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TCC- PROTAGONISMO FEMININO - Currais (1) (1)

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1
PROTAGONISMO FEMININO: Uma reflexão da atuação do assistente social no
grupo de mulheres do CRAS Dra. Fátima Barbosa no município de Currais
Novos/RN1
FEMININE PROTAGONISM: A reflection of the actuation of social workers in the
women’s group of CRAS Dr. Fátima Barbosa in the city of Currais Novos/RN
Jessika Brunna Rodrigues da Silva2
Joyce Mariana Silva Dos Santos3
Livia Lais Silva Lopes4
Fernanda Kallyne Rêgo de Oliveira5
RESUMO
O processo de empoderamento das mulheres desafia as relações patriarcais,
o que conduz, a uma mudança no controle tradicional dos homens sobre as
mulheres. Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a atuação do serviço
social no grupo de mulheres do CRAS Dra. Fátima Barbosa no município de Currais
Novos/RN. E como específicos: Identificar as estratégias de intervenção do serviço
social nesse grupo de mulheres; compreender como ocorre as articulações com as
demais políticas setoriais para o fortalecimento do empoderamento feminino; refletir
acerca dos limites e possibilidades de atuação do profissional do serviço social no
grupo de mulheres do CRAS. No tocante a metodologia, a pesquisa se configura
como uma pesquisa descritiva, documental e de campo, com nuance qualitativa.
Oportunamente foi aplicada uma entrevista estruturada com as profissionais do
serviço social que compõem o equipamento social. A análise das entrevistas se deu
por meio da análise do discurso dos sujeitos pesquisados. E como resultados do
estudo identificou-se que a política da assistência social atua de maneira
transformadora com as técnicas e possibilidades que se têm em mãos, primando
pela articulação em rede. Outra constatação foi a de que a atuação do serviço social
nos grupos do PAIF, vai além do atendimento individualizado, do planejamento social
e encaminhamentos. É notório o esforço depositado nas possibilidades para
promover, mobilizar e levar recursos lúdicos e elementos culturais para que as
usuárias compreendam e participem garantindo a aprendizagem, contribuindo para o
enfrentamento das vulnerabilidades, deixando claro os espaços, direitos e deveres
como mulher.
Palavras-chave: Fazer profissional. Serviço Social. Protagonismo Feminino.
ABSTRACT
The process of women’s empowerment challenges the patriarchal
relationships, which leads, to a change in the traditional control of men over women.
Thus, the main objective of this study was to analyze the actuation of the social
5 Professora-Orientadora. Docente na Universidade Potiguar - E-mail: fernandakallyne@unp.br
4 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Potiguar - E-mail: livialais.cn@hotmail.com
3 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Potiguar - E-mail: joycemarianas2@gmail.com
2 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Potiguar - E-mail: jessika.brunna@hotmail.com
1 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos
para a obtenção do Título de Bacharel em Serviço Social, em 2022.
2
service in the women’s group of CRAS Dr. Fátima Barbosa in the city of Currais
Novos/RN. And as specific objectives: To indentify the intervention strategies of
social service in this group of women; compreehend how occurs the strengthening
with the other sectoral policies for the women's empowerment; to reflect about the
limits and possibilities of action of the social service professional in the women’s
group of CRAS. About the metodology, the research is configured as a descriptive,
documental and field research, with qualitative nuance. Opportunely was applied a
structured interview with professionals of social service who make the social
equipment. The analysis of the interviews took place through the analysis discourse
of the subjects researched. And as results of the study it was identified that the policy
of social assistence works in a transforming manner with the techniques and
possibilities at hand, prioritizing network articulation. Another observation was that
the actuation of the social service in groups of PAIF goes beyond the individualized
support, social planning and referrals. It is noticeable the effort deposited in the
possibilities to promote, mobilize and bring playful resources and cultural elements
so that users comprehend and participate guaranteeing learning, contributing to the
confrontation of vulnerabilities making clear the spaces, rights and duties as a
woman.
Keywords: Professional dutie. Social service. Feminine protagonism.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi construído a partir do estudo e análise do espaço de
trabalho do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social Dra.
Fátima Barbosa, situado na cidade de Currais Novos. Neste espaço, foi possível
observar como se dá a atuação profissional do Serviço Social dentro da Política da
Assistência Social, com o foco no trabalho realizado com as mulheres.
Como é sabido, o empoderamento feminino passa por vários caminhos: na
sociedade, pelo conhecimento dos direitos da mulher, por sua inclusão social,
instrução, profissionalização, consciência de cidadania e, também, “por uma
transformação no conceito que ela tem dela mesma, em sua autoestima” (FERRARI,
2013, p. 2). No entanto, a independência da mulher é um fator determinante para
sua libertação, sendo a partir desse elemento, possível iniciar a promoção da
conscientização, e maximizar a igualdade entre os gêneros.
Esse processo de empoderamento das mulheres desafia as relações
patriarcais, o que conduz, a uma mudança no controle tradicional dos homens sobre
as mulheres, tornando-as agentes ativas da própria vida e das transformações
culturais e sociais, principalmente a partir das situações de opressão vivida pelas
mulheres, onde torna-se necessário tomar consciência do primeiro passo desse
meio, no que se refere na execução de poder nos diversos níveis sejam eles, em
nível pessoal e nas relações interpessoais ou no coletivo como em estratégias
populares.
Diante dessa complexidade indagou-se: De que forma a política de
assistência social, através do equipamento social do CRAS, bem como por meio da
atuação do serviço social trabalha o protagonismo feminino no município de Currais
Novos/RN?
Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a atuação do serviço social
no grupo de mulheres do CRAS Dra. Fátima Barbosa no município de Currais
Novos/RN. E como específicos: Identificar as estratégias de intervenção do serviço
3
social nesse grupo de mulheres; compreender como ocorre as articulações com as
demais políticas setoriais para o fortalecimento do empoderamento feminino; refletir
acerca dos limites e possibilidades de atuação do profissional do serviço social no
grupo de mulheres do CRAS.
No tocante a metodologia, a pesquisa se configura como uma pesquisa
descritiva, documental e de campo, com nuance qualitativa. Oportunamente foi
aplicada uma entrevista estruturada com as profissionais do serviço social que
compõem o equipamento social. A análise das entrevistas se deu por meio da
análise do discurso dos sujeitos pesquisados. Destaca-se que quanto aos princípios
éticos da pesquisa, foi solicitado aos profissionais que assinassem um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme preconiza a Resolução CNS
466/2012, para realização de pesquisas com seres humano, como forma de
minimizar possíveis danos causados pelo estudo, bem como, garantir o sigilo dos
respondentes da pesquisa, resguardando-os de quaisquer constrangimento e/ou
exposição.
Desta forma, o referido artigo está assim estruturado: 1 Introdução; 2
Protagonismo feminino e as políticas públicas ; 2.1 Contextualizando o
protagonismo feminino na sociedade contemporânea; 2.2 As políticas públicas e sua
intervenção para o empoderamento feminino; 3 A Atuação Da Política Da
Assistência Social Frente Ao Empoderamento Feminino; 3.1 A atuação do
profissional da assistência social no empoderamento feminino; 3.2 Relato das
experiências vivida pelo serviço social; 4 Considerações finais, Referência e
Apêndices.
2 PROTAGONISMO FEMININO E AS POLÍTICASPÚBLICAS
O movimento feminino é de grande importância para o fortalecimento e
ampliação dos direitos civis e políticos da mulher, efetuando grandes mudanças na
sociedade, pois é por meio dessas articulações que se inicia as conquistas pelo
sufrágio feminino, sendo eles: o direito e o acesso à educação, a busca pela
igualdade salarial com a dos homens, a possibilidade do processo de divórcio, a
liberdade das decisões individuais, dos métodos contraceptivos e também o direito à
propriedade privada.
Teoria, prática, ética e toma as mulheres como sujeitos históricos da
transformação da sua própria condição social. Propõe que as mulheres
partam para transformar a si mesmas e ao mundo. (TEIXEIRA, 2015, p.3).
No Brasil, o ano de 1970 foi marcado pelo crescimento desse movimento, no
qual se encontrava articulado intimamente com outros movimentos sociais da época
(CORRÊA, 2001). No entanto, no mesmo ano obteve-se um avanço significativo no
meio acadêmico e na legitimação do papel da mulher na sociedade, o que trouxe um
reforço para emancipação feminina, que vinha sendo perseguida, como atualmente.
Com o processo de democratização no país, os movimentos feministas e de
mulheres conquistaram uma interlocução com o Governo dando início outra
fase, a de reconhecimento do Estado de que as discriminações e
desigualdades nas relações de gênero constituem umas questões para ser
enfrentada por meio da legislação e de políticas públicas, em 1985.
(RODRIGUES, 2005, p. 30).
4
Numa sociedade marcada por enraizadas desigualdades sociais, o direito das
mulheres e da cidadania feminina decorrem pelo período em que o ser mulher era
sinônimo de fragilidade e devoção ao homem, essa desigualdade que fora
construída pela supremacia masculina desde muitos tempos atrás. Coulanges
(2006) afirma que, nas sociedades antigas, apenas o pai possuía o princípio
misterioso do ser a centelha da vida, que era transmitido, tão somente, de pai para
filho. Depois da morte do marido, a mulher deixava de ter parte no culto e
cerimônias, banquetes fúnebres, tendo menos ou nenhuma participação na
sociedade.
Além disso, o termo gênero vem do Latim genus, que significa “nascimento”,
“família”, “tipo”. Tradicionalmente, o termo gênero é utilizado como um conceito
gramatical de classificação de palavras, dividindo-se entre: masculino, feminino e
neutro. Ao longo dos anos, o conceito vem transcendendo a determinação biológica
do ser social e do sentido da palavra envolvendo uma ampla dimensão da
ressignificação dentro da dinâmica das esferas da sociedade, o que transcorre a
compreensão de cada indivíduo na identificação da sua própria identidade dentro da
sociedade que está inserido. Como aponta Follador (2009, p.5) “O gênero pode ser
compreendido como uma convenção social, histórica e cultural, baseada nas
diferenças sexuais. Mas logo, está ligado às relações sociais criadas entre os sexos.
Gênero é a construção sociológica, política e cultural do termo sexo”. Sendo assim
Isso significa que “a identidade social da mulher, assim como a do homem, é
construída através da atribuição de distintos papeis, que a sociedade espera ver
cumpridos pelas diferentes categorias de sexo”. (SAFFIOTI, 1987, p. 10).
Nesse sentido, a construção do que é homem e do que mulher se dá
socialmente, pela máxima beauvoiriana de que não se nasce mulher, torna-se,
através do aprendizado cultural (BEAUVOIR, 1991). Ao refletir sobre essa questão
de gênero sabe-se que foi construído ao longo dos anos, estereótipos no espaço
sociocultural e político que privilegia os homens, demonstrando a dominação
masculina, enquanto as mulheres eram vistas em momentos como um ser frágil,
vitimizado, santo, doméstico e maternal. Os homens, por sua vez, foram destinados
à produção e à política, ou seja, à vida pública (BADINTER,1993; COSTA,1995).
Portanto, observa-se que
O empoderamento feminino passa por vários caminhos: na sociedade, pelo
conhecimento dos direitos da mulher, por sua inclusão social, instrução,
profissionalização, consciência de cidadania e, também, “por uma
transformação no conceito que ela tem dela mesma, em sua autoestima”
(FERRARI, 2013, p. 2).
Mesmo nessa conjuntura de conquistas, é perceptível que as políticas
públicas e os programas governamentais, estão destinados a atender as demandas
específicas dos grupos que são marginalizados e vitimados, considerando que o
grupo de mulheres existentes por meio de acesso a essas políticas, só conseguem
está inserido quando são delineados a responder de forma reparatória as
desigualdades sociais. Diante desse entendimento busca-se identificar essas
medidas preventivas do estado sob a perspectiva de que atuam de modo positivo,
sobre a independência feminina. Sabendo que Para Azevedo (2004, p. 05), a
concepção de políticas públicas “[...] são definidas, implementadas, reformuladas ou
desativadas com base na memória da sociedade ou do Estado”.
5
As políticas públicas são aqui compreendidas como as de responsabilidade
do Estado quanto à implementação e manutenção a partir de um processo
de tomada de decisões que envolve órgãos públicos e diferentes
organismos e agentes da sociedade relacionados à política implementada
(HÖFLING, 2001, p. 31).
Portanto, o Estado na execução do seu papel, de modo de tentar efetivar as
tais políticas deve promover a garantia dos meios necessários para a realização da
inclusão e da conscientização na igualdade entre os gêneros, na mobilização da
garantia dos meios necessários para a realização da mulher como cidadã e agente
de desenvolvimento. Além disso, deve promover ações que sejam aptas a enaltecer
a dignidade, para que possa oportunizar à mulher a participação ativamente nas
suas escolhas e na condução dos caminhos da cidadania como inclusão na
sociedade (LIMA, 2015). Como será discutido no item a seguir.
2.1 Contextualizando o protagonismo feminino na sociedade contemporânea
Como aponta a literatura pesquisada, é possível perceber que as mulheres
têm assumido o papel de protagonismo na sociedade, sendo doutrinadas de que seu
papel era fazer um lar feliz e saudável para seus filhos e principalmente para seu
marido. Estava fadada a condição de subordinação ao homem, e se deu
principalmente pelo fato de ser considerada a reprodutora da espécie humana. “A
mulher era considerada mais frágil e incapaz para assumir a direção e chefia do
grupo familiar” (SILVA, 2016).
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE/2016), as mulheres que se dedicam aos cuidados de pessoas e/ou afazeres
domésticos, gira em torno de 73% a mais de horas do que os homens (18,1 horas
contra 10,5 horas). Hoje, a decisão de qual carreira seguir, de como e quando
constituir uma família, de quais são as metas e objetivos de vida pertencem à
própria mulher. Pois, com a revolução industrial, e em razão de diversos protestos, e
lutas que já são históricas, as mulheres finalmente iniciaram uma jornada em busca
dos seus direitos e por igualdade nos mais diversos campos (ANJOS,
BARBOSA,2020).
A luta das mulheres por mudanças e seus direitos se afirmam e se
consolidam a cada dia mais, considerando que deram início a essas conquistas a
muito tempo atrás com os importantes movimentos mundiais, naquele momento pela
participação feminina na política, tendo assim uma de suas primeiras conquistas,
que foi o direito do voto feminino, um marco de suma importância para a
democracia, sendo consolidado no dia 24 de fevereiro de 1932 durante o governo de
Getúlio Vargas.
Importa ressaltar que na época, as mulheres eram consideradas “incapazes
de atuar no meio político” e consequentemente, o sufrágio feminino era um direito a
elas negado, o domínio político ficava exclusivamente nas mãos dos homens, nem
todas as mulheres tinham a liberdade de votar, apenas as mulheres que recebiam a
permissão de seus maridos, as viúvas e as solteiras poderiam votar e ser eleitas,
desde que tivessem renda própria (SAMPAIO,2021).
6
A participação de mulheres, em diferentes espaços, com maior visibilidade e
presença políticaestá sendo fundamental para questionar as práticas e manutenção
da desigualdade de gênero, tanto nas esferas públicas quanto nas privadas, o que
vem contribuindo para mudar as relações de poder, historicamente desiguais entre
mulheres e homens. Nos dias de hoje, ainda é visível encontrar problemas
estruturais enfrentados pelas mulheres, dificultando a busca por igualdade social em
todos os aspectos. Apesar da popularização dos debates sobre a igualdade de
gêneros, o feminismo e o combate ao machismo, ainda é comum ler e ouvir relatos
sobre desigualdades salariais, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade
política, entre outros. No mercado de trabalho, as mulheres ainda enfrentam a
desigualdade salarial, um problema que já existia no início do século 20. Segundo o
Blog Legado, esse desafio, assim como tantos outros, tem se tornado combustível
não só para a busca por direitos como para o empoderamento e a presença cada
vez mais frequente de mulheres no mercado de trabalho.
Com isso elas estão socialmente ocupando posições de destaque em cargos
públicos, chefiando a família na maioria dos lares brasileiros e, se constituindo,
também, como importante ator na luta pela garantia de seus direitos. A mulher saiu
daquela posição de submissão, uma vez que ficava só voltada aos afazeres
domésticos, e cuidados com os filhos, passando a ocupar o mercado de trabalho,
garantindo cargos mais elevados e conquistando novos espaços, a transição da
mulher de casa para a fábrica, favoreceu a ideologia preconceituosa, que
infelizmente ainda as colocavam em níveis diferentes dos homens, em que várias
restrições eram impostas as mesmas no local de trabalho, como direitos civis,
políticos e educacionais, o que mudava a forma de empregabilidade a respeito dos
homens (BARROS, 2008).
Entretanto pode-se afirmar que gênero não define poder de relação, assim
como o homem, a mulher também pode fazer o que quiser em qualquer área. O
protagonismo feminino não é uma questão de quem pode mais, e sim algo que
movimenta a economia e a sociedade brasileira. Segundo Carvalho (1998), o uso
ainda hoje mais frequente do conceito de gênero é o proposto pelo Feminismo da
diferença. Esse conceito ejetou pressupostos do Feminismo da igualdade, que
afirma que as únicas diferenças efetivamente existentes entre homens e mulheres
são biológico-sexuais e que as demais diferenças observáveis são culturais,
derivadas de relações de opressão, portanto, devem ser eliminadas para dar lugar a
relações entre seres “iguais”.
Entretanto a luta das mulheres é uma luta que envolve toda a sociedade, e
por meio delas, muitas podem ser outras conquistas, seja por direitos iguais, uma
sociedade mais equânime, respeito a todos os sujeitos, independentes da sua
orientação sexual, dentre outros. Elas são denominadas frequentemente como “sexo
frágil”, proibidas de gerenciar suas vidas e seus corpos, as mulheres uniram-se por
meio de movimentos sociais, a fim de fazer uma interlocução com o estado,
buscando garantir os seus direitos, demonstrando que as discriminações e
desigualdades nas relações de gênero constituem-se dentre várias nuances
7
(RODRIGUES, 2005). Hoje em dia a mulher é reconhecida como uma das principais
transformadoras da sociedade, destacada pela emancipação da humanidade, e
valorizada no protagonismo do desenvolvimento econômico, cultural, político e
social, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados, mas aos poucos e com
muita luta percebe-se conquistas cada vez mais significativas, seja nos diversos
espaços da sociedade, bem como, por meio da contribuição dessa categoria para a
sociedade na perspectiva de rupturas de paradigmas.
2.2 As políticas públicas e sua intervenção para o empoderamento feminino
Para se compreender acerca das políticas públicas, necessário de faz que
entendamos todas as articulações que envolvem um fazer, assim podem ser
consideradas como um conjunto de ações tomadas pelo Estado que na maioria das
vezes são realizadas, direcionadas e alteradas por eles, com base no judiciário. É
dotada de decisões administrativas, e caracteriza-se pela forma de como o estado
interfere no meio social, a favor do bem comum, essa política é composta por quatro
formatos: distributiva, regulatória, redistributiva e políticas constitutivas. Theodor
Lowi explica que:
A política pública pode assumir quatro formatos. O primeiro é o das políticas
distributivas, decisões tomadas pelo governo, que desconsideram a questão dos
recursos limitados, gerando impactos mais individuais do que universais, ao
privilegiar certos grupos sociais ou regiões, em detrimento do todo. O segundo é o
das políticas regulatórias, que são mais visíveis ao público, envolvendo burocracia,
políticos e grupos de interesse. O terceiro é o das políticas redistributivas, que atinge
maior número de pessoas e impõe perdas concretas e no curto prazo para certos
grupos sociais, e ganhos incertos e futuro para outros; são, em geral, as políticas
sociais universais, o sistema tributário, o sistema previdenciário e são as de mais
difícil encaminhamento. O quarto é o das políticas constitutivas, que lidam com
procedimentos (LOWI, 1964, p. 677)
Cada tipo de política se depara com críticas positivas e/ou negativas para sua
efetivação, fazendo com que a sua concretização no sistema político seja única. A
sociedade em geral pode requerer uma política pública de acordo com a demanda
solicitada, contando com o/a assistente social como profissional crítico e conhecedor
da realidade, podendo ir a frente solicitando novas políticas e promovendo projetos.
No Brasil, temos como marco, junho de 2004 em Brasília, onde ocorreu a
Primeira Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), notado a
necessidade que os mecanismos institucionais de defesa dos direitos da mulher
sejam criados e fortalecidos em todo o país, este processo de construção da
conferência envolveu cerca de 120 mil mulheres que participaram das plenárias,
ressaltando que o maior acesso e a participação delas nos espaços de poder são
instrumentos essenciais para democratizar o estado e sociedade, juntamente das
propostas que foram debatidas na conferência e subsidiaram a elaboração do Plano
Nacional de Políticas para Mulheres (PNPM). Sendo este plano orientado pelos
seguintes pontos fundamentais: A igualdade e respeito, a diversidade, equidade,
autonomia das mulheres, laicidade do Estado, universalidade das políticas, justiça
social, transparência dos atos públicos, participação e controle social, e que todas
estejam representadas e participem ativamente em suas localidades, afim de afirmar
as diferenças promovendo o direito para combater todas as formas de
discriminação, logo o assistente social deve divulgar os direitos para que as pessoas
8
possam e tenham força para lutar por elas mesmas e ainda sim auxiliar outros
cidadãos (PNPM 2005).
Contando nossas conquistas, como já evidenciado no item 2, tem-se,
primeiramente o direito ao voto e a educação, em seguida o primeiro Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher que surgiu em 1983 com foco na
maternidade, e em 1988 com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) um novo
Plano de Atenção Integral à Saúde da Mulher em 2004, que ampliou o cuidado para
além do atendimento materno, como, a prevenção ao câncer e infecções
sexualmente transmissíveis.
Já em 2011, houve importantes avanços na saúde pública, com a criação da
Política Nacional de Atenção Básica que estabelece o programa Saúde da Família e
o de agentes comunitários de saúde, lembrando que neste mesmo ano também
iniciou um plano de qualificação obstétrica e pré-natal, chamado a Rede Cegonha,
com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil até os 2 anos. Por tanto,
faz pouco mais de uma década que o SUS tem programas efetivos de amparo à
saúde da mulher de forma integral, não apenas com foco na maternidade, mas
ampliando a visibilidade, importância e cuidado com as mulheres (PNAB, 2011).
Dessa forma, para entender o papel das mulheres na política de assistênciaé
preciso abordar a naturalização da responsabilização numa sociedade capitalista, já
que a mulher foi criada em uma educação sexista. A ideia proposta é levar um
discurso de emancipação e empoderamento das mulheres nas políticas, seja uma
discussão sobre os programas ofertados a elas, a importância da ocupação em
trabalhos informais na proteção social básica, ou em qualquer outra esfera que a
mulher esteja inserida. É a partir deste ponto que busca-se focar a identidade de
provedora, e protagonista, banindo as classes e estrutura do patriarcado,
possibilitando que as mulheres enxerguem a responsabilização, principalmente no
que tange às condicionalidades do Programa Bolsa Família, outra lei
importantíssima para o empoderamento feminino, no qual o auxílio permanente é
destinado ao grupo familiar chefiado por uma mulher sem cônjuge/companheiro,
com pelo menos uma pessoa menor de dezoito anos de idade, o que traz liderança
e autonomia sobre o ser mulher e a sua independência, um assunto já abordado a
muitos anos e muitas vezes de uma forma a tentar anular o poder e dignidade da
mulher.
A sobrevivência dos grupos domésticos das mulheres “chefes de família” é
possibilitada pela mobilização cotidiana de uma rede familiar que ultrapassa
os limites da casa. Tal como acontece o deslocamento dos papéis
masculinos, os papéis femininos, na impossibilidade de serem exercidos
pela mãe-esposa-dona de casa, são igualmente transferidos para outras
mulheres, de fora ou de dentro da unidade doméstica (SARTI, 2015, p. 40)
Desse modo, considera-se a mulher responsável não só pela organização
familiar, mas também pela gestão do recurso do benefício, pois como afirma Carloto
& Mariano (2008, p.158), a mulher é, por sua vez, considerada com base nas
funções maternas, o que fixa e traz como essência o sujeito mulher, vinculando-o à
maternidade.
A mulher/mãe é vista como a grande multiplicadora dos conhecimentos,
informações e orientações que receberá nas ações socioeducativas e que, a
partir deste papel contribuirá para os objetivos voltados ao empoderamento,
autoestima, dignidade e fortalecimento de vínculos. Uma das gestoras
chama a atenção para o fato de que: “é a mãe que trabalha nesse processo
9
educativo, ela entende que a filha precisa ser incluída nesse trabalho, ela
vai buscar uma unidade básica de saúde, ela vai expressar essa
necessidade na Unidade Básica de Saúde e vai cobrar o serviço”.
(CARLOTO & MARIANO, 2008, p. 158).
Por fim, observa-se um olhar educativo e moral que está na família moderna,
conduzindo a posição da mãe ao papel de educadora “autêntica e de natural
vocação”. O empoderamento busca delegar poder às mulheres em quaisquer
ambientes e situações, a luta por espaço e respeito por mais difícil que seja é
preciso ser exposta, levando como estratégia principal a união com vínculos
protetores e em seguida a expansão das orientações recebidas, pois a comunicação
é de suma importância, sobretudo, com o peso do olhar e sentimento assistencialista
para o bem e segurança de um ser, inclusive o feminino.
3 A ATUAÇÃO DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL FRENTE AO
EMPODERAMENTO FEMININO
Evidenciar a Constituição Federal de 1988, é afirmar que esse foi um marco
regulatório para a efetivação do direito e traz uma nova concepção para a
Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e
regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS em dezembro de
1993, “como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito para um
campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da
responsabilidade estatal” (PNAS, 2004 p.31). Desta forma, essa política constitui
juntamente com a saúde e a previdência social, o tripé da seguridade social.
Conforme o art. 1º da LOAS (1993), “a assistência social, é direito do cidadão
e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e
da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”.
Já a saúde, passou a ser um dever do Estado e um direito de todos,
garantindo a universalidade independentemente da contribuição, do gênero, raça ou
credo. Trata-se de um direito social que deve ser materializado por todos os entes
da federação, mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação, conforme o art. 196 da CF de
1988.
Logo na previdência social a única proteção social que requer contribuição do
cidadão independente do gênero, assegura a todos os trabalhadores auxílios,
pensões e salários, garantindo também segurança a mulher em situação de
gravidez, sendo amparadas pela Lei 11.770 de 2008 por meio da licença
maternidade.
Art. 201. A previdência social será organizada sob forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá nos termos da lei, a (EC nº 20/98, EC nº 41/2003 e
EC nº 47/2005).
I- Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III- Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - Salário- família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de
baixa-renda;
V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes (BRASIL; 1988, p. 129).
10
Assim, de acordo com a CF 88 art.194, a política da assistência social deve
ser prestada para quem dela necessita. Para tanto, torna se responsabilidade do
Estado, garantir às mulheres, aos indivíduos, às famílias e aos grupos sociais a
sobrevivência, a acolhida e o convívio familiar e comunitário, por meio de
programas, projetos, serviços e benefícios de proteção social, hierarquizados em
proteção básica e proteção especial, deixando para trás o viés caritativo que
caracterizou o contexto histórico do início da assistência, passando a constituir uma
política que atua na proteção e na promoção do mínimo existencial.
Conforme o Conselho Nacional de Assistência Social, Resolução nº 33, de 12
de dezembro de 2012, existem três categorias de serviços que se dividem em:
proteção social, vigilância socioassistencial e defesa direitos. Na condição da
primeira categoria os serviços de proteção social são destinados a mais três tipos de
segurança. A segurança de sobrevivência que é dada através de benefícios
continuados e eventuais assegurando a proteção social básica. A segurança de
acolhida na qual são ações, que visam assegurar através dos cuidados, dos
serviços e projetos proteger e recuperar aqueles que se encontram em situações de
abandono e/ou isolamento; e na segurança de convívio familiar as ações são dadas
através dos, cuidados e serviços que estabeleçam vínculos pessoais, familiares, de
vizinhança, de segmento social.
Na segunda categoria, a vigilância social forma os indicadores dos índices da
territorialidade que sistematizam as informações sobre as situações de riscos de
vulnerabilidade da população. Já na terceira e última categoria a defesa social
encontra-se os 4 tipos de proteção que busca garantir aos seus usuários o acesso
ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa.
Contudo, como evidencia a Política Nacional de Assistência Social (2004), a
Proteção Social Básica, possui como principal objetivo prevenir as situações de
risco, apoiando as famílias e os indivíduos, na promoção do acesso a seus direitos e
no fortalecimento de vínculos. Destinados às populações marginalizadas e em
situação de vulnerabilidade social. Desenvolvendo programas e projetos locais de
acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme
identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Neste mesmo conceito
encontra-se o Centro de Referência da Assistência Social - CRAS.
O Centro de Referência da Assistência Social – CRAS é umaunidade
pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade
social, que abrange um total de até 1.000 famílias/ano. Executa serviços de
proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços
socioassistenciais locais da política de assistência social. (PNAS, 2004,
p.35).
Visando principalmente a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário,
sendo responsável também pela oferta do serviço do Programa de Atenção Integral
às Famílias (PAIF). Presta informação e orientação para população de sua área de
abrangência, em articulação com a rede de proteção social, sistematizando e
trabalhando na divulgação dos indicadores sociais. Além de realizar o mapeamento
e a organização da rede socioassistencial inserindo as famílias acompanhadas nos
serviços sociais. Encaminhar seus usuários para as demais políticas intersetoriais
rompendo o ciclo de reprodução intergeracional do processo de exclusão social e
evitando que essas famílias tenham seus direitos violados.
11
Na Proteção Social Especial, tem como prioridade a reestruturação dos
abrigamentos para aqueles indivíduos que, por alguma causa, não se encontram na
proteção e no cuidado das suas famílias, deixando de estar inseridos na proteção
social básica.
A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial
destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco
pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou,
psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de
medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre
outras. (PNAS, 2004, p.37)
Ainda de acordo com a PNAS, a Proteção Social Especial de Média
Complexidade está destinada a viabilizar atendimentos para aquelas famílias e/ou
indivíduos que tiveram seus direitos violados, mas ainda se encontram dentro de
ambiente familiar. Os serviços ofertados são através do CREAS (Centro de
Referência Especializado da Assistência Social), que visa, a orientação e o convívio
sociofamiliar e comunitário.
Por fim Proteção Social Especial de Alta Complexidade, garante a proteção
de forma integral, disponibilizando (PNAS) “moradia, alimentação, higienização e
trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou,
em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou,
comunitário.”
Entretanto, como foco desse estudo, será elencado no próximo subtópico,
especificidades do trabalho desenvolvido pelo assistente social no âmbito da
proteção básica, especificamente no CRAS.
3.1 A atuação do assistente social no empoderamento feminino
Em relação a garantia dos direitos da mulher é relevante salientar que foi
através da política citada no item 3.1, que despertou e efetivou as inúmeras ações
voltadas para a igualdade de gêneros, contando com o apoio do Movimento
Feminista. Por sua vez o assistente social através da ação técnico-política com o
direito de atuação direta com o usuário deverá por meio dos seus equipamentos
mobilizar ações que visem esse empoderamento. E ao falar sobre o empoderamento
em questão, não se trata de uma perspectiva que busca a superioridade de
mulheres sobre homens, e sim, consolidar seus direitos no que se refere a questões
que requerem igualdade quando necessário, equidade de direitos humanos e
participação ativa em meio à sociedade que vivemos.
A partir disso, segue um objetivo sobre o empoderamento:
O objetivo do empoderamento não é construir uma sociedade de mulheres
poderosas, porém isoladas, mas de contribuir para a construção de uma
nova ordem científica e cultural, socialmente justa e politicamente
democrática, em sentido mais amplo ou abrangente. Ou seja, uma ordem
sem hierarquias nem privilégios baseados em estereótipos e estigmas
absolutamente injustificados e nada científicos, que permita então a homens
e mulheres que, de maneira conjunta, desenvolvam uma cidadania plena e
produtiva. (YANNOULAS, VALLEJOS, LENARDUZZI, 2000, p.442).
Entretanto, na sociedade contemporânea, muitas mulheres não têm a
oportunidade de adentrar na educação, seja para adquirir conhecimento
propriamente dito, ou caminhar na perspectiva de qualificação para a inserção no
mundo do trabalho, por vários fatores, a saber: família, meios sociais ou
12
econômicos, levando a dificuldade de serem absorvidas no mercado de trabalho, em
virtude da falta de escolaridade e experiência profissional. Portanto, esse não
ingresso no mercado de trabalho, pode configurar em aspectos negativos, como não
ter acesso aos direitos básicos necessários à sobrevivência humana. Outra
evidência ainda se configura no fato de que muitas mulheres quando conseguem se
integrar ao mundo do trabalho, não dispõe de suporte para deixar seus filhos, em
que muitas vezes precisam levar os seus filhos pequenos ao espaço de trabalho.
Para tanto, o trabalho do Assistente Social nesse cenário busca atuar
diretamente com grupos, através do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF),
que foi reconhecido pelo governo federal como um serviço continuado de proteção
básica (Decreto nº 5.085/2004), passando a integrar a rede de serviços
socioassistenciais, portanto o CRAS é a estrutura física onde o serviço PAIF é
exercido, sendo a unidade pública estatal de referência da rede de proteção social
básica. O programa consiste em um trabalho de caráter continuado conforme o
PNAS, com a finalidade de fortalecer a função protetiva da família, promovendo a
qualidade de vida a partir do reconhecimento de risco sociais, vulnerabilidades que
atingem as famílias e extrapolam as dimensões econômicas, exigindo intervenções
de aspectos objetivos ou subjetivos.
Correspondendo ao previsto no art. 23° da lei orgânica de assistência social,
o programa concretiza sua direção na presença de responsabilidades com poder
público em que reafirma a perspectiva dos direitos sociais constituindo-se um dos
principais serviços que compõem a rede de proteção da assistência social de modo
centralizado e universalizado permitindo enfrentamento da pobreza, da fome e
desigualdade social, assim como, a redução da incidência dos riscos e
vulnerabilidades que afeta milhares de famílias, oferecendo atendimento, como visita
domiciliares, orientações e encaminhamentos a outros serviços e políticas de
governo federal. O serviço também apoia ações comunitárias por meio de palestras
e campanhas, ajudando na construção de soluções para enfrentamento de
problemas comuns no coletivo, como por exemplo falta de acessibilidade, violência
no bairro e ausência de espaços para lazer.
Desta forma, os profissionais contribuem para o empoderamento feminino
através da elaboração de projetos e ações, com o intuito de promover a participação
e o desenvolvimento de habilidades de mulheres usuárias do serviço, através de
ações estratégicas, alternativas de geração de renda são desenvolvidas na
perspectiva de despertar o empreendedorismo, seja por meio de palestras, oficinas
e cursos profissionalizantes, realizados em articulação com outras políticas setoriais,
para a entrada no mercado de trabalho, contribuindo assim para que saiam de suas
zonas de vulnerabilidades buscando novas perspectivas de vida.
Ressalta-se ainda que além de incentivar a emancipação política, social e
pessoal da mulher, orientando sobre a importância do conhecimento acerca dos
seus direitos, mediante a esse trabalho, o profissional conhecerá a realidade de
cada família acompanhada, compreendendo cada demanda ofertada e onde deve
intervir.
O Código de Etica da profissão tem como princípios fundamentais o
posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade
de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem
como sua gestão democrática e o empenho na eliminação de todas as formas de
preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos
socialmente discriminados e à discussão das diferenças (LEI 8662/93).
13
Conforme afirma Pinto (2011; p. 5), “as mulheres assumemuma sobrecarga
de papéis frente às dificuldades sociais, econômicas e de violência”. Estas
dificuldades fazem com que se sobressaia por um lado a baixa autoestima, as
frustrações, os medos e anseios, e por outro, a coragem e a perseverança. Podem
ainda diante de tantas complexidades apresentarem muita vulnerabilidade
emocional, seja pela violência e exploração a que foram submetidas, seja pela
fragilização e abandono a que estão expostas, na busca diária de estratégias para a
sobrevivência de seu lar.
Durante muito tempo, as mulheres estiveram expostas às mais diversas
situações de desigualdade, pela sua condição de gênero, sendo excluídas e
privadas de direitos que em sua maioria são concedidos aos homens. Pensando
desta forma, compreende-se que com o empoderamento feminino, a sobrecarga
assumida pelas mulheres, conforme as colocações do autor supracitado acabam
sendo reduzidas, as mulheres passam a conduzir melhor sua vida, traçar e realizar
metas, objetivos e sonhos e consequentemente enxergam-se mais úteis e
importantes não somente para a sociedade, mas principalmente para sua família.
Segundo Duarte (2006) As oportunidades ofertadas as mulheres fazem com
que as mesmas possam avançar no contexto familiar, as mesmas conciliam a
função e papéis essenciais no cotidiano, tanto como mães e também executoras da
função de doméstica, tendo a capacidade de entrar no mercado de trabalho, sendo
assim um ponto positivo para todos da família, entretanto sabendo das demandas
que chegam às assistentes sociais buscam trabalhar o empoderamento direcionado
a cada usuária e demanda que é apresentada.
Desse modo, a política de assistência social permite desenvolver
intervenções com foco na mulher, buscando a identificação e encaminhamento
adequados em situação de violência e a integralidade e humanização da
assistência, pois a rede de atendimento é composta por serviços especializados,
para isto, utilizando o sigilo profissional, resguardado por lei, busca solucionar a
demanda da população. Por muitas vezes, utiliza também da escuta qualificada para
a evolução do caso, para esse acompanhamento acontecer de forma clara e
resolutiva, inclusive, utiliza relatórios, questionários, pareceres como instrumentos
técnicos operativos a fim de garantir êxito no fazer profissional.
Como pressuposto nos Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na
Política de Assistência Social produzido pelo (Conselho Federal de Serviço Social
(CFESS/2011), a definição de estratégias e procedimentos no exercício do trabalho
deve ser prerrogativa dos/as assistentes sociais, de acordo com sua competência e
autonomia profissional. Isso significa que não cabe ao órgão gestor estabelecer
padronização de rotinas e procedimentos de intervenção, pois o trabalho profissional
requer inventividade, inteligência e talento para criar, inventar, inovar, de modo a
responder dinamicamente ao movimento da realidade.
Ainda que a política de assistência social seja um campo de trabalho
multiprofissional e interdisciplinar, ela se constitui historicamente como uma das
principais mediações do exercício profissional dos assistentes sociais, sendo
reconhecidos socialmente (e se auto reconhecendo) como profissionais de
referência desta política. Se tratando de uma política pública, cujas intervenções se
dão essencialmente nas capilaridades dos territórios. O Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS), como equipamento de amparo ao cidadão, tendo como
foco as mulheres, oferece atendimento e acompanhamento psicológico e social,
realizado por uma equipe multidisciplinar, auxilia na obtenção de apoio jurídico com
14
encaminhamento e na orientação de inclusão em cursos que capacitam e aborda
assuntos do dia a dia, para um melhor bem estar individual e social.
Todavia, a PNAS busca “incorporar as demandas presentes na sociedade
brasileira no que tange à responsabilidade política, objetivando tornar claras suas
diretrizes na efetivação da assistência social como direito de cidadania e
responsabilidade do Estado.” (PNAS, 2004, p. 11).
No CRAS o principal objetivo é prevenir situações de riscos por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, no fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários, portanto, buscam trabalhar com grupos específicos para
cada demanda dos usuários, esses grupos estão divididos em três: Mãe e Bebê, que
é formado por gestantes; Renascer que é composto por idosos e o grupo Conviver
que é formado por mulheres, esse último grupo é voltado para o nosso objeto de
estudo dessa pesquisa.
Nesse mesmo local é também trabalhado o Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos (SCFV) junto com AABB (Associação Atlética Banco do
Brasil), que atua com crianças de 07 anos até 12 anos, trabalhando o
desenvolvimento e a criatividade através de aulas de dança, teatro e artesanato,
entre outros, além de acompanhar essas crianças em tempo semi-integral tirando
elas das ruas e incluindo em um ambiente sócio educacional.
Outro serviço que é referenciado pelo CRAS é o Centro de convivência do
idoso - CCI, que oferece diversas atividades que contribuem no processo de
envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e sociabilidade, e o
Programa Criança Feliz, que surge como importante ferramenta para que famílias
com crianças de 0 a 6 anos, tenham acesso ao desenvolvimento integral por meio
de visitas domiciliar as famílias participantes do cadastro único, a equipe faz o
acompanhamento e orientações importantes para fortalecer os vínculos familiares,
comunitários e estimular o desenvolvimento infantil.
Dessa maneira, o equipamento social em estudo, possui um amplo espaço
para suas condições de funcionamento, sendo: 1 sala, 1 recepção, 3 banheiros, 1
sala de atendimento individualizado,1 sala de atendimento em Grupo onde são
realizados os grupos do PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família)
1 sala para o trabalho do Criança Feliz, 1 copa, 1 almoxarifado, 1 sala da
coordenadora e 1 sala de equipe técnica, que é formada por, 3 Tec. Assistentes
Sociais e 1 Psicóloga.
Apresentado os programas, projetos e serviços existentes, como também a
estrutura física disponível do CRAS, no subtópico abaixo, será elencado acerca das
vivências do profissional do serviço social, com o grupo de mulheres.
3.2 Relato das experiências vividas pelo profissional serviço social no grupo
Conviver
Para a construção desse subtópico, foi realizada uma entrevista estruturada
com 3 (três) profissionais do Serviço Social que atuam no CRAS Dra. Fátima
Barbosa, especificamente, com o grupo de mulheres Conviver. Este grupo é formado
por mulheres que se enquadram em diversas situações de vulnerabilidade social,
neste meio de convivência elas buscam conhecimentos pelos seus direitos sociais e
o fortalecimento do protagonismo feminino. Registra-se que da implantação e
implementação do grupo, a proposta é de que cada grupo tenha um tempo de 6
meses, sendo dois por ano. Assim, o grupo atual foi previsto para ser realizado
quinzenalmente, mas diante da realidade do curto tempo para a conclusão do
15
mesmo, até o mês de julho, os encontros estão sendo semanalmente no período da
tarde das 15h às 16h, sendo composto por cerca de 38 mulheres assíduas, entre a
faixa etária de 21 a 65 anos de idade. Durante os encontros muitas delas relatam
situações já vivenciadas, e se identificam com as atividades e temas propostos,
assim deixam bem claro o quanto gostam do grupo para se distrair, socializar,
mesmo que tenham conhecimentos acerca dos temas trabalhados.
Portanto, como forma de alcançar os objetivos propostos pelo referido estudo,
uma primeira indagação realizada as profissionais foi acerca de como elas analisam
a atuação do serviço social nesse grupo de mulheres, e em suas falas foi possível
perceber que
O Serviço Social contribui de forma significativa na abordagem de temas
prevalentes no cotidiano das mulheres que participam do Grupo do CRAS,
no qual foi possível observar que trazem impactos positivos, levando-as à
reflexão e mudançasna sua vivência social e familiar (ENTREVISTADA 1).
Iamamoto (2009) lembra que o momento presente desafia os assistentes
sociais a se qualificarem para acompanhar, atualizar e explicar as mudanças da
realidade social. Entre as novas competências exigidas está, sobretudo, a produção
de conhecimento sobre a realidade social em que cada profissional atua, para dar
suporte ao processo de intervenção. É essencial o conhecimento da realidade em
que atua, a fim de compreender como os sujeitos sociais experimentam e vivenciam
as situações sociais. Nessa perspectiva,
o grande desafio na atualidade é, pois, transitar da bagagem teórica
acumulada ao enraizamento da profissão na realidade, atribuindo, ao
mesmo tempo, uma maior atenção às estratégias e técnicas do trabalho
profissional, em função das particularidades dos temas que são objetos de
estudo e ação do assistente social (IAMAMOTO, 2009, p.52)
Outra indagação foi acerca de como as profissionais identificam as estratégias
para intervenção nesse grupo de mulheres, e ficou evidente em suas falas que os
instrumentais utilizados desde o primeiro momento da chegada das mulheres ao
grupo, servem de subsídios para uma triagem mais qualificada acerca das possíveis
intervenções, uma vez que relata, como aponta a profissional
O Cras “Dra. Fátima Barbosa” possui um instrumental, que é a ficha de
inscrição para o Grupo de Mulheres, no qual é possível identificar algumas
demandas iniciais, como também nos primeiros encontros são utilizadas
algumas dinâmicas para conhecer a realidade do grupo e assim realizar as
intervenções de acordo com as demandas (ENTREVISTADA 1).
É de grande importância a aplicação das intervenções nos grupos de
mulheres, sob orientação técnica, pois assim é possível contribuir ainda mais
com estratégias didáticas, pedagógicas e proporcionando as usuárias acesso
ao conhecimento sobre direitos sociais e até mesmo o potencial,
autorreconhecimento e autonomia das integrantes (ENTREVISTADA 2).
Conforme foi relatado pelas entrevistadas os instrumentais possibilita que os
profissionais objetivem suas intencionalidades em resposta às demandas que são
apresentadas, e é por meio desta que se é possível intervir, modificar e transformar
no determinado espaço, ainda de acordo com Guerra (1995) na medida em que os
profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes, transformando-as
em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações
16
instrumentalidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de
todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho.
Ainda na busca para alcançar os objetivos da pesquisa foi abordado como as
profissionais de Serviço social contribuem para o protagonismo feminino nesse
grupo, e foi exposto em suas respostas que o profissional subsidia através das
intervenções que são realizadas nos encontros, mas ressaltam a necessidade da
elaboração de políticas públicas voltadas para as mulheres, como descreve a
entrevistada
A necessidade da criação de políticas públicas para as mulheres é de
extrema relevância em todas as circunstâncias, por isso, no grupo de
mulheres do PAIF sempre é proporcionado atividades que objetivem
desenvolver a dimensão de autonomia das mulheres, descartando todos os
estereótipos postos as mulheres e orientando sobre a importância dos seus
direitos. (ENTREVISTADA 2).
Ao referenciamos as políticas públicas da assistência como política de
proteção social não contributiva é necessário ter em vista o enfrentamento da
questão social em que essas mulheres estão inseridas, isto requer do profissional
implementar e executar essas políticas, Yazbek (2009) afirmar, o assistente social é
o profissional habilitado para propor, elaborar e executar políticas, programas e
serviços. Por isso, ele é o profissional que tanto está “na ponta”, executando
políticas sociais, quanto está no planejamento e gestão destas.
Mediante o que foi questionado, em relação às articulações com as demais
políticas setoriais ficaram evidente de acordo como que foi relatado que existe uma
troca de serviços entre as redes através de encaminhamentos, segundo a fala da
entrevistada
A articulação da rede das demais políticas setoriais para o fortalecimento do
empoderamento feminino ocorre por meio de encaminhamentos, discussão
de casos e intervenções da rede (ENTREVISTADA 1).
Para ocorrer essa articulação às políticas setoriais são acionadas com o
intuito de intervir nos diversos setores possibilitando a construção do replanejamento
para o alcance das finalidades assim como Monnerat e Souza (2011, p. 42) define a
intersetorialidade “como uma construção de interfaces entre setores e instituições
governamentais (e não governamentais), visando o enfrentamento de problemas
sociais complexos que ultrapassem a alçada de um só setor de governo ou área de
política pública.”
Para concluir, foi solicitado que as profissionais fizessem uma reflexão,
acerca da sua atuação profissional, considerando os limites e possibilidades, no
trabalho realizado no grupo de mulheres do CRAS, logo a falta de políticas públicas
e desemprego é citado como limites da atuação na cidade, e o gerar conhecimento,
garantir e orientar seus direitos como possibilidades, como foi descrito pela
entrevistada
Limites: No grupo de mulheres, uma das principais temáticas trabalhadas é
sobre o empoderamento e o protagonismo feminino, no entanto, não há
políticas públicas que oportunizem essa demanda, como também não há
geração de emprego na cidade, o que acaba não mudando a realidade na
sua totalidade. Possibilidades: Desenvolvimento da autonomia por meio de
oportunidades de conhecimento técnico, orientação, encaminhamentos,
atendimentos, entre outras. Sendo as ações realizadas de acordo com a
necessidade da usuária (ENTREVISTADA 3)
17
Segundo Iamamoto, um dos maiores desafios que o assistente social vive no
presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas
de trabalho criativas e capazes de preservar, efetivar direitos, a partir de demandas
emergentes no cotidiano. (IAMAMOTO, 2009,). Diante disto, o trabalho do
assistente social, necessita ir além das rotinas institucionais tendo que negociar com
as demais redes, para realização de projetos e intervenções, como consta na
Resolução CFESS (2009)
Art. 3º. O assistente social deve, sempre que possível, integrar equipe
multiprofissional, bem como incentivar e estimular o trabalho interdisciplinar.
Parágrafo único – Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente
social deverá respeitar as normas e limites legais, técnicos e normativos das
outras profissões, em conformidade com o que estabelece o Código de
Ética do Assistente Social, regulamentado pela Resolução CFESS nº 273,
de 13 de março de 1993 (CFESS Nº 557/2009).
Assim, viabilizar direitos, orientar, fazer encaminhamentos, realizar
atendimentos, defender o seu campo profissional e suas atribuições, além de
contribuir de forma significativa no cotidiano dos usuários, torna-se dever do
exercício profissional do assistente social.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após os diversos fatos e situações levantadas neste trabalho, entende-se que
o empoderamento feminino ainda é um tema que pouco faz parte da vida das
mulheres em situação de vulnerabilidade, mas, que se faz presente nos serviços do
CRAS Dra. Fátima Barbosa a fim de disseminar, estimular e trazer uma forma de
poder as mulheres atendidas, enquanto perspectiva de consolidação de seu real
significado. Pois de acordo com as observações feitas no processo de avaliação, as
mulheres inseridas nesse grupo se reconhecem dentro do fenômeno do
empoderamento feminino como um processo de construção, ressaltando, que as
próprias profissionais de assistência social em seus discursos apontam
características próprias de um empoderamento que vem se expandindo
gradativamente, sendo majoritariamente essa profissão exercida por mulheres.
A capacidade de transformação citada pelas entrevistadas consolida a
importância deseu diferencial como mulher inclusa na sociedade moderna, fruto da
atuação multiprofissional que buscam analisar e intervir mediante as demandas
apresentadas pelas usuárias, buscando viabilizar e apresentar seus direitos de
forma positiva, principalmente quando se trata da execução de políticas públicas que
mesmo com algumas falhas, tem por consequência a ressignificação do papel social
da mulher, atuando em sua defesa.
Desse modo, destacasse que a temática escolhida é de extrema importância,
não somente voltada para um cenário feminista, mas para toda a sociedade, visto
que a mulher é responsável por grande parte de tudo o que temos hoje, seja por
gerar, construir, manter, a mulher tem sido base, tem sido força e luta a muito tempo
e pouco vê-se falar sobre isto, por esta razão despertou nas autoras o interesse de
perceber na prática enquanto mulheres, como a assistência desenvolve esse
trabalho que contribui no dia a dia e continuamente na luta das mulheres pelo
empoderamento.
18
Ressalta-se ainda que este possui relevância referente ao contexto pessoal,
acadêmico e profissional de cada uma das futuras profissionais, considerando as
divergências no processo de pesquisa que abordam o tema, este passa a ser um
documento autorizado para ser utilizado como incentivo de outros estudos.
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23
APÊNDICES
Apêndice 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido(TCLE), assinado pelas
participantes da pesquisa.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título: PROTAGONISMO FEMININO: Uma reflexão da atuação do serviço social
no grupo de mulheres do CRAS Dra. Fátima Barbosa no município de Currais
Novos/RN6
OBJETIVO DO ESTUDO: Analisar a atuação do serviço social no grupo de mulheres do
CRAS Dra. Fátima Barbosa no município de Currais Novos/RN
ALTERNATIVA PARA PARTICIPAÇÃO NO ESTUDO: Você tem o direito de não participar
deste estudo. Estamos coletando informações para: Identificar as estratégias de
intervenção do serviço social nesse grupo de mulheres; Compreender como ocorre as
articulações com as demais políticas setoriais para o fortalecimento do empoderamento
feminino; Refletir acerca dos limites e possibilidades de atuação do profissional do serviço
social no grupo de mulheres do CRAS. Se você não quiser participar do estudo, isto não
irá interferir na sua vida profissional/estudantil.
PROCEDIMENTO DO ESTUDO: Se você decidir integrar este estudo, você participará de
uma entrevista semiestruturada com questões dissertativas sobre o objeto da pesquisa,
realizada pelas graduandas de Serviço Social, responsáveis pela pesquisa. Os resultados
apresentados será publicizado e colocado à disposição dos sujeitos da pesquisa.
RISCOS: Os riscos dessa pesquisa é o vazamento da identidade dos entrevistados e das
informações coletadas.
BENEFÍCIOS: Buscamos compreender a atuação do assistente social na importância do
protagonismo feminino como um fator determinante no processo do empoderamento,
contribuirá para acrescentar à literatura dados ao referente tema, além dos fins
acadêmicos que propõem contribuir aos estudantes de serviço social, no desenvolvimento
da formação acadêmica.
CONFIDENCIALIDADE: Como foi dito acima, seu nome não será divulgado bem como
em nenhum formulário a ser preenchido por nós. Nenhuma publicação partindo destas
entrevistas revelará os nomes de quaisquer participantes da pesquisa. Sem seu
consentimento escrito, os pesquisadores não divulgarão nenhum dado de pesquisa no
qual você seja identificado.
DÚVIDAS E RECLAMAÇÕES: Este estudo está sendo realizado por estudantes do curso
6 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Potiguar, como parte dos requisitos
para a obtenção do Título de Bacharel em Serviço Social, em 2022.
24
de Serviço Social da Universidade Potiguar (UNP) em Currais Novos-RN. Possui vínculo
com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) sendo as alunas: Jéssika
Brunna Rodrigues da Silva, Joyce Mariana Silva dos Santos e Lívia Laís Silva Lopes sob
a orientação da Profª Fernanda Kallyne Rêgo de Oliveira e supervisão de campo da
assistente social Anny Beatriz Ferreira de Araújo. As investigadoras estão disponíveis
para responder a qualquer dúvida que você tenha. Caso seja necessário, contacte Profª
Fernanda Kallyne Rêgo de Oliveira Lopes no e-mail fernandakallyne@unp.br ou no
telefone (84) 2140-9129. Você terá uma via deste consentimento para guardar com você.
Você fornecerá nome e telefone de contato apenas para que a equipe do estudo possa
lhe contactar em caso de necessidade.
Assinatura:
Telefone de contato
Assinatura da equipe do estudo:
Currais Novos-RN, ____, ______________, 2022.
mailto:fernandakallyne@unp.br
25
Apêndice 2 – Roteiro de entrevista estruturada aplicada com as profissionais do
Serviço Social do CRAS.
Roteiro para entrevista estruturada para pesquisa de campo
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:
QUESTÕES DA ENTREVISTA
1. Como vocês analisam a atuação do serviço social no grupo de mulheres do CRAS
Dra. Fátima Barbosa no município de Currais Novos/RN?
2. Como identificam as estratégias de intervenção do serviço social nesse grupo de
mulheres?
3. De que modo o profissional de Serviço social contribui para protagonismo
feminino nesse grupo de mulheres?
4. Como compreendem como ocorre as articulações com as demais políticas
setoriais para o fortalecimento do empoderamento feminino?
26
5. Como Refletem acerca dos limites e possibilidades de atuação do profissional do
serviço social no grupo de mulheres do CRAS?

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