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AD IDPP 07-03-2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
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AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 
 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Aluno: Erlenya Ferreira de Sousa Rufino Aragão 
Matrícula: 20213110134 
Pólo: Belford Roxo 
Produza uma dissertação individual, de no máximo 2 páginas, sobre o tema Moral e Direito. 
Ao longo da nossa história, vários pensadores e filósofos discutiam a relação entre o direito e a 
moral onde surgiram as teorias com alguns pontos que serviram de base dentro desse processo 
histórico. 
 De acordo com Reale (2001), a teoria do "mínimo ético", do filósofo inglês Jeremias 
Bentham, dizia que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para 
que a sociedade possa sobreviver. Como nem todos podem ou querem ter responsabilidade com 
as obrigações morais, é indispensável armar de força certos preceitos éticos, para que a 
sociedade não soçobre. A Moral, em regra é cumprida de maneira espontânea, mas como as 
violações são inevitáveis, é indispensável que se impeça, com mais vigor e rigor, a transgressão 
dos dispositivos que a comunidade considerar indispensável à paz social. A teoria enfatiza que 
fora do campo da Moral existe o “imoral” que confronta o que é Moral. Mas fora isso existe o 
ato que é apenas “amoral”, indiferente a Moral, porém não sendo imoral. 
 No dia a dia as há regras sociais que cumprimos espontaneamente e outras que só 
cumprimos em determinadas ocasiões, porque são obrigados. A moral não seria um ato de 
obrigação e sim atitudes espontâneas. Reale (2011) enfatiza que a Moral autêntica é aderida 
pelos obrigados. Quem pratica um ato, consciente da sua moralidade, já aderiu aquilo a que 
obedece. A Moral não combina com violência, força ou coação; é incoercível. Já o Direito é 
coercível. A diferença do Direito para a Moral é a coercibilidade. Coercibilidade é uma 
expressão técnica que mostrar a relação que existe entre o Direito e a força. 
 Conforme Reale (2011) existem três posições diferentes sobre a relação entre o Direito e a 
força: uma defende que o Direito nada tem a ver com a força. Em sentido contrário, temos a 
teoria que vê no Direito uma efetiva expressão da força. Para Jhering, um dos maiores 
jurisconsultos da passada centúria, o Direito se reduz a "norma + coação", pensamento seguido, 
por Tobias Barreto, que definia o direito como "a organização da força". Para Reale (2011): 
 
“a coação já é um conceito jurídico, dando-se a interferência da força em virtude da norma que a prevê, a 
qual, por sua vez, pressupõe outra manifestação de força e, por conseguinte, outra norma superior, e, assim 
sucessivamente, até se chegar a uma norma pura ou à pura coação” 
 
 A teoria tem pensamentos opostos pois para uns, a força está sempre presente no mundo 
jurídico; é inseparável dele. Para outros, a coação no Direito não é efetiva, mas potencial. 
 As normas do Direito são objetivas, nos são impostas e cumpridas de forma coercitiva. Por 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
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outro lado, a moral são normas cumpridas de forma livre, sem a obrigatoriedade que o Direito 
impõe. Podemos criticar as leis que não concordamos, mas devemos agir de dentro dos 
conformes com elas. É o que chamamos de heteronomia que é aquilo que juridicamente somos 
obrigados a cumprir. 
 A teoria da coação foi criticada por seus pensadores defenderem que a força é elemento 
essencial do Direito. Porém, passado o tempo, foi entendido que a força não é elemento 
essencial do Direito e sim potencial e que no Direito a coação é apenas um elemento uma 
garantia para que as normas sejam cumpridas. A teoria da bilateralidade atributiva surgiu 
definida por Reale (2011) como: 
 
Bilateralidade atributiva é, pois, uma proporção intersubjetiva, em função da qual os sujeitos de uma relação 
ficam autorizados a pretender, exigir, ou a fazer, garantidamente, algo. 
Esse conceito desdobra-se nos seguintes elementos complementares: 
a) sem relação que una duas ou mais pessoas não há Direito (bilateralidade em sentido social, como 
intersubjetividade); 
b) para que haja Direito é indispensável que a relação entre os sujeitos seja objetiva, isto é, insuscetível de ser 
reduzida, unilateralmente, a qualquer dos sujeitos da relação (bilateralidade em sentido axiológico); 
c) da proporção estabelecida deve resultar a atribuição garantida de uma pretensão ou ação, que podem se 
limitar aos sujeitos da relação ou estender-se a terceiros (atributividade). 
 Até os dias de hoje temos pontos conflitantes sobre Direito, Moral e como eles se 
relacionam. O correto é que ambas caminhem lado a lado, buscando uma convergência em prol 
das pessoas por um mundo com justiça e igualdade para todos. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
REALE, Miguel. Lições Preliminares De Direito, 25ª Ed. 22ª Tiragem. 2001.

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