-se em vários tipos de simulações, vai depender do nosso objetivo e como vamos moldá-lo para simular. Dado essas informações importantes temos então, que um sistema se encaixa em qualquer ambiente ou circunstância que seja possível identifi car as ações para que o cenário crie uma fi nalidade. Vamos a um exemplo? Vamos pensar na universidade, temos um macroprocesso que se ramifi ca ao subsistema (formado por diversos sistemas). Nesse processo, vamos analisar os professores, para que a universidade possa funcionar corretamente não precisamos por exemplo estudar o desempenho dos coordenadores de curso, pessoal da cantina, da biblioteca, precisamos sim, analisar o desempenho dos professores que ministram a aula, e que infl uenciam no processo. Como se a universidade fosse o sistema e os professores fossem o subsistema. Entenderam? Vamos olhar a fi gura 1 a seguir e refl etir sobre o tema. Segundo Law e Kelton (2000), existem várias formas de abordagem no estudo de sistemas, conforme a Figura 1. Figura 01: Formas de estudar um sistema. Fonte: Adaptado de Law e Kelton, 2000. O que essa fi gura quer nos passar? Simples, a fi gura nos mostra o centro de todas as ideias, modelos e simulações que possamos vir a fazer, pois será o sistema que irá controlar tudo. Dado isso, vamos entender que podemos esboçar os dados de um sistema real só projetando os valores existentes, ou analisar um sistema que esteja dentro dos modelos que vão reger os nossos resultados, tudo isso de acordo com nosso modelo utilizado. Nas próximas seções, vamos dar mais exemplos e entender melhor sobre modelos. 2- Modelos Vamos começar esta seção aprendendo sobre modelos, para que servem modelos? Segundo Mellor et al. (2005), um conjunto de modelos consiste em descrever uma realidade física, abstrata ou hipotética. Os modelos físicos representam um sistema por meio da realidade através de protótipos ou uma reprodução em formato de maquete. Os modelos abstratos são conhecidos na literatura também por modelos conceituais, e sua representação se da por modelos matemáticos, descritivos, estatísticos, simulação ou gráfi cos, tem por fi nalidade explicitar a realidade por meio das perspectivas de fórmulas e deduções. Os modelos hipotéticos que não existem fi sicamente podem ser baseados em modelos que já existem ou que já foram 13 implementados. É mais utilizado para analisar estruturas, onde ainda não há estruturas físicas, mas simulações de tais. Precisamos demonstrar um modelo com o maior número de informações possíveis, necessárias para a suposição dos analistas, de forma que seja mais objetiva e clara possível, não se deve omitir informações importantes, para que não haja desentendimento nas implantações das referidas simulações. Existem diversos tipos e formas de se simular um determinado conteúdo, diversas linguagens como por exemplo o computacional que estamos estudando será demonstrado a seguir. A melhor maneira de estimular uma simulação é descrevendo todos os passos da implementação, todas as variáveis envolvidas, todas as etapas existentes e também todas as possiblidades de resolução de um determinado problema. Vejamos a figura 2, a seguir. Figura 2: Diagrama Referencial de modelo computacional. Fonte: Adaptado de Jung et.al. 2009. Sabemos que para modelar um sistema, devemos desenvolver todas as etapas, que são complementares uma das outras, é necessário esse passo para elaboração de quaisquer sistemas que seja. Portanto, vamos aprender agora 5 etapas/ atividades para êxito no nosso sistema para que fique bem modelado. Seguindo os conceitos da figura 3, vamos aprender os principais passos de uma simulação bem definida. Quais as atividades envolvidas? Quais os parâmetros que devemos seguir? Figura 3: Etapas da experimentação. Fonte: Autora. De acordo com a atividade 1, que é a etapa de planejamento, vamos definir os direcionamentos que irão disseminar as outras etapas/processos, quais variáveis,quais as questões levantadas, quais as questões que vamos priorizar, dentre outras informações. Na atividade 2, temos a formulação e análise do problema, neste tópico vamos entender o problema e definir ele, com perguntas como, que propósito? O que queremos alcançar? Quais nossos possíveis riscos? Quais as restrições? Quais nossos limites relacionados ao problema? Na atividade 3 temos o planejamento do projeto; nesse passo, vamos procurar viabilizar todos os recursos disponíveis, com número de funcionário, quais são os aparelhos de tecnologia disponíveis para o estudo, custos, vamos também elaborar um cronograma de atividades e descrever os mais diversificados cenários possíveis ou impossíveis de acordo com o nosso estudo. O cronograma de atividades dentro da atividade 3 vai nos mostrar onde podemos organizar melhor o fluxo das atividades, quais são as principais métricas que vamos evidenciar. Na atividade 4, temos a formulação do modelo conceitual. Nessa etapa, vamos começar a dar forma a uma prévia da modelagem que vamos utilizar, os dados que vamos incluir no modelo, quais as estratégias que vamos utilizar, o modelo matemático, tudo isso para que? Para obter um modelo que chegue o mais próximo da realidade que desejamos, todas as pessoas envolvidas no projeto devem estar a par do que está acontecendo para que não haja desinformação nos dados obtidos. E, na coleta de macro informações, é como se fosse uma análise mais profunda dos dados, fatos ou estatísticas envolvidas no estudo. Nas etapas de modelagem que é demonstrada na figura 4, temos que seguir mais algumas recomendações como, coleta de dados, tradução do modelo e verificação e validação, na mesma sequência das etapas anteriores respeitando o ciclo do processo como na figura. Figura 4: Etapas de modelagem. Fonte: Autora. Na coleta de dados, os dados são específicos para cada tipo de modelo adotado, de uma forma específica e singular, essa etapa é a mais minuciosa de todo o modelo, pois é dai que vão seguir as outras etapas, de acordo com seu grau de importância, precisamos tomar cuidado para que não seja introduzido no modelo, erros ou inconsistência que deem interferência nos resultados. Na tradução do modelo, faremos o mapeamento de todas as atividades, ou seja, explicitando minuciosamente toda e qualquer atividade envolvida conjuntamente com seus 14Simulação da Produção dados respectivos, logo após, tomamos uma linguagem de programação ou uma simulação específi ca. Infelizmente, ainda nos dias de hoje encontramos uma falta de documentação nos modelos mapeados. Acontece que, na maioria das vezes, o responsável por traduzir esse modelo não documenta todos os passos efetuados no mapeamento, esquecendo de algum detalhe importante, acarretando numa maior complexidade e difi cultando outros analistas a entender o que de fato foi feito. Na verifi cação e validação, o documento deve estar devidamente traduzido em uma linguagem específi ca de acordo com a sua sintaxe, sua semântica. Depois, são realizados testes computacionais com o objetivo de detectar possíveis erros, prevendo possíveis falhas que possam vir a ocorrer na simulação. Depois de todos esses procedimentos, nos aproximamos do fi m da seção com a apresentação dos resultados e a implementação do modelo, depois de uma breve descrição das atividades que vão ser executadas, os resultados esperados, a sua precisão, a confi rmação dos objetos estabelecidos, partimos para a simulação da produção. Antes de darmos continuidade a simulação, é importante lembrá-los da importância do modelo e seu ciclo de vida, ou seja, cada atividade que vai ser executada, os pontos como: dados, formulação do problema, verifi cação, validação, experimentação, análise dos resultados, documentação, são meramente importantes e vão defi nir o trajeto da simulação. Vamos analisar, de uma maneira mais analógica, um modelo de sistema da simulação para entendermos melhor como é na prática e ilustrado. De acordo com Freitas Filho (2001), na fi gura 5, há a representação esquemática de um modelo de sistema. Figura 5: Esquema de um modelo de sistema. Fonte: Freitas Filho, 2001. 3- Vantagens e Desvantagens de utilizar a simulação da produção Como visto anteriormente, a simulação da produção possui muitas interfaces. Dentre elas, existem algumas vantagens de se utilizar alguns modelos, mas em contradição também existem algumas desvantagens, das quais vamos aprender um pouco nesta seção. Vamos aprender mais adiante algumas ferramentas de estatística e onde aplicá-las.. Tendo em vista algumas vantagens temos que a simulação computacional que tem se mostrado uma importante ferramenta, pois possui um auxílio no desenvolvimento de diversos sistemas de modelos, com o intuído da resolução de problemas, entretanto, vamos aprender essas vantagens e desvantagens de acordo com alguns autores, como Saliby (1989), Banks et al (1996), Pegden et al (1995) Law e Kelton (2000) dentre outros. As vantagens observadas por eles são: Modelos mais realistas: maior liberdade na construção do modelo de simulação. A simulação não obriga a enquadrar um problema em determinado modelo padrão para que se possa obter uma solução, como ocorre, por exemplo, no caso da programação linear. • Processo de modelagem evolutivo: inicia-se com um modelo simples e aumenta-se sua complexidade conforme o modelo vai se ajustando com a realidade, identifi cando de maneira mais clara as peculiaridades do problema. • Perguntas do tipo “e se?” (“what if?”): como na maioria dos projetos de simulação, em lugar da busca de uma solução. O objetivo se resume em tornar mais claras as possíveis consequências por meio da análise de um conjunto de cenários. A partir do modelo original do sistema, é possível verifi car o que aconteceria se as variáveis do modelo fossem alteradas. • Aplicação a problemas “mal estruturados”: muitos problemas da vida real referem- se a situações em que dispomos apenas de um conhecimento parcial sobre suas variáveis ou relações. A simulaç ã o é uma das poucas ferramentas para o estudo desse tipo de problema. • Facilidade de comunicação: um modelo de simulaç ã o é , em geral, mais fácil de ser compreendido do que soluções analíticas, por exemplo, processo estocástico. • Soluções rápida: com a evolução tanto do hardware quanto do software, hoje em dia, é possível ter uma solução em poucos segundos. Para o alto nível de competitividade do mercado, esse é um diferencial que a simulaç ã o computacional propõe. • Grande fl exibilidade: possibilita a aplicação aos mais variados problemas. • Aquisição de visão sistêmica: visão do efeito que alterações locais terão sobre o desempenho global de todo o sistema. • Escolha correta: a simulaç ã o permite o teste de muitos aspectos de uma mudança, sem comprometer recursos. • Compressão e expansão do tempo: para examinar o comportamento do sistema durante meses ou até anos. • Exploração de possibilidades: uma vez desenvolvido um modelo de simulaç ã o válido, pode-se explorar novas políticas, procedimentos operacionais, arranjos físicos ou métodos sem perturbar o sistema real. • Diagnóstico de problemas: a simulaç ã o leva a um melhor entendimento das interações entre as variáveis de sistemas complexos. A visualização e o diagnóstico de problemas são mais efi cientes. • Desenvolvimento de entendimento: estudos de simulaç ã o ajudam no entendimento dos componentes do sistema e de como ele realmente opera. 15 • Visualização de planos: utilizando-se a animação em uma simulaç ã o é possível visualizar a operação de uma organização enquanto a simulaç ã o ocorre. • Construção de consenso: o resultado de uma simulaç ã o, submetido a uma série de etapas de modelagem, teste, validação e representação visual, tem maior peso do que a opinião de uma única pessoa. • Preparação para mudanças e análise de investimentos prudentes: como o custodas mudanças em um sistema é muito grande, a simulaç ã o é um investimento válido para analisar suas consequências. • Treinamento de equipes: a equipe e seus membros podem aprender como trabalhar melhor através de erros e acertos realizados na simulaç ã o. • As desvantagens dessa técnica também são relacionadas pelos mesmos autores, descritas como: • Construção de modelos requer conhecimento: para se construir um modelo, é preciso que o analista possua conhecimento das técnicas de modelagem e simulaç ã o de sistemas. A técnica é aprendida e aperfeiçoada com o tempo e a partir da experiência. • Análise errada dos resultados: os resultados da simulaç ã o podem ser difíceis de interpretar, pois geralmente as saídas da simulaç ã o são variáveis aleatórias. • Alto custo: a modelagem e a análise da simulaç ã o podem ser dispendiosas em termos de recursos fi nanceiros e de tempo. • Uso inapropriado: pode ser usada inapropriadamente, por exemplo, quando uma solução analítica é factível. • Os resultados da simulaç ã o podem ser de difícil implementação. • Ferramentas apropriadas: a programação de um modelo de simulaç ã o pode tornar- se uma tarefa altamente dispendiosa e desgastante se os recursos computacionais não forem apropriados. • Tempo de processamento e baixa precisão dos resultados: a baixa precisão dos seus resultados é o que faz da simulaç ã o um “último recurso”. Essa imprecisão é geralmente consequência do uso da amostragem. Chegamos ao fi nal de mais uma aula. Tudo certo até aqui? Vamos recordar! Retomando a aula 1- Simulação de sistemas Nesta seção aprendemos a fi nalidade dos sistemas e das simulações e que é de mera importância projetar os valores exatos para que tenhamos a resposta adequada ao nosso problema proposto. Aprendemos também variados exemplos de sistemas e como estão inseridos na nossa rotina. 2- Modelos Nesta seção, aprendemos os passos primordiais para que tenhamos uma simulação do processo com os devidos parâmetros adotados, levando em consideração todas as variáveis de entrada. É necessário lembrar que quanto mais assertivos nos dados, mais nosso modelo traz um resultado aproximado da realidade e de fácil compreensão, bem como com a resolução do nosso problema. 3- Vantagens e Desvantagens de utilizar a simulação da produção Nesta seção, vimos vários requisitos para complementar a simulação da produção. Vimos alguns modelos e onde são aplicados. Vimos também o esquema de modelo de sistema e algumas aplicações. Também estudamos algumas vantagens e desvantagens de se utilizar a simulação da produção. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ enegep2012_TN_STO_162_946_20996.pdf. Vale a pena acessar https://www.youtube.com/watch?v=AYwAr4A_ UG8 (Entrevista com simulador de produção). Vale a pena assistir http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_ tn_sto_195_106_25604.pdf. Vale a pena ler Vale a pena
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