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Montagem : Prof. Luciano Cardoso 1 E.M “1º de Maio” APOSTILA DE Montagem : Prof. Luciano Cardoso 2 CAPÍTULO 1 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO ( para as aula práticas de Laboratório Químico) I. INTRODUÇÃO - A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ( ABNT ) ( www.abnt.org.br ) Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização). II. CONSIDERAÇÕES ABNT - O que é Normalização ? Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Os objetivos da Normalização - Economia: Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos - Comunicação: Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços - Segurança: Proteger a vida humana e a saúde. - Proteção do Consumidor: Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. http://www.abnt.org.br/ Montagem : Prof. Luciano Cardoso 3 - Eliminação de Barreiras Técnicas e Comerciais: Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o intercâmbio comercial Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente. Benefícios da Normalização Numa economia onde a competitividade é acirrada e onde as exigências são cada vez mais crescentes, as empresas dependem de sua capacidade de incorporação de novas tecnologias de produtos, processos e serviços. A competição internacional entre as empresas eliminou as tradicionais vantagens baseadas no uso de fatores abundantes e de baixo custo. A normalização é utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a redução de custo da produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua qualidade. Podemos escalar alguns desses benefícios da Normalização da seguinte forma: - Qualitativos: A utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão-de-obra) A uniformização da produção A facilitação do treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível técnico A possibilidade de registro do conhecimento tecnológico Melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia - Quantitativos: Redução do consumo de materiais e do desperdício Padronização de equipamentos e componentes Redução da variedade de produtos (melhorar) Fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos Aumento de produtividade Melhoria da qualidade Controle de processos É ainda um excelente argumento para vendas ao mercado internacional como, também, para regular a importação de produtos que não estejam em conformidade com as normas do país importador. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 4 III. RELATÓRIO X NORMALIZAÇÃO ABNT – ( http://infocomputec.blogspot.com.br/2008/05/abnt-associao-brasileira-de-normas.html ) MODELO DE RELATÓRIO USANDO AS NORMAS DA ABNT 1. CONCEITO DE RELATÓRIO "É a exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, gráficos, estatísticas e outros." (UFPR, 1996) 2. OBJETIVOS De um modo geral, podemos dizer que os relatórios são escritos com os objetivos: divulgar os dados técnicos obtidos e analisados; registrá-los em caráter permanente. 3. TIPOS DE RELATÓRIOS Os relatórios podem ser dos seguintes tipos: - técnico-científicos; - de viagem; - de estágio; - de visita; - administrativos; - e fins especiais. 4. RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO É o documento original pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente das informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises. http://infocomputec.blogspot.com.br/2008/05/abnt-associao-brasileira-de-normas.html Montagem : Prof. Luciano Cardoso 5 5. FASE DE UM RELATÓRIO Geralmente a elaboração do relatório passa pelas seguintes fases: a) plano inicial: determinação da origem, preparação do relatório e do programa de seu desenvolvimento; b) coleta e organização do material: durante a execução do trabalho, é feita a coleta, a ordenação e o armazenamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório. c) redação: recomenda-se uma revisão crítica do relatório, considerando-se os seguintes aspectos: redação (conteúdo e estilo), sequência das informações, apresentação gráfica e física. 6. ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO Os relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos: 6.1 Capa Deve conter os seguintes elementos: Nome da organização responsável, com subordinação até o nível da autoria; Título; Subtítulo se houver; Local; Ano de publicação, em algarismo arábico. 6.2 Falsa folha de rosto Precede a folha de rosto. Deve conter apenas o título do relatório. 6.3 Verso da falsa folha de rosto Nesta folha elabora-se padronizadamente, a "Ficha catalográfica" (solicite auxílio a um Bibliotecário da sua área, para a confecção da mesma). Montagem : Prof. Luciano Cardoso 6 6.4 Errata Lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É geralmente impressa em papel avulso ou encartado, que se anexa ao relatório depois de impresso. 6.5 Folha de rosto É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes elementos: a) nome da organização responsável, com subordinação até o nível de autoria; b) título; c) subtítulo, se houver; d) nome do responsável pela elaboração do relatório; e) local; f) ano da publicação em algarismos arábicos 6.6 Sumário Denominado Contents em inglês, Table des Metières em francês, Contenido em espanhol, é a relação dos capítulos e seções no trabalho, na ordem em que aparecem. Não deve ser confundido com: a) índice: relação detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos e outros, geralmente em ordem alfabético; b) resumo: apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância; c) listas: é a enumeração de apresentação de dados e informação (gráficos, mapas, tabelas) utilizados no trabalho. 6.7 Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos Listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das tabelas e ilustrações na ordem em que aparecem no texto. As listas têm apresentação similar a do sumário. Quando pouco extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página 6.8 Resumo Denominado Resumé em francês,Abstracts em inglês, Resumen em espanhol, é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior importância e interesse. Não deve ser confundido com Sumário, que é uma lista dos capítulos e Montagem : Prof. Luciano Cardoso 7 seções. No sumário, o conteúdo é descrito pôr títulos e subtítulos, enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado em forma de texto reduzido. 6.9 Texto Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Conforme sua finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta. O texto dos relatórios técnico- científicos contém as seguintes seções fundamentais: a) introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes. b) desenvolvimento: parte mais extensa e visa a comunicar os resultados obtidos. c) resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as consequências do estudo. d) recomendações: contêm as ações a serem adotadas, as modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas atividades. 6.10 Anexo ; Apêndice É a matéria suplementar de um relatório, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a um relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte essencial. Os anexos são enumerados com algarismos arábicos, seguidos do título. Ex.: ANEXO 1 - FOTOGRAFIAS ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização é no final da obra. ( Ver mais detalhes na página 17) 6.11 Referências bibliográficas São a relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor. Todas as obras citadas no texto deverão obrigatoriamente figurar nas referências bibliográficas. A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-6023/ago.1989 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Algumas pessoas, utilizam as normas americanas da APA - American Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns aspectos da estruturação. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 8 6.12 Apresentação gráfica Modo de organização física e visual de um trabalho, levando-se em consideração, entre outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e paginação. 6.13 Negrito, grifo ou itálico São empregados para: a) palavras e frases em língua estrangeira; b) títulos de livros e periódicos; c) expressões de referência como ver, vide; d) letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase, quando não seja possível dar esse realce pela redação; e) nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso não se usa negrito);f) os títulos de capítulos (nesse caso não se usa itálico). 6.14 Medidas de formatação do relatório Margem superior:............ 2,5 cm Margem inferior:.............. 2,5 cm Margem direita:............... 2,5 cm Margem esquerda:............3,5 cm Entre linhas (espaço):........1,5 cm Tipo de letra..................... Times New Roman ou outro tipo de letra serifada Tamanho de fonte:............12 Formato de papel:.............A4 (210 X 297 mm) 7. Conclusão Montagem : Prof. Luciano Cardoso 9 IV. PADRÃO DE RELATÓRIO DAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA DA E.M “1º de Maio” Com base nas Normas ABNT, os professores de Laboratório de Química da E.M “1º de Maio”, fizeram uma adaptação e uma simplificação no modelo de Relatório Técnico a ser seguido pelos grupos de alunos, após serem realizadas as aulas práticas e sempre que solicitado pelos professores. Modelo de Relatório Técnico para as aulas práticas de Laboratório Químico Roteiro de relatório Técnico - O cabeçalho indica o nome da escola, o nome do curso, o nome da disciplina e o nome do professor. Essas indicações devem ser centralizadas, guardando um espaço de 5 cm da borda superior da página e um espaço duplo entre as indicações. - O título aparece no meio da página, centralizado, em maiúsculas, de preferência em duas linhas. - Abaixo, cerca de 5 cm à direita, indica-se o ano do curso e o nome do aluno/alunos em ordem alfabética. - Embaixo, centralizado, indica-se o local e a data, abreviada, da entrega do trabalho, à distância de 3 cm da borda inferior da página. - Margem das páginas que compõem o relatório: Superior : 3,0 cm Inferior: 2 cm Direita: 2 cm Esquerda: 3 cm (grampear) 3,5 cm ( encadernar) Montagem : Prof. Luciano Cardoso 10 -Numeração das páginas que compõem o relatório: algarismo arábico Centralizado: 2cm da margem superior Direita: 2cm da margem superior e 2cm da margem direita Observação: Não numerar a folha de rosto e o índice/sumário mas conta-los para efeito de numeração - Tamanho da letra : tamanho 12 - Fonte : Arial - Espaço entre as linhas do texto: espaço 1,0 Montagem : Prof. Luciano Cardoso 11 ESCOLA MUNICIPAL 1º DE MAIO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA / TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA I PROFESSOR: ...................................... TÍTULO Turma : _______ João da Silva nº 15 Luciana Braga nº 26 Guarujá, data Montagem : Prof. Luciano Cardoso 12 SUMÁRIO ( no geral ) 1. INTRODUÇÃO pág 2. OBJETIVO 3. MATERIAL 4. REAGENTE 5. PROCEDIMENTO 6. REAÇÃO (ÕES) 7. DADOS E CÁLCULOS 8. ANÁLISE DE DADOS 9. CONCLUSÃO 10. APÊNDICE 11. ANEXO 12. BIBLIOGRAFIA Observação: Títulos: letras maiúsculas Subtítulos: somente a 1ª letra maiúscula (Quando o relatório for extenso, exigem a ordenação do conteúdo, subdividindo-se o assunto em tópicos que terão títulos e subtítulos) Pág: nº página onde o título ou subtítulo se inicia Montagem : Prof. Luciano Cardoso 13 Explicações a respeito de cada item do sumário 1.INTRODUÇÃO - anunciar o tema do trabalho de forma sucinta 2. OBJETIVO (inicia-se uma página) - pode ser geral ou por subitens 3. MATERIAL (sequencial ao objetivo) - geral ou por subitens 4. REAGENTE (sequencial ao material) - geral ou por subitens 5. PROCEDIMENTO (sequencial aos reagentes) - geral ou por subitens 6. REAÇÃO (sequencial ao procedimento) - na ordem que elas aconteceram 7. DADOS E CÁLCULOS (sequencial a reação) - deixar todos os cálculos para comprovar o raciocínio 8. ANÁLISE DE DADOS 9. CONCLUSÃO - geral ou subitens - não admite nenhuma ideia, nenhum fato ou argumento novo, pois consiste na síntese interpretativa dos argumentos ou dos elementos contido no desenvolvimento . 10.APÊNDICE (iniciar uma página) - documentos, tabelas, gráficos, desenhos, fotos etc que são do próprio redator do relatório . ( mencionar / identificar o autor - exemplo de identificação de uma foto : nome do autor e data ) 11. ANEXO (iniciar uma página) - documentos, tabelas, gráficos, desenhos, fotos etc que não são do próprio redator do relatório . ( mencionar / identificar a fonte quando existir – exemplos : jornal Folha de São, 4 de dezembro de 2003 ; Completamente Química, vol. 1 – Martha Reis, Ed. Scipione – 3ª Edição; Sociedade Brasileira de Química, SBQ – 2008 ; etc. ) 12. BIBLIOGRAFIA (iniciar uma página) - ordem alfabética Montagem: Prof. Luciano Cardoso 14 A seguir modelo do 1º relatório SUMÁRIO / ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO pág 2. OBJETIVO 3. MATERIAL 3.1 Filtração simples 3.2 Filtração a vácuo 3.3 Decantação por gravidade 3.4 Centrifugação 3.5 Decantação por funil de bromo 3.6 Dissolução fracionada 3.7 Destilação simples 4. REAGENTE (seguir a mesma ordem dos subtítulos acima) 5. PROCEDIMENTO (seguir a mesma ordem dos subtítulos acima) 6. CONCLUSÃO (seguir a mesma ordem dos subtítulos acima) 7. APÊNDICE 8. ANEXO 10. BIBLIOGRAFIA Montagem : Prof. Luciano Cardoso 15 1. INTRODUÇÃO (DAR 02 ESPAÇOS PARA INICIAR A 1ª LINHA DO TEXTO – USAR PARÁGRAFO) Tudo que ocupa lugar no espaço e tem massa é chamado de matéria . 2. OBJETIVO Aprender as técnicas de separação de misturas homogêneas e heterogêneas. 3. MATERIAL: 3.1 Filtração simples: - 01 suporte universal - 01 funil analítico - 01 aro - 02 béquers (Repetir o mesmo para os outros subtítulos) - 01 espátula - 01 baqueta 01 papel de filtro 4. REAGENTES 4.1 Filtração simples - amido de milho – (C6H10O5)n (Repetir o mesmo para os outros subtítulos) - água – H2O 5. PROCEDIMENTO 5.1 Filtração simples - Montar o sistema de filtração simples (ver anexo/apêndice fig nº) - Dobrar o papel ao meio formando um semicírculo - Fazer uma segunda dobra não exatamente ao meio, mas de tal modo que as duas extremidades fiquem afastadas mais ou menos meio centímetro (ver anexo/apêndice fig nº) - Encaixar o papel de filtro ao funil e fixa-lo com pequenos jatos de água destilada Montagem : Prof. Luciano Cardoso 16 - Colocar em um béquer de 150 mL, duas espátulas de amido de milho e acrescentar água até atingir o volume de 50 mL - Agitar a mistura com a baqueta - Filtrar a mistura de amido de milho e água, utilizando a técnica adequada (ver anexo/apêndice ig nº ) - Após a transferência da mistura, lavar a baqueta com pequenos jatos de água destilada sobre o funil . - Proceder a lavagem do béquer utilizando pequenas porções de água destilada e converter esta água de lavagem para o funil - Esperar o término da separação (Repetir o mesmo para os outros subtítulos) 6. CONCLUSÃO 6.1 Filtração simples - A filtração simples separa os componentes de uma mistura heterogênea sólido-líquido - O sólido fica retido no papel de filtro e a fase líquida passa através do funil. - O método só depende da ação da gravidade, por este motivo dependendo das características das partículas da fase sólida, este método poderá apresentar-se lento e ineficiente. - O funil deverá encostar a parede do béquer para evitar respingos do líquido, evitando perda da amostra e possíveis acidentes com o técnico que está realizando a análise. - É necessário dobrar o papel de filtro segundo a técnica citada no procedimento para que o mesmo não se encaixe perfeitamente ao cone do funil, existindo uma folga entre o funil e o papel para que a fase líquida possa escoar livremente, sem formação de vácuo. - Para evitar que a mistura transborde, o papel de filtro não deverá ser preenchido totalmente. É conveniente deixar uma folga de aproximadamente 1cm da borda. - A transferência da mistura deverá ser realizada com auxílio da baqueta para que o sólido se concentre no fundo do papel de filtro, facilitando assim possíveis transferências desse sólido e/ou do papel com resíduo sem perda do mesmo. - Deve-se lavar a baqueta e o béquer com resíduos da mistura sobre o papel de filtro para que não exista perda de amostra para uma posterior análise qualitativa e/ou quantitativa. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 17 (Repetir o mesmo para os outros subtítulos) 7. APÊNDICE e ANEXOS ( opcionais ) Apêndices e anexos são materiais complementares ao texto, que só devem ser incluídos quando forem imprescindíveis à compreensão deste. - Apêndices : são textos ou figuras ou fotos elaborados pelo autor a fim de complementar sua argumentação. . Exemplos de Apêndices - Figuras de todos os equipamentos utilizados ( não esquecer de nomeá-los) - Figuras dos sistemas de separação (não esquecer de nomeá-los e numerá-los) - Figura da dobra do papel na filtração simples - Figura que mostra a transferência de sólido para o funil com o auxílio da baqueta Os apêndices devem aparecer após as referências. - Anexo : são os documentos, textos não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, comprovação ou ilustração. Os anexos devem aparecer após os apêndices. Apêndices e anexos devem constar do Sumário. 8. BLIOGRAFIA (Exemplo de livro) RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. Cap.3: Como elaborar trabalhos de pesquisa. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 18 (Exemplo de internet) http://www.germaneu.net/books/carrol//alice.html ( visitado em ____/_____/_____ ) Notas : . Buscadores ( Google, Cadê, etc. ) não são referências . Wikipédia, por tratar-se de uma enciclopédia de livre colaboração, não deve ser considerada referência CAPÍTULO 2 RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ( TRH ) ( http://www.alub.com.br/ ) I. INTRODUÇÃO George Elton Mayo – cientista social australiano chefiou uma experiência numa fábrica da Western Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne. Foi um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da Gestão, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Essa alta necessidade de se humanizar e democratizar a gestão nas frentes de trabalho das indústrias aliado ao desenvolvimento das ciências humanas – psicologia e sociologia, entre outros – e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez nascer a Teoria das Relações Humanas ( ou Escola da Relações Humanas ) . 1.1 As principais origens da TRH . A necessidade de se humanizar e democratizar a Gestão, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. . O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia, bem como a sua crescente influência intelectual e suas primeiras tentativas de aplicação à organização industrial. Realmente, as ciências humanas, gradativamente, vieram demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica. http://www.germaneu.net/books/carrol/alice.html http://www.alub.com.br/ Montagem : Prof. Luciano Cardoso 19 . As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin foram capitais para o humanismo na Gestão. Elton Mayo é considerado o fundador da escola. Dewey, indiretamente, e Lewin, mais diretamente, também contribuíram enormemente para a sua concepção . . As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Gestão. 1.2 A Experiência de Hawthorne ( www.wiki experiência de Hawtorne ) 1.2.1 Primeira Fase - Os estudos da iluminação Para analisar o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários, foram escolhidos dois grupos que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sobre intensidade de luz variável,enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Curiosamente, no grupo experimental e no grupo de controle, registrou-se um aumento na produtividade. Os pesquisadores não conseguiram provar a existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de produção. Reduziu-se a iluminação na sala experimental. Esperava-se uma queda na produção, mas o resultado foi o oposto, a produção na verdade aumentou. Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas. Reconhecendo o fator psicológico influenciava no resultado da pesquisa, os pesquisadores pretenderam elimina-lo da experiência, por considera-lo inoportuno, razão pela qual a experiência prolongou-se até 1932, quando foi suspensa em razão da crise econômica de 1929. A conclusão (que ficou conhecida como experiência de Hawthorne) é que o aumento da produtividade não estava relacionado com a intensidade da luz, mas sim com a atenção que estava sendo dada às pessoas. http://www.wiki/ Montagem : Prof. Luciano Cardoso 20 1.2.2 Segunda Fase – Sala de montagem de relés Começou em 1927. Foi criado um grupo de observação: cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do departamento (onde estava o grupo de controle) por uma divisão de madeira. O equipamento de trabalho era idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com um contador de peças que marcava a produção em uma fita perfurada. A produção foi o índice de comparação entre o grupo experimental (sujeito a mudanças nas condições de trabalho) e o grupo controle (trabalho em condições constantes). O grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala. Elas foram convidadas para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos seus objetivos: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (período de descanso, lanches, redução no horário de trabalho etc.). Eram informadas dos resultados e as modificações eram antes submetidas a sua aprovação. A pesquisa foi dividida em 12 períodos. 1° período: Durou duas semanas. Foi estabelecida a capacidade produtiva em condições normais de trabalho (2.400 unidades semanais por moça) que passou a ser comparada com os demais períodos. 2° período: Durou cinco semanas. O grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo-se as condições e o horário de trabalho normais e medindo-se o ritmo de produção. Serviu para verificar o efeito da mudança de local de trabalho. 3° período: Modificou-se o sistema de pagamento. No grupo de controle havia o pagamento por tarefas em grupo. Os grupos eram numerosos (mais de cem moças), as variações de produção de cada moça eram diluídas na produção e não refletiam no salário individual. Separou-se o pagamento do grupo experimental e, como ele era pequeno, os esforços individuais repercutiam diretamente no salário. Esse período durou oito semanas. Verificou-se aumento de produção. 4° período: Início da introdução de mudanças no trabalho: um intervalo de cinco minutos de descanso no período da manhã e outro igual no período da tarde. Verificou-se novo aumento na produção. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 21 5° período: Os intervalos de descanso foram aumentados para dez minutos cada, verificando-se novo aumento de produção. 6° período: Introduziram-se três intervalos de cinco minutos na manhã e três à tarde. A produção não aumentou e houve quebra no ritmo de trabalho. 7° período: Voltou-se a dois intervalos de dez minutos, em cada período, servindo-se um lanche leve. A produção aumentou novamente. 8° período: O grupo experimental passou a trabalhar até às 16h30min e não até às 17 horas, como o grupo de controle. Houve acentuado aumento na produção. 9° período: O grupo passou a trabalhar até às 16 horas. A produção permaneceu estacionária. 10° período: O grupo experimental voltou a trabalhar até às 17 horas. A produção aumentou bastante. 11° período: Estabeleceu-se a semana de cinco dias, com sábado livre. A produção diária do grupo experimental continuou a subir. 12° período: Voltou-se às mesmas condições do 3° período, tirando-se todos os benefícios dados, com a aceitação das moças. Esse período durou 12 semanas. Inesperadamente a produção atingiu um índice jamais alcançado anteriormente (3.000 unidades semanais por moça). * Conclusão dessa fase As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão branda (ao contrário da supervisão de controle rígido na sala de montagem) permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade; Havia um ambiente amistoso e sem pressões, na qual a conversa era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho; Não havia temor ao supervisor, pois este funcionava como orientador; Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam amizades entre si e tornaram-se uma equipe; O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o de aumentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado trabalhar normalmente. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 22 1.2.3 Terceira Fase – O programa de entrevistas Os pesquisadores, fixados no estudo das relações humanas no trabalho, verificaram que, no grupo de controle, as moças consideravam humilhante a supervisão vigilante e constrangedora. Assim, em 1928 iniciou-se o Programa de Entrevistas (Interviewing Program) com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores. O programa obteve sucesso. Foi, então, criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o Programa de Entrevistas. Entre 1928 e 1930 foram entrevistados cerca de 21.126 empregados. Em 1931 adotou-se a técnica da entrevista não diretiva, onde o operário pode falar livremente, sem que o entrevistador desvie o assunto ou tente impor um roteiro prévio. O Programa de Entrevista revelou a existência da Organização Informal dos Operários a fim de se protegerem das ameaças da Administração. Nela, os operários se mantêm unidos através de laços de lealdade. 1.2.4 Quarta Fase – Sala de montagem de terminais Para analisar a relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica, foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala e um entrevistador fora entrevistando o grupo. O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo. O salário só poderia ser maior se a produção total aumentasse. O observador pôde notar que os operários dentro da sala usavam uma porção de artimanhas – logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho. Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que Montagem : Prof. Luciano Cardoso 23 prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para estabilizarem sua produção por meio de punições simbólicas. 1.3 Conclusões da Experiência de Hawthorne 1.3.1 Nível de produção é resultante de Integração Social: é a capacidade social do trabalhador que estabelece o seu nível de competência e eficiência; quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior será a disposição de produzir. 1.3.2 Comportamento Social dos empregados: verifica-se que o comportamento do indivíduo apoia –se totalmente no grupo. Os trabalhadores nãoagem ou reagem individualmente, mas como membros de um grupo. Amizade e agrupamento social devem ser considerados aspectos relevantes para a gestão 1.3.3 Recompensas e Sanções sociais: são simbólicas e não materiais, porém influenciam decisivamente a motivação e a felicidade do trabalhador. As pessoas são motivadas pela necessidade de “reconhecimento”, de “aprovação social” e “participação”. A motivação econômica é secundária na determinação da produção do empregado. 1.3.4 Grupos Informais: definem as regras de comportamento, as formas de recompensa ou sanções sociais, punições, objectivos, escala de valores sociais, as crenças e expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando nas suas atitudes e comportamentos. II. A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ( http://www.alub.com.br/ ) 1. As Relações Humanas: são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre as pessoas e o grupo, permitindo uma atmosfera onde cada pessoa é encorajada a exprimir-se livre e sadiamente. Cada pessoa procurar se ajustar às demais pessoas do grupo para que seja compreendida e tenha participação ativa, a fim de atender seus interesses e aspirações; http://www.alub.com.br/ Montagem : Prof. Luciano Cardoso 24 2. A Importância do Conteúdo do Cargo: o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado. trabalhos repetitivos tendem a se tornar monótonos afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo sua eficiência; 3. Ênfase nos aspectos emocionais: é a preocupação com as emoções e sentimentos dos funcionários. Elementos emocionais, não planeados e até mesmo irracionais do comportamento humano devem ser considerados dentro da organização. III. A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIALIZADA E O HOMEM 1. “A Teoria das Relações Humanas” preocupou-se intensamente com o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada. Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos últimos duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho coletivo não manteve o mesmo ritmo de desenvolvimento. O que deve haver é uma nova concepção das relações humanas no trabalho. Como resultado da Experiência de Hawthorne, verificou-se que a colaboração na sociedade industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas dos aspectos materiais e tecnológicos do progresso humano. 2. “Os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência, nenhum para a cooperação ; surge o conflito social nessa sociedade industrial: a incompatibilidade entre os objetivos organizacionais da empresa e os objetivos pessoais dos empregados; as relações humanas e cooperação constituem a chave para evitar o conflito social.” “ O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem-estar social.“ Elton Mayo Montagem : Prof. Luciano Cardoso 25 IV. DEPOIS DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE - Elton Mayo, defende : 1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal ; 2. O operário não reage como individuo isolado, mas como membro de um grupo social ; 3. A tarefa básica da Gestão é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar, dotada de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo o pessoal ; 4. A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade de "estar junto", de "ser reconhecida", de receber adequada comunicação; 5. A civilização industrializada trata como consequência a desintegração dos grupos primários da sociedade, como a família, os grupos informais e a religião, enquanto a fábrica surgirá como uma nova unidade social que proporcionará um novo lar, um local de compreensão e de segurança emocional para os indivíduos ; V. FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL Quadro - AS FUNÇÕES BÁSICAS DA ORGANIZAÇÃO SEGUNDO ROETHLISBERGER E DICKSON. Funções Economica: Produzir bens ou serviços Organização Industrial Equilíbrio Externo Equilíbrio Interno Função Social: Dar satisfação aos participantes Montagem : Prof. Luciano Cardoso 26 VI. UMA NOVA VISÃO SOBRE O HOMEM NO AMBIENTE DE TRABALHO Homo economicus homem social . Os trabalhadores são criaturas sociais completas, com desejos, sentimentos e temores. . O comportamento no trabalho é consequência de muitos fatores motivacionais. São motivados por necessidades e alcançam as suas satisfações primárias por meio dos grupos com os quais interagem. . O comportamento no trabalho é consequência de muitos fatores motivacionais. São motivados por necessidades e alcançam as suas satisfações primárias por meio dos grupos com os quais interagem. . O comportamento dos grupos pode ser manipulado por meio de um adequado estilo de liderança e supervisão. . As normas do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. V II. CRÍTIVAS Á TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final dos anos 50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a ser profundamente revistas e alteradas. Citamos a seguir as principais críticas à teoria: • Oposição cerrada à Teoria Clássica • Inadequada visualização dos problemas das relações industriais • Concepção ingénua e romântica do operário • Limitação do campo experimental • Parcialidade das conclusões • Ênfase nos grupos informais • Enfoque manipulativo das relações humanas Montagem : Prof. Luciano Cardoso 27 CAPÍTULO 3 RELAÇÕES INTERPESSOAIS, SOCIAL E PROFISSIONAL • Nós podemos nos relacionar com as pessoas profissionalmente ou simplesmente porque tivemos empatia por ela(s), ou ainda por vários outros motivos. O que devemos avaliar no momento do relacionamento é o seu propósito, principalmente para que não se tenha ambivalência nas interpretações. • No momento, falamos do ponto de vista profissional. Se as pessoas aprendessem a se relacionar profissionalmente de forma correta, poderíamos evitar muitos problemas nos locais de trabalho. • No ambiente de trabalho o que predomina e o que devemos avaliar são as condições para uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice-versa. • Identificando o real motivo e o propósito de um relacionamento, estaremos caminhando dentro de um processo evolutivo para alcançarmos com êxito um bom relacionamento com os nossos colegas de trabalho. • A base concreta para um bom relacionamento é ter percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos limites e regras que fazem a relação social ser harmônica. Apesar de tudo isso, compartilhamos de algo que é comum a todos os seres humanos: a capacidade de nos relacionarmos de forma consciente e voluntariamente uns com outros. Desta feita, não há processos unilaterais na interação humana. Para que haja inter-relacionamento são necessários e imprescindíveis dois elementos – o EU e o OUTRO (S). De acordo com Gualberto (2008) os processos de relacionamento interpessoal são submetidos a dois tipos de forças: as que impulsionam e as que restringem. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 28 Forças que Impulsionam e influenciam os relacionamentos interpessoais : Empatia Motivação Iniciativa Competência Apoio Vaidade Apatia Dependência Timidez Manipulação Montagem : Prof. Luciano Cardoso 29 CAPÍTULO 4 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA AS RELAÇÕES HUIMANAS 1. O que é comunicação? É uma busca de entendimento, de compreensão. É uma ligação, transmissão de sentimentos e de ideias. Ao se comunicar o indivíduo coloca em ação todos os seus sentidos com o objetivo de transmitir ou receber de forma adequada a mensagem.A comunicação não é feita apenas com palavras. Essas, na verdade, representam apenas uma pequena parte de nossa forma de expressão. Comunicações: Com o desenrolar das consequências das Experiências de Hawthorne e das experiências sobre liderança, os pesquisadores passaram a concentrar sua atenção nas oportunidades de ouvir e aprender em reuniões de grupo e notar os problemas das comunicações entre grupos de empresas. Passou-se a identificar a necessidade de elevar a competência dos administradores através do trato interpessoal, no sentido de adquirirem condições de enfrentar com eficiência os complexos problemas de comunicação, bem como de adquirir confiança e franqueza no seu relacionamento humano. Neste sentido, a Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sensível sobre a Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações. O enfoque das relações humanas adquiriu certa imagem popular cujo efeito líquido foi compelir os administradores a: a- Assegurar a participação dos escalões inferiores na solução dos problemas da empresa. b- Incentivar maior franqueza e confiança entre os indivíduos e os grupos nas empresas. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 30 2. A comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais. a- Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam conduzir-se nas suas tarefas. b- Proporcionar as atitudes necessárias que promovam motivação, cooperação e satisfação no cargo. Estes dois propósitos, em conjunto, promovem um ambiente que conduz a um espírito de equipe e um melhor desempenho nas tarefas. Para a Teoria das Relações Humanas, a comunicação é importante no relacionamento entre as posições e no conhecimento e na explicação aos participantes inferiores das razões das orientações Tomadas. Redes de comunicação: Os padrões ou cadeias ou redes de comunicação têm sido extensamente pesquisados. Uma mensagem pode ser enviada de uma pessoa a outra dentro de várias alternativas de padrões ou canais de comunicação. O estudo das redes de comunicação tentou inicialmente encontrar a melhor maneira de comunicar. O desenvolvimento da comunicação deu-se em função da necessidade das sociedades primitivas trocarem informações e relacionarem-se entre si. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 31 A definição operacional da comunicação: 1º- A comunicação envolve pessoas, e que compreender a comunicação, portanto, implica na tentativa de entender como as pessoas se relacionam umas com as outras. 2º- A comunicação envolve significados compartilhados, o que sugere que para se comunicar, as pessoas devem concordar quanto a definição dos termos que estão usando. 3º- A comunicação é simbólica, gestos, sons, letras, números e palavras só podem representar ou sugerir as ideias que elas pretendem comunicar. 3. Tipos de comunicação * A comunicação interna (intrapessoal): São as coisas que imaginamos, sentimos e dizemos dentro de nós mesmos. Quando falamos a nós mesmos, podemos determinar o nosso sucesso em tudo aquilo que desejamos realizar. *A comunicação externa (interpessoal): São as nossas expressões verbais (fala, linguagem) e não verbais (gestos, expressões) no mundo exterior, na nossa relação com o mundo e com outras pessoas. É nossa maneira de estar e de ser no mundo que determina nossos resultados. A comunicação é a utilização de qualquer meio pelo qual um agrupamento de códigos - mensagem , é transmitido. 4. Objetivo da comunicação nas relações humanas Influenciar com o objetivo de se obter uma reação específica do outro interlocutor. É através da comunicação que as pessoas conseguem expressar suas emoções, motivar outras pessoas, transmitir fatos, opiniões e experiências. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 32 O ciclo da comunicação Um processo de comunicação envolve quatro integrantes básicos: um emissor; um receptor, um canal e o feedback. No processo de comunicação pode-se considerar o emissor como o ponto de partida. É ele quem envia a mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões, desenhos, etc. O emissor pode ser também uma organização informativa como rádio, TV, estúdio cinematográfico, etc. É preciso não confundir o emissor como fonte da mensagem. Por exemplo, ao ler uma mensagem, um locutor poderá estar dando início a um processo de comunicação, porém não será ele a fonte que originou a mensagem. * Feedback O significado de feedback é utilizado em teorias da Administração de Empresas, quando é dado um parecer sobre uma pessoa ou grupo de pessoas na realização de um trabalho com o intuito de avaliar o seu desempenho. É uma ação que revela os pontos positivos e negativos do trabalho executado tendo em vista a melhoria do mesmo. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 33 5. Ruídos de comunicação Uma situação de risco para as empresas, é quando ocorrem as falhas de comunicação do seu pessoal. Muitos dos problemas existentes numa organização podem ser oriundos da falta de comunicação (má comunicação) ou das distorções nelas contidas. Vejamos abaixo, os 21 pontos principais responsáveis por uma má qualidade de comunicação, segundo o autor Mauríco Góis (é empresário, palestrante, autor e estrategista.: - Vou me sentar ao lado da galinha, - disse um profissional que chegou tarde para um jantar com clientes e viu um único lugar vazio à mesa. (era ao lado de uma senhora, tendo à frente de sua cadeira vaga uma galinha que seria servida para o jantar). Notando a gafe que cometeu, o profissional tentou corrigir dizendo: - Ora, eu estou me referindo a esta aqui (e apontou para a galinha que estava sendo servida à mesa). Desnecessário dizer que a emenda ficou pior que o soneto. Bem, muitos são os ruídos da comunicação verbal quando o assunto é falar em público. Mas e na área profissional? Existem ruídos da comunicação verbal nas entrevistas de negócios? Em vendas? Sim, eles distorcem a qualidade de suas apresentações e enfraquecem seus resultados. Podemos citar os seguintes: 1. Má articulação: o cliente não pode entender o que você não articula, o que você não joga pra fora, o que você não ver-ba-li-za. Pronuncie as sílabas postônicas quando argumentar, isto é, diga que seu produto ou seu trabalho tem um bom retorno. Não engula a última sílaba, não fale “retorn”. 2. Ambiguidade: isto é, duplo sentido. Quando você diz: - “O diretor surpreendeu o gerente em sua casa”... Ora, em qual casa? Do diretor ou do gerente? Seja claro. 3. Desconhecimento da norma culta gramatical: isto é, fazer Camões pular os ossos na sepultura de tanta vergonha pelo que você diz erradamente, fonética, morfológica e sintaticamente: Nóis vai... Estes produtos é bão... Fumo visitar ele... 4. Inibição, Nervosismo e Insegurança: É um desastroso ruído de comunicação, pois os clientes poderão pensar: “Este gerente ou vendedor faz sua apresentação de vendas com medo. O produto dele deve ser inseguro, os argumentos são nervosos. Acho que não é confiável fazer negócios com ele”. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 34 5. Exagero de expressões desconhecidas e de palavras ditas “difíceis”: É o caso do diretor, gerente ou funcionário que conhece tantas palavras e expressões técnicas que simplesmente torna-se antipático e não consegue se comunicar. O excessivo conhecimento não pautado pelo bom senso, a ênfase exagerada a certas ideias fortes e a comunicação excessiva pelo purismo vocabular do tipo preciosista são exemplos de comunicação por excesso. Foi o caso de um vendedor exibicionista que, ao ver sua carteira sendo puxada por ladrão de rua, não se conteve. Abriu o berreiro, dizendo: "Capturemo cleptomaníaco, capturem o cleptomaníaco infante..." Se ele tivesse dito : "Pega ladrão", até a cachorrada correria atrás por causa da inflexão vocal. 6. Argumentos decorados de forma mecanizada: Dá-se quando o vendedor é muito inseguro e procura, como defesa, dizer argumentos mecânicos. O cliente percebe e pensa: O que ele diz não é para mim, é para todos, e eu não sou todos, sou pessoa. 7. Velocidade vocal lenta ou exageradamente rápida: Muitos profissionais ou falam muito lentamente ou muito rápido. A lentidão irrita o cliente com os espaços vazios desnecessários. Quando se fala muito rápido perde-se o ritmo certo e agride as inteligências médias que, sem poder compreender o que ouvem, desligam o botão da atenção e quebram o interesse. 8. Inadequação de colocação da voz e mau uso do aparelho fonador: Muitos podem ser os defeitos de colocação de voz. Dentre os vários que existem podemos citar os mais comuns que são: Voz Fanhosa/nasalada (dizer veinder por vender, eintrega por entrega); Voz rouca; voz pastosa; voz de falsete; esganiçada; dislalias, entre elas, zetacismo (zuventude por juventude); lambdacismo (celto por certo, elado por errado); sigmatismo (que é a repetição sibilosa do esse como dizer sssssenhores, por senhores); Ceceismo (facer por fazer), nasalação etc.) 9. Excesso de cortesias, elogios, delicadezas e maneirismos: O profissional iniciante, muitas vezes, por querer agradar o cliente, exagera em elogios e delicadezas e este excesso é negativo, pois quase sempre é interpretado pelo interlocutor como insegurança, hipocrisia ou orgulho. O cliente tende a pensar: - “Ele me elogia para que eu o aceite, ou diga que ele é ótimo, é um carente de afeto, quer ser apreciado”. 10. Exagero no uso das figuras de linguagem: Usar figuras de linguagem na área comercial é uma arte esquecida, mas, por favor, da próxima vez que for falar a um cliente amigo que a lua bilha lá no céu, para que dizer que a moeda prateada da noite cintila seu raios medrosos na bocarra hiante do silêncio das trevas? Montagem : Prof. Luciano Cardoso 35 11. Atitude de poste sem luz: Dá-se quando você fica diante do cliente como um poste, parado, feito estátua grega acabada pelo tempo, desarmonioso e frio como um órgão de igreja estragado e com teias de aranhas. Esta imobilidade esquisita de quem só mexe os lábios elimina a raiz da inspiração e lembra um defunto "falante" que morreu e esqueceu de calar. O contrário, excesso de gestos, é outro ruído que dá prejuízo. 12. Citar muito seus argumentos sem inová-los: Há profissionais que, acertadamente, acreditam que devem citar seus argumentos e provas várias vezes na entrevista. Acontece que eles o fazem sem a menor inovação. Da próxima vez que citar seus argumentos para um cliente faça de uma forma variada. Cite, afirmando; cite negando; cite, perguntando; cite, invocando; cite, “contestando”; cite, interrogando; cite sem dizer a fonte; cite dizendo a fonte; perguntando ao cliente que se manifeste. Variar é vender. 13. Ausência da mais elementar noção das regras de combinação de roupas: Alguns profissionais aparecem diante dos clientes vestidos com paletó azul, camisa xadrez, calça xadrez e gravata estampada, desconsiderando o menor equilíbrio estético e desrespeitando as normas mais simples de combinação de roupas e elegância. Isto desvia a atenção do cliente que se concentra apenas no profissional e não nos argumentos e benefícios que ele fala. 14. Falar num tom só, sem variedade vocal: Se a voz é uma atriz que interpreta os papéis do pensamento, ela deve variar de acordo com a ideia. Se a ideia for de apelo que solicita o fechamento a voz deve ser suave; se o argumento for arrebatador a voz deve subir numa natural "decolagem retórica". Mas muitos profissionais esquecem este fato e falam num tom só, num "mono tom" e isto quer dizer "monotonia". 15. Falar demasiadamente sobre si mesmo: Há profissionais que, quando estão diante de um cliente desconhecido, se perdem em excessos de auto-apresentação, contam sua própria história, centralizam em si mesmos com tal intensidade que, quando olham para o relógio, têm poucos minutos para falar de negócios. Ruim, heim? 16. Pose de general orgulhoso: Você pode até não ser orgulhoso, mas em comunicação, não é o que você é que conta. É o que você aparenta ser. Às vezes, você é humilde, mas sua pose é de general orgulhoso, insolente, acostumado a enfrentar clientes difíceis e "derrotá-los". Cuidado com seu maxilar tipo Mussolini, com os olhos de Megera e com a voz de Hitler. O cliente percebe e se bloqueia inconscientemente. 17. Estrangeirismo: Usar muitas expressões como benchmarking, empowerment, meeting, raport, research, cash flow, break-even-point, market-share, etc. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 36 18. Cacofonia: Policie-se diante do cliente para não usar sons que causam constrangimentos ou que sejam desagradáveis como: - Traga- me já este pedido... a boca dela estava suja... por cada venda... nunca gaste mais do que ganhe... 19. Neologismo: Quando o orador inventa termos inexistentes: fechação da venda, comparamento de resultados, prazo imexível, consequencialização, reaproveitação de materiais, futebolizar nossa campanha de vendas, etc. Entretanto, há neologismo intencionais que são ótimos: clientelização, clientologia, consumerizar etc. 20. Pleonasmo vicioso: Por favor, senhores vendedores, não use palavras desnecessárias como: manter o mesmo preço (se é manter só pode ser o mesmo), entrar para dentro, sair para fora, subir para cima, descer para baixo, vanguarda da frente, criar novos, ganhar grátis, surpresa inesperada, encarar de frente, etc. No entanto, você pode dizer “vender a venda” se estiver se referindo aos processos da persuasão. 21. Plebeísmo ou vulgarismo: Gerente falando: E aí, cambada, tudo bem com vocês?...Nós estamos aqui para mandar ver... Vendedor pensando: Temos que engolir essa gororoba ou a cobra vai fumar e o pau vai comer... Bem, estes 21 ruídos são os principais que podem enfraquecer suas ações no trabalho. Acabe com eles. Os bons resultados ficam mais fortes ainda e seus lucros agradecerão. CAPÍTULO 5 ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS ( http://www.someeducacional.com.br/apz/gestao_conflitos ) I. Introdução Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional. É possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar na evolução de uma sociedade ou organização. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 37 Se observarmos a história, até há· pouco tempo a ausência de conflitos era encarada como expressão de bom ambiente, boas relações e, no caso das organizações , como sinal de competência. Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultante da ação e do comportamento de pessoas indesejáveis, associado à agressividade, ao confronto físico e verbal e a sentimentos negativos, os quais eram considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre as pessoas e, consequentemente, ao bom funcionamento das organizações. 1. Visão positiva do conflito O conflito e fonte de ideias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se revela positivo, pois permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores. Em alguns momentos, e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário se não se quiser entrar num processo de estagnação. Assim, os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como lidamos com eles e que pode gerar algumasreações. A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação. Para entender um pouco mais a visão positiva de conflito iremos conceituá-lo aqui como um processo onde uma das partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. Isto quer dizer que no dia-a-dia vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando ou mesmo impedindo o atingimento de nossos objetivos ? Assim, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, disputas ou ataques fÌsicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com a adoção de uma ação adequada e positiva. A administração conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação Montagem : Prof. Luciano Cardoso 38 2. Possíveis causas do conflito Para a correta administração do conflito é importante que sejam conhecidas as possíveis causas que levaram ao seu surgimento. Dentre elas, é possível citar: . Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental; . Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida; . Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser diferentes dos de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance; . Diferenças em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto ocorre também com o outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma diferente de ver as coisas. 3. Níveis de conflito Um conflito, como já se viu, frequentemente pode surgir de uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir um nível de hostilidade que chamamos de conflito destrutivo. A seguir, é possível acompanhar a evolução dos conflitos e suas características: . Nível 1 - Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-se normalmente por ser racional, aberta e objetiva; . Nível 2 - Debate: neste estágio, as pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objetividade existente no nível 1 começa a diminuir; . Nível 3 - Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos pela outra parte envolvida; Montagem : Prof. Luciano Cardoso 39 . Nível 4 - Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconcebidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas; . Nível 5 - Loss of face (“ficar com a cara no chão “): trata-se da postura de “continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até o fim”, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire; . Nível 6 - Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e as punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito; . Nível 7 - Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos; . Nível 8 - Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se auto preservar e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação e a preparação para atacar e ser atacado; . Nível 9 - Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de fato e não há outra alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados envolvidos ou a derrota de um deles. O modelo apresentado aplica-se a qualquer tipo de conflito. Dependendo da importância que se dá ao conflito - ignorando-o ou reprimindo-o - ele tende a crescer e a se agravar. Porém, quando é reconhecido e as ações corretivas são aplicadas imediatamente, pode· ser resolvido e transformar-se numa força positiva, capaz de mudar hábitos e nos estimular a buscar resultados mais positivos. 4. Tipos de conflito O conflito é um elemento importante. Seja na dinâmica pessoal ou organizacional, é um fator inevitável. Por mais que se desenvolvam esforços no sentido de eliminá-lo, não poderemos contê-lo. Observam-se, hoje, inúmeros profissionais disseminando fórmulas e estratégias para trabalhar com os conflitos. No entanto, o que se faz necessário é conhecê-los, saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 40 Existem vários tipos de conflito e sua identificação pode auxiliar a detectar a estratégia mais adequada para administrá-lo: . Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam ser trabalhados; . Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a existência do conflito, embora nâo haja ainda manifestações abertas do mesmo; . Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e forma consciente; . Conflito manifesto: trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização . 5. Áreas de conflito Os conflitos podem ser divididos nas seguintes áreas: . Conflito social: surge em decorrência do grau de complexidade e implicação social. Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade altamente evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de habilidade para negociações. Além disso a violência tem sido, no decorrer da história, um dos instrumentos mais utilizados na tentativa de sanar conflitos. Talvez a fantasia de todo ser humano seja eliminar uma ideia adversa à sua, em vez de ter que questionar sua própria posição; . Conflitos tradicionais: pertencem à história e sâo aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo sua solidariedade. Os conflitos aparecem por três razões principais: pela competição entre as pessoas, por recursos disponíveis mas escassos; pela divergência de alvos entre as partes; e pelas tentativas de autonomia ou libertação de uma pessoa em relação a outra. Para lidar com conflitos, é importante conhecê-los, saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 41 Podem ser entendidos como fontes de conflito: direitos não atendidos ou não conquistados; mudanças externas acompanhadas por tensões, ansiedades e medo; luta pelo poder; necessidade de status; desejo de êxito econômico; exploração de terceiros (manipulação); necessidades individuais não atendidas; expectativas não atendidas; carências de informação, tempo e tecnologia; escassez de recursos; marca das diferenças culturais e individuais; divergência de metas; tentativa de autonomia; emoções não expressas / inadequadas; obrigatoriedade de consenso; meio-ambiente adverso e preconceitos . 6. Conflitos interpessoais nas organizações Tais conflitos se dão entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por vários motivos: diferenças deidade, sexo, valores, crenças, por falta de recursos materiais, financeiros, por diferenças de papeis, podendo ser divididos em dois tipos: . Hierárquicos: colocam em jogo as relações com a autoridade existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não encontrando apoio junto ao seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão a ser tomada. . Pessoais: dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões. As “rixas pessoais” fazem com que as pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 42 7. Consequências do conflito Entre os vários aspectos do conflito, alguns podem ser considerados como negativos e aparecem com frequência dentro das organizações. Os mais visíveis podem ser identificados nas seguintes situações: . quando desviam a atenção dos reais objetivos, colocando em perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e mobilizando os recursos e os esforços para a sua solução; . quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de “perdedores habituais”, interferindo na sua percepção e na socialização daqueles que entram na organização; . quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos, como ocorre frequentemente em organizações. Se por um lado existem os estereótipos genéricos referentes às categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fazem parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos ideais, começam a surgir seus “perdedores”, “ganhadores”, “culpados” e “inimigos”. Esses aspectos podem ser observados em todas as organizações e são considerados negativos (salvo diante de alguns objetivos menos confessáveis). No entanto, existem potenciais efeitos benéficos dos conflitos, a saber : . são bons elementos de socialização, pois oferecem aos novos participantes de um grupo a sensação de envolvimento com alguma causa; . ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da organização, pois em qualquer episódio de conflito pode haver diferentes ganhadores (independentemente das percepções anteriores); . propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar num conflito específico mas também de garantir mais poder. Lidar com o conflito implica trabalhar com grupos é tentar romper alguns dos estereótipos vigentes na organização Montagem : Prof. Luciano Cardoso 43 Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados úteis pelo papel que desempenham na vida das pessoas. O chamado comportamento político na organização, também inevitável, tem uma forte vinculação com o conflito pois sua relação é direta, ou seja, quanto mais conflito mais comportamento político. Assim, quando há dúvidas sobre a sobrevivência da organização, sobre sua resposta ás necessidades organizacionais, sobre aspectos sucessórios, mais voltada para a formação de alianças e para negociações será a atuação de seus membros. Lidar com o conflito implica trabalhar com grupos e tentar romper alguns os estereótipos vigentes na organização, sabendo que essas mesmas estratégias deverão ser repetidas periodicamente. Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos diferentes È uma forma de garantir que seu cumprimento seja reconhecido pela potencialização do trabalho dos grupos. Quaisquer estratégias de confronto podem ser utilizadas caso o conflito já seja franco, desde que exista entre as partes alguém que desempenhe um papel moderador. 8. Como administrar os conflitos Para uma eficaz resolução dos conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a serem seguidos, conhecer e aplicar alguns “saberes” e, também, definir o estilo a ser adotado. Os seguintes passos são considerados de suma importância: a) criar uma atmosfera afetiva; b) esclarecer as percepções; c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas; d) construir um poder positivo e compartilhado; e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado; f) gerar opções de ganhos mútuos; g) desenvolver passos para a ação a ser efetivada; h) estabelecer acordos de benefícios mútuos. Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que ambas as partes tenham as seguintes capacidades: Montagem : Prof. Luciano Cardoso 44 Saber comunicar . sem diálogo não há comunicação nem solução possível para os problemas; . a maioria dos erros, omissões, irritações, atrasos e conflitos é causada por uma comunicação inadequada. Saber perguntar Saber perguntar é uma outra faceta do ouvir ativamente, pois quem pergunta conduz a conversa. Quanto ao estilo a ser adotado, é recomendável adotar um estilo que leve à solução do conflito da forma mais pacífica possível. O que vai definir seu atual estilo de administrar conflitos está diretamente ligado a duas importantes características de comportamento: assertividade e cooperação. A seguir, relacionam-se alguns estilos e algumas de suas características: Competição . busca satisfação dos interesses, independentemente do impacto que isto possa causar na outra parte envolvida; . tenta convencer a outra parte de que sua conclusão está correta e a dela está equivocada; . leva a outra parte a aceitar a culpa por um problema qualquer. Colaboração . contempla os interesses das partes envolvidas no conflito; . busca um resultado benéfico para todas as partes envolvidas. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 45 Evitação . trata-se de estilo considerado não-assertivo e não-cooperativo; . evita todo e qualquer envolvimento com o conflito, chegando a negar sua existência e o contato com as pessoas que podem causá-lo. Acomodação . trata-se de estilo considerado não-assertivo e cooperativo; . a parte que utiliza este estilo tende a apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus. Compromisso Este estilo encontra-se no padrão médio de assertividade e cooperação, em que uma das partes envolvidas no conflito desiste de alguns pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes. CONSIDERAÇÕES FINAIS O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem oportunidades de crescimento mútuo. Inúmeros fatores podem influenciar o surgimento do conflito, não ficando restrito ás questões relacionadas ao trabalho ou à estrutura organizacional. Os mais comuns são as diferenças individuais, os diversos níveis de competência interpessoal, as diferentes visões de mundo, entre outros. Não devemos esquecer que somos seres com capacidade e habilidade para ouvir e entender melhor nossos semelhantes. Com esta postura, silenciamos nossa voz interna e deixamos crescer a voz do outro, permitindo que soe clara dentro de nós. O desejo mais profundo do coração humano é o de ser compreendido, e perceber isto é possibilitar um processo eficaz de comunicação. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 46 Resumo Para um entendimento mais preciso sobre a dinâmica dos conflitos, devemos ter uma visão mais abrangente de suas inúmeras possibilidades, pois, para algumas pessoas o termo conflito pode ocasionar um medo intenso, no entanto, se faz necessário reconhecer que existe um modo destrutivo e um modo construtivo de proceder. Na diferençaem se tratar o conflito pode estar o sinal do saudável, podendo se fazer representar por duas possibilidades para uma ação mais efetiva, uma negativista, que percebe o conflito como algo prejudicial, devendo ser evitado a todo custo, e a segunda alternativa é trabalhá-lo, procurando os benefícios que as diferenças de opiniões e os posicionamentos contrários podem gerar ao nível de aprendizagem pessoal e profissional. CAPÍTULO 6 LIDERANÇA APLICADA ÀS RELAÇÕES HUMANAS I. INTRODUÇÃO A Teoria Clássica não se preocupou virtualmente com a liderança e suas implicações. Com a Teoria das Relações Humanas, passou-se a constatar a enorme influência da liderança informal sobre o comportamento das pessoas. A Experiência de Hawthorne teve o mérito – entre outros – de demonstrar a existência de líderes informais que encarnavam as normas e expectativas do grupo e que mantinham estrito controle sobre o comportamento do grupo, ajudando os operários a atuarem como um grupo social coeso e integrado. Conceito de liderança: Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos A liderança constitui um dos temas administrativos mais pesquisados e estudados nos últimos cinquenta anos. As teorias sobre a liderança podem ser classificadas em três grandes grupos: • Teorias de traços de personalidade. • Teorias sobre estilos de liderança. • Teorias situacionais da liderança. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 47 Teoria dos traços de personalidade: São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma qualidade ou característica da personalidade. Segundo esta teoria, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas. Assim, o líder apresenta características marcantes de personalidade através dos quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. A teoria dos traços partem do pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação especial de traços de personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros líderes potenciais. Termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. Refere-se àquilo que o líder faz, o seu estilo de comportamento para liderar. Há três estilos de liderança: autoritária, liberal e democrática. 1.1 Autocrática: A ênfase é centrada no líder. O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo, determina providências e as técnicas para execução das tarefas. 1.2 Democrático: A ênfase no líder e nos subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo. 1.3 Liberal: Ênfase nos subordinados. Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. Sem participação do grupo Decididas, sugeridas pelo grupo e assistido pelo Líder Liberdade de decisão para o grupo Montagem : Prof. Luciano Cardoso 48 2. Teorias situacionais da liderança: São as teorias que procuram explicar a liderança dentro de um contexto bem mais amplo do que as teorias anteriormente apresentadas. Partem do princípio de que não existe um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. Cada tipo de situação requer um tipo de liderança diferente para alcançar a eficácia dos subordinados. As teorias situacionais são mais atrativas ao gerente, uma vez que aumentam as suas opções e suas possibilidades de mudar a situação para adequá-la a um modelo de liderança, ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à situação. Para esta teoria o verdadeiro líder é aquele que é capaz de ajustar a um grupo particular de pessoas sob condições extremamente vaiadas. * EMPOWERMENT ( EMPODERAMENTO ) / http://www.significados.com.br/empowerment/ Empowerment é um conceito de Administração de Empresas que significa "descentralização de poderes", ou seja, sugere uma maior participação dos trabalhadores nas atividades da empresa ao lhes ser dada maior autonomia de decisão e responsabilidades. O objetivo da delegação de poderes é ter trabalhadores mais motivados e envolvidos nas decisões da empresa. Ao sentirem que possuem mais responsabilidades, procuram soluções e tornam-se mais criativos porque sentem estão contribuindo para o rumo da empresa, e que pertencem de fato à organização. A autoconfiança, cooperação e pro atividade do trabalhador também são estimuladas. O entusiasmo para desenvolver o trabalho aumenta porque a chefia é vista de forma diferente, aberta a sugestões, mas sem descurar das suas próprias responsabilidades, porque continua a desempenhar o papel de liderança. Em sua forma literal, o termo inglês empowerment significa "empoderamento", um neologismo que designa as relações de poder dentro de uma sociedade. O empoderamento se refere a um aumento de força política e social de uma minoria étnica, religiosa, sexual ou de um único indivíduo, neste caso, através do fortalecimento de suas próprias capacidades. Montagem : Prof. Luciano Cardoso 49 Para promover o empowerment, não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de "ownership", ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem "proprietárias" do negócio, pensando como empresários. CAPÍTULO 7 FOCO DAS RELAÇÕES HUMANAS Foco nos clientes: Tivemos uma grande mudança de abordagem nas organizações, as empresas deixaram de ter foco nos seus produtos para focarem seus clientes. Agora estão descobrindo que têm que ir mais fundo e descobrir o que o cliente de fato quer: isto se chama ter foco no foco do cliente. Isto significa estar muito atento, adentrar fundo nas expectativas e aspirações, identificar precisamente o que os clientes querem, atender e se possível superar estas expectativas, assegurando o encantamento. Reconhecer o Cliente: Atender clientes com qualidade como já anteriormente foi dito, é um fator diferencial no mundo do trabalho. O cliente é a razão de ser de uma organização e por isso precisa ter suas exigências e expectativas satisfeitas e até mesmo excedidas. Dessa forma, a qualidade na prestação de um serviço/um atendimento se faz por intermédio das pessoas, já que depende exclusivamente do desempenho de cada trabalhador, consciente do papel que tem a cumprir, comprometido com o sucesso da organização que trabalha para atender bem. Quem é o cliente de uma organização? Todo mundo é cliente. O cliente é a pessoa mais importante de qualquer negócio, as organizações devem sua sobrevivência a ele. Vejamos os tipos de clientes: Montagem : Prof. Luciano Cardoso 50 • Cliente Externo - Quem busca ou compra o produto ou serviço da Empresa; • Cliente Interno - São todas as pessoas que compõem a organização, pois o trabalho é uma engrenagem, colaboradores dependem uns dos outros para realizarem suas tarefas em um setor e assim sucessivamente, ora são clientes, ora fornecedores; Veja como desenvolver uma relação profissional com clientes difíceis: Um cliente difícil de lidar não precisa ser um castigo. Geralmente ele gosta de brigar, discutir por qualquer motivo, é nervoso, agitado, gesticula muito, costuma ofender, critica o produto/serviço e a organização, costuma ser agressivo na postura e na fala, costuma rotular as pessoas de incompetentes, fala muito e escuta pouco, não gosta de ouvir desculpas. Situações : • Compreenda a necessidade – escute,
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