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UNIVERSIDADE TIRADENTES ENGENHARIA CIVIL ANTÔNIO GABRIEL SANTOS VASCONCELOS DAVID FREIRE FONTES GUILHERME PINHO MENDES IGOR TULIO LIMA SILVA JÂNIO GABRIEL RIBEIRO COSTA LUIZ FERNANDO DOS SANTOS BEZERRA SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS E SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS E CÔNICAS ARACAJU/SE 2022 ANTÔNIO GABRIEL SANTOS VASCONCELOS DAVID FREIRE FONTES GUILHERME PINHO MENDES IGOR TULIO LIMA SILVA JÂNIO GABRIEL RIBEIRO COSTA LUIZ FERNANDO DOS SANTOS BEZERRA SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS E SUPERFÍCIES CILÍNDRICAS E CÔNICAS Trabalho apresentado à Universidade Tiradentes como requisito parcial à aprovação no 3° semestre do curso de Engenharia Civil para a obtenção de média semestral para a disciplina Geometria Analítica e Álgebra TUTOR: Carlos Gustavo Pereira Moraes ARACAJU/SE 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO A SUPERFÍCIES 4 2. SUPERFÍCIE CILÍNDRICA 6 2.1 Objetivos 7 2.2 Tipos e formulas 7 2.3 Discussões e exemplos 11 3.SUPERFÍCIES QUÁDRICAS (CENTRADAS E NÃO CENTRADAS) 14 3.1 Tipos de superfícies quádricas 15 3.2 Superfícies centradas 16 3.3 Superfícies não centradas 20 4. EXEMPLOS 21 CONSIDERAÇÕES 23 REFERÊNCIAS 24 1. INTRODUÇÃO A SUPERFÍCIES Começamos com a ideia intuitiva de superfície como um conjunto de pontos no espaço R³, com caráter bidimensional. Isso pode ser representado tridimensionalmente, por exemplo, por meio da deformação sem rompimento de uma placa delgada de borracha. Esse conceito de superfície leva a uma grande variedade de possibilidades, o que torna complexo e exaustivo o estudo geral das superfícies em R³. Observe na Figura 1 que as retas transversais ao eixo X estão avançando ao longo da curva, chamada diretriz, e vão gerando o plano. Por esta razão, são chamadas de retas geratrizes. Figura 1 - . Elementos da superfície cilíndrica: diretriz e geratriz Fonte: SUPERFÍCIE (2017) Os planos e demais superfícies, como as superfícies cilíndricas, esféricas, paraboloides, elipsoides e hiperboloides, encaixam-se na ideia intuitiva de superfícies abordada. Todas elas são escritas por meio de equações em x, y e z. Como explicado acima, a reta que se move é denominada geratriz e qualquer posição que ela assume é denominada geratriz da superfície cilíndrica; a curva plana fixa é a diretriz da superfície cilíndrica. Quando a geratriz for perpendicular ao plano que contem a curva diretriz, o cilindro é denominado cilindro reto. Esse tipo de superfície pode ser visto como um conjunto de infinitas retas paralelas, que são as infinitas posições assumidas pela geratriz. Na Figura 1, a geratriz é uma reta paralela ao eixo z e a diretriz é uma elipse no plano XOY. Essa superfície é um cilindro elíptico reto. Se ao invés de uma elipse tivéssemos um círculo, a superfície seria um cilindro circular reto Figura 2 - Gráfico de um cilindro circular reto em 3D. Fonte: Winterle (2000) Quando a geratriz não for perpendicular ao plano que contém a curva diretriz, a superfície é denominada cilindro oblíquo. (Figura 3) Figura 3 - Superfície cilíndrica oblíqua: geratriz oblíqua em relação Fonte: Marcio (2015) 2. SUPERFÍCIE CILÍNDRICA Superfície cilíndrica ou cilindro é a superfície gerada por uma reta móvel (denominada geratriz) que se apoia sobre uma curva fixa. Na figura abaixo tem-se: a diretriz é representada por uma curva plana fixa no E³. A diretriz é dada pela interseção de 2 superfícies: Figura 4 - Superfície Cilíndrica Fonte: nota10.com.br / 5e2244cd2c7a5312bdd4689dc2e7ab8b.pdf d 𝑓1(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 0 𝑓2(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 0 Geratriz: a geratriz g é a reta móvel, cuja direção é a do vetor v= (l, m, n) e que desliza sobre a diretriz, mantendo a sua direção. Na figura limitou-se o comprimento das geratrizes, mas deve ficar entendido que elas se prolongam indefinidamente. A superfície cilíndrica pode ser circular, parabólica, elíptica ou hiperbólica, conforme a diretriz seja um círculo, uma parábola, uma elipse ou uma hipérbole. Em particular, se a diretriz for uma reta a superfície cilíndrica é um plano. 2.1 Objetivos Definir superfície cilíndrica. Classificar as superfícies cilíndricas em circular, elíptica, parabólica e hiperbólica. Descrever uma superfície cilíndrica a partir de sua equação. 2.2 Tipos e formulas Começaremos a definir os tipos de superfícies cilíndricas partindo da explicação dos termos utilizados na sua identificação. Por exemplo, por que chamamos superfície quádrica? Bem, o termo quádrica foi adotado para relacionar o fato de as equações que descrevem essas superfícies serem equações de 2º grau, ou equações quadráticas. As quádricas chamadas de superfícies cilíndricas têm equações idênticas às das cônicas no plano, mas são consideradas agora no espaço R³. Normalmente a reta fixa (e a geratriz) é perpendicular ao plano da curva plana ou cônica, e, neste caso, a equação da superfície cilíndrica (ou cilindro) é a mesma equação da curva plana fixa (diretriz) ou cônica. Embora os nomes dados às quádricas possam parecer complicados, há uma coerência bem estruturada na nomenclatura. Entender o mecanismo de formação dos nomes e sobrenomes dessas superfícies ajudará a visualizar rapidamente e memorizar algumas das suas características. Por exemplo, qual foi o critério para escolher o sobrenome das quádricas cilíndricas? Para esboçar gráficos das superfícies cilíndricas é necessário determinar a interseção da superfície com os planos coordenados (cortes transversais). Dessa forma, o nome da quádrica cilíndrica homenageia seus cortes transversais. Classificamos uma superfície cilíndrica pelo seu nome e a identificamos pela equação. Na equação da quádrica cilíndrica reta, por exemplo, uma das variáveis está ausente. Cilindro parabólico: Esta superfície pode ser descrita como uma parábola, mas vista no espaço. Uma das variáveis de sua equação é livre e, portanto, infinitos valores são possíveis. Em termos gráficos, se o corte transversal for uma parábola, a quádrica cilíndrica será parabólica. Concluímos que o cilindro parabólico S é a superfície quádrica cujas seções planas, obtidas de sua interseção com os planos paralelos ao plano XY, são parábolas de mesmo tipo. Ou seja, a única condição imposta a um ponto P = (x, y, z) para pertencer a S é a de que suas coordenadas verifiquem a equação de S: S: 𝑦 = ² ² Figura 5.1 - Cilindro Parabólico Figura 5 - Parábola Cilindro elíptico: Esta superfície pode ser descrita como uma elipse, mas vista no espaço R³. Se o corte transversal for uma elipse, a quádrica cilíndrica é elíptica. Concluímos que o cilindro elíptico proposto ´e a superfície quádrica cujas seções planas, obtidas de sua interseção com planos paralelos ao plano XY, são elipses de mesmo tipo, independentemente da coordenada z. Ou seja, a única condição imposta a um ponto P = (x, y, z) para pertencer a esse cilindro é que: 𝑆 = 𝑥² 𝑎² + 𝑦² 𝑏² = 1 Cilindro hiperbólico: Esta superfície pode ser descrita como uma hipérbole vista no espaço R³. Se o corte transversal for uma hipérbole, a quádrica cilíndrica é hiperbólica. Figura 6 - Elipse Figura 6.1 - Cilindro Elíptico Figura 7 - Hipérbole Figura 7.1 - Cilindro Hiperbólico O cilindro hiperbólico S é a superfície quádrica cujas seções planas, obtidas de sua interseção com os planos paralelos ao plano XY, são hipérboles de mesmo tipo, independentemente da coordenada z, ou seja, a condição para que um ponto P = (x, y, z) pertença a esse cilindro é que ² ² − ² ² = 1 , portanto, a equação do cilindro quádrico hiperbólico S é: S: x² a² − y²b² = 1 Cilindro Quádrico de Revolução: Os cilindros quádricos de revolução são cilindros elípticos em que as diretrizes são círculos. Portanto, a equação de um cilindro quádrico de revolução S é da forma: S = x + y = a² Figura 8 - Cilindro quádrico de revolução S. Esse cilindro é obtido pela rotação da reta l: x = a y = 0 em torno do eixo OZ O Cilindro quádrico de revolução, também chamado de cilindro circular, onde está superfície pode ser descrita como uma circunferência vista no espaço R³. Possui uma variável livre em sua equação e, portanto, pode ser variada em infinitos valores possíveis. Se o corte transversal for uma circunferência, a quádrica cilíndrica é circular. Observação: Damos ênfase à expressão cilindro quádrico, porque há outros tipos de cilindros que não são quádricos, isto é, as coordenadas de seus pontos não satisfazem uma equação do segundo grau. Em todo o seguinte, omitiremos o termo quádrico para simplificar a linguagem, mas ele não deve ser esquecido. 2.3 Discussões e exemplos O conjunto dos pontos (x, y, z) cujas coordenadas satisfazem uma única equação da forma f (x, y, z) = 0 é denominado superfície. As superfícies cilíndricas com retas geratrizes paralelas a um dos eixos coordenados são fáceis de reconhecer e suas equações são na forma f (x, y, z) = k. As superfícies também podem ser parametrizadas, porém aqui não abordaremos as equações paramétricas das superfícies. A equação abaixo é entendida como a equação geral de segundo grau nas três variáveis x, y e z. Os pontos identificados nesse espaço tridimensional, cujas coordenadas cartesianas x, y e z satisfazem a equação, geram uma superfície quádrica. Ou seja, a equação de segundo grau em xyz determina um gráfico onde suas projeções determinam uma superfície quádrica. Ax² + By² + Cz² + Dxy + Exz + Fyz + ax + by + cz + d = 0 Se o termo independente d for igual a zero, a quádrica passa pela origem (0, 0, 0). O gráfico em três dimensões de uma equação que não apresenta uma determinada variável corresponde a uma superfície cilíndrica reta ao longo do eixo desta variável ausente. 𝑓(𝑥; 𝑦) = 0 𝑒 𝑧 = 0 Se a variável z não aparece explicitamente na equação, ela é livre, e, portanto, a superfície é um cilindro com geratrizes paralelas ao eixo OZ (a diretriz está no plano XOY, então a geratriz é o eixo z) Exemplo 1 - A equação x2 – y2 = 1, no plano, representa uma hipérbole e, no espaço XYZ, representa um cilindro hiperbólico de geratrizes paralelas a OZ e diretriz dada pela hipérbole de mesma equação, situada no plano XOY. Figura 9 - Cilindro hiperbólico com geratriz paralela a y Fonte: Wolfram (2017) F (x ; z) = 0 e y = 0 Se a variável y não aparece explicitamente na equação, ela é livre, e, portanto, a superfície é um cilindro com geratrizes paralelas ao eixo OY. A diretriz está no plano XOZ, então a geratriz é o eixo y. Exemplo 2 - Determinemos os planos paralelos aos planos coordenados que intersectam o cilindro hiperbólico de equação S: ² − z = 1. Solução: Como na equação só aparecem as variáveis x e z, então uma diretriz é a hipérbole ² − 𝑧 = 1, no plano y = 0. Portanto, as geratrizes de S são retas perpendiculares a esse plano, e os planos de equação y = k intersectam S, para todo k ∈ R. Olhemos as interseções com planos x = k. Substituindo x = k na equação de S, obtemos z = ² − 1 que resulta em . Portanto, a interseção de S com o plano x = k é não-vazia se, e somente se, k² − 4 ≥ 0 ⇐⇒ k² ≥ 4 ⇐⇒ |k| ≥ 4 ⇐⇒ k ≥ a ou k ≤ −a, ou seja, há interseção com os planos x = k para k ≥ a ou k ≤ −a e não há interseção para os planos x = k com −a < k < a. Vejamos, agora, as interseções com planos z = k. Substituindo z = k na equação de S, obtemos ² = 1 + k que resulta em x = 4(1 + k ). Como nessa equação não há restrições aos valores de k, os planos de equação z = k interceptam S, qualquer que seja k ∈ R. Exemplo 3 – Identifiquemos a superfície S: y + 4z² = 0 Solução: Como a equação é do segundo grau e somente aparecem as variáveis y e z, a superfície S é um cilindro quádrico que tem por diretriz D: 𝑦 + 2𝑧 = 0 𝑥 = 0 que é uma parábola no plano x = 0, logo, o cilindro é parabólico. A diretriz D tem sua equação do tipo y = − z², pois pode ser escrita na forma y = − z² Comparando os coeficientes, obtemos 4𝑝 = . Portanto 𝑝 = . Isso implica que, no plano Y Z, a diretriz da parábola D tem equação 𝑦 = e seu foco tem coordenadas 𝐹(0, − , 0). Exemplo 4 - A equação 4x2 + z = 2 representa, no plano, uma parábola com eixo de simetria sobre o eixo z. Portanto, no espaço, representa uma superfície cilíndrica parabólica (cilindro parabólico) (Figura 16), uma vez que a equação da superfície cilíndrica é a mesma equação da curva plana ou cônica (diretriz). Observação: A ausência da variável y significa que o gráfico em três dimensões de uma equação corresponde a uma superfície cilíndrica ao longo do eixo y, que é a variável ausente. Figura 10 - Cilindro parabólico com geratriz paralela a y. Fonte: Superfícies (2017) F (y ; z) = 0 e x = 0 3. SUPERFÍCIES QUÁDRICAS (CENTRADAS E NÃO CENTRADAS) Ax² + By² + Cz² + Dxy + Exz + Fyz + ax + by + cz + d = 0 A equação acima descrita é entendida como a equação geral de segundo grau nas três variáveis x, y e z, entende-se, portanto que todos os pontos identificados nesse espaço tridimensional cujas coordenadas cartesianas x, y e z satisfazem a equação, gerando uma superfície quádrica. Assim, a equação de segundo grau em xyz determina um gráfico onde suas projeções determinam uma superfície quádrica. Além disso, as mesmas são denominadas também de conicóides. Para a efetivação da equação é preciso que pelo menos um dos coeficientes [ A, B, (...) F ] seja não nulo pois, se todos os coeficientes forem nulos, a equação não será de segundo grau (representando um plano, ou até um ponto no espaço). Eliminando também, os casos triviais do tipo x² - x = 0, equivalente a x(x - 1) = 0 e portanto às duas equações x = 0 e x = 1, que representam dois planos paralelos ao plano y//z. A partir das superfícies quádricas não-degeneradas, sendo nem todos os seis coeficientes (A,B,C,D,E e F) não nulos, além dos quatro restantes (a,b,c e d), calcula-se então os invariantes da equação1 . Esses permitem a classificação das equações de segundo grau em três variáveis. 3.1 Tipos de superfícies quádricas Superfície Esférica: É uma superfície esférica S que possui um centro C e o raio r > 0, sendo considerado o local geométrico dos pontos de espaço que mantém uma distância r de C. Sendo assim descrita: (x − xo) + (y − yo) + (z − zo) = r² Superfície Cilíndrica: Quando há uma curva C e uma reta r e a superfície é a união das retas paralelas a r e que passam por C. E quando a curva C for uma quadrática plana, então pode-se dizer que a superfície será uma quádrica no espaço. Superfície Cônica: No momento em que há a formação de uma curva C em um ponto V, que não pertence a C, sendo assim S a união das retas VQ, na qual Q percorre C. Assim como na superfície cilíndrica, no instante em que a curva C for uma quádrica plana, então a sua superfície será uma quádrica no espaço. Superfície de Rotação: Havendo uma reta r e uma curva C sendo a superfície S uma união das circunferências com centro em r e que acabam tangenciado em C, sendo r o eixo de rotação de S. Na maioria dos casos, quando a curva C é uma quádrica disposta de maneira plana, tendo uma superfície de grau maior que 2. E somete será quádrica quando C, além de ser quádrica, possui r como eixo de simetria. 3.2 Superfícies centradas É possível por meio das alterações de coordenadas na rotação e/ou translação, sendo a equação geral, disposta antes, transformada em uma das formas: ± x²a² ± y² b² ± z² c² = 1 A partir dessa forma são denominadas as formas canônicas ou os padrões de superfícies quádricas centradas. Com as combinações de sinais nesta equação, conclui-se que existem apenas três possibilidades na formação de superfícies, conforme o número de coeficientes positivos dos termos do 1º membro da equação. Se os coeficientes estiverem todos negativos, não existirá lugar geométrico. ELIPSOIDE: A Elipsóide é uma superfície regular determinada pela rotação de uma elipse em volta de seu eixo menor formando uma Superfície Elipsoidal. A mesma é determinada pela equação: x² a² + y² b² + z² c² = 1 Traçando nos planos as coordenadas geram elipses, bem como os traços em planos paralelos aos planos coordenados, interceptando a superfície em mais de um ponto. Mas para tal é necessária a equivalência de a>0,b>0 e c>0 Elipsoide de revolução: é definido como sendo o sólido geométrico gerado por uma elipse que gira em torno de seu eixo menor (eixo polar); constitui a forma definida matematicamente que mais se aproxima da forma verdadeira da terra; é a forma que permite maior precisão na representação da terra. Figura 11 - (a) Elipse; (b) elipsoide de revolução. Fonte: Winterle (2014) De maneira análoga, obtém-se o elipsoide de revolução em torno de Oz. Nesse caso, sua equação é obtida da equação da elipse, substituindo-se y por ± 𝑥 + 𝑦². O elipsoide da maneira mais geral é representado pela equação: x² a² + y² b² + z² c² = 1 onde a, b e c são reais positivos e representam as medidas dos semieixos do elipsoide. Note ainda que os pontos (±a,0,0), (0,±b,0) e (0,0,±c) são soluções da equação ² ² + ² ² + ² ² = 1, chamada forma canônica do elipsoide. HIPERBOLOIDE Hiperboloide de uma folha: No hiperboloide de uma folha, dois coeficientes dos termos do primeiro membro são positivos e um é negativo, determinando assim a hiperboloide de uma folha. Seguem as equações que as determinam, de acordo com os eixos coordenados da mesma: x² a² + y² b² − z² c² = 1 x² a² + y² b² − z² c² = 1 x² a² − y² b² + z² c² = 1 − x² a² + y² b² + z² c² = 1 Os hiperboloides são superfícies quadricas que se caracterizam por apresentar três tipos de seções planas, sendo as mesmas hipérboles, elipses e retas. O hiperbolide de uma folha é simétrico relativamente com cada um dos planos coordenados e com a origem. Sua intersecção com o plano paralelo XOY Figura 12 - Hiperboloide de uma folha no eixo z Figura 13 - Hiperboloide de uma folha no eixo y Figura 14 - Hiperboloide de uma folha no eixo x é uma elipse, e sua intersecção com o plano YOZ ou XOZ é uma hipérbole. Os traços nos planos perpendiculares a dois dos eixos coordenados são hipérboles e nos planos perpendiculares ao outro eixo coordenado são elipses ou círculos. Um hiperboloide de uma folha pode-se obter girando uma hipérbole ao redor de seu eixo transversal. Além disso, é uma superfície com regras duplas. Suas utilizações são amplas na construção civil. Hiperboloide de duas folhas: Um hiperboloide de duas folhas, com eixos AB é contraído como em conjunto com os pontos P tais que AP-BP é constante, originando-se AP da distância entre A e P, além disso A e B são titulados como focos do hiperboloide. Um hiperboloide de duas folhas consegue ser adquirido por meio da rotação de uma hipérbole ao redor do seu eixo focal. A partir disso, definida ela equação geral de ordem: − x a − y² b² + z² c² = 1 Figura 15 - Hiperboloide de duas folhas no eixo x(a), no eixo y(b) e no eixo z(c) (b) (a) (c) 3.3 Superfícies não centradas Paraboloide elíptico: Considere no plano yz a parábola de equações 𝑧 = ² ² , x = 0 como mostra a Figura (a). Ao girarmos essa parábola em torno do eixo 0z, obteremos o paraboloide de revolução, como mostra a Figura (b), cuja equação reduzida será obtida da equação da parábola, substituindo-se y por ± 𝑥 + 𝑦². z = x² a² + y² b² Figura 16 - (a) Parábola; (b) paraboloide de revolução Fonte: Winterle (2017) Um paraboloide mais geral, denominado paraboloide elíptico, é representado pela equação reduzida: Z = x² a² + y² b² do paraboloide elíptico ao longo do eixo 0z. As outras duas formas são e representam paraboloides elípticos ao longo dos eixos 0y e 0x, respectivamente. y = ² ² + ² ² 𝑒 𝑥 = ² ² + ² ² Paraboloide hiperbólico: A superfície dada por uma equação do tipo z = y² b² − x² a² é denominada paraboloide hiperbólico, e essa equação é chamada forma canônica do paraboloide hiperbólico ao longo do eixo 0z, como mostra a Figura abaixo. As outras formas da equação reduzidas são: y = ² ² − ² ² x = ² ² − ² ² e representam paraboloides hiperbólicos ao longo dos eixos 0y e 0x, respectivamente. Figura 17 - Paraboloide hiperbólico. Fonte: Winterle (2014) 4. EXEMPLOS Exemplo 1 - Identificar as quádricas representadas pelas equações: 2x² + 4y² + z² - 16 = 0. Solução: → ² + ² + ² = 1 x = 0 , ² + ² = 1 Elipse: a = ±4 , b = ±2 . y = 0 , ² + ² = 1 Elipse: a = ±4 , b = ±√𝟖 = 𝟐√𝟐 ≅ 𝟐, 𝟖𝟑 z = 0 , ² + ² = 1 Elipse: a = ±√𝟖 = 𝟐√𝟐 ≅ 𝟐, 𝟖𝟑 b = ±2 Exemplo 2: z = x² + y² Solução: x=0 , z = y² Essa equação identifica uma parábola que intercepta o eixo z e percorre o eixo y. y=0 , x²=z Essa equação identifica uma parábola que intercepta o eixo z e percorre o eixo x. z = x² + y² Essa equação identifica uma circunferência, no centro do sistema xyz. z=0, x²+y²=0 (raio = 0, não existe circunferência) z=4, x²+y²=4 (raio = 2, existe circunferência) e a medida que aumentamos z, o raio também aumenta (proporcionalmente), e o parabolóide vai crescendo infinitamente. CONSIDERAÇÕES Por meio da exploração de conceitos da Geometria Analítica, foi possível demonstrar a disposição de superfícies quádricas no espaço tridimensional. O estudo permitiu a aproximação da teoria para com a aplicação visual de como são encontradas as formas no espaço das coordenadas cartesianas. Denotada como um estudo antigo, as superfícies quádricas são conteúdos práticos de inúmeras profissões, como é o caso de engenheiros e arquitetos. Sua exploração em sala de aula, feita basicamente com estudos teóricos deveria voltar-se para estudos complementares para a visualização da disposição de cada superfície estudada no contexto espacial. Garantindo dessa forma uma aproximação visual dos conteúdos programáticos vistos em sala de aula, com objetos presentes em nosso meio visual. Além disso, pode-se destacar a importância do estudo voltado a Matemática em sala de aula, com possibilidades de exploração prática das mais diversas formas. Assim, pode-se afirmar que a Matemática surgira da necessidade humana, evoluindo para estudos abstratos apenas a nossos olhos, pois cada conteúdo e situação há uma razão matemática por existir. Garantindo dessa maneira, a aproximação de conteúdos abstratos a nossos olhos com inúmeras situações cotidianas, afinal, tudo isso surgira para explicar fenômenos práticos. REFERÊNCIAS AFONSO, A. P. Cilindro hiperbólico. Matematiquês, Juiz de Fora, 2010b. Disponível em <http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=534>: Acesso em: 21 set. 2017. AFONSO, A. P. Cilindro parabólico. Matematiquês, Juiz de Fora, 2010a. Disponível em <http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=534>: Acesso em: 21 set. 2017 GEOMETRIA ANALÍTICA. Superfícies Quádricas. Disponível em< http://matematica- ga.blogspot.com/2006/10/superfcies-qudricas.html>: Acesso em: novembro 2022. Garrido, Viviane; Cônicas e Quádricas. Introdução a superfícies cilíndricas.SAGAH plataforma online. Acesso em novembro 2022. Introdução a superfícies cilíndricas / 2001-2019 INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA — MAT 01354 Cálculo e Geometria Analítica II. Disponível em <http://www.mat.ufrgs.br/~mat01354/quadrica/cilind.htm>. Acesso em novembro 2022. Jacir. J. Venturi. Nota10 pdf. Introdução a superfícies cilíndricas. Disponível em <http://www.nota10.com.br/Uploads/conteudos_arquivos/5e2244cd2c7a5312bdd4689d c2e7ab8b.pdf>: Acesso em novembro 2022. KOLMAN, Bernard; HILL, David R. Álgebra Linear Com Aplicações. Rio de Janeiro: LTC,2013. LAY, David C. Álgebra linear e suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1999 QUÁDRICA. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%A1drica>.: Acesso em: dezembro de 2015. STEINBRUCH, Alfredo; WINTERLE, Paulo. Introdução à álgebra linear. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1997. SILVA, E. C. L. S. Estudo de cônicas e quádricas: construções com o uso do Geogebra. 2018. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática) — Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT), Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2018. WOLFRAM ALPHA. Computational Knowledge engine. Champaign, 2017. Disponível em <https://www.wolframalpha.com/>: Acesso em: novembro 2022.
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