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Livramento Condicional

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Livramento Condicional
● Conceito:
↳ É a última etapa do cumprimento de pena no sistema progressivo, tendo
como objetivo diminuir os efeitos negativos da prisão e facilitar a reinserção
social.
↳ Antecipação provisória e limitada da liberdade do condenado, satisfazendo
determinados requisitos.
● Natureza Jurídica:
↳ A maioria da doutrina brasileira, atualmente, vê o instituto como um direito
público subjetivo do condenado, desde que certos requisitos legais sejam
cumpridos.
↳ Sustentam que o Livramento Condicional passa a se integrar ao direito de
liberdade do indivíduo.
● Requisitos ou pressupostos:
1) Objetivos:
a) natureza e quantidade da pena:
↳ a pena precisa ser privativa de liberdade.
↳ é preciso que seja igual ou superior a 2 anos.
↳ é permitido somar penas para que o limite mínimo seja atingido.
↳ o tempo remido pelo trabalho ou estudo também deve ser
levado em conta.
b) cumprimento de parte da pena:
↳ o condenado, obrigatoriamente, deve cumprir uma parcela da
pena aplicada:
⇘ Art. 83 :
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for
reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em
crime doloso;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de
condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo,
se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza.
c) reparação do dano:
↳ é uma obrigação civil que decorre da sentença penal
condenatória.
↳ caso o réu não possa satisfazer a obrigação, deve comprovar
de maneira efetiva.
⇘ Art. 83:
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o
dano causado pela infração;
2) Subjetivos:
↳ Se referem à pessoa do condenado.
a) bons antecedentes:
↳ devem ser considerados antecedentes os fatos ocorridos antes
do inicío do cumprimento da pena.
b) bom comportamento durante a execução da pena:
↳ é um requisito que deve ser analisado com muito cuidado.
↳ basta que demonstre ter adquirido valores ou qualidades
adequadas ao convívio social, para ser capaz de se orientar fora
da prisão sem voltar a delinquir.
⇘Art. 83 :
III - comprovado:
a) bom comportamento durante a execução da pena;
c) não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses:
↳ esse requisito não pode ser aplicada para os crimes cometidos
antes de sua vigência - 23 de Janeiro de 2020.
↳ capacidade de readaptação social do apenado, que deve ser
demonstrada e observada de forma diária, em suas atividades e
comunicações com “colegas” do presídio
⇘ Art. 83 :
III - comprovado:
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses;
d) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído:
↳ é um dos fatores mais importantes na ressocialização do
condenado.
↳ não se refere somente às atividades laborais praticadas dentro
do cárcere, mas também ao trabalho realizado fora da
instituição.
⇘ Art. 83 :
III - comprovado:
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
e) aptidão para prover a própria subsistência com trabalho
honesto:
↳ consequência natural e direta do requisito anterior.
↳ será feita uma avaliação do desempenho efetivo do recluso nas
tarefas atribuídas dentro e fora da prisão.
↳ a lei exige é a disposição, habilidade, inclinação do condenado
para viver à custa de seu próprio e honesto esforço.
⇘ Art. 83 :
III - comprovado:
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho
honesto;
⇘ Art. 132. LEP:
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as
obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto
para o trabalho;
● Condições:
↳ O apenado será submetido à prova, que corresponde ao tempo de pena que
falta cumprir.
1) Obrigatórias:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável:
↳ o réu, no menor tempo possível, deve obter ocupação lícita e
informar aos órgãos de execução.
↳ as entidades assistenciais deve, prestar apoio, para que
consigam um trabalho honesto.
↳ a possível deficiência física, que o torne inapto para o trabalho,
não impede a obtenção do benefício.
b) comunicar ao juiz, periodicamente, sua ocupação:
↳ o juiz deve observar as ocupações e execuções do condenado.
↳ também deve fixar o prazo máximo entre um intervalo e outro
entre as comunicações.
c) não se ausentar da comarca, sem prévia autorização judicial:
↳ é proibido a transferência de residência sem a prévia
autorização do juiz.
⇘ Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca
do Juízo da execução, remeter-se-á cópia da sentença do
livramento ao Juízo do lugar para onde ele se houver transferido
e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção.
2) Facultativas:
↳ São eleitas pelo juiz quando achar necessário.
a) não mudar de residência em comunicar ao juiz e às autoridades
fiscalizadoras:
↳ trata-se de mudança de residência dentro da comarca.
↳ não depende de autorização, só é necessário informar ao juiz e
às autoridades.
b) recolher-se à habitação em hora fixada:
↳ só deve ser imposta como complemento de garantia de
determinados condenados e em relação a certos delitos.
↳ é necessário atender à personalidade, saúde e condição física
do indivíduo.
c) não frequentar determinados lugares:
↳ também ligado à personalidade do agente e o delito cometido.
d) abstenção de práticas delituosas:
↳ é de entendimento geral que o juiz pode e deve estabelecer
essa condição.
↳ isso pois, o indivíduo que volta a delinquir, mesmo em livramento
condicional, não está apto para a vida em sociedade e não
merece o benefício.
● Revogação:
↳ Ocorre com o descumprimento das condições impostas
1) Obrigatória:
a) condenação irrecorrível por crime cometido durante a vigência
do livramento condicional:
↳ não basta somente a prática do crime, é preciso de uma
decisão condenatória.
↳ somente a condenação à pena privativa de liberdade levará a
revogação.
⇘ Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser
condenado a pena privativa de liberdade, em sentença
irrecorrível:
I - por crime cometido durante a vigência do benefício;
b) condenação por crime cometido antes da vigência do livramento
condicional:
↳ é possível que, mesmo o crime tendo sido praticado antes do
benefício, a sua decisão só tenha sentença durante a liberdade
condicional.
↳ nesse caso, existem duas opções:
● continuar em liberdade condicional, caso o condenado
tiver cumprido uma quantidade de pena que seja o
mínimo exigido no total das penas.
● regressar à prisão, e voltar à liberdade condicional após
completar o tempo necessário.
⇘ Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser
condenado a pena privativa de liberdade, em sentença
irrecorrível:
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste
Código.
2) Facultativa:
⇘ Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado
deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou
for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena
que não seja privativa de liberdade.
a) liberado deixa de cumprir uma das condições:
↳ são as condições, legais, apresentadas acima.
b) condenação, por crime ou contravenção, a pena que não seja
restritiva de liberdade:
↳ é indiferente que a prática tenha sido antes ou durante a
liberdade condicional.
↳ o crime ou contravenção devem ser punidos com multa ou pena
restritiva de direitos, para que a revogação seja facultativa.
● Suspensão:
↳ Não se confunde com revogação.
⇘ Art. 145. LEP Praticada pelo liberado outra infração penal, o Juiz poderá
ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho Penitenciário e o Ministério Público,
suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogação, entretanto,
ficará dependendo da decisão final.
↳ A suspensão é provisória e fica aguardando a decisão final sobre o novo
crime.
↳ Se for uma decisão condenatória, a revogação do benefício será obrigatória.
⇘ Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença em processo a que responde o liberado, porcrime
cometido na vigência do livramento.
● Efeitos de nova condenação:
⇘ Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e,
salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior
àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o
condenado.
1) Condenação irrecorrível por crime praticado antes do livramento
condicional:
↳ indivíduo não cometeu nenhum crime após a concessão do benefício.
↳ por isso, recebe um tratamento especial:
a) terá direito à obtenção de novo livramento, mesmo em relação à
pena que estava cumprindo.
b) as duas penas podem ser somadas para efeito de obtenção de
novo livramento.
c) o tempo em que esteve em liberdade condicional é computado
como de pena efetivamente cumprida.
2) Condenação irrecorrível por crime praticado durante o livramento:
↳ é o fracasso da tentativa de possibilitar que o réu voltasse ao convívio
social.
↳ nesse caso, os efeitos são mais severos:
a) impossibilidade de concessão de novo livramento em relação à
mesma pena.
b) não se computa o tempo em que esteve solto, em liberdade
condicional, como de pena efetivamente cumprida.
3) Descumprimento das condições impostas na sentença:
↳ nesse caso, só existirá uma pena: a que estava sendo cumprida e foi
suspensa.
↳ condenado deve cumprir a pena integralmente, e sofrerá as mesmas
consequências do caso acima.
⇘ Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará
na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se
concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
4) Condenação por contravenção penal:
↳ também pode levar à revogação do benefício e sofre os mesmos efeitos
da revogação acima.
● Prorrogação e extinção da pena:
⇘ Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se
extinta a pena privativa de liberdade.
↳ Porém, caso esteja acontecendo outro processo por outro crime cometido
durante a vigência do benefício, haverá a prorrogação do livramento.
↳ É prorrogado apenas o período de prova, as condições impostas não irão
subsistir.
↳ O termo “prorrogação do livramento” só pode ser usado em casos de
processos por crimes praticados durante a vigência do benefício.
↳ Esse efeito não se estende à prática de contravenções.
● “Sursis” X Livramento Condicional:
“Sursis” Livramento Condicional
Execução da pena é suspensa mediante
a imposição de certas condições.
Após iniciar o cumprimento da pena,
obtém o direito de cumprir o restante em
liberdade, sob certas condições.
Condenado não chega a iniciar o
cumprimento da pena imposta
Sentenciado inicia o cumprimento da
pena privativa de liberdade.
Suspende a execução da pena privativa
de liberdade.
Pressupõe a execução da pena privativa
de liberdade.
Período de prova não corresponde à
pena imposta.
Período de prova corresponde ao
restante da pena.

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