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aula1 Panorama geral da simulação da produçãoo

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1ºAula
Panorama geral da simulação da 
produção
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• entender qual é o objetivo da simulação da produção; 
• entender a importância de utilizar essa ferramenta dentro do nosso dia a dia;
• conhecer as principais características interligadas aos tipos de simulações mais aplicadas;
• compreender como é o desenvolvimento e como nos auxilia a simulação de problemas fictícios ou reais;
• conhecer como a simulação da produção pode nos auxiliar na gestão e tomada de decisão.
Prezados(as) alunos(as).
Vamos dar início à disciplina de simulação da produção. 
Veremos, nesta aula, alguns conceitos iniciais sobre simulação 
da produção. Aprenderemos também alguns tipos de aplicações 
dentro da simulação da produção, as vantagens que temos 
utilizando as ferramentas de simulação, e os tipos de simulação 
mais utilizados. Vamos entender o processo, passo a passo, da 
simulação da produção, bem como o desenvolvimento neste 
campo. Também veremos uma interpretação de simulação da 
produção sob a visão de alguns autores que trazem exemplos 
práticos com base no dia a dia.
Teremos uma noção de que como se desenvolve a 
simulação da produção com qualidade e como devemos 
aprender os requisitos de forma adequada com um alto nível 
de tecnologia. 
Boa Aula!
Bons estudos!
6Simulação da Produção
Seções de estudo
1- Defi nição e contextualização da simulação da produção
2- Aplicações da simulação
3- As modalidades de Simulação
1- Defi nição e contextualização da 
simulação da produção
De acordo com Barton (1973), o termo simulação da 
produção signifi ca “um método que rapidamente toma 
administração e o treinando de qualquer tipo”. Ele destaca 
que o público-alvo era “para as profi ssões administrativas, as 
ciências do comportamento e para educação”. 
Seguindo esse raciocínio desse mesmo autor que procura 
buscar na consistência teórica, através da sistematização e sua 
preocupação em incorporar a simulação computadorizada, o 
que fornece uma valiosa compreensão nos sistemas de gestão. 
Segundo Ramos (1991), “a simulação da produção 
é comum método de ensino que visa e possibilita trazer 
fl exibilidade, relevância e realidade trazendo por sua vez a 
individualidade” 
A principal ideia da simulação da produção dentro da 
Engenharia de Produção é abrir diversos caminhos para que as 
tarefas se tornem mais dinâmicas, trazendo um maior realismo 
cotidiano, consolidando uma fonte a maior de conhecimento 
na resolução de problemas dinâmicos e complexos.
Autores como Bordadev e Pereira (1984) trazem a ideia 
de que simulação é o enfoque de sistemas a pesquisa e ao 
ensino de ciência, através da construção de modelos imitativos 
da realidade, simplifi cados, porém muito úteis para estudar a 
relação entre os seus diversifi cados componentes. 
Já, Bateman (1997) afi rma que o modelo da simulação 
da produção tem um excelente desempenho na avaliação de 
mudanças proposta a um sistema existente ou no projeto de 
sistemas. 
De acordo ainda com Bateman (1977), um modelo 
de simulação bem construído pode gerar estimativas de 
desempenho em termos de tempo e espaço, passagem, 
utilização de recursos, dimensionamento de fi las e otimização 
de tempos produtivos. 
Campbell et al. (2000) refl ete que as simulações são 
instrumentos de aprendizagem com alto poder, por colocar 
os alunos em um ambiente ou em uma situação que forçam a 
se desenvolverem por si mesmo.
Barton (1973) diz que “simular signifi ca dar aparência de 
outras coisas também e signifi ca ter o efeito de”, o que nos 
estimula de tal maneira a pensar fora do quadrado, ou seja, 
procurar inovações nas ideias e ter o efeito de trazer para a 
simulações a rotina cotidiana.
Para Ramos (1991), o conceito de simulador e o 
conceito de simulação são semelhantes, onde o termo 
simulador normalmente é empregado para se referir a objetos 
palpáveis, como equipamentos, ou mecanismos que tem por 
objetivo aperfeiçoar competências individuais, sob condições 
controladas. De uma maneira geral, simulador signifi ca a 
variação das condições físicas, sociais e políticas, direcionadas 
a uma situação real.
A mesma autora ainda destaca que o termo simulação 
está diretamente ligado ao desenvolvimento de competências, 
simulação tem diversos e variados signifi cados. Vamos 
conhecer alguns agora? 
A simulação é conhecida como modelo operacional 
dinâmico que retrata algum aspecto da realidade; é um 
método de aproximação da realidade; são modelos dinâmicos 
de situações atuais físicas, simbólicas ou sociais; é uma 
seletiva representação da realidade, que abrange apenas 
os elementos da situação que o autor da simulação pode 
considerar relevantes para o seu objetivo; é um modelo que 
visa obter simulação de operação ou função para determinado 
propósito, dentre outros.
Aprenderam um pouco dos diversos signifi cados de 
simulação?
Mas vamos continuar a aprender com mais conceitos, 
pois é importante ter essa noção teórica, antes de irmos para 
a prática. 
Então, nesse mesmo raciocínio e para Ramos (1991), 
a simulação é um processo de experimentação de um 
modelo mais detalhado e defi nido, trazendo à tona um 
sistema real que respondera a mudança da atual estrutura, 
ambiente ou condições de contorno. Mas o que seria essas 
condições de contorno? Essas condições nada mais são que 
atalhos para se resolver o problema atual, diversos tipos de 
solução, para isso empregamos a simulação. 
Vamos pensar em um exemplo prático, pensem em um 
grupo de máquinas, cada uma desempenhando uma função 
na produção de uma determinada peça, isso constituiria 
um sistema de manufatura. Cada combinação de elementos 
consiste em uma combinação de elementos que por sua vez, 
compreende um subsistema de um sistema ainda maior, 
pensem em uma caneta como se fosse a máquina e a tampa e 
a tinta subsistema, entenderam?
Outra vantagem da simulação é que ela pode representar 
algo inovador, nunca visto, que ainda não existe, dentro das 
variadas opções de modelos e programas disponíveis para 
auxiliar na resolução ou auxílio de criação.
Para se ter um sistema com mais exatidão e mais 
resultados palpáveis, precisamos defi nir um modelo, e para 
defi nição desse modelo deve-se seguir alguns requisitos que 
vamos conhecer agora. Segundo Bateman (1997), o primeiro 
é se perguntar qual deveria ser o escopo do modelo e o 
segundo é que nível de detalhe deve ser considerado. Partindo 
dessas premissas a escolha do modelo auxilia no propósito a 
ser alcançado.
Precisamos lembrar também que devemos almejar 
variáveis coerente a fi m de retratar a solução do nosso 
problema.
Frequentemente de acordo com o modelo escolhido, 
justifi camos o nosso resultado criando assim, um replica exata 
do nosso sistema. 
Os avanços na tecnologia nos permitem diversifi car 
os modelos da simulação e os torna uma atividade por 
meio da qual podemos chegar a conclusões a respeito 
do comportamento dado um sistema, através do seu 
comportamento correspondente, cujas relações de causa e 
7
efeito são as mesmas ou similares à original, envolve a geração 
da história simulada artifi cial de um sistema e a observação 
do comportamento de acordo com o objetivo, produzindo, 
assim, interferências a respeito de algumas características de 
operação dado um sistema real (HARRELL et. al, 1995).
Kolb (1984) fortalece a hipótese de que a simulação 
pode ser utilizada nas etapas “Por quê ?” e “E se” do ciclo do 
aprendizado. Fornece ainda uma sugestão que pode indicar a 
utilização preferencial da Simulação em algumas etapas, dado 
os questionamentos anteriores. 
Em relação à velocidade da utilização da simulação, 
Ramos (1991) apontava alguns fatores sociais e tecnológicos 
como responsáveis pela explosão da simulação: 
• Rápido avanço na tecnologia de computadores; 
• A grande ênfase colocada nos procedimentos de 
tomada de decisão; 
• Consenso ligado à crença de que um fenômeno 
social só pode ser compreendido através da visão 
globalde todos os complexos relacionamentos entre 
seus elementos; 
• A tendência de se enfocar problemas de um ponto 
de vista interdisciplinar. 
 
2- Aplicações da simulação
A simulação da produção, como visto anteriormente, 
tem diversas defi nições e essas defi nições nos levam a um 
caminho com propósitos de resolução de um determinado 
problema.
Para Thorellei et.al (1964), a simulação da produção 
pode ser empregada em campos como educação, pesquisa, 
planejamento de negócios e na nossa vida cotidiana.
Segundo o autor, na educação, a simulação é efi ciente 
no sentido do aluno entender sobre “problemas no nível 
funcional”, como marketing, produção, processos, negócios, 
são áreas que possuem inter-relação das suas determinadas 
funções no sentido de ampliar a visão e focar na solução 
desses problemas das organizações auxiliando o processo de 
tomada de decisão. No mesmo sentido na área de pesquisa, 
a simulação auxilia em áreas como consultoria na economia 
e ciência dos comportamentos. E, por fi m, na área de 
planejamento de negócios, atua em sistemas de mercado e 
administrativos. 
De acordo com Garvey et al(1971), a simulação é usada 
como ferramenta que pode ser empregada para se atingir 
qualquer um dos diferentes objetivos, onde os estudantes 
possam adquirir informação conceitual integrando a 
informação contribuindo para a compreensão da “estrutura” 
do conhecimento, aprimorando as habilidades, se preparando 
para as situações reais da vida, causando uma experiência, 
adquirindo e mudando habilidades relacionadas a vida real e 
promovendo experiência. 
Ainda segundo Barton (1973), as variáveis de entrada 
do sistema dão aos simuladores a experiência de tendências, 
fl utuações sazonais ou fenômenos inesperados. E como 
podemos aplicar isso?
Podemos aplicar com o modelo Monte Carlo: utilizando 
esse modelo teremos a experiência da incerteza, uma 
oportunidade de otimizar a gestão da produção através de 
um modelo empregado na simulação da produção e vamos 
aprender com o Excel, mais adiante.
A vantagem de utilizar a simulação é que os estudantes 
podem interromper e recomeçar em qualquer momento, 
simulando o que aconteceria em diversos tipos de tomada 
de decisão, o que nos permite deduzir que a sua utilização, 
incorpora-se a incerteza e isso faz parte do ciclo de 
aprendizagem.
Bom, utilizando a simulação encontramos uma maneira 
de examinar as diversas fi nalidades e exploramos um sistema-
objeto.
Mas com todas essas incertezas como saberemos o 
modelo certo a utilizar?
Ao abordar sistemas complexos, que via de regra 
apresentam grande interdependência entre as atividades, 
analisamos a variabilidade temporal, o projeto de modelos de 
simulação e empregamos na nossa gestão, no nosso caso em 
Engenharia de Produção.
Agora vamos aprender alguns campos em que a 
simulação da produção está inserida. Vamos lá?
Barton (1973) apresenta um sumário de aplicações 
obtidas através de 5 anos de pesquisa:
• Simulação de sistemas de computador: simulações 
computadorizadas foram desenvolvidas para 
simular a lógica de alta velocidade de computador. 
Na fase de projeto de sistemas controladores de 
processos industriais, simulações computadorizadas 
são realizadas para fi m de testes de alternativas e de 
desempenho. 
• Jogos educacionais: jogos que simulavam assuntos 
a serem aprendidos estavam sendo cada vez 
mais usados na graduação, pó s-graduaç ã o e em 
programas educacionais contínuos. Atingiam desde 
jogadores isolados interagindo com modelos simples 
até jogadores coordenados, organizados em times 
interagindo competitivamente com outros times. 
• Aconselhamento simulado: tentativas de simular 
atividades de aconselhamento envolvem, em geral, 
atividades homem-computador, com o computador 
assumindo o papel de conselheiro. 
• Administração educacional: um modelo que 
integrava informações sobre o quadro de 
funcionários, espaço, os cursos oferecidos, o 
tamanho das salas e os professores havia sido 
utilizado em simulação iterativa de planejamento 
com resultados satisfatórios. 
• Vida e saúde: aplicações em que se utilizam técnicas 
de Monte Carlo incluíam estudos de casamento, 
fertilidade, natalidade e mortalidade. Estudos de 
evolução competitiva vinham sendo simulados 
para lagostas, vírus, epidemias, crescimento de 
fl orestas e genética animal. Decisões administrativas 
relativas à saúde, hospital, serviços médicos, 
pavilhão de maternidade, planejamento de saúde de 
comunidades. Processos decisórios de diagnósticos 
médicos vinham sendo estudados através da 
exposição pelo computador de sintomas gerados. 
• Sistemas homem-má quina: a maioria destas 
8Simulação da Produção
simulações envolve algum análogo físico não digital 
do sistema objeto. Exemplos são simuladores de 
voo com instrumentos controlados por instrutores. 
• Jogos experimentais: nas décadas de 40 e 50 uma 
teoria analítica denominada Teoria dos Jogos foi 
desenvolvida conceitualmente e, objetivando a 
confi rmação ou não de suposições e conclusões, 
foram realizados testes com sujeitos vivos. Mais 
tarde, concluiu-se que as premissas e suposições 
desta teoria não poderiam ser estendidas as pessoas 
vivas, sendo apenas um ponto de partida da análise. 
Jogos experimentais são simulações homem-modelo 
orientadas para estudar as infl uências de vitória 
e derrota, resistência e confi ssão, cooperação e 
confl ito, propensão a correr riscos e outras variáveis 
psicológicas em testes de negociações e barganha. 
• Simulação de pensamento humano: simulações 
computadorizadas vinham representando os 
processos mentais internos de obtenção de 
conceitos, sistemas de crença, reconhecimento de 
padrões, resolução de quebra-cabeças, tentativa 
e erro para se chegar a racionalizações dedutivas, 
geração de sinônimos etc. 
• Redes de Comunicação: esta aplicação lidava com 
sistemas maciços como redes de telefone, onde o 
interesse não é o conteúdo da comunicação, mas, 
sim, o seu volume, o seu fl uxo e questões relativas 
ao tráfego. 
• Organizações: simulações vinham sendo 
desenvolvidas para estudo de aspectos 
organizacionais para implementação de política, 
aceitação de recomendações e mudanças, autoridade 
burocrática, aprendizagem, liderança, inovação, 
tendências no processo de tomada de decisões e 
comportamento interpessoal. Simulações de tarefas 
de fabricação foram realizadas utilizando-se de 
tesouras, fi tas e cartões. 
• Sistemas sociais: Simulações homem-modelo 
investigavam o confl ito e a agressão em processos 
sociais, parentesco e a sua relação com a estrutura 
social, comportamento coletivo durante pânico, 
convergência de atitude, alimentação social, controle 
através de pressões sociais e mobilidade social. 
• Simulações civis, politicas e de comunidade: sistemas-
objeto do domínio público, estudados através de 
simulação compreendiam processamento de casos 
criminais através de cortes, divisão legislativa em 
novos distritos, paradoxos de votação, controvérsias 
quanto a plebiscito, orçamento municipal, 
procedimentos da polícia e para a segurança pública, 
redes de transporte público, sistemas de esgoto e 
desastres públicos tais como enchentes e incêndios. 
• Sistemas regionais, nacionais e internacionais: 
simulação computadorizada na forma de repetiç ã o 
dinâmica de modelos analíticos nã o estocá sticos 
vinha sendo aplicada à representação de 
características políticas e econômicas das regiões, 
nações e sistemas internacionais. 
• Jogos de guerra e crises: são também chamados 
simulaç ã o-em-trê s-salas, onde dois times oponentes 
são segregados em salas separadas e um time de 
controle ou árbitros é colocado em uma terceira 
sala. Os times em confl ito interagem entre si apenas 
através do time de controle. Cenários adicionais e 
o próprio modelo são muitas vezes desenvolvidos 
pelo time de controle durante o jogo. 
• Jogos operacionais: estas aplicações foram 
utilizadas no Laboratório de Simulação Logística 
da Corporação Rand em Santa Mônica Califórniae 
tinham por objetivo estudar estruturas alternativas 
de gerência e administração para grandes sistemas 
logísticos. Envolviam modelos computadorizados e 
não computadorizados, além de pessoas recrutadas 
do sistema-objeto. 
• Jogos de Administração: eram simulações 
que seguiam os padrões dos jogos de guerra e 
eram utilizadas para treinamentos e ensino. Os 
participantes, como jogadores solitários ou em 
equipe, tomavam decisões numéricas para variáveis 
como preço de produtos, níveis de produção, esforço 
de vendas e aquisição de materiais. Em geral, dava-
se ênfase às atividades de marketing e produção. É 
muito importante ressaltarar a constatação do autor 
em relação aos Jogos de Administração, segundo 
a qual, vinham sendo feitas algumas tentativas de 
usá -los como veículos de pesquisa. No entanto, 
processamentos de jogos de administração eram 
tão vagamente estruturados e geravam dados para 
tantas variáveis que era difícil produzir conclusões 
que fossem ao encontro dos critérios de pesquisa. 
• Sistemas interdependentes: são sistemas relativos 
ao tráfego onde se percebe a existência de fi las. 
Este tipo de problema é um caso clássico em que 
a análise matemática falha em representar sistemas-
objeto. A simulação vinha sendo utilizada no estudo 
de tráfego de veículos, politicas de transporte, 
tráfego de mensagens em redes telefônicas, sistemas 
de transporte aéreo, movimento de reposição 
de peças, manejo de cargas, administração de 
cais, estabelecimento de rotas de vagões, redes 
de distribuição de produtos, enfi m, na maioria 
dos sistemas interdependentes, cujas naturezas 
estocásticas requeriam simulações de Monte Carlo 
como solução. 
• Pesquisa Operacional: objeto de pesquisa da 
engenharia de produção, envolvia problemas 
relativos a fi las, distribuição, inventário, 
sequenciamento de tarefas, alocação de recursos e 
substituição de equipamentos. Ressalta-se que, nessa 
época, estavam sendo desenvolvidos computadores 
para fi ns gerais e a simulação estava sendo utilizada 
para resolver problemas por demais complexos para 
serem resolvidos através modelos matemáticos. 
• Tomada de decisão em negócios: o sonho de alguns 
estudiosos em administração era retratar uma sala de 
controle onde as alternativas de decisão pudessem 
ser exploradas através da interação com modelos 
em que estratégias de mercado, de produção, 
9
dos concorrentes, dos preços e dos produtos 
pudessem ser testadas utilizando-se painéis na 
interface de simulações homem-computador e 
computadorizadas. Na época, no entanto, apenas 
problemas menores e mais específi cos eram 
explorados pela utilização de simulações: projetos 
de plantas da indústria química, estratégias de 
movimento na bolsa de valores, introdução de novo 
produto, estratégias alternativas de propaganda, 
fl uxo de informação sobre canais de marketing e 
sistemas de distribuição de produtos. 
• Problemas relativos ao pessoal: representação de 
papéis e tomada rápida de decisões, através da seleção 
de atividades em uma caixa postal interna, vinham 
sendo utilizados para treinamento em habilidades 
de supervisão, negociação coletiva, controle de 
produção e compras. A simulação poderia ser 
utilizada na seleção e na avaliação para a promoção 
de pessoas quando o sistema-objeto simulado 
tratasse de uma habilidade bem compreendida, 
como a montagem de peças. 
• Sistemas físicos: simulação computadorizada vinha 
sendo utilizada para estudo de sistemas físicos como 
fl uxo de água subterrânea, absorção de moléculas 
em superfícies, comportamento de campos de 
íon, comportamento de partículas magnéticas, 
envelhecimento de sistemas geológicos, previsões de 
tempo, bacias hidrográfi cas e sedimentação marinha. 
• Sistemas de defesa e militar: por motivo de segurança, 
muitas destas simulações não foram publicadas. 
Essas simulações variavam desde modelos políticos 
e econômicos de guerra e de paz internacionais 
até representações individuais de batalhas aéreas e 
terrestres. Algumas partes do complexo industrial 
militar tinham sido simuladas como estaleiros, 
logística, tática militar, detecção de radar, combate 
aéreo e comportamento de torpedo. 
• Simulação de voo e espaço: a preparação 
de voos espaciais requer muitas simulações 
homem-má quina, tanto para pesquisa quanto 
para treinamento lançamentos de mísseis reais 
necessários ao desenvolvimento de foguetes. 
Simulações computadorizadas de voos atmosféricos 
e espaciais expunham o ambiente do voo numa tela 
de televisão.
Agora já aprendemos onde pode ser empregada todos 
os diversos tipos de simulação da produção, vamos aprender 
algumas modalidades, a seguir. 
3- As modalidades de Simulação
Analisando pelo parâmetro de que a simulação possui um 
vasto campo de implementação, temos que explorar as diversas 
possibilidades existentes de acordo com as modalidades e 
possibilidades, ainda de acordo com Barton(1973), a simulação 
possui quatro categorias, sendo que uma pode conduzir o uso 
da outra, ou pode também servir como base de comparação 
de resultados ou complementação, vamos aprender quais são 
elas?
As quatro categorias que são empregadas na simulação 
da produção:
• Análise;
• Simulação homem-modelo;
• Simulação homem-máquina ou homem computador;
• Simulação computadorizada. 
Diante dessas quatro modalidades, vamos aprender 
sobre cada uma?
Bom, vamos começar com a modalidade de análise. A 
análise é importante dentro da simulação, porque diante de 
todas as defi nições que aprendemos até agora, essa é a que 
vai nos conduzir a uma resposta inteira, integra e de fácil 
compreensão.
Na análise, tentaremos descobrir a que classe pertence a 
variáveis em estudo, transformando o complexo de dados e 
descobrindo as relações existentes, ou seja, nada mais é que 
uma simulação do comportamento das variáveis, do sistema, 
que estudamos, a análise fundamenta-se quando os dados são 
quantitativos, números reais ou simulados. 
A análise nos ajuda obter conclusões a respeito das nossas 
simulações, suposições, vai além do que pode ser limitado, 
exclusivamente ao campo da matemática e da lógica, tanto em 
variáveis comportamentais quanto em outras variáveis.
Precisamos manter o foco no sistema e no objeto. 
Vamos pensar em um fi lme. Podemos dizer que a análise está 
para um conjunto de fotografi as, assim como a simulação está 
para o fi lme, uma interação diretamente proporcional, pois 
são complementares. O fi lme nada mais é que uma sequência 
de fotografi a, ou seja, podemos concluir que apesar dos 
diferentes tipos de ações, uma é interligada com a outra.
Agora vamos falar sobre a modalidade de simulação 
homem-modelo. Esse tipo de simulação se caracteriza pela 
introdução de pessoas, agentes humanos, na experiência 
simulada de uma maneira que as suposições adquiram uma 
menor proporção no estudo do comportamento da simulação 
do modelo.
Uma maneira de avaliar essas suposições é estabelecendo 
cenários associados a diferentes parâmetros, usualmente 
adotados pelos protagonistas e antagonistas integrados dentro 
do sistema-objeto. 
A simulação homem-modelo, é caracterizada pela 
introdução de agentes humanos que com a experiência 
simulada adquirem uma menor relevância no estudo do 
comportamento do modelo, esse sistema é usualmente 
utilizado em experiência no laboratório, os resultados são 
dados e então observados e registrados.
Já temos que na simulação homem-má quina, o 
simulante interage com algum tipo de aparelho físico que 
representa parte de todo o sistema. É utilizado programas de 
treinamento, com fi m de aprender e descobrir seus erros ou 
algum incentivo pelo sucesso, tudo isso decorrente e dentro 
do cenário adequado. 
Resumindo esse sistema, quando a máquina utilizada é 
o computador em programas de treinamento, o estudante 
aprende pela descoberta de seus erros e pelo incentivo ao 
seu sucesso, quando a máquina é um computador refere-se 
10Simulação da Produção
à experiência como uma simulação homem - computador 
(BARTON,1973).Na simulação computadorizada, Barton (1973) diz que 
os computadores são máquinas lógicas e manipuladoras 
de símbolos gerais: são extensões da mente do homem, de 
maneira que o homem que produz o raciocínio lógico para 
direcionar a máquina.
Pensando no problema, o homem consegue passar essa 
imagem para o computador através de códigos e esses códigos 
traduzem essas instruções, podendo usar quantas vezes forem 
necessárias, mudando as variáveis de entrada e saída.
Quando a simulação inteira é conduzida pelo 
computador, damos o nome de simulação computadorizada. 
O programa fornece representações do comportamento 
que se quer estudar, passo a passo. O experimentador pode 
combinar diversas variáveis de estudo, automação e controle, 
através das instruções geradas, pode-se usar diferentes dados 
de entrada e saída e em diferentes circunstâncias. 
Vamos pensar na frase que vai transmitir o conhecimento 
exato nesse modelo de simulação que é “a simulação 
computadorizada é apenas uma experiência de raciocínio 
assistida eletronicamente”. Pensando assim, vemos várias 
vantagens na simulação, uma delas é que propicia grande 
fl exibilidade para que seja conduzida experiências alternativas 
de pensamento em grande complexidade.
A simulação computadorizada se origina em duas fontes: 
a primeira é na habilidade de responder as experiências 
rapidamente e a segunda é na habilidade de combinar 
números enormes de sistemas em uma só experiência, é uma 
extensão da mente do homem, aumentando a velocidade do 
pensamento e aumentando também o alcance do que pode 
ser pensando e passado para o simulador. 
Chegamos ao fi m da primeira aula! Vamos recordar?
Retomando a aula
1- Defi nição e contextualização da simulação da 
produção
Aprendemos, nesta sesção, algumas defi nições sobre 
simulação da produção. Vimos um diversifi cado ramo de 
utilização para os procedimentos tanto do dia a dia como 
mais profi ssionais. Aprendemos também que a tecnologia é 
nossa aliada nesta ferramenta e que a simulação da produção 
também auxilia na tomada de decisão. 
2- Aplicações da simulação
Nesta seção aprendemos quão amplo é o campo da 
simulação da produção e o quanto ele pode nos auxiliar nos 
mais diversos tipos de serviços. Conhecemos as diversas 
aplicações de acordo com Barton (1973) e com certeza a 
discussão vai nos auxiliar na hora de simular algum problema 
a ser resolvido.
3- As modalidades de Simulação
Nesta seção aprendemos algumas modalidades inclusas 
na simulação da produção. Vimos também sobre o conceito 
de simulação computadorizada e aprendemos diversas 
maneiras em que podemos utilizar a simulação. 
Até a próxima!
Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/
bitstream/10216/59757/1/000134578.pdf (Artigo 
aplicando simulação).
Vale a pena acessar
https://www.youtube.com/watch?v=ECFVkyY8_
WY (Video sobre simulações).
Vale a pena assistir
Introdução a modelagem e simulação de sistemas com aplicações 
em arena. Paulo José de Freitas Filho. 2 ed. Editora: Visual 
Books.
Vale a pena ler
Vale a pena
Minhas anotações

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