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MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Marcha e Equilíbrio marcha ‣ Marcha é a forma de andar. ‣ Alterações podem indicar ou diagnosticar doenças. ‣ Distúrbio de marcha = DISBASIA. TESTE DA MARCHA O paciente deve realizar os seguintes comandos: ‣ Andar em um corredor e voltar; ‣ Andar com um pé na frente do outro; ‣ Andar nas pontas dos pés; ‣ Andar pisando apenas sobre os calcanhares; ‣ Pular em um pé só; ‣ Dobrar os joelhos levemente; ‣ Levantar-se de uma posição sentada. Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica Nesta marcha, o membro superior (braço) fica fletido em 90 graus no cotovelo e em adução (virado para dentro), e a mão fechada em leve pronação (gira para baixo). O membro inferior do mesmo lado é espástico (difícil movimentação, e o joelho não flexiona, pois a perna está dura), assim, o corpo fica lateralizado (caindo para um lado). Marcha anserina O paciente para caminhar acentua a lordose lombar (tronco pra trás) e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente. O grupo muscular que está fragilizado ocasionando essa marcha é a musculatura pélvica. A pisada é aberta, como “pés de pato”, onde o paciente alarga a base dos pés para dar estabilidade. PS: O andar da grávida lembra essa marcha. Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Marcha parkinsoniana O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão de que o paciente “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para a frente. Percebe-se também um tremor em repouso, que quando o paciente está concentrado, o tremor reduz (movimento dos dedos de chamar cachorro). Tem-se o tônus aumentado (duro/travado), e a síndrome parkinsoniana é comum em pacientes que tem acometimento dos gânglios da base. Marcha cerebelar É uma lesão do cerebelo, onde o paciente anda em zigue-zague (como se estivesse bêbado). Ele não consegue andar em linha reta, nem se estabilizar. Marcha tabética O paciente mantém o olhar fixo no chão (não sabe onde está o chão); os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. A marcha pode ser de um lado, ou bilateral. PS: Semelhante aos soldados. ‣ Essa marcha piora com o paciente de olhos fechados. Indica lesão do cordão posterior da medula (região dorsal). Aparece na tabes dorsalis (neurolues), mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou vitamina B6, mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), nas compressões posteriores da medula (mielopatia cervical). ‣ Essa marcha decorre da falha na propriocepção/batiestesia/cinético postural, onde o paciente não sabe onde o corpo está localizado (afeta o cordão dorsal). Marcha de pequenos passos É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. Em idosos não é considerado uma marcha patológica. Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Marcha vestibular Tem-se uma lesão vestibular (labirinto) apresentando uma lateropulsão quando anda (tenta andar em linha reta mais vai para o lado contralateral à lesão); é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Se o paciente for colocado em um ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí ser denominada também marcha em estrela. Marcha escarvante Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o “passo de ganso” dos soldados prussianos. É ocasionado por exemplo por um nervo periférico lesionado (tiro). Assim, a pessoa não consegue fletir o pé em direção ao dorso. Marcha claudicante Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. A perna lesada é a que pisa mais rápido no chão, para tirar o mais rápido. Marcha em tesoura ou espásticas Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar (faz uma angulatura circular para os lados). Equilíbrio ‣ Romberg: Testar o sentido de posição. O paciente deve ficar inicialmente de pé, com os pés juntos e os olhos abertos, e em seguida fechar os dois olhos durante 30 a 60 segundos sem apoio. ‣ Perda Sensorial (o paciente demora mais de cair) X Cerebelar (cai imediatamente). Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth Coordenação O movimento adequado deve ter: direção, velocidade e medida adequadas. ‣ Cerebelo + Sensibilidade Proprioceptiva. Perda da coordenação Ataxia: cerebelar, sensorial e mista. ‣ Cerebelo + Sensibilidade Proprioceptiva. Prova de coordenação ‣ Prova dedo-nariz (índex-nariz): Na dedo nariz, coloca-se o dedo nariz e tira repetidamente. No índex-nariz, nariz-índex, o avaliador coloca o dedo e vai mudando de posição ao pedir que o paciente coloque os dedos no nariz, e posteriormente no dedo do examinador. ‣ Prova calcanhar-joelho: o paciente coloca o calcanhar no joelho. ‣ Prova dos movimentos alternados: o paciente bate as palmas e o dorso das mãos no joelho. ‣ Diadococinesia: Capacidade de fazer movimentos rápidos (bate a mão no joelho dos dois lados das mãos). Rafael Luna MED FASA 2021.1 Bruna Brigth ‣ Eudiadococinesia: Normal. ‣ Disdiadococinesia: Dificuldade. ‣ Adiadococinesia: Sem capacidade nenhuma de fazer os movimentos. Rafael Luna
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